{"id":152603,"date":"2019-06-24T14:40:55","date_gmt":"2019-06-24T17:40:55","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=152603"},"modified":"2019-06-24T14:40:57","modified_gmt":"2019-06-24T17:40:57","slug":"a-surpreendente-identidade-das-aves-gigantes-desenhadas-no-chao-em-nazca-no-peru","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/06\/24\/152603-a-surpreendente-identidade-das-aves-gigantes-desenhadas-no-chao-em-nazca-no-peru.html","title":{"rendered":"A surpreendente identidade das aves gigantes desenhadas no ch\u00e3o em Nazca, no Peru"},"content":{"rendered":"\n
\"Desenho
Este desenho havia sido classificado genericamente como ‘beija-flor’, mas representa uma esp\u00e9cie de colibri chamado eremita, que vive nas florestas das encostas dos Andes. Fonte: GETTY IMAGES.
<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Elas s\u00e3o t\u00e3o grandes que sua beleza s\u00f3 pode ser apreciada do ar.<\/strong><\/p>\n\n\n\n

As enigm\u00e1ticas linhas e geoglifos de Nazca, a cerca de 400 quil\u00f4metros de Lima, no Peru, foram entalhadas no ch\u00e3o h\u00e1 cerca de dois mil anos por sociedades pr\u00e9-incas.<\/p>\n\n\n\n

Os desenhos, que podem medir mais de 250 metros, foram feitos entre 400 a.C. e 1000 d.C., atrav\u00e9s da remo\u00e7\u00e3o de pedras da superf\u00edcie marrom-avermelhada do deserto Nazca, expondo o subsolo cinza amarelo.<\/p>\n\n\n\n

As figuras est\u00e3o localizadas em uma \u00e1rea de aproximadamente 450 quil\u00f4metros quadrados – e muitas s\u00e3o representa\u00e7\u00f5es geom\u00e9tricas de animais e plantas.<\/p>\n\n\n\n

Um novo estudo conduzido por cientistas japoneses desvendou um dos v\u00e1rios mist\u00e9rios que cercam as figuras: a identidade de algumas das aves gigantes.<\/p>\n\n\n\n

Detalhes anat\u00f4micos<\/h2>\n\n\n\n

Os pesquisadores usaram uma abordagem ornitol\u00f3gica (ramo da biologia que estuda os p\u00e1ssaros) para analisar os desenhos.<\/p>\n\n\n\n

\"Ilustra\u00c3\u00a7\u00c3\u00a3o
Os cientistas japoneses usaram uma abordagem ornitol\u00f3gica: esta ave, por exemplo, tem um bico longo e fino, patas curtas com tr\u00eas dedos e uma parte da cauda alongada. Fonte: GETTY IMAGES.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n
\"Eremita
O desenho da imagem anterior corresponde a um colibri eremita, segundo os pesquisadores japoneses. Nesta foto, vemos um balan\u00e7a-rabo-de-bico-torto (Glaucis hirsutus). Fonte: GETTY IMAGES.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

“At\u00e9 agora, as aves dos geoglifos haviam sido identificadas com base em impress\u00f5es gerais ou em algumas caracter\u00edsticas morfol\u00f3gicas”, afirma Masaki Eda, pesquisador do Museu da Universidade de Hokkaido, no Jap\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

“Mas analisamos em detalhes as formas e tamanhos relativos aos bicos, cabe\u00e7as, pesco\u00e7os, corpos, asas, rabos e patas. E comparamos esses dados com os de aves modernas no Peru.”<\/p>\n\n\n\n

Takeshi Yamasaki, do Instituto de Ornitologia Yamashina, e Masato Sakai, da Universidade Yamagata, tamb\u00e9m participaram do estudo.<\/p>\n\n\n\n

Os cientistas analisaram com base no enfoque ornitol\u00f3gico 16 dos mais de 2 mil desenhos presentes em Nazca.<\/p>\n\n\n\n

\"Carretera
As linhas e geoglifos de Nazca est\u00e3o localizadas a cerca de 400 km de Lima e foram declaradas Patrim\u00f4nio da Humanidade. Fonte: GETTY IMAGES.
<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

E a an\u00e1lise ornitol\u00f3gica revelou que as hip\u00f3teses anteriores sobre a identidade das aves estavam erradas.<\/p>\n\n\n\n

\"Desenho
As aves registradas em muitos desenhos ainda n\u00e3o foram identificadas. Fonte: GETTY IMAGES.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Eda e seus colegas reclassificaram como um colibri-eremita um p\u00e1ssaro que at\u00e9 ent\u00e3o havia sido identificado genericamente como beija-flor.<\/p>\n\n\n\n

E duas figuras que haviam sido catalogadas como uma ave-guanera e um p\u00e1ssaro n\u00e3o identificado s\u00e3o, em ambos os casos, pelicanos, de acordo com o estudo publicado na revista cient\u00edfica Journal of Archaeological Science: Reports.<\/p>\n\n\n\n

Segundo os pesquisadores, outros desenhos que podem ser de condores ou flamingos n\u00e3o apresentam caracter\u00edsticas ornitol\u00f3gicas suficientes para validar essa identifica\u00e7\u00e3o e s\u00e3o muito diferentes das aves modernas.<\/p>\n\n\n\n

Aves ex\u00f3ticas<\/h2>\n\n\n\n

A identifica\u00e7\u00e3o das aves gera novos enigmas.<\/p>\n\n\n\n

Embora as esp\u00e9cies desenhadas existam no Peru, elas s\u00f3 s\u00e3o encontradas em regi\u00f5es distantes de Nazca.<\/p>\n\n\n\n

\"Pelicano
Os habitantes de Nazca desenharam aves ex\u00f3ticas, como pelicanos, que podem ter conhecido ao procurar alimentos na costa. Fonte: GETTY IMAGES.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Os colibris-eremitas, por exemplo, s\u00e3o uma esp\u00e9cie de beija-flor que vive em florestas nas encostas orientais da Cordilheira dos Andes e no norte, pr\u00f3ximo ao Equador.<\/p>\n\n\n\n

Os pelicanos, por sua vez, vivem ao longo da costa.<\/p>\n\n\n\n

“Os habitantes de Nazca poderiam ter visto pelicanos enquanto procuravam comida na costa”, sup\u00f5e Eda.<\/p>\n\n\n\n

“Nossa pesquisa mostra que os autores desses geoglifos desenharam p\u00e1ssaros ex\u00f3ticos, e n\u00e3o aves locais”.<\/p>\n\n\n\n

\"Desenho
O estudo \u00e9 um pequeno passo, mas o grande enigma permanece. Como esses desenhos foram feitos h\u00e1 mais de 2 mil anos? Fonte: GETTY IMAGES.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

“E talvez isso seja uma pista para entender no futuro por que eles fizeram esses desenhos.”<\/p>\n\n\n\n

At\u00e9 hoje, o significado das linhas de Nazca, consideradas Patrim\u00f4nio Mundial da Humanidade, \u00e9 desconhecido.<\/p>\n\n\n\n

Alguns pesquisadores consideram que se trata de um calend\u00e1rio. Outros alegam que era um observat\u00f3rio astron\u00f4mico. J\u00e1 os mais ousados afirmam que as linhas eram formas de comunica\u00e7\u00e3o com extraterrestres.<\/p>\n\n\n\n

Os cientistas esperam identificar mais esp\u00e9cies usando restos mortais de p\u00e1ssaros escavados em Nazca e desenhos em cer\u00e2mica do mesmo per\u00edodo.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: BBC Brasil<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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