{"id":152623,"date":"2019-06-25T11:59:05","date_gmt":"2019-06-25T14:59:05","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=152623"},"modified":"2019-06-24T22:54:40","modified_gmt":"2019-06-25T01:54:40","slug":"abelhas-sao-capazes-de-entender-uma-linguagem-simbolica-para-matematica-estudo","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/06\/25\/152623-abelhas-sao-capazes-de-entender-uma-linguagem-simbolica-para-matematica-estudo.html","title":{"rendered":"Abelhas s\u00e3o capazes de entender uma linguagem simb\u00f3lica para matem\u00e1tica: estudo"},"content":{"rendered":"\n
\"\"\/<\/figure>\n\n\n\n

Cientistas australianos e franceses descobriram que abelhas podem reconhecer s\u00edmbolos associados a n\u00fameros.<\/p>\n\n\n\n

Assim como n\u00f3s humanos sabemos que o s\u00edmbolo 7 ou VII est\u00e1 associado a uma quantidade de sete, parece que as abelhas podem fazer a mesma associa\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Estudos anteriores j\u00e1 haviam mostrado que os animais eram capazes de compreender quantidades, adi\u00e7\u00e3o e subtra\u00e7\u00e3o. Agora, descobrimos que tamb\u00e9m podem compreender uma linguagem simb\u00f3lica para esses conceitos.<\/p>\n\n\n\n

\u201cN\u00f3s n\u00e3o valorizamos o esfor\u00e7o uma vez que aprendemos n\u00fameros quando crian\u00e7as, mas ser capaz de reconhecer o que o \u20184\u2019 realmente representa requer um n\u00edvel sofisticado de habilidade cognitiva\u201d, explicou o cientista Adrian Dyer, do Instituto Real de Tecnologia de Melbourne (Austr\u00e1lia). \u201cEstudos mostram que primatas e p\u00e1ssaros tamb\u00e9m podem aprender a ligar s\u00edmbolos a n\u00fameros, mas esta \u00e9 a primeira vez que vemos isso em insetos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

A ideia<\/h2>\n\n\n\n

Os pesquisadores j\u00e1 tinham uma ideia de que isso era poss\u00edvel. Eles haviam descoberto, atrav\u00e9s de cuidadosa experimenta\u00e7\u00e3o, que as abelhas pareciam entender s\u00edmbolos para adi\u00e7\u00e3o e subtra\u00e7\u00e3o para realizar aritm\u00e9tica muito b\u00e1sica.<\/p>\n\n\n\n

Da mesma forma, sabiam com base em estudos anteriores que as abelhas podiam se comunicar usando uma dan\u00e7a complexa para transmitir informa\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

A nova pesquisa d\u00e1 um passo adiante, mostrando pela primeira vez que invertebrados, assim como humanos, chimpanz\u00e9s e at\u00e9 mesmo pombos, podem entender e usar uma linguagem simb\u00f3lica para a matem\u00e1tica.<\/p>\n\n\n\n

O experimento<\/h2>\n\n\n\n

Para testar essa capacidade, os cientistas empregaram um sistema modificado usado anteriormente para determinar se pombos poderiam reconhecer s\u00edmbolos num\u00e9ricos.<\/p>\n\n\n\n

S\u00edmbolos inventados, ou \u201csinais\u201d, foram atribu\u00eddos a um n\u00famero e colocados em um labirinto em forma de Y.<\/p>\n\n\n\n

\"\"<\/figure>\n\n\n\n

As abelhas foram treinadas para voar neste labirinto, onde primeiro veriam um est\u00edmulo \u2013 um sinal ou uma imagem mostrando duas ou tr\u00eas formas \u2013 antes de irem para a c\u00e2mara de decis\u00e3o. L\u00e1, veriam duas op\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Se inicialmente viram um sinal, as op\u00e7\u00f5es seriam uma imagem de duas formas e uma imagem de tr\u00eas formas, e elas teriam que escolher o n\u00famero correto de formas para combinar com o sinal. Se inicialmente viram formas, as duas op\u00e7\u00f5es seriam dois sinais diferentes que elas precisariam corresponder com o n\u00famero de itens visualizados.<\/p>\n\n\n\n

Se escolhessem corretamente, combinando um sinal em forma de N com dois itens e um T invertido com tr\u00eas itens, por exemplo, as abelhas recebiam um l\u00edquido a\u00e7ucarado delicioso. Uma resposta incorreta, no entanto, levava a quinino inofensivo, mas com sabor desagrad\u00e1vel.<\/p>\n\n\n\n

Resultados<\/h2>\n\n\n\n

Ao final de 50 testes, as abelhas estavam combinando sinais e formas corretamente com uma precis\u00e3o de cerca de 75%.<\/p>\n\n\n\n

Depois, os pesquisadores testaram as abelhas com novas cores, padr\u00f5es e formas, para determinar se os insetos estavam combinando a numerosidade com o s\u00edmbolo, e n\u00e3o com a imagem como um todo. As abelhas ainda combinaram corretamente os s\u00edmbolos com base no n\u00famero de formas que viram na imagem.<\/p>\n\n\n\n

Mas elas n\u00e3o foram capazes de aprender a tarefa ao contr\u00e1rio, ou seja, vendo os s\u00edmbolos primeiro. \u201cIsso sugere que o processamento num\u00e9rico e a compreens\u00e3o dos s\u00edmbolos acontecem em diferentes regi\u00f5es do c\u00e9rebro das abelhas\u201d, disse a zo\u00f3loga Scarlett Howard da Universidade Paul Sabatier (Fran\u00e7a).<\/p>\n\n\n\n

Pr\u00f3ximos passos<\/h2>\n\n\n\n

Os resultados indicam que as abelhas n\u00e3o est\u00e3o no mesmo n\u00edvel que outros animais que aprenderam s\u00edmbolos como n\u00fameros e foram capazes de realizar tarefas complexas.<\/p>\n\n\n\n

Tampouco a pesquisa mostra que as abelhas podem compreender a quantidade em si \u2013 apenas que s\u00e3o capazes de combinar uma quantidade com um s\u00edmbolo, e que s\u00e3o incapazes de aprender essa correspond\u00eancia ao contr\u00e1rio \u2013 do s\u00edmbolo para a quantidade.<\/p>\n\n\n\n

Isso ajuda os cientistas a entender como funciona o aprendizado e como o c\u00e9rebro constr\u00f3i conex\u00f5es entre os conceitos. Tamb\u00e9m pode lan\u00e7ar as bases para uma ponte anteriormente desconhecida nas comunica\u00e7\u00f5es entre humanos e abelhas.<\/p>\n\n\n\n

\u201cOs seres humanos t\u00eam mais de 86 bilh\u00f5es de neur\u00f4nios em seus c\u00e9rebros, as abelhas t\u00eam menos de um milh\u00e3o e estamos separados por mais de 600 milh\u00f5es de anos de evolu\u00e7\u00e3o\u201d, disse Dyer. \u201cMas se as abelhas t\u00eam a capacidade de aprender algo t\u00e3o complexo quanto uma linguagem simb\u00f3lica feita pelo homem, isso abre novos caminhos para a comunica\u00e7\u00e3o futura entre as esp\u00e9cies\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Um artigo sobre a pesquisa foi publicado na revista cient\u00edfica\u00a0Proceedings of the Royal Society B. [ScienceAlert<\/a>]<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Hypescience <\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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