{"id":152637,"date":"2019-06-26T11:44:33","date_gmt":"2019-06-26T14:44:33","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=152637"},"modified":"2019-06-26T11:44:35","modified_gmt":"2019-06-26T14:44:35","slug":"a-gigantesca-reserva-de-agua-doce-escondida-debaixo-do-oceano-atlantico","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/06\/26\/152637-a-gigantesca-reserva-de-agua-doce-escondida-debaixo-do-oceano-atlantico.html","title":{"rendered":"A gigantesca reserva de \u00e1gua doce escondida debaixo do Oceano Atl\u00e2ntico"},"content":{"rendered":"\n
\"Oceano\"\/
Especialistas acreditam que reservat\u00f3rios do tipo s\u00e3o abundantes, mas pouco se sabe sobre seus volumes e sua distribui\u00e7\u00e3o no planeta. Fonte: GETTY.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

O fundo do Oceano Atl\u00e2ntico esconde um tesouro muito mais valioso do que qualquer navio pirata: \u00e1gua doce.<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Embora soe estranho, um grupo de ge\u00f3logos da Universidade de Columbia, em Nova York, afirma que na costa nordeste dos Estados Unidos h\u00e1 quase 3 mil quil\u00f4metros c\u00fabicos de \u00e1gua doce presa em sedimentos porosos sob a \u00e1gua salgada do mar.<\/p>\n\n\n\n

A descoberta, embora surpreendente, era algo do qual j\u00e1 se suspeitava. Especialistas acreditam que esses tipos de dep\u00f3sito de \u00e1gua doce s\u00e3o abundantes, mas muito pouco se sabe sobre seus volumes e sua distribui\u00e7\u00e3o no planeta.<\/p>\n\n\n\n

Os cientistas acreditam que este aqu\u00edfero \u00e9 o maior j\u00e1 encontrado. Eles o avaliam como “gigantesco”.<\/p>\n\n\n\n

Segundo seus c\u00e1lculos, a reserva vai da costa do estado de Massachusetts at\u00e9 New Jersey e abrange cerca de 350 km da costa do Atl\u00e2ntico nessa regi\u00e3o dos Estados Unidos.<\/p>\n\n\n\n

Se a reserva estivesse na superf\u00edcie, formaria um lago de cerca de 40 mil km2.<\/p>\n\n\n\n

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A “\u00e1gua f\u00f3ssil” pode estar sob o mar desde a Era do Gelo. Fonte: GETTY.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Como a reserva foi encontrada?<\/h4>\n\n\n\n

Para detectar a reserva d’\u00e1gua, os pesquisadores usaram ondas eletromagn\u00e9ticas.<\/p>\n\n\n\n

Uma pista que eles j\u00e1 tinham \u00e9 que, nos anos 70, algumas companhias petroleiras que perfuravam a costa n\u00e3o extra\u00edam petr\u00f3leo, mas sim \u00e1gua doce. Os pesquisadores, no entanto, n\u00e3o sabiam se eram apenas dep\u00f3sitos isolados ou algo muito maior.<\/p>\n\n\n\n

Agora, para conhecer a \u00e1rea em detalhes, eles lan\u00e7aram sondas a partir de um barco para medir o campo eletromagn\u00e9tico nas profundezas.<\/p>\n\n\n\n

A \u00e1gua salgada \u00e9 melhor condutora de ondas eletromagn\u00e9ticas do que a \u00e1gua doce, ent\u00e3o, pelo tipo de sinais de baixa condut\u00e2ncia que receberam, eles puderam concluir que havia \u00e1gua doce l\u00e1 embaixo.<\/p>\n\n\n\n

Eles tamb\u00e9m conclu\u00edram que os dep\u00f3sitos s\u00e3o mais ou menos cont\u00ednuos, estendendo-se da linha da costa at\u00e9 cerca de 130 km mar adentro. Em sua maioria, eles est\u00e3o entre 180 metros e 360 \u200b\u200bmetros abaixo do fundo do oceano.<\/p>\n\n\n\n

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Os pesquisadores usaram ondas eletromagn\u00e9ticas para mapear a rede de \u00e1gua. Fonte: KEY PERRY.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Como a \u00e1gua chegou l\u00e1?<\/h2>\n\n\n\n

Os ge\u00f3logos acreditam que a \u00e1gua doce pode ter se armazenado ali de duas maneiras.<\/p>\n\n\n\n

Por um lado, acredita-se que no final da Idade do Gelo, grandes quantidades de \u00e1gua doce acabaram presas em sedimentos rochosos, algo que os especialistas chamam de “\u00e1gua f\u00f3ssil”.<\/p>\n\n\n\n

Mas pesquisas recentes mostram que os reservat\u00f3rios provavelmente tamb\u00e9m se alimentam de chuva e de corpos de \u00e1gua que se infiltram atrav\u00e9s dos sedimentos na terra e alcan\u00e7am o mar.<\/p>\n\n\n\n

Ela pode ser consumida?<\/h2>\n\n\n\n

Os pesquisadores dizem que, de maneira geral, a \u00e1gua do aqu\u00edfero \u00e9 mais doce perto da costa e mais salgada \u00e0 medida que entra no mar. Isso pode significar que, com o passar do tempo, os dois tipos de \u00e1gua v\u00e3o se misturando.<\/p>\n\n\n\n

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Os aqu\u00edferos submarinos poderiam abastacer regi\u00f5es \u00e1ridas do planeta. Fonte: GETTY.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

A \u00e1gua doce terrestre geralmente cont\u00e9m sal em quantidades inferiores a uma parte por mil. Esta \u00e9 a mesma quantia que encontraram na reserva aqu\u00e1tica perto da costa. Em seus limites externos, o aqu\u00edfero alcan\u00e7a 15 partes por mil. Em compara\u00e7\u00e3o, a \u00e1gua do mar normalmente tem 35 partes por mil.<\/p>\n\n\n\n

Segundo explica o geof\u00edsico Kerry Key, co-autor do estudo, para usar \u00e1gua das partes mais distantes do aqu\u00edfero seria preciso dessaliniz\u00e1-la para a maioria de sua utiliza\u00e7\u00e3o, mas, em todo caso, o custo seria menor do que processar \u00e1gua do mar.<\/p>\n\n\n\n

O estudo de Key sugere que essas reservas poderiam ser encontradas em muitas outras partes do mundo, e poderiam fornecer \u00e1gua pot\u00e1vel a lugares \u00e1ridos que precisam urgentemente dela.<\/p>\n\n\n\n

“Provavelmente n\u00e3o tenhamos que fazer isso nesta regi\u00e3o”, disse Key em um comunicado. “Mas se pudermos demonstrar que existem grandes aqu\u00edferos em outras regi\u00f5es, isso poderia representar um recurso adiconal em lugares como o sul da Calif\u00f3rnia, a Austr\u00e1lia ou a \u00c1frica.”<\/p>\n\n\n\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"