{"id":152640,"date":"2019-06-26T13:04:49","date_gmt":"2019-06-26T16:04:49","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=152640"},"modified":"2019-06-26T13:04:51","modified_gmt":"2019-06-26T16:04:51","slug":"o-que-e-micromobilidade-e-por-que-esta-crescendo-nas-grandes-cidades","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/redacao\/2019\/06\/26\/152640-o-que-e-micromobilidade-e-por-que-esta-crescendo-nas-grandes-cidades.html","title":{"rendered":"O que \u00e9 micromobilidade e por que est\u00e1 crescendo nas grandes cidades"},"content":{"rendered":"\n

O que \u00e9 micromobilidade?<\/h4>\n\n\n\n

O termo micromobilidade foi utilizado pela primeira vez em 2017, durante o Tech Festival em Copenhagem, pelo empres\u00e1rio Horace Dediu, palavra relativamente recente, foi definida por ele como uma categoria de ve\u00edculos para as cidades que devem pesar menos de 500 kg, possu\u00edrem motor el\u00e9trico e ser utilizado como prop\u00f3sito de transporte, em especial para curtas dist\u00e2ncias<\/strong>.<\/p>\n\n\n\n

Em um estudo realizado pela McKinsey Center for Future Mobility, aproximadamente 60% das viagens por carro percorrem menos de oito quil\u00f4metros<\/strong>, o que poderia ser facilmente substitu\u00eddo por transportes n\u00e3o poluentes ou de maior facilidade de deslocamento, reduzindo a necessidade de utiliza\u00e7\u00e3o de carros. Al\u00e9m disso, a expans\u00e3o das cidades e aumento da densidade demogr\u00e1fica pode intensificar a dificuldade de locomo\u00e7\u00e3o das pessoas, tornando-se importante aliar a micromobilidade com implanta\u00e7\u00e3o em larga escala de ciclovias e ciclofaixas.<\/p>\n\n\n\n

O que \u00e9 micromobilidade na pr\u00e1tica?<\/h4>\n\n\n\n

Este termo, tamb\u00e9m se associa a solu\u00e7\u00e3o sustent\u00e1vel dos novos carros el\u00e9tricos individuais, como resposta da ind\u00fastria automobil\u00edstica para redu\u00e7\u00e3o de porte, mais adaptado as cidades, e de redu\u00e7\u00e3o na emiss\u00e3o de poluentes. <\/p>\n\n\n\n

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Carro El\u00e9trico Individual. Fonte: PortoImagem.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Ap\u00f3s isso, come\u00e7aram a surgir as bicicletas e patinetes el\u00e9tricos compartilhados, trazendo alternativa mais barata e acess\u00edvel, no intuito de estimular estes novos meios de transporte nos grandes centros urbanos.<\/p>\n\n\n\n

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Patinete el\u00e9trico sendo utilizado em ciclovia. Fonte: Projeto Colabora.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Outra justificativa para a micromobilidade \u00e9 que criam um novo nicho de transporte<\/strong>, at\u00e9 ent\u00e3o pouco explorado nos centros urbanos<\/strong>, que leva em considera\u00e7\u00e3o que para pequenos trajetos cada pessoa far\u00e1 um caminho distinto, os quais muitas vezes n\u00e3o possuem \u00f4nibus como rota, devido ao baixo fluxo de usu\u00e1rios ou pelo tamanho das ruas, que inviabiliza sua circula\u00e7\u00e3o. Sendo assim, os pontos de utiliza\u00e7\u00e3o destes transportes de curtas dist\u00e2ncias se dariam no in\u00edcio ou ao final de um local de alta utiliza\u00e7\u00e3o de transportes p\u00fablicos, como rodovi\u00e1rias, pontos de \u00f4nibus e esta\u00e7\u00f5es de metr\u00f4.<\/p>\n\n\n\n

Micromobilidade x Mobilidade Urbana<\/h4>\n\n\n\n

A micromobilidade est\u00e1 inclu\u00edda como um complemento para a mobilidade urbana<\/strong>, isto por que, uma se relaciona como op\u00e7\u00e3o complementar de transporte, j\u00e1 a outra \u00e9 um panorama geral de condi\u00e7\u00f5es de estrutura, distribui\u00e7\u00e3o territorial e condi\u00e7\u00f5es de transporte, respectivamente.<\/p>\n\n\n\n

A micromobilidade, em especial quando se pensa em patinetes e bicicletas, para um funcionamento adequado, vem atrelado com a cria\u00e7\u00e3o de regras e defini\u00e7\u00e3o de \u00e1reas de utiliza\u00e7\u00e3o para este fim, garantindo maior seguran\u00e7a aos usu\u00e1rios e circulantes ao redor, o que deve ser pensado em conjunto com a mobilidade urbana, trazendo maior fluidez ao transporte.<\/p>\n\n\n\n

Toda cidade necessita de micromobilidade?<\/h4>\n\n\n\n

A implanta\u00e7\u00e3o da micromobilidade \u00e9 realizada principalmente nos \u00b4intra bairros\u00b4, em cidades em que h\u00e1 utiliza\u00e7\u00e3o excessiva de carros para curtas dist\u00e2ncias<\/strong>. Para entender o comportamento destas cidades, s\u00e3o feitos levantamentos sobre o percentual da popula\u00e7\u00e3o que utiliza os transportes p\u00fablicos, o n\u00famero de pessoas que moram pr\u00f3ximos as esta\u00e7\u00f5es de \u00f4nibus e metr\u00f4, assim como condi\u00e7\u00f5es de estrutura e seguran\u00e7a para implantar o sistema no local.<\/p>\n\n\n\n

Regulamenta\u00e7\u00e3o<\/h4>\n\n\n\n

Fato importante a se citar \u00e9 que\njunto com a nova solu\u00e7\u00e3o para a micromobilidade, foram computados uma s\u00e9rie de incidentes<\/strong> envolvendo principalmente, patinetes\nel\u00e9tricos com pedestres, bicicletas e carros, em cidades como S\u00e3o Paulo e Rio\nde Janeiro.<\/p>\n\n\n\n

A partir destas ocorr\u00eancias,\nmuito se come\u00e7ou a discutir quanto a forma de se regulamentar a utiliza\u00e7\u00e3o destes transportes<\/strong>, sendo proposto que\nseguissem de acordo com o Denatran nos t\u00f3picos relacionados a\n“equipamentos de mobilidade autopropelidos” (que possuem alguma\nmotoriza\u00e7\u00e3o) similares a monociclos e triciclos. Entretanto, cada munic\u00edpio\npode criar regras espec\u00edficas, de acordo com as caracter\u00edsticas da cidade em\nquest\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Via de regra, as principais diretrizes s\u00e3o quanto a velocidade, que em ciclovia e ciclofaixa, os patinetes devem ir at\u00e9 no m\u00e1ximo 20 km\/h e nas cal\u00e7adas at\u00e9 no m\u00e1ximo 6 km\/h. O capacete \u00e9 indicado, mas n\u00e3o \u00e9 obrigat\u00f3rio.<\/p>\n\n\n\n

Exemplos de novas regulamenta\u00e7\u00f5es em cidades brasileiras<\/h4>\n\n\n\n

Uma das cidades que j\u00e1 iniciou a\ninclus\u00e3o de novas regulamenta\u00e7\u00f5es foi S\u00e3o Paulo, um dos principais polos dos\nnovos ve\u00edculos de micromobilidade no pa\u00eds, que passou a categorizar a aplica\u00e7\u00e3o\nde multas, com valores entre R$ 100 a R$ 20 mil a quem n\u00e3o seguir as novas\nregras de utiliza\u00e7\u00e3o. Tais regras passam pelo uso obrigat\u00f3rio de capacete, a\nproibi\u00e7\u00e3o de circula\u00e7\u00e3o em cal\u00e7adas, o limite de velocidade do patinete de at\u00e9\n20 km\/h e fiscaliza\u00e7\u00e3o por autoridades do tr\u00e2nsito.<\/p>\n\n\n\n

O debate atual em rela\u00e7\u00e3o as\nregulamenta\u00e7\u00f5es em curso quanto ao uso do patinete el\u00e9trico principalmente, s\u00e3o\npor um lado prover maior seguran\u00e7a ao pedestre, por n\u00e3o permitir a utiliza\u00e7\u00e3o\nde patinetes em cal\u00e7adas, mas evitar expor os usu\u00e1rios a circula\u00e7\u00e3o no\ntr\u00e2nsito, junto com carros e motocicletas.<\/p>\n\n\n\n

Em outras cidades como\nFlorian\u00f3polis e Vit\u00f3ria, as prefeituras optaram por acrescentar como obriga\u00e7\u00e3o a\nidade m\u00ednima de 18 anos dos usu\u00e1rios, com possibilidade de utiliza\u00e7\u00e3o do\npatinete alugado por adolescentes a partir de 16 anos, sob responsabilidade dos\npais. Quanto aos espa\u00e7os permitidos para uso nestas cidades, \u00e9 permitido\ntrafegar nas cal\u00e7adas em velocidade de at\u00e9 6 km\/h e nas ciclovias e ciclofaixas\ncom velocidade m\u00e1xima de 20 km\/h.<\/p>\n\n\n\n

No Distrito Federal, est\u00e1 em\ncurso pela Secretaria de Mobilidade a elabora\u00e7\u00e3o de um projeto de lei para\natualizar a pol\u00edtica de mobilidade urbana, incluindo a micromobilidade, que ir\u00e1\nprever as bicicletas e patinetes compartilhados. Na cidade, existe diretriz\npara circula\u00e7\u00e3o apenas em \u00e1reas destinadas a pedestres, al\u00e9m de ciclovias e\nciclofaixas, de forma a evitar a proximidade com carros nas pistas. Em caso de\nnecessidade de atravessar uma rodovia, o usu\u00e1rio dever\u00e1 descer do patinete e\natravessar como pedestre.<\/p>\n\n\n\n

No Rio de Janeiro h\u00e1 discuss\u00f5es em curso, mas o que se iniciou de concreto foram atividades de conscientiza\u00e7\u00e3o e orienta\u00e7\u00e3o por parte das autoridades de tr\u00e2nsito, com foco em dire\u00e7\u00e3o defensiva. As empresas que atuam com este tipo de servi\u00e7o compartilhado de micromobilidade est\u00e3o com a\u00e7\u00f5es em curso para atender as novas regulamenta\u00e7\u00f5es em cada estado, assim como tornar os aplicativos, local onde o usu\u00e1rio acessa para alugar os patinetes e bicicletas, mais informativo e com inclus\u00e3o de regras e responsabilidades para quem utiliza o servi\u00e7o.<\/p>\n\n\n\n

Novas Tend\u00eancias<\/h4>\n\n\n\n

Novas tend\u00eancias que come\u00e7aram a aparecer no Brasil e no mundo foram as cria\u00e7\u00f5es de empresas que fornecem outros ve\u00edculos para uso compartilhado, como o scooter el\u00e9trico, j\u00e1 realidade em S\u00e3o Paulo, que considera o aluguel no valor m\u00ednimo de R$ 5,90 por 10 minutos e ap\u00f3s isso a cobran\u00e7a de R$ 0,59 por minuto adicional.<\/p>\n\n\n\n

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Local para aluguel de scooter el\u00e9trico. Fonte: Infomoto.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

A outra novidade, ainda n\u00e3o dispon\u00edvel no Brasil, \u00e9 o sistema de aluguel de pula-pula, que funciona pela mesma forma de aluguel via aplicativo, com tarifa base de aproximadamente R$ 3,90 por 10 minutos de utiliza\u00e7\u00e3o e R$ 1,20 por minuto adicional.<\/p>\n\n\n\n

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Aluguel compartilhado de pula-pula. Fonte: Empresa Cangoroo\/Divulga\u00e7\u00e3o.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Maria Beatriz Ayello Leite<\/em>
Reda\u00e7\u00e3o Ambientebrasil<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

A micromobilidade, que traz a tona a solu\u00e7\u00e3o compartilhada para o transporte de curta dist\u00e2ncia, vem se tornando cada vez mais frequente nas cidades, trazendo muita aten\u00e7\u00e3o ao tema e fazendo as regulamenta\u00e7\u00f5es de mobilidade urbana se reinventarem. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":152641,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[2387],"tags":[4049,1094,2877],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/152640"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=152640"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/152640\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":152645,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/152640\/revisions\/152645"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/152641"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=152640"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=152640"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=152640"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}