{"id":152662,"date":"2019-06-27T11:54:07","date_gmt":"2019-06-27T14:54:07","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=152662"},"modified":"2019-06-26T23:01:04","modified_gmt":"2019-06-27T02:01:04","slug":"oito-anos-depois-de-chocar-o-brasil-safari-de-caca-a-oncas-no-pantanal-teve-maior-parte-dos-crimes-prescritos","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/06\/27\/152662-oito-anos-depois-de-chocar-o-brasil-safari-de-caca-a-oncas-no-pantanal-teve-maior-parte-dos-crimes-prescritos.html","title":{"rendered":"Oito anos depois de chocar o Brasil, saf\u00e1ri de ca\u00e7a a on\u00e7as no Pantanal teve maior parte dos crimes prescritos"},"content":{"rendered":"\n
Um v\u00eddeo mostrando uma on\u00e7a-pintada despencando de uma \u00e1rvore ap\u00f3s levar um tiro chocou o pa\u00eds em 6 de maio de 2011, quando\u00a0o Jornal Nacional divulgou os v\u00eddeos de um saf\u00e1ri de ca\u00e7a a on\u00e7as-pintadas\u00a0e outros animais silvestres em Mato Grosso do Sul. Oito anos depois, o que come\u00e7ou com uma investiga\u00e7\u00e3o da Pol\u00edcia Militar Ambiental do estado e se transformou em uma opera\u00e7\u00e3o da Pol\u00edcia Federal acabou se arrastando na Justi\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n
Agora, boa parte dos crimes pelos quais os r\u00e9us foram denunciados j\u00e1 prescreveu, o que quer dizer que o per\u00edodo em que a Justi\u00e7a poderia julgar e puni-los foi esgotado. Al\u00e9m disso, dois dos sete r\u00e9us originais j\u00e1 n\u00e3o podem mais responder pelos crimes.<\/p>\n\n\n\n
A decis\u00e3o judicial mais recente foi publicada na segunda-feira (17) pela Vara Criminal de Aquidauana, do Tribunal de Justi\u00e7a de Mato Grosso do Sul (TJ-MS), e determinou a prescri\u00e7\u00e3o de seis das 11 acusa\u00e7\u00f5es \u00e0s quais respondem os cinco r\u00e9us ainda listados. O G1<\/strong> procurou os advogados de defesa, mas s\u00f3 conseguiu contato com o de uma das r\u00e9s no processo (veja abaixo o que diz a defesa dela)<\/em>.<\/p>\n\n\n\n As dificuldades que as autoridades encontram para fiscalizar e, depois, para punir o crime de ca\u00e7a de animais silvestres e a pesca ilegal s\u00e3o o tema das reportagens deste m\u00eas do Desafio Natureza do G1<\/strong>.<\/p>\n\n\n\n Um levantamento feito junto \u00e0s inst\u00e2ncias estaduais e federais mostra que, atualmente,\u00a0o Pantanal tem um fiscal a cada 204 km\u00b2\u00a0para combater esses e outros crimes ambientais.<\/p>\n\n\n\n Ao mesmo tempo em que as autoridades n\u00e3o conseguem colocar policiais ou fiscais em todos os rios e fazendas do Pantanal, as probabilidades de punir crimes como a ca\u00e7a caem drasticamente quando os autores n\u00e3o s\u00e3o pegos em flagrante.<\/p>\n\n\n\n Por isso, o v\u00eddeo obtido por policiais mostrando as pessoas atirando e matando a on\u00e7a na Fazenda Santa Sofia, uma reserva de prote\u00e7\u00e3o natural no sul de Mato Grosso do Sul, passou a ser considerado uma pe\u00e7a chave na tentativa de levar o caso \u00e0 esfera penal.<\/p>\n\n\n\n As acusa\u00e7\u00f5es contra os r\u00e9us nesse caso envolveram tr\u00eas leis diferentes: a Lei de Crimes Ambientais, o C\u00f3digo Penal e o Estatuto do Desarmamento.<\/p>\n\n\n\n A primeira delas teve sua reda\u00e7\u00e3o mais recente definida em 1998, e determina que \u00e9 crime “matar, perseguir, ca\u00e7ar, apanhar e utilizar esp\u00e9cimes da fauna silvestre” sem autoriza\u00e7\u00e3o. A pena, no caso de matar uma on\u00e7a-pintada, \u00e9 ainda maior, porque trata-se de uma esp\u00e9cie em extin\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n O processo tamb\u00e9m teve o agravante de que o saf\u00e1ri acontecia em um territ\u00f3rio destinado \u00e0 conserva\u00e7\u00e3o da natureza.<\/p>\n\n\n\n Os cinco r\u00e9us ainda listados no processo tamb\u00e9m respondiam por associa\u00e7\u00e3o criminosa, um artigo do C\u00f3digo Penal, mas essa acusa\u00e7\u00e3o prescreveu para todos eles na decis\u00e3o judicial da semana passada.<\/p>\n\n\n\nCrimes ambientais<\/h2>\n\n\n\n