{"id":152982,"date":"2019-07-16T01:00:50","date_gmt":"2019-07-16T04:00:50","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=152982"},"modified":"2019-07-15T21:12:09","modified_gmt":"2019-07-16T00:12:09","slug":"rasto-de-condensacao-de-avioes-tem-efeitos-inesperados-na-atmosfera-e-talvez-para-o-meio-ambiente","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/07\/16\/152982-rasto-de-condensacao-de-avioes-tem-efeitos-inesperados-na-atmosfera-e-talvez-para-o-meio-ambiente.html","title":{"rendered":"Rasto de condensa\u00e7\u00e3o de avi\u00f5es tem efeitos inesperados na atmosfera (e talvez para o meio ambiente)"},"content":{"rendered":"\n
\"\"\/<\/figure>\n\n\n\n

Um estudo do Instituto de F\u00edsica Atmosf\u00e9rica da Alemanha descobriu que os rastos de condensa\u00e7\u00e3o dos avi\u00f5es podem ser mais perigosos para o meio ambiente do que as pr\u00f3prias emiss\u00f5es de di\u00f3xido de carbono das aeronaves.<\/p>\n\n\n\n

Isso porque o \u201cefeito de aquecimento\u201d da atmosfera de tais rastos deve triplicar at\u00e9 2050.<\/p>\n\n\n\n

Rasto de condensa\u00e7\u00e3o<\/h2>\n\n\n\n

Rasto de condensa\u00e7\u00e3o ou trilha de condensa\u00e7\u00e3o s\u00e3o as nuvens formadas pela condensa\u00e7\u00e3o dos gases de exaust\u00e3o dos motores das aeronaves em altitudes elevadas.<\/p>\n\n\n\n

Toda aeronave que queima combust\u00edvel deixa uma trilha de gases e fuligem. Em altitudes elevadas, vapor d\u2019\u00e1gua se condensa em part\u00edculas de fuligem e congela, formando nuvens cirrus que duram de segundos a horas, dependendo da temperatura e umidade.<\/p>\n\n\n\n

Nuvens podem ter efeitos tanto de resfriamento quanto de aquecimento da atmosfera \u2013 podem refletir alguns raios solares para o espa\u00e7o ou bloquear parte da radia\u00e7\u00e3o em dire\u00e7\u00e3o \u00e0 Terra.<\/p>\n\n\n\n

Em outras palavras, tanto nuvens cirrus naturais quanto rastos de condensa\u00e7\u00e3o podem ter efeitos de aquecimento na atmosfera.<\/p>\n\n\n\n

Proje\u00e7\u00f5es<\/h2>\n\n\n\n

Ulrike Burkhardt, principal autor do estudo, e seus colegas usaram modelos computacionais para estimar o efeito de aquecimento dos rastos de avi\u00f5es em 2006 (ano em que come\u00e7amos a ter registros detalhados de tr\u00e1fego a\u00e9reo), bem como em 2050, quando o tr\u00e1fego a\u00e9reo deve ser quatro vezes maior do que agora. O modelo levou em conta as mudan\u00e7as no volume de tr\u00e1fego, localidades e altitudes dos voos, bem como altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas.<\/p>\n\n\n\n

Os resultados mostram que o efeito de aquecimento ser\u00e1 tr\u00eas vezes maior em 2050 do que era em 2006. Inclusive, esse tipo de efeito provavelmente superar\u00e1 o aquecimento que vir\u00e1 com o aumento das emiss\u00f5es de di\u00f3xido de carbono de avi\u00f5es, gra\u00e7as a melhorias na efici\u00eancia do combust\u00edvel utilizado.<\/p>\n\n\n\n

Ou seja, globalmente, o aquecimento atmosf\u00e9rico associado \u00e0s nuvens de rasto deve ser maior do que o causado pelas emiss\u00f5es de carbono da avia\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

\u201cO aquecimento que n\u00e3o vem de CO2 \u00e9 o elefante na sala\u201d, explica Bill Hemmings, do Transport & Environment, um grupo da B\u00e9lgica.<\/p>\n\n\n\n

Contribui\u00e7\u00e3o menor<\/h2>\n\n\n\n

Vale lembrar que, ao todo, a avia\u00e7\u00e3o \u00e9 respons\u00e1vel por cerca de 5% do aquecimento global total.<\/p>\n\n\n\n

O efeito do rasto de condensa\u00e7\u00e3o, assim, n\u00e3o chega a ser uma cat\u00e1strofe planet\u00e1ria. Os modelos computacionais sugerem que as nuvens contribuir\u00e3o com cerca de 160 miliwatts de \u201cfor\u00e7a radiativa adicional\u201d (energia extra fluindo de volta para a superf\u00edcie da Terra) at\u00e9 o meio do s\u00e9culo, enquanto o aquecimento pela emiss\u00e3o de gases do efeito estufa deve contribuir com 6.000 miliwatts.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEnt\u00e3o, enquanto o rasto de condensa\u00e7\u00e3o \u00e9 certamente significativo, \u00e9 um colaborador relativamente menor para o aquecimento global como um todo\u201d, disse o cientista atmosf\u00e9rico Ethan Coffel, da Faculdade Dartmouth (EUA), que n\u00e3o participou do estudo.<\/p>\n\n\n\n

Campo de pesquisa aberto<\/h2>\n\n\n\n

O efeito de aquecimento do rasto de condensa\u00e7\u00e3o e das nuvens cirrus n\u00e3o \u00e9 totalmente compreendido pelos cientistas ainda.<\/p>\n\n\n\n

Como tem vida curta e ocorre na atmosfera superior, n\u00e3o sabemos com certeza quanta diferen\u00e7a este efeito tem para a temperatura na superf\u00edcie da Terra, algo que Burkhardt chamou de \u201ct\u00f3pico de pesquisa aberto\u201d.<\/p>\n\n\n\n

O problema \u00e9 que, independentemente disto, precisamos buscar solu\u00e7\u00f5es para as emiss\u00f5es de CO2 e para o rasto de condensa\u00e7\u00e3o dos avi\u00f5es de qualquer forma.<\/p>\n\n\n\n

\u201cA atitude tem sido que existem incertezas, ent\u00e3o vamos esperar e n\u00e3o fazer nada\u201d, criticou Hemmings.<\/p>\n\n\n\n

As incertezas, de acordo com Burkhardt, funcionam nos dois sentidos \u2013 o estudo pode estar subestimando o aquecimento vindo desta fonte em at\u00e9 70%.<\/p>\n\n\n\n

As descobertas da pesquisa foram publicadas na revista cient\u00edfica Atmospheric Chemistry and Physics. [Gizmodo<\/a>, NewScientist<\/a>]<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Hypescience
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