{"id":153047,"date":"2019-07-22T12:05:21","date_gmt":"2019-07-22T15:05:21","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=153047"},"modified":"2019-07-21T22:13:52","modified_gmt":"2019-07-22T01:13:52","slug":"nova-especie-de-anfibio-e-descoberta-em-area-preservada-no-sul-do-es","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/07\/22\/153047-nova-especie-de-anfibio-e-descoberta-em-area-preservada-no-sul-do-es.html","title":{"rendered":"Nova esp\u00e9cie de anf\u00edbio \u00e9 descoberta em \u00e1rea preservada no Sul do ES"},"content":{"rendered":"\n

Uma nova esp\u00e9cie de anf\u00edbio foi descoberta por pesquisadores no Sul do Esp\u00edrito Santo, nos remanescentes de floresta do Monumento Natural Estadual Serra das Torres (Monast), que abrange os munic\u00edpios de \u00c1t\u00edlio Viv\u00e1cqua, Mimoso do Sul e Muqui.<\/p>\n\n\n\n

Trata-se da\u00a0Luetkenotyphlus fredi,\u00a0<\/em>que agora \u00e9 uma das mais de 50 esp\u00e9cies de cobras-cegas ou cec\u00edlias j\u00e1 catalogadas. A descoberta foi feita em 2018, mas divulgada nesta sexta-feira (19) pelo governo do estado.<\/p>\n\n\n\n

\"Luetkenotyphlus

Luetkenotyphlus fredi \u2014 Foto: Thiago Marcial de Castro <\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Foram pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), sob a coordena\u00e7\u00e3o da Dra. Jane C. F. de Oliveira e colabora\u00e7\u00e3o de alunos do Centro Universit\u00e1rio S\u00e3o Camilo, que encontraram a nova esp\u00e9cie.<\/p>\n\n\n\n

A esp\u00e9cie \u00e9 agora a segunda que comp\u00f5e o g\u00eanero Luetkenotyphlus. A primeira foi descrita h\u00e1 168 anos, sendo agora as \u00fanicas duas esp\u00e9cies conhecidas neste g\u00eanero.<\/p>\n\n\n\n

Os registros da esp\u00e9cie foram feitos inicialmente durante invent\u00e1rios de anf\u00edbios e r\u00e9pteis na Mata do Ouvidor, em Itapemirim. Em seguida foi inclu\u00edda no invent\u00e1rio de anf\u00edbios e r\u00e9pteis do Monumento Natural Serra das Torres, ambos em projetos compostos pelos mesmos pesquisadores.<\/p>\n\n\n\n

A parceria para a descri\u00e7\u00e3o taxon\u00f4mica e da esp\u00e9cie foi feita com o Dr. Adriano Maciel, do Museu Paraense Emilio Goeldi que liderou as avalia\u00e7\u00f5es gen\u00e9ticas e morfol\u00f3gicas desta esp\u00e9cie at\u00e9 ent\u00e3o desconhecida para a ci\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

Segundo a Dra. Jane C. F. de Oliveira, a Serra das Torres j\u00e1 revelou em estudos anteriores feitos, tamb\u00e9m pela equipe dela, a importante biodiversidade que tem guardada em suas florestas.<\/p>\n\n\n\n

\u201cOutros importantes estudos foram publicados para o Monumento, mas esta \u00e9 a primeira esp\u00e9cie nova descrita para a Unidade e a primeira deste g\u00eanero que \u00e9 end\u00eamica do Esp\u00edrito Santo. Luetkenotyphlus fredi<\/em> mostra o quanto as matas da Serra das Torres s\u00e3o importantes para preservar esp\u00e9cies raras\u201d, disse.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisadora afirmou ainda que a esp\u00e9cie nova encontrada na Serra das Torres a na Mata do Ouvidor parece estar associada a florestas preservadas, pois \u00e9 um anf\u00edbio que vive enterrado entre as folhas e a terra e que depende portanto de uma camada de folhas e de umidade adequada para sua exist\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

\u201cNa Serra das Torres a esp\u00e9cie foi encontrada nos munic\u00edpios de At\u00edlio Viv\u00e1cqua e Mimoso do Sul, mas \u00e9 prov\u00e1vel que esteja distribu\u00edda em toda a regi\u00e3o preservada do Monumento. Na Mata do Ouvidor ela foi encontrada apenas uma vez em uma parte preservada da mata. Nossa descoberta destaca a import\u00e2ncia de estudos cient\u00edficos para levantamento e conserva\u00e7\u00e3o da biodiversidade, particularmente em tempos de regress\u00e3o de pol\u00edticas p\u00fablicas relacionadas ao meio ambiente do Brasil\u201d, explicou.<\/p>\n\n\n\n

O Agente de Desenvolvimento Ambiental e Recursos H\u00eddricos do IEMA, Guilherme Mendon\u00e7a, destaca que essa descoberta refor\u00e7a a import\u00e2ncia da conserva\u00e7\u00e3o do Monumento Natural Serra das Torres.<\/p>\n\n\n\n

\u201cPelo tamanho e relev\u00e2ncia de sua cobertura florestal, as pesquisas ainda s\u00e3o relativamente escassas, contudo as que v\u00eam sendo feitas t\u00eam confirmado a import\u00e2ncia dessa Unidade de Conserva\u00e7\u00e3o para conserva\u00e7\u00e3o no Esp\u00edrito Santo\u201d, destacou.<\/p>\n\n\n\n

Import\u00e2ncia da descri\u00e7\u00e3o da esp\u00e9cie<\/h2>\n\n\n\n

Luetkenotyphlus fredi<\/em>\u00a0\u00e9, at\u00e9 o momento, natural do estado do Esp\u00edrito Santo e restrita \u00e0s duas localidades onde foi encontrada (Mata do Ouvidor e Serra das Torres), ou seja, esta esp\u00e9cie n\u00e3o \u00e9 conhecida em nenhuma outra parte do mundo at\u00e9 agora.<\/p>\n\n\n\n

Segundo o Instituto Estadual de Meio Ambiente do Esp\u00edrito Santo (Iema), o nome escolhido para a nova esp\u00e9cie \u00e9 uma homenagem ao bi\u00f3logo Dr. Carlos Frederico Duarte Rocha (Fred Rocha), por sua imensa contribui\u00e7\u00e3o aos estudos de ecologia de anf\u00edbios e r\u00e9pteis no Brasil e no mundo, al\u00e9m dos esfor\u00e7os para a conserva\u00e7\u00e3o da Mata Atl\u00e2ntica.<\/p>\n\n\n\n

Riqueza de Cec\u00edlias do mundo<\/h2>\n\n\n\n

As Cec\u00edlias s\u00e3o anf\u00edbios, geralmente, dif\u00edceis de serem encontrados na natureza porque est\u00e3o quase sempre escondidos no solo, e o \u00fanico m\u00e9todo at\u00e9 agora eficiente para colet\u00e1-los \u00e9 cavando com enxadas ou ferramentas semelhantes.<\/p>\n\n\n\n

Esta \u00e9 a Cec\u00edlia n\u00famero 2013 do mundo, e dez delas foram descobertas pelo taxonomista Adriano Marciel.<\/p>\n\n\n\n

Outros estudos na Serra das Torres<\/h2>\n\n\n\n

Entre 2009 e 2012 outros estudos importantes foram publicados tamb\u00e9m sob coordena\u00e7\u00e3o da Dra. Jane de Oliveira, alguns deles destacam um dos menores sapos do mundo e o menor do Brasil encontrado pela primeira vez nos limites desta Unidade de Conserva\u00e7\u00e3o,\u00a0conhecido como Sapo-Pulga (Brachycephalus didactylus<\/em>).<\/p>\n\n\n\n

Embora j\u00e1 fosse conhecido no estado do Rio de Janeiro foi encontrado pela primeira vez no Esp\u00edrito Santo, e at\u00e9 hoje continua sendo o \u00fanico fragmento de floresta neste Estado onde encontramos este sapinho.<\/p>\n\n\n\n

Foi tamb\u00e9m o caso de outros dois anf\u00edbios, Zachaenus parvulus<\/em> e Phasmahyla guttata<\/em>, que tamb\u00e9m eram conhecidos em outras localidades do Brasil, mas que continuam sendo os \u00fanicos registros para o Estado. Estas esp\u00e9cies tamb\u00e9m est\u00e3o associadas a florestas preservadas e mostra o bom estado de conserva\u00e7\u00e3o da Serra das Torres.<\/p>\n\n\n\n

Uma outra publica\u00e7\u00e3o mostrou que a combina\u00e7\u00e3o de profundidade da camada de folhas depositadas no ch\u00e3o da floresta e a cobertura do dossel s\u00e3o fatores que permitem a manuten\u00e7\u00e3o de esp\u00e9cies de anf\u00edbios sens\u00edveis a mudan\u00e7as na conserva\u00e7\u00e3o da floresta.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: G1<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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