{"id":153169,"date":"2019-07-30T16:00:03","date_gmt":"2019-07-30T19:00:03","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=153169"},"modified":"2019-07-29T23:18:43","modified_gmt":"2019-07-30T02:18:43","slug":"quem-sao-os-wajapi-guardioes-de-terra-cobicada-por-garimpeiros-ilegais-e-mineradoras","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/07\/30\/153169-quem-sao-os-wajapi-guardioes-de-terra-cobicada-por-garimpeiros-ilegais-e-mineradoras.html","title":{"rendered":"Quem s\u00e3o os waj\u00e3pi, guardi\u00f5es de terra cobi\u00e7ada por garimpeiros ilegais e mineradoras"},"content":{"rendered":"\n
\"homens

Povo ind\u00edgena, que ocupa territ\u00f3rio no Amap\u00e1 e na Guiana Francesa e quase foi dizimado nos anos 1970 ap\u00f3s contato com n\u00e3o-\u00edndios, \u00e9 reconhecido por conseguir manter o equil\u00edbrio entre o passado e presente
<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

O povo waj\u00e3pi \u00e9 guardi\u00e3o de uma terra rica em ouro e ferro de cerca de 607 mil hectares, uma \u00e1rea equivalente a quatro cidades de S\u00e3o Paulo delimitada pelos rios Oiapoque, Jari e Araguari, no oeste do Amap\u00e1.<\/p>\n\n\n\n

Chegaram ao local depois de uma travessia \u00e9pica pelo rio Amazonas. Descendentes dos Guaiapi, falantes da l\u00edngua da fam\u00edlia Tupi, os waj\u00e3pi sa\u00edram do baixo rio Xingu, no norte do Par\u00e1, no s\u00e9culo 18 rumo ao territ\u00f3rio hoje ocupado pelo Amap\u00e1 e pela Guiana Francesa.<\/p>\n\n\n\n

Sempre mantiveram o estilo de vida, tradi\u00e7\u00f5es, rituais e autonomia. Vivem da ca\u00e7a e da agricultura e tentam defender sua terra como podem – com arcos, flechas, lan\u00e7as e at\u00e9 armas de fogo, estas devidamente registradas e autorizadas pela Pol\u00edcia Federal, segundo eles, e com a ajuda de organiza\u00e7\u00f5es governamentais e n\u00e3o governamentais.<\/p>\n\n\n\n

Homologada e registrada em 1996, a terra ind\u00edgena waj\u00e3pi, localizada entre os munic\u00edpios amapaenses de Pedra Branca do Amapari e Laranjal do Jari, \u00e9 cobi\u00e7ada por garimpeiros e ca\u00e7adores de peles de animais e tem sido alvo de invas\u00f5es frequentes.<\/p>\n\n\n\n

Desde os anos 1970, os waj\u00e3pi t\u00eam uma rela\u00e7\u00e3o conturbada e traum\u00e1tica com garimpeiros e mineradores. No in\u00edcio dos anos 1970, uma epidemia de sarampo, disseminada ap\u00f3s contato com homens brancos, causou a morte de quase cem indiv\u00edduos waj\u00e3pi, incluindo adultos e crian\u00e7as.<\/p>\n\n\n\n

Na semana passada, a morte do cacique Emyra Wai\u00e3pi e duas invas\u00f5es relatadas pelo Conselho das Aldeias Waj\u00e3pi colocaram em evid\u00eancia o alto n\u00edvel de tens\u00e3o na regi\u00e3o no momento.<\/p>\n\n\n\n

Em nota divulgada no domingo, 28 de julho, o Conselho das Aldeias Waj\u00e3pi disse que um grupo de invasores armados entrou na sexta-feira (26) na aldeia Yvytot\u00f5, ocupou uma casa e amea\u00e7ou os moradores, que fugiram no dia seguinte do local.<\/p>\n\n\n\n

\"povo
Os waj\u00e3pi tinham o costume de amarrar invasores e entreg\u00e1-los \u00e0 Pol\u00edcia Federal, hoje est\u00e3o organizados num conselho com diretoria e site<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

No s\u00e1bado, moradores de outra aldeia, a Karapijuty, teriam avistado um poss\u00edvel invasor nos arredores.<\/p>\n\n\n\n

O cacique Emyra Wai\u00e3pi havia sido encontrado morto no dia 22 – a Pol\u00edcia Federal, que foi ao local com representantes da Funda\u00e7\u00e3o Nacional do \u00cdndio (Funai) e do batalh\u00e3o de opera\u00e7\u00f5es especiais da pol\u00edcia do Amap\u00e1, abriu inqu\u00e9rito para investigar a morte dele.<\/p>\n\n\n\n

Bolsonaro p\u00f5e em d\u00favida assassinato de l\u00edder ind\u00edgena<\/h2>\n\n\n\n

Ao comentar a morte do cacique no Amap\u00e1, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse n\u00e3o haver ind\u00edcio forte de que ele tenha sido assassinado.<\/p>\n\n\n\n

Foi a primeira vez que o presidente se manifestou sobre o incidente. “N\u00e3o tem nenhum ind\u00edcio forte que esse \u00edndio foi assassinado l\u00e1. Chegaram v\u00e1rias possibilidades, a PF est\u00e1 l\u00e1, quem n\u00f3s pudermos mandar n\u00f3s j\u00e1 mandamos. Buscarei desvendar o caso e mostrar a verdade sobre isso a\u00ed”, afirmou o presidente, ao deixar o Pal\u00e1cio da Alvorada na manh\u00e3 desta segunda-feira (29).<\/p>\n\n\n\n

De acordo com a nota do conselho waj\u00e3pi, n\u00e3o houve testemunhas, mas parentes examinaram o local e “encontraram rastros e outros sinais de que a morte teria sido causada por pessoas n\u00e3o ind\u00edgenas”.<\/p>\n\n\n\n

\"Os
Os waj\u00e3pi s\u00e3o considerados um povo festivo e amistoso, mas que coleciona experi\u00eancias traum\u00e1ticas com garimpeiros e mineradoras<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Al\u00e9m de colocar em d\u00favida o assassinato, Bolsonaro tamb\u00e9m reiterou que sua inten\u00e7\u00e3o \u00e9 regulamentar o garimpo e autorizar a explora\u00e7\u00e3o de min\u00e9rios dentro de territ\u00f3rio ind\u00edgena.<\/p>\n\n\n\n

“\u00c9 inten\u00e7\u00e3o minha regulamentar garimpo, legalizar o garimpo. Inclusive para \u00edndio, que tem que ter o direito de explorar o garimpo na sua propriedade. Terra ind\u00edgena \u00e9 como se fosse propriedade dele. L\u00f3gico, ONGs de outros pa\u00edses n\u00e3o querem, querem que o \u00edndio continue preso num zool\u00f3gico animal, como se fosse um ser humano pr\u00e9-hist\u00f3rico”, afirmou o presidente.<\/p>\n\n\n\n

Para Bolsonaro, as demarca\u00e7\u00f5es ind\u00edgenas est\u00e3o “inviabilizando o neg\u00f3cio” no Brasil.<\/p>\n\n\n\n

Hist\u00f3ria de resist\u00eancia<\/h2>\n\n\n\n

Segundo Fiona Watson, pesquisadora da ONG\u00a0Survival International, a hist\u00f3ria dos waj\u00e3pi \u00e9 de resist\u00eancia, resili\u00eancia e sobreviv\u00eancia. “Eles s\u00e3o os guardi\u00f5es da floresta. Dependem da floresta e mant\u00eam uma rela\u00e7\u00e3o espiritual com ela. Por isso, resistem a tudo que pode destru\u00ed-la”, diz.<\/p>\n\n\n\n

Watson declara n\u00e3o se opor \u00e0 minera\u00e7\u00e3o em terras ind\u00edgenas desde que seja uma escolha dos guardi\u00f5es da terra, que pertence \u00e0 Uni\u00e3o. “Tem que ter o consentimento dos \u00edndios, a decis\u00e3o tem que ser deles porque a terra \u00e9 deles”, afirma, argumentando que o governo deveria se empenhar mais em proteger as terras ind\u00edgenas uma vez que a legisla\u00e7\u00e3o atualmente pro\u00edbe minera\u00e7\u00e3o em terras ocupadas por ind\u00edgenas.<\/p>\n\n\n\n

Os waj\u00e3pi, por exemplo, s\u00e3o contra a explora\u00e7\u00e3o mineral em seu territ\u00f3rio. Apesar de serem considerados um povo festivo e amistoso, eles declararam guerra aos garimpeiros e \u00e0s mineradoras depois de colecionarem experi\u00eancias traum\u00e1ticas.<\/p>\n\n\n\n

\"waj\u00e3pi\"\/
Os waj\u00e3pi contabilizam 57 celebra\u00e7\u00f5es<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Primeiro contato<\/h2>\n\n\n\n

Hoje, s\u00e3o aproximadamente 900 waj\u00e3pi vivendo em 49 aldeias. Na Guiana Francesa, no alto rio Oiapoque, vivem outros 1.100.<\/p>\n\n\n\n

“Mas esse povo quase desapareceu nos anos 1970”, conta Watson, lembrando que os waj\u00e3pi foram v\u00edtimas de mal\u00e1ria e sarampo contra\u00eddos depois do contato com n\u00e3o-\u00edndios.<\/p>\n\n\n\n

O primeiro contato com a Funda\u00e7\u00e3o Nacional do \u00cdndio (Funai) foi em 1973, quando a rodovia Perimetral Norte BR-210 come\u00e7ou a ser constru\u00edda na regi\u00e3o onde estavam os waj\u00e3pi.<\/p>\n\n\n\n

No ano seguinte \u00e0 chegada da Funai, eram apenas sete dezenas deles, segundo relatou um ex-chefe do posto local da Funda\u00e7\u00e3o ao Jornal do Brasil em 1993.<\/p>\n\n\n\n

A estrada facilitou o acesso \u00e0s terras protegidas pelos waj\u00e3pi. Chegaram ca\u00e7adores, garimpeiros e, mais recentemente, empresas de minera\u00e7\u00e3o demonstraram interesse em explorar na regi\u00e3o jazidas de ouro, cassiterita, mangan\u00eas e t\u00e2ntalo.<\/p>\n\n\n\n

Mas a antrop\u00f3loga da Universidade de S\u00e3o Paulo (USP), Dominique Gallois, estudiosa do povo waj\u00e3pi,\u00a0relatou no Facebook\u00a0que “experi\u00eancias tr\u00e1gicas” dos waj\u00e3pi com garimpeiros s\u00e3o anteriores \u00e0 chegada da Funai.<\/p>\n\n\n\n

\"mulheres
O primeiro contato dos waj\u00e3pi com a Funai foi em 1973<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Entre 1971 e 1973, escreveu Gallois, levas de garimpeiros invadiram a bacia do rio Karapanaty, explorando ouro nas proximidades da aldeia Karav\u00f5v\u00f5.<\/p>\n\n\n\n

“Prometiam trazer mercadorias e conseguiram apoio dos \u00edndios, que os abasteciam com ca\u00e7a, lenha e alimentos. Na verdade, depois de cerca de um ano de conviv\u00eancia conturbada, fugiram e deixaram a popula\u00e7\u00e3o de cinco aldeias da regi\u00e3o infectadas com sarampo”, relatou a professora.<\/p>\n\n\n\n

Segundo ela, mais de 80 adultos e crian\u00e7as morreram, “abandonados pelos que se diziam seus amigos”.<\/p>\n\n\n\n

Gallois diz que a Funai chegou mais tarde, em 1973, “para afastar os \u00edndios do trajeto da estrada Perimetral Norte, constru\u00edda na \u00e9poca e abandonada em 1976”, depois de ter avan\u00e7ado cerca de 30 quil\u00f4metros para dentro da \u00e1rea ind\u00edgena.<\/p>\n\n\n\n

Estrat\u00e9gia de defesa<\/h2>\n\n\n\n

“Pouco a pouco, os waj\u00e3pi encontraram estrat\u00e9gias para se defender e logo que sabiam da presen\u00e7a de invasores, os procuravam, amarravam e levavam \u00e0 Funai para que fossem entregues \u00e0 Pol\u00edcia Federal”, escreveu a professora, dizendo que esses epis\u00f3dios aconteceram v\u00e1rias vezes entre 1985 e 1992.<\/p>\n\n\n\n

Em 1994, eles criaram o Conselho das Aldeias Apina para reivindicar direitos e passaram a denunciar de forma mais organizada e sistem\u00e1tica as sucessivas tentativas de ingresso. O Conselho, que tem site e diretoria com mandato, tem tamb\u00e9m um documento com detalhes sobre as tradi\u00e7\u00f5es do povo waj\u00e3pi.<\/p>\n\n\n\n

Eles s\u00e3o reconhecidos por manter o equil\u00edbrio entre o passado e o presente, vivem dos recursos da floresta e mant\u00eam rituais e tradi\u00e7\u00f5es curiosas – como, na hora do casamento, dar a pr\u00f3pria irm\u00e3 para se casar com o irm\u00e3o da noiva ou se casar tamb\u00e9m com a irm\u00e3 solteira da noiva.<\/p>\n\n\n\n

\"Reprodu\u00e7\u00e3o
Material produzido pelos waj\u00e3pi com apoio da Funai explica rituais e tradi\u00e7\u00f5es mantidas pelo povo que vive no Amap\u00e1 e na Guiana Francesa<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Quem escolhe o nome da crian\u00e7a waj\u00e3pi s\u00e3o os av\u00f3s e os pais. “N\u00f3s usamos os nomes de nossos antepassados para colocar nome nas crian\u00e7as”, explicam. Crian\u00e7as podem se chamar pelo nome, mas quando se \u00e9 jovem ou adulto, n\u00e3o. “\u00c9 imposs\u00edvel chamar a pessoa pelo nome pr\u00f3prio, sen\u00e3o ela fica brava”, explicam – os waj\u00e3pi se chamam pelo grau de parentesco.<\/p>\n\n\n\n

H\u00e1 palavras que s\u00f3 as mulheres falam e outras que apenas os homens pronunciam.<\/p>\n\n\n\n

‘N\u00e3o fazemos festa sem beber’<\/h2>\n\n\n\n

Os waj\u00e3pi s\u00e3o festeiros. Celebram a pesca, a colheita, t\u00eam 57 celebra\u00e7\u00f5es diferentes. “N\u00e3o fazemos festa sem beber. A festa \u00e9 uma troca, de quem d\u00e1 caxiri e quem vem cantar e dan\u00e7ar”. O caxiri, bebida fermentada \u00e0 base de mandioca, \u00e9 preparado pelas mulheres da aldeia.<\/p>\n\n\n\n

Ele \u00e9 usado tamb\u00e9m em rituais mais doloridos. As meninas, depois da primeira menstrua\u00e7\u00e3o, recebem picadas de formigas “para ficar forte”. A m\u00e3e d\u00e1 \u00e0 filha o caxiri para n\u00e3o sentir dor e o pai – ou algu\u00e9m que trabalha, \u00e9 ca\u00e7ador e fala bem – busca e aplica a formiga.<\/p>\n\n\n\n

“Eles mant\u00eam o estilo de vida e os rituais. Mas tamb\u00e9m interagem, em especial os mais jovens”, diz Fiona Watson, da ONG Survival International, dizendo que eles s\u00e3o conscientes de que precisam se defender como podem.<\/p>\n\n\n\n

Os waj\u00e3pi tamb\u00e9m t\u00eam escolas, postos de sa\u00fade e salas de reuni\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Muitos falam portugu\u00eas e, os que t\u00eam direito a usar armas de fogo fizeram em 2018 testes de tiro, avalia\u00e7\u00e3o psicol\u00f3gica e comportamental, sob a supervis\u00e3o da Pol\u00edcia Federal e do Minist\u00e9rio P\u00fablico Federal.<\/p>\n\n\n\n

Uma waj\u00e3pi no governo Bolsonaro<\/h2>\n\n\n\n

H\u00e1 tamb\u00e9m waj\u00e3pi no Ex\u00e9rcito e no governo Bolsonaro.<\/p>\n\n\n\n

Silvia Nobre Waj\u00e3pi, de 42 anos, fez parte da equipe de transi\u00e7\u00e3o do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e, em abril, foi nomeada secret\u00e1ria de Sa\u00fade Ind\u00edgena.<\/p>\n\n\n\n

Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, ela j\u00e1 foi moradora de rua, vendedora de livros, atriz, atleta, fisioterapeuta e primeira \u00edndia militar – entrou para o Ex\u00e9rcito em 2010.<\/p>\n\n\n\n

O Minist\u00e9rio da Sa\u00fade informa, em seu site, que ela nasceu numa tribo waj\u00e3pi, no interior do Amap\u00e1. Aos quatro anos, sofreu um acidente e foi levada para a cidade a fim de ser operada.<\/p>\n\n\n\n

\"familia\"\/
Ningu\u00e9m esperava que, tantos anos depois, surgisse novamente o pesadelo das invas\u00f5es de garimpeiros, disse professora da USP<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Como n\u00e3o podia voltar para a aldeia, devido aos graves problemas de sa\u00fade, foi criada, inicialmente, por um professor que iniciou a alfabetiza\u00e7\u00e3o de Silvia. “Silvia sempre manteve os la\u00e7os com o seu pai, cacique Seremete, na aldeia para onde volta uma vez por ano nas f\u00e9rias”, diz o Minist\u00e9rio da Sa\u00fade.<\/p>\n\n\n\n

Apesar de terem conseguido manter o estilo de vida, tradi\u00e7\u00f5es e rituais mesmo depois do contato com n\u00e3o-\u00edndios e, ao mesmo tempo, interagir com n\u00e3o-\u00edndios, Fiona Watson, da Survival International, alerta que epis\u00f3dios como as invas\u00f5es recentes mostram que o povo waj\u00e3pi est\u00e1 em situa\u00e7\u00e3o vulner\u00e1vel.<\/p>\n\n\n\n

“Ningu\u00e9m esperava que, tantos anos depois, surgisse novamente o pesadelo das invas\u00f5es de garimpeiros. Voltou \u00e0 tona o medo das viol\u00eancias e da contamina\u00e7\u00e3o por doen\u00e7as”, escreveu Dominique Gallois, da USP.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: BBC *Colabora\u00e7\u00e3o Nath\u00e1lia Passarinho<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

O povo waj\u00e3pi \u00e9 guardi\u00e3o de uma terra rica em ouro e ferro de cerca de 607 mil hectares, uma \u00e1rea equivalente a quatro cidades de S\u00e3o Paulo delimitada pelos rios Oiapoque, Jari e Araguari, no oeste do Amap\u00e1. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":153170,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[270,2651,1421],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/153169"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=153169"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/153169\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":153171,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/153169\/revisions\/153171"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/153170"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=153169"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=153169"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=153169"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}