{"id":153187,"date":"2019-07-31T11:48:13","date_gmt":"2019-07-31T14:48:13","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=153187"},"modified":"2019-07-30T20:51:09","modified_gmt":"2019-07-30T23:51:09","slug":"brasil-e-o-quarto-pais-mais-perigoso-para-defensores-do-meio-ambiente","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/07\/31\/153187-brasil-e-o-quarto-pais-mais-perigoso-para-defensores-do-meio-ambiente.html","title":{"rendered":"Brasil \u00e9 o quarto pa\u00eds mais perigoso para defensores do meio ambiente"},"content":{"rendered":"\n
\"Brasilien

Protesto de povos ind\u00edgenas em Bras\u00edlia
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Depois de anos no topo do ranking, o Brasil apareceu em 2018 como quarto pa\u00eds do mundo com maior n\u00famero de assassinatos de ativistas e lideran\u00e7as que defendem o meio ambiente. O relat\u00f3rio foi divulgado nesta ter\u00e7a-feira (30\/07) pela ONG Global Witness, sediada no Reino Unido.<\/p>\n\n\n\n

Ao todo, 164 pessoas foram assassinadas pelo mundo no ano passado por atuarem na prote\u00e7\u00e3o de terras, florestas e rios e contra a a\u00e7\u00e3o de mineradoras, de madeireiras e de empresas do setor de alimentos. Vinte desses assassinatos foram registrados no Brasil. No ranking global, as Filipinas aparecem em primeiro lugar, com 30 assassinatos, seguida por Col\u00f4mbia (24) e \u00cdndia (23).<\/p>\n\n\n\n

Em 2017, o Brasil registrou 57 mortes para defensores do meio ambiente. No mesmo ano, a ONG contabilizou 201 mortes pelo mundo.<\/p>\n\n\n\n

Desde que Global Witness come\u00e7ou a documentar e divulgar esses crimes, em 2012, \u00e9 a primeira vez que o Brasil ficou de fora da “lideran\u00e7a\u201d do ranking. Segundo a ONG, os n\u00fameros registrados est\u00e3o de acordo com a queda geral no n\u00famero de homic\u00eddios no pa\u00eds em 2018.<\/p>\n\n\n\n

A Am\u00e9rica Latina mostrou-se a regi\u00e3o mais perigosa do mundo, segundo a avalia\u00e7\u00e3o feita pela Global Witness. Numa compara\u00e7\u00e3o proporcional, a Guatemala, onde as mortes do tipo saltaram de sete, em 2017, para 16 no ano passado, \u00e9 o pa\u00eds mais perigoso para ativistas.<\/p>\n\n\n\n

Alice Harrison, da Global Witness, lamenta os ataques violentos contra os defensores da terra e do meio ambiente, apesar da for\u00e7a crescente dos movimentos ambientalistas em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

“Nunca foi t\u00e3o importante ficar ao lado daqueles que est\u00e3o tentando defender suas terras e o nosso planeta contra a destrui\u00e7\u00e3o imprudente cometida pelos ricos e poderosos”, comenta Harrison, ressaltando a import\u00e2ncia de se proteger o meio ambiente diante do “caos clim\u00e1tico” trazido pelo aquecimento global.<\/p>\n\n\n\n

O relat\u00f3rio aponta que conflitos ligados ao setor da minera\u00e7\u00e3o foram os mais letais no globo. Pelo menos 41 pessoas morreram por se posicionarem contra a extra\u00e7\u00e3o de min\u00e9rios.<\/p>\n\n\n\n

Caso brasileiro<\/strong><\/p>\n\n\n\n

No Brasil, a principal fonte de dados para o relat\u00f3rio da Global Witness \u00e9 a Comiss\u00e3o Pastoral da Terra (CPT). Os n\u00fameros divulgados por ambas as entidades, no entanto, apresentam diferen\u00e7as. Enquanto a CPT tamb\u00e9m contabiliza assassinatos de trabalhadores rurais, sem-terra e ind\u00edgenas, a Global Witness se restringe aos casos de defensores da terra e do meio ambiente, que ela classifica como indiv\u00edduos que tomam medidas pac\u00edficas para proteger terras ou direitos ambientais.<\/p>\n\n\n\n

Isso explica o fato de o n\u00famero final de 2018 divulgado pela CPT ser maior. Naquele ano, a comiss\u00e3o contabilizou 28 assassinatos no campo – a maioria, 24, na Amaz\u00f4nia Legal. Do total, 15 foram contra pessoas consideradas lideran\u00e7as em suas comunidades e territ\u00f3rios. <\/p>\n\n\n\n

“A viol\u00eancia no Brasil \u00e9 estrutural e, nesse momento, tem um incentivo propulsor do Estado, do pr\u00f3prio governo federal”, analisa Paulo C\u00e9sar Moreira, da CPT.<\/p>\n\n\n\n

Embora o n\u00famero de mortes tenha sido menor no ano passado, Moreira afirma que n\u00e3o h\u00e1 o que celebrar. “Ainda que o Brasil tenha diminu\u00eddo os assassinatos em 2018, isso n\u00e3o significa que a viol\u00eancia tenha diminu\u00eddo. O governo Bolsonaro faz um papel cruel com os povos do campo, \u00e9 antidemocr\u00e1tico\u201d, disse, em conversa com a DW Brasil.<\/p>\n\n\n\n

A tend\u00eancia para 2019 n\u00e3o \u00e9 otimista, apontam os dados parciais coletados pela CPT. At\u00e9 o momento, foram registrados 16 assassinatos em conflitos no campo no Brasil. Segundo a comiss\u00e3o, o discurso do presidente, que vem se radicalizando desde a campanha eleitoral \u00e9 visto como um incentivo \u00e0 viol\u00eancia. <\/p>\n\n\n\n

“Bolsonaro promove um \u2018salvo-conduto’ \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de mil\u00edcia no campo, viol\u00eancia do fazendeiro, de grilagem, viol\u00eancia contra natureza, desmatamento. \u00c9 um discurso que leva \u00e0 persegui\u00e7\u00e3o, ao assassinato, ao exterm\u00ednio desses povos”, afirma Moreira, citando como exemplo o assassinato do l\u00edder ind\u00edgena Emyra Waj\u00e3pi, no Amap\u00e1, que provavelmente deve entrar para as estat\u00edsticas da Global Witness no ano que vem.<\/p>\n\n\n\n

Segundo relatos dos ind\u00edgenas, Emyra foi morto por garimpeiros ilegais. Na segunda-feira, o presidente Bolsonaro p\u00f4s em d\u00favida o relato do assassinato. Ele tamb\u00e9m expressou a jornalistas que tem a inten\u00e7\u00e3o de regulamentar o garimpo no Brasil.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Deutsche Welle<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Pa\u00eds registrou 20 assassinatos de ativistas no ano passado. N\u00famero representa queda em rela\u00e7\u00e3o a 2017 e pela primeira vez o Brasil deixa topo do ranking. No entanto, ONG adverte que tend\u00eancia pode ser revertida em 2019. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":153188,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[3716,3784,54],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/153187"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=153187"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/153187\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":153189,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/153187\/revisions\/153189"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/153188"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=153187"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=153187"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=153187"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}