{"id":153286,"date":"2019-08-07T14:00:59","date_gmt":"2019-08-07T17:00:59","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=153286"},"modified":"2019-08-06T22:51:57","modified_gmt":"2019-08-07T01:51:57","slug":"a-base-militar-secreta-dos-eua-que-esta-vindo-a-tona-com-derretimento-do-gelo-na-groenlandia","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/08\/07\/153286-a-base-militar-secreta-dos-eua-que-esta-vindo-a-tona-com-derretimento-do-gelo-na-groenlandia.html","title":{"rendered":"A base militar secreta dos EUA que est\u00e1 \u2018vindo \u00e0 tona’ com derretimento do gelo na Groenl\u00e2ndia"},"content":{"rendered":"\n
\"Foto
Foto do ex\u00e9rcito americano dos anos 60 retrata a base militar
<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Uma base militar secreta\u00a0norte-americana\u00a0abandonada no auge da Guerra Fria e que foi totalmente coberta por camadas de gelo na Groenl\u00e2ndia est\u00e1 lentamente retornando \u00e0 superf\u00edcie e eventualmente pode cair no mar, segundo revelou um relat\u00f3rio publicado por cientistas dinamarqueses.<\/p>\n\n\n\n

Pesquisas feitas com radares, entretanto, indicaram que a base, conhecida como Camp Century, ainda est\u00e1 a 100 km da borda (da calota polar), e que “levar\u00e1 muitos, muitos anos antes de chegar a um ponto cr\u00edtico”, segundo a glaciologista dinamarqu\u00eas Nanna Karlsson.<\/p>\n\n\n\n

O campo foi erguido no extremo norte da Groenl\u00e2ndia nos anos 50 oficialmente como uma esta\u00e7\u00e3o de pesquisa. Mas d\u00e9cadas mais tarde foi revelado que se tratou de uma base militar secreta, abastecida pelo primeiro reator nuclear m\u00f3vel do mundo, com o objetivo de eventualmente servir de base de lan\u00e7amento de m\u00edsseis nucleares contra a Uni\u00e3o Sovi\u00e9tica em caso de guerra.<\/p>\n\n\n\n

Os m\u00edsseis seriam armazenados em uma rede de t\u00faneis e laborat\u00f3rios, mas problemas de engenharia e obje\u00e7\u00f5es da Dinamarca – que governava a Groenl\u00e2ndia na \u00e9poca e \u00e0 qual a ilha ainda \u00e9 vinculada, mesmo que com um grau consider\u00e1vel de autonomia – sobre o objetivo real da base levaram os militares americanos a fech\u00e1-la em 1966, confiantes de que a instala\u00e7\u00e3o gradualmente seria enterrada naturalmente no gelo.<\/p>\n\n\n\n

Mas, como relata o canal dinamarqu\u00eas TV2, “as\u00a0mudan\u00e7as clim\u00e1ticas\u00a0colocaram em d\u00favida este plano”, porque o gelo da Groenl\u00e2ndia est\u00e1 derretendo.<\/p>\n\n\n\n

\"Imagem
Imagem de radar de 2017 mostra tetos da base subterr\u00e2nea de Camp Century
<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Risco ambiental de ‘esqueleto’ que ficou para tr\u00e1s<\/h2>\n\n\n\n

Ruth Mottram, do Instituto Meteorol\u00f3gico Dinamarqu\u00eas, diz que a camada de gelo da Groenl\u00e2ndia parece ter encolhido mais no \u00faltimo m\u00eas do que a m\u00e9dia de um ano inteiro desde 2002, segundo dados provis\u00f3rios de sat\u00e9lite.<\/p>\n\n\n\n

Os governos da Dinamarca e da Groenl\u00e2ndia montaram um programa de monitoramento clim\u00e1tico em 2017 para rastrear os restos do Camp Century. O mais recente relat\u00f3rio de Karlsson e seus colegas do Servi\u00e7o Geol\u00f3gico da Dinamarca e Groenl\u00e2ndia (GEUS) usa dados de radar para detalhar o quanto a base se moveu desde 1959.<\/p>\n\n\n\n

Os cientistas percorreram a calota de gelo h\u00e1 dois anos, arrastando consigo dispositivos de radar. Karlsson diz que foram localizadas as formas c\u00f4nicas dos tetos dos t\u00faneis a uma profundidade de 50 metros.<\/p>\n\n\n\n

A expedi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m descobriu que a base e suas estimadas 9,2 mil toneladas de sucata e res\u00edduos de \u00f3leos, que representam um risco ambiental, al\u00e9m da preocupa\u00e7\u00e3o gerada pelos res\u00edduos radioativos do reator nuclear, est\u00e3o afundando.<\/p>\n\n\n\n

Os cientistas do GEUS dizem que o afundamento da base “pode \u200b\u200bter um impacto no tempo que a instala\u00e7\u00e3o vai levar para emergir do gelo”, relata a TV2.<\/p>\n\n\n\n

\"Foto
Mudan\u00e7as clim\u00e1ticas e seus efeitos no derretimento de gelo na Groenl\u00e2ndia colocam d\u00favidas sobre quando o Camp Century poder\u00e1 emergir<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

‘Forma nova de disputa pol\u00edtica’<\/h2>\n\n\n\n

E a fica a quest\u00e3o sobre quem vai limpar a “sujeira”, dado que a base foi constru\u00edda sob um acordo EUA-Dinamarca – portanto, sem que o povo da Groenl\u00e2ndia tivesse voz na \u00e9poca.<\/p>\n\n\n\n

O acordo “permitiu ao Camp Century afundar no gelo com tudo o que continha, incluindo poluentes”, reclamou o ministro das Finan\u00e7as da Groenl\u00e2ndia, Vittus Qujaukitsoq, ao site de not\u00edcias dinamarqu\u00eas Altinget no ano passado, indicando que o governo da ilha espera que a Dinamarca e os EUA estejam prontos para assumir a responsabilidade quando a base emergir.<\/p>\n\n\n\n

Teme-se que a base possa lan\u00e7ar ao mar res\u00edduos qu\u00edmicos e nucleares – e causar problemas ao ecossistema da regi\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

William Colgan, cientista especializado em clima e geleiras, afirma que a incerteza sobre quem assumir\u00e1 a fun\u00e7\u00e3o de dar conta deste esqueleto da Guerra Fria poderia criar “uma forma totalmente nova de disputa pol\u00edtica, resultante das mudan\u00e7as clim\u00e1ticas”.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Uma base militar secreta norte-americana abandonada no auge da Guerra Fria e que foi totalmente coberta por camadas de gelo na Groenl\u00e2ndia est\u00e1 lentamente retornando \u00e0 superf\u00edcie e eventualmente pode cair no mar, segundo revelou um relat\u00f3rio publicado por cientistas dinamarqueses. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":153287,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[3263,947,2453],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/153286"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=153286"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/153286\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":153288,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/153286\/revisions\/153288"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/153287"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=153286"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=153286"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=153286"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}