{"id":153527,"date":"2019-08-21T15:23:41","date_gmt":"2019-08-21T18:23:41","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=153527"},"modified":"2019-08-20T21:26:44","modified_gmt":"2019-08-21T00:26:44","slug":"rondonia-por-um-dia-aumento-de-queimadas-muda-cor-da-tarde-de-sao-paulo","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/08\/21\/153527-rondonia-por-um-dia-aumento-de-queimadas-muda-cor-da-tarde-de-sao-paulo.html","title":{"rendered":"Rond\u00f4nia por um dia: aumento de queimadas muda cor da tarde de S\u00e3o Paulo"},"content":{"rendered":"\n
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Meteorologistas apontam que c\u00e9u escuro est\u00e1 mais associado \u00e0s nuvens baixas e pesadas; j\u00e1 a caracter\u00edstica amarelada \u00e9 ligada \u00e0 fuma\u00e7a
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Assim Jos\u00e9lia Pegorim, meteorologista do Climatempo, resume a segunda-feira, dia 19, marcada, para os moradores de diversas partes do Estado de S\u00e3o Paulo, inclusive a capital, por um c\u00e9u amarelado e repleto de nuvens. Por volta das 15h, o c\u00e9u se mostrava t\u00e3o escuro que, para alguns, j\u00e1 parecia noite.<\/p>\n\n\n\n

A compara\u00e7\u00e3o do Estado do Sudeste com o do Norte tem um denominador comum: a fuma\u00e7a proveniente de queimadas, intensificadas no pa\u00eds entre julho e setembro. As part\u00edculas geradas por estes inc\u00eandios explicam a cor amarelada, de tons de cinza e ocre, vista em S\u00e3o Paulo – n\u00e3o s\u00f3 na Grande S\u00e3o Paulo, como em pontos do litoral e dos Vales do Ribeira e Para\u00edba.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 a escurid\u00e3o, segundo\u00a0meteorologistas\u00a0consultados pela BBC News Brasil, est\u00e1 associada tamb\u00e9m \u00e0 pr\u00f3pria frente fria que fechou o tempo para os paulistas.<\/p>\n\n\n\n

Enquanto isso, como exemplificou Pegorim, os moradores de Rond\u00f4nia est\u00e3o habituados a ver e a sentir os efeitos das queimadas, muitas vezes associadas ao desmatamento. Segundo dados de sat\u00e9lites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Estado \u00e9 o quinto no pa\u00eds que mais teve focos de inc\u00eandio este ano: 5.533. Nos primeiros lugares, est\u00e3o Mato Grosso (13.682); Par\u00e1 (9.487); Amazonas (7.003); e Tocantins (5.751).<\/p>\n\n\n\n

Dados do Inpe mostram ainda que o n\u00famero de focos no Brasil este ano (do primeiro dia de janeiro a 19 de agosto), 72.843, j\u00e1 \u00e9 83% maior que no ano passado. Os maiores crescimentos de 2018 para 2019 estiveram no Mato Grosso do Sul (+256%); Par\u00e1 (+199%); Acre (+196%); e Rond\u00f4nia (+190%).<\/p>\n\n\n\n

A fuligem associada \u00e0 baixa umidade deste per\u00edodo do ano \u00e9 um cen\u00e1rio de alerta para a sa\u00fade da popula\u00e7\u00e3o e tamb\u00e9m para o transporte a\u00e9reo – no \u00faltimo dia 16, um voo da Latam precisou desviar da fuma\u00e7a que rondava a capital rondoniense, pousando em Manaus (AM) em vez de Porto Velho (RO).<\/p>\n\n\n\n

Mas especialistas defendem que as condi\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas da \u00e9poca de seca favorecem os focos de inc\u00eandio, mas que o determinante para um aumento seria a a\u00e7\u00e3o humana, como na imprud\u00eancia de jogar fora uma bituca de cigarro ao ato intencional de usar o fogo para desmatar ou se livrar do lixo.<\/p>\n\n\n\n

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Segundo especialista do Climatempo, ‘pluma de fuma\u00e7a’ saiu do Norte do pa\u00eds e de regi\u00e3o fronteiri\u00e7a em dire\u00e7\u00e3o ao sul<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Pegorim diz que nos \u00faltimos dias, foi poss\u00edvel observar atrav\u00e9s de sat\u00e9lites grandes inc\u00eandios ocorrendo nos Estados do Acre e Rond\u00f4nia e nos pa\u00edses vizinhos Bol\u00edvia e Paraguai.<\/p>\n\n\n\n

“No fim da semana passada, principalmente na sexta-feira (16), dava pra ver nitidamente uma pluma de fuma\u00e7a descendo em dire\u00e7\u00e3o ao Sul do Brasil. O fluxo dos ventos virou de tal forma que trouxe a fuma\u00e7a, mas isso n\u00e3o estava previsto”, explicou por telefone \u00e0 BBC News Brasil.<\/p>\n\n\n\n

Segundo a meteorologista, no fim de semana, a fuma\u00e7a chegou ao Rio Grande do Sul, subindo depois para o Paran\u00e1 e Mato Grosso do Sul e, ent\u00e3o, S\u00e3o Paulo.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 Marcelo Celutti, meteorologista no Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), \u00e9 cauteloso ao precisar a origem da fuma\u00e7a que chegou ao territ\u00f3rio paulista – ele destaca que h\u00e1 focos por “toda parte” do pa\u00eds, inclusive da pr\u00f3pria S\u00e3o Paulo, apesar de concordar que as part\u00edculas que visitaram o Estado devem ter vindo do interior do pa\u00eds e de pa\u00edses vizinhos.<\/p>\n\n\n\n

“Muito provavelmente teve a influ\u00eancia tamb\u00e9m do fen\u00f4meno da invers\u00e3o t\u00e9rmica, bem t\u00edpico em S\u00e3o Paulo e nessa \u00e9poca do ano. \u00c9 como ter uma panela com \u00e1gua fervendo e colocar uma tampa: fica tudo retido embaixo dela. Se voc\u00ea tem fuma\u00e7a, ela n\u00e3o se dispersa para o alto, mas fica confinada em uma camada de 2 km, a parte mais baixa da atmosfera”.<\/p>\n\n\n\n

A nebulosidade, causa da “noite” precoce no Estado do Sudeste, foi por sua vez resultado da combina\u00e7\u00e3o de uma massa de ar polar com ventos \u00famidos vindos do mar.<\/p>\n\n\n\n

“A escurid\u00e3o tem mais a ver com o tipo de nuvens, muito baixas e pesadas, e com o final da tarde, j\u00e1 que nessa \u00e9poca do ano anoitece mais cedo”, explica Celutti.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"