{"id":153610,"date":"2019-08-28T21:33:36","date_gmt":"2019-08-29T00:33:36","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=153610"},"modified":"2019-08-28T21:33:37","modified_gmt":"2019-08-29T00:33:37","slug":"micro-usina-hidreletrica","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/redacao\/2019\/08\/28\/153610-micro-usina-hidreletrica.html","title":{"rendered":"Micro Usina Hidrel\u00e9trica: Seria a solu\u00e7\u00e3o para regi\u00f5es desprovidas de energia el\u00e9trica?"},"content":{"rendered":"\n

A energia de origem h\u00eddrica, a energia hidrel\u00e9trica, teve in\u00edcio no\n Brasil em 1889<\/strong> no rio Paraibuna, com o in\u00edcio da opera\u00e7\u00e3o comercial da\n usina Marmelos, pr\u00f3ximo a Juiz de Fora. Visto na \u00e9poca como um grande salto\n para a inser\u00e7\u00e3o da nova tecnologia no pa\u00eds, que devido as suas caracter\u00edsticas\n geogr\u00e1ficas, principalmente de relevo e rios de grande porte, possu\u00edam um alto\n potencial de crescimento nos estados brasileiros. <\/p>\n\n\n\n

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Usina Marmelos. Fonte: Prefeitura de Juiz de Fora, Patrim\u00f4nio Cultural.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

A partir disto, deu-se o in\u00edcio\n de uma diversidade de pesquisas, estudos e abertura de empresas especializadas\n na constru\u00e7\u00e3o e opera\u00e7\u00e3o de empreendimentos hidrel\u00e9tricos, sejam estes de\n grande ou pequeno porte. <\/p>\n\n\n\n

A energia produzida por estes\n empreendimentos, \u00e9 transportada atrav\u00e9s das linhas e torres de transmiss\u00e3o de\n alta tens\u00e3o, similares as vistas pr\u00f3ximas a estradas, percorrendo grandes\n dist\u00e2ncias at\u00e9 a chegada nas cidades, onde passam por transformadores de\n tens\u00e3o em subesta\u00e7\u00f5es para se diminuir a voltagem. <\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s isso, a energia el\u00e9trica segue pela rede de\n distribui\u00e7\u00e3o, onde os fios instalados em postes levam a energia at\u00e9 as ruas\n das casas, que tamb\u00e9m possuem transformadores de (instalados nos postes) para\n rebaixar a voltagem para 127 ou 220 volts. Em seguida, a energia vai para o\n medidor da resid\u00eancia, medindo o consumo de energia do local. <\/p>\n\n\n\n

Deste trajeto da energia, os empreendimentos de gera\u00e7\u00e3o s\u00e3o\n respons\u00e1veis pela gera\u00e7\u00e3o propriamente dita da energia, as redes de\n transmiss\u00e3o e distribui\u00e7\u00e3o, de responsabilidade normalmente de outra empresa\n ou concession\u00e1ria, atuam com o transporte e destina\u00e7\u00e3o \u00e0s cidades. <\/p>\n\n\n\n

Aqui neste artigo abordaremos\n uma nova tecnologia que vem ganhando espa\u00e7o no mercado, focado na micro gera\u00e7\u00e3o, se caracterizando por\n estrutura de porte reduzido pensado para gera\u00e7\u00e3o de energia em regi\u00f5es rurais\n afastadas<\/strong>. <\/p>\n\n\n\n

Atualmente h\u00e1 empresas, tais\n como a empresa belga Turbulent se especializando na estrutura\u00e7\u00e3o de usinas\n hidrel\u00e9tricas de porte reduzido, para utiliza\u00e7\u00e3o em rios, riachos e canais,\n utilizando-se de turbina de redemoinho e aproveitando a \u00e1gua corrente para a\n gera\u00e7\u00e3o de energia, em alguns casos podendo abastecer at\u00e9 sessenta casas.\n Segundo estas empresas, a energia de\n fonte limpa, consegue operar durante 24 horas e n\u00e3o impacta os peixes no local\n de instala\u00e7\u00e3o<\/strong>. <\/p>\n\n\n\n

Estes projetos foram estruturados\n de forma a minimizar o impacto local, com fornecimento de energia\n descentralizada a baixo custo, sendo indicado para regi\u00f5es isoladas da rede\n el\u00e9trica.<\/p>\n\n\n\n

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Turbina Redemoinho de Usina Hidrel\u00e9trica de Pequeno Porte. Fonte: Ciclo Vivo.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Conforme ilustrado na figura\n acima, a turbina de redemoinho se aproveita da hidrodin\u00e2mica natural do rio,\n utilizando pequenas corredeiras e correntezas que se formam, e\n intensificando-as com a inser\u00e7\u00e3o de bacia de concreto pr\u00e9-moldado, \u00e9 incluindo\n tamb\u00e9m um gerador e impulsor no fundo desta bacia. <\/p>\n\n\n\n

As comportas, quando acionadas,\n permitem a passagem da \u00e1gua at\u00e9 o reservat\u00f3rio, fazendo a turbina funcionar,\n transformando por sua vez a energia mec\u00e2nica em energia el\u00e9trica atrav\u00e9s do\n gerador. Havendo \u00e1gua e fluxo suficiente no sistema, ser\u00e1 vi\u00e1vel a gera\u00e7\u00e3o de\n energia. <\/p>\n\n\n\n

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Exemplo de Funcionamento da Turbina. Fonte: Turbulent.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Segundo o site da empresa\n Turbulent a turbina possui vida \u00fatil longa e n\u00e3o prejudicam a passagem de\n peixes, devido a n\u00e3o existir obstru\u00e7\u00f5es na passagem ou v\u00f3rtices de \u00e1gua\n inconstantes. <\/p>\n\n\n\n

O principal objetivo deste tipo de constru\u00e7\u00e3o \u00e9 a descentraliza\u00e7\u00e3o da\n energia e assist\u00eancia a regi\u00f5es sem acesso a rede nacional de energia<\/strong>,\n sendo necess\u00e1rio a exist\u00eancia de diferen\u00e7a de altura de 1,5 metros para que a\n turbina de baixa press\u00e3o funcione. Em termos de gera\u00e7\u00e3o nos testes e\n constru\u00e7\u00f5es feitas na B\u00e9lgica e Chile estas estruturas podem gerar de 15, 30 a\n 100 quilowatts. <\/p>\n\n\n\n

Tais solu\u00e7\u00f5es come\u00e7aram a serem\n pensadas no contexto brasileiros, em virtude das caracter\u00edsticas geogr\u00e1ficas\n favor\u00e1veis do relevo, bem como, do cen\u00e1rio ainda existente de regi\u00f5es\n desprovidas de acesso e energia el\u00e9trica por concession\u00e1rias, em muitos casos\n optando para o uso de moto-geradores movidos a diesel e gasolina. <\/p>\n\n\n\n

No contexto brasileiro, mais\n especificamente em Curitiba iniciaram-se an\u00e1lises e constru\u00e7\u00f5es de prot\u00f3tipos\n com concep\u00e7\u00f5es similares as turbinas redemoinhos, mas com aproveitamento exclusivo\n da queda natural do rio e focado para que cada resid\u00eancia gere sua pr\u00f3pria\n energia para consumo, em uma estrutura do tamanho e formato de uma caixa de\n abelhas. <\/p>\n\n\n\n

Esta usina \u00e9 capaz de gerar at\u00e9\n 720 quilowatts\/hora por m\u00eas, gerando uma economia\n de cerca de R$ 500,00 por m\u00eas na conta de luz<\/strong>, sendo suficiente para abastecer de tr\u00eas a quatro resid\u00eancia\n urbanas ou de duas a tr\u00eas propriedades rurais<\/strong>. Neste caso, \u00e9 pensado para\n que a energia gerada extra seja retornada para a rede da concession\u00e1ria local,\n gerando cr\u00e9dito a resid\u00eancia que a produz, similar ao visto na utiliza\u00e7\u00e3o de\n pain\u00e9is solares. <\/p>\n\n\n\n

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Cria\u00e7\u00e3o por Brasileiros de Micro Usina Hidrel\u00e9trica. Fonte: Ciclo Vivo.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Dentre os pr\u00e9-requisitos para a viabilidade deste tipo de projeto tem-se a\n necessidade de fonte de \u00e1gua pr\u00f3xima<\/strong>, podendo ser de rio, riacho,\n garantindo disponibilidade m\u00ednima de \u00e1gua, bem como, uma queda natural (por gravidade) de pelo menos 15 metros de altura <\/strong>para\n que a correnteza tenha for\u00e7a o suficiente para acionar a turbina da usina. <\/p>\n\n\n\n

Este projeto, criado por\n engenheiros brasileiros, j\u00e1 avan\u00e7ou da fase de prot\u00f3tipo e autoriza\u00e7\u00f5es\n pertinentes, viabilizando a estrutura\u00e7\u00e3o para a comercializa\u00e7\u00e3o da solu\u00e7\u00e3o em\n larga escala. <\/p>\n\n\n\n

Maria Beatriz Ayello Leite<\/em>
Reda\u00e7\u00e3o Ambientebrasil<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Dentre os prot\u00f3tipos desenvolvidos, engenheiros brasileiros avan\u00e7am com cria\u00e7\u00e3o de usina para abastecer at\u00e9 4 resid\u00eancias! <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":153612,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[2387],"tags":[193,432,4065],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/153610"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=153610"}],"version-history":[{"count":6,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/153610\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":153670,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/153610\/revisions\/153670"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/153612"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=153610"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=153610"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=153610"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}