{"id":153854,"date":"2019-09-10T17:00:25","date_gmt":"2019-09-10T20:00:25","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=153854"},"modified":"2019-09-09T22:49:17","modified_gmt":"2019-09-10T01:49:17","slug":"de-chuva-de-diamantes-a-megafuracoes-os-extremos-do-clima-em-outros-planetas","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/09\/10\/153854-de-chuva-de-diamantes-a-megafuracoes-os-extremos-do-clima-em-outros-planetas.html","title":{"rendered":"De chuva de diamantes a megafurac\u00f5es, os extremos do clima em outros planetas"},"content":{"rendered":"\n
\"Nave

Podemos reclamar do clima, mas no espa\u00e7o as condi\u00e7\u00f5es podem ser extremas
<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Muitas vezes reclamamos do clima, principalmente quando eventos extremos se tornam cada vez mais comuns aqui na Terra.<\/p>\n\n\n\n

E se pass\u00e1ssemos nossas f\u00e9rias lutando com ventos que chegam a 8.000 km\/h ou temperaturas quentes o suficiente para derreter o chumbo?<\/p>\n\n\n\n

O clima, bom ou ruim, \u00e9 um elemento permanente em nosso planeta – mas l\u00e1 fora, nas profundezas do espa\u00e7o, pode ser ainda mais intenso. Aqui est\u00e3o alguns exemplos:<\/p>\n\n\n\n

V\u00eanus infernal<\/h2>\n\n\n\n

Vamos come\u00e7ar perto de casa, com nosso vizinho V\u00eanus, o lugar mais in\u00f3spito do sistema solar.<\/p>\n\n\n\n

Basicamente, V\u00eanus \u00e9 um buraco apocal\u00edptico. Lar de uma atmosfera densa, composta principalmente de di\u00f3xido de carbono, a press\u00e3o atmosf\u00e9rica em V\u00eanus \u00e9 90 vezes maior que a da Terra.<\/p>\n\n\n\n

Essa atmosfera ret\u00e9m grande parte da radia\u00e7\u00e3o solar, o que significa que as temperaturas em V\u00eanus podem chegar a 460\u00b0 C – voc\u00ea seria esmagado e fervido em segundos se colocasse os p\u00e9s ali.<\/p>\n\n\n\n

Mas se isso n\u00e3o parecer doloroso o suficiente, a chuva em V\u00eanus \u00e9 composta de \u00e1cido sulf\u00farico extremamente corrosivo, que queimaria gravemente a pele ou o traje espacial de qualquer viajante interestelar, caso chegasse \u00e0 superf\u00edcie.<\/p>\n\n\n\n

\"Planeta
Temperaturas extremamente quentes ou congelantes em outros planetas podem tornar a vida insuport\u00e1vel<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Devido \u00e0s temperaturas extremas do planeta, essa chuva evapora antes de tocar o solo.<\/p>\n\n\n\n

Ainda mais bizarro: h\u00e1 “neve” em V\u00eanus. N\u00e3o \u00e9 do tipo com a qual voc\u00ea poderia fazer guerra de bolas de neve: esse material \u00e9 composto dos restos de basalto e geada de metais vaporizados por sua atmosfera.<\/p>\n\n\n\n

Netuno turbulento<\/h2>\n\n\n\n

Por outro lado, temos os planetas gigantes de g\u00e1s, Urano e Netuno.<\/p>\n\n\n\n

Este \u00faltimo, nosso planeta mais distante, abriga nuvens congeladas de metano e os ventos mais violentos do sistema solar.<\/p>\n\n\n\n

Por causa da topografia do planeta, que \u00e9 bastante plana, n\u00e3o h\u00e1 nada para diminuir a velocidade desses ventos supers\u00f4nicos de metano, que podem atingir velocidades de at\u00e9 2.400 km\/ h.<\/p>\n\n\n\n

\"Interpreta\u00e7\u00e3o
Netuno congela nuvens de metano e os ventos mais violentos do sistema solar<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Al\u00e9m de poder ouvir a barreira do som quebrando, uma visita aqui tamb\u00e9m incluiria chuva de diamantes, gra\u00e7as ao carbono na atmosfera sendo comprimido.<\/p>\n\n\n\n

Mas voc\u00ea n\u00e3o precisaria se preocupar em ser atingido por uma pedra caindo, pois j\u00e1 teria sido congelado instantaneamente – a temperatura m\u00e9dia \u00e9 de -200\u00b0 C.<\/p>\n\n\n\n

Planetas fora do sistema solar<\/h2>\n\n\n\n

Os exoplanetas est\u00e3o localizados fora do nosso sistema solar e orbitam em torno de um sol.<\/p>\n\n\n\n

Tom Louden, pesquisador de p\u00f3s-doutorado na Universidade de Warwick, no Reino Unido, \u00e9 uma esp\u00e9cie de meteorologista intergal\u00e1ctico. Seu trabalho \u00e9 descobrir quais s\u00e3o as condi\u00e7\u00f5es atmosf\u00e9ricas em outros planetas.<\/p>\n\n\n\n

Sua especialidade s\u00e3o exoplanetas, particularmente um batizado de HD 189733b.<\/p>\n\n\n\n

\"Arte
O HD189733b, eclipsado por sua estrela, \u00e9 candidato a ter o clima mais extremo conhecido em qualquer planeta<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Este mundo azul profundo a 63 anos-luz de dist\u00e2ncia \u00e9 um bom candidato para hospedar o clima mais extremo conhecido em outro planeta.<\/p>\n\n\n\n

Pode parecer bonito, mas suas condi\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas s\u00e3o cataclismaticamente terr\u00edveis.<\/p>\n\n\n\n

Com ventos de 8.000 km\/ h (os mais fortes registrados na Terra t\u00eam pouco mais de 400 km\/ h), tamb\u00e9m \u00e9 20 vezes mais pr\u00f3ximo do sol do que n\u00f3s, com temperatura atmosf\u00e9rica de 1.600 \u00b0 C – a mesma de lava derretida.<\/p>\n\n\n\n

“As rochas do nosso planeta seriam vaporizadas em l\u00edquido ou g\u00e1s aqui”, diz Louden. E tamb\u00e9m chove vidro derretido. Lateralmente.<\/p>\n\n\n\n

H\u00e1 algum lugar habit\u00e1vel por a\u00ed?<\/h2>\n\n\n\n

Louden diz que existem planetas semelhantes em tamanho e massa \u00e0 Terra que orbita estrelas an\u00e3s M menores, ou “an\u00e3 vermelha”.<\/p>\n\n\n\n

Essas s\u00e3o as estrelas mais comuns da Via L\u00e1ctea, mas se escondem nas sombras, muito escuras para serem vistas a olho nu da Terra.<\/p>\n\n\n\n

\"Paisagem
Existem planetas semelhantes em tamanho e massa \u00e0 Terra que orbitam estrelas menores de “an\u00e3 vermelha”<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Se esses planetas s\u00e3o habit\u00e1veis \u200b\u200bou n\u00e3o \u00e9 outra quest\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Muitos desses exoplanetas est\u00e3o de fato na “zona Cachinhos Dourados”, que n\u00e3o \u00e9 nem muito pr\u00f3xima nem muito longe do Sol. Infelizmente, \u00e9 prov\u00e1vel que muitos tamb\u00e9m estejam “ordenadamente travados” em sua estrela.<\/p>\n\n\n\n

Isso significa que eles sempre t\u00eam o mesmo lado voltado para o objeto em que est\u00e3o orbitando – assim como o mesmo lado da Lua sempre \u00e9 virado para a Terra.<\/p>\n\n\n\n

Por esse motivo, voc\u00ea ter\u00e1 um lado com luz do dia permanente e o outro, noite perp\u00e9tua.<\/p>\n\n\n\n

“Quando voc\u00ea cria modelos de computador, h\u00e1 ventos fortes se movendo do dia para o lado escuro”, diz Louden.<\/p>\n\n\n\n

“Isso \u00e9 uma consequ\u00eancia do efeito de travamento das mar\u00e9s. Um lado do planeta fica muito mais quente que o outro, ent\u00e3o ventos fortes s\u00e3o uma conseq\u00fc\u00eancia quando o planeta tenta redistribuir o calor”, diz ele.<\/p>\n\n\n\n

“Qualquer \u00e1gua l\u00edquida do lado do dia evapora em nuvens, que s\u00e3o sopradas para o lado noturno, onde congelam e nevam. Voc\u00ea tem um lado que \u00e9 deserto e outro que \u00e9 \u00e1rtico.”<\/p>\n\n\n\n

\"Arte
Modelos de computador mostram fortes ventos com for\u00e7a semelhante \u00e0 de um furac\u00e3o, movendo-se de um lado para o outro em exoplanetas<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Mas Louden diz que essas s\u00e3o apenas previs\u00f5es de modelos e outros especialistas est\u00e3o mais otimistas sobre a vida em exoplanetas que sofrem influ\u00eancia da mar\u00e9.<\/p>\n\n\n\n

Ingo Waldmann, professor de planetas extrasolares da UCL, disse \u00e0 BBC News que, se existir uma atmosfera espessa o suficiente, a circula\u00e7\u00e3o do dia para a noite deve ser suficiente para impedir que a noite fique totalmente congelada.<\/p>\n\n\n\n

Outros modelos sugerem que a \u00e1gua que evapora no ponto mais quente do dia se condensar\u00e1 em nuvens e formar\u00e1 uma cobertura permanente de nuvens no lado do dia.<\/p>\n\n\n\n

Essas nuvens poderiam refletir o suficiente da radia\u00e7\u00e3o da estrela de volta ao espa\u00e7o para diminuir a temperatura do planeta e tornar habit\u00e1veis \u200b\u200bpartes do dia.<\/p>\n\n\n\n

Ent\u00e3o, at\u00e9 encontrarmos condi\u00e7\u00f5es habit\u00e1veis \u200b\u200bfora do planeta Terra, realmente n\u00e3o haver\u00e1 lugar como nosso lar.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Muitas vezes reclamamos do clima, principalmente quando eventos extremos se tornam cada vez mais comuns aqui na Terra. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":153855,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[96,1701,1142,745,854],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/153854"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=153854"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/153854\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":153856,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/153854\/revisions\/153856"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/153855"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=153854"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=153854"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=153854"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}