{"id":153886,"date":"2019-09-12T10:21:31","date_gmt":"2019-09-12T13:21:31","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=153886"},"modified":"2019-11-04T00:00:56","modified_gmt":"2019-11-04T02:00:56","slug":"o-ambicioso-plano-de-transportar-icebergs-para-a-africa","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/redacao\/traducoes\/2019\/09\/12\/153886-o-ambicioso-plano-de-transportar-icebergs-para-a-africa.html","title":{"rendered":"O ambicioso plano de transportar icebergs para a \u00c1frica"},"content":{"rendered":"\n
Se rebocar icebergs para regi\u00f5es quentes e com problemas de \u00e1gua parecerem totalmente loucos para voc\u00ea, considere isso: o volume de \u00e1gua dos icebergs que se desprendem a cada ano na Ant\u00e1rtida \u00e9 maior do que o consumo global total de \u00e1gua doce. E essa estat\u00edstica sequer inclui o gelo do \u00c1rtico. Isso \u00e9 \u00e1gua doce pura, totalmente desperdi\u00e7ada \u00e0 medida que se derrete no mar, contribuindo para o aumento do n\u00edvel do mar. Soa menos louco agora?<\/p>\n\n\n\n
Este fluxo inexplorado de \u00e1gua atraiu cientistas e empreendedores por mais de um s\u00e9culo. Existiram planos do s\u00e9culo XIX para entregas via barco a vapor at\u00e9 a \u00cdndia e para abastecer cervejarias no Chile. Na d\u00e9cada de 1940, John Isaacs, do Instituto Oceanogr\u00e1fico Scripps, prop\u00f4s o lan\u00e7amento de um iceberg em San Diego para matar a seca californiana. Na d\u00e9cada de 1970, o pr\u00edncipe saudita Mohamed Al-Faisal queria rebocar um iceberg da Ant\u00e1rtida atrav\u00e9s do equador para a Ar\u00e1bia Saudita e financiou duas confer\u00eancias internacionais sobre o assunto. A Uni\u00e3o Europeia recebeu propostas em 2010 para rebocar um iceberg de Terra Nova \u00e0s Ilhas Can\u00e1rias.<\/p>\n\n\n\n
Todos esses planos t\u00eam uma coisa em comum – nenhum deles realmente aconteceu.<\/p>\n\n\n\n
No entanto, eles continuam chegando. Os \u00faltimos esquemas de reboque de iceberg emergiram da Cidade do Cabo e dos Emirados \u00c1rabes Unidos – duas regi\u00f5es que sofrem de escassez de \u00e1gua extrema e persistente. Na primavera de 2018, a Cidade do Cabo chegou amea\u00e7adoramente perto do “Dia Zero” – o dia em que os reservat\u00f3rios secariam e uma cidade de quatro milh\u00f5es de pessoas ficaria sem \u00e1gua. O uso pessoal de \u00e1gua foi limitado a 50 litros por dia. Quando as chuvas finalmente chegaram, o Dia Zero foi evitado, mas talvez por apenas mais um ano. Enquanto isso, nos Emirados \u00c1rabes Unidos, um dos estados mais \u00e1ridos do mundo, o ministro da Energia declarou o consumo de \u00e1gua como uma “grande preocupa\u00e7\u00e3o” para o pa\u00eds, acrescentando que “estamos tentando encontrar solu\u00e7\u00f5es alternativas”. A alternativa poderia ser icebergs?<\/p>\n\n\n\n