{"id":154089,"date":"2019-09-19T12:30:39","date_gmt":"2019-09-19T15:30:39","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=154089"},"modified":"2019-09-18T21:53:47","modified_gmt":"2019-09-19T00:53:47","slug":"the-blob-a-preocupante-massa-de-agua-quente-que-vem-aparecendo-na-costa-da-california","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/09\/19\/154089-the-blob-a-preocupante-massa-de-agua-quente-que-vem-aparecendo-na-costa-da-california.html","title":{"rendered":"‘The Blob’: a preocupante massa de \u00e1gua quente que vem aparecendo na costa da Calif\u00f3rnia"},"content":{"rendered":"\n
\"le\u00c3\u00a3o

Em 2015, ‘The Blob’ fez com que v\u00e1rias esp\u00e9cies ficassem desnutridas ou morressem.
<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Um fen\u00f4meno preocupante que j\u00e1 havia ocorrido no Oceano Pac\u00edfico em 2014 e 2015 parece estar de volta.<\/p>\n\n\n\n

\u00c9 um gigantesco fluxo de \u00e1gua quente na costa oeste dos Estados Unidos, que amea\u00e7a causar devasta\u00e7\u00e3o na vida marinha e na pesca nessa regi\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

H\u00e1 cinco anos, quando apareceu pela primeira vez, os cientistas batizaram o fen\u00f4meno de “The Blob” (“a mancha”, em tradu\u00e7\u00e3o livre|.<\/p>\n\n\n\n

O nome foi inspirado em um filme de terror dos anos 60, que no Brasil foi batizado de A Bolha Assassina<\/em>.<\/p>\n\n\n\n

“The Blob” criou a maior flora\u00e7\u00e3o de algas t\u00f3xicas j\u00e1 registrada na costa oeste dos Estados Unidos. Essas algas nocivas, das quais pequenos organismos se alimentam, afetam toda a cadeia alimentar.<\/p>\n\n\n\n

\"Terra\"\/

Em 2015, os sat\u00e9lites registraram um aquecimento incomum do Oceano Pac\u00edfico na costa oeste dos Estados Unidos.
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O aumento da temperatura tamb\u00e9m fez com que salm\u00f5es que entravam no oceano encontrassem menos alimentos de qualidade.<\/p>\n\n\n\n

Essa \u00e1gua mais quente fez com que milhares de le\u00f5es-marinhos que procuravam comida encalhassem nas praias e que v\u00e1rias esp\u00e9cies de baleias, que tamb\u00e9m se aproximavam das costas, ficassem presas em redes de pesca ou aparecessem mortas na praia.<\/p>\n\n\n\n

Para a ind\u00fastria pesqueira, a situa\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m foi desastrosa. Nos Estados de Oregon e Washington, nos Estados Unidos, a flora\u00e7\u00e3o de algas t\u00f3xicas paralisou a ind\u00fastria de frutos do mar.<\/p>\n\n\n\n

Agora, entre o Alasca e a Calif\u00f3rnia, outro aquecimento incomum da \u00e1gua amea\u00e7a causar efeitos semelhantes.<\/p>\n\n\n\n

\"Baleia
O aquecimento das \u00e1guas p\u00f5e em perigo a vida marinha.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

“The Blob” foi a maior onda de calor j\u00e1 registrada nas \u00e1guas do Pac\u00edfico Norte, segundo dados da Administra\u00e7\u00e3o Nacional Oce\u00e2nica e Atmosf\u00e9rica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em ingl\u00eas).<\/p>\n\n\n\n

Esse novo aquecimento caminha para ser t\u00e3o forte quanto o de 2014, segundo a NOAA.<\/p>\n\n\n\n

Por que isso acontece?<\/h2>\n\n\n\n

Essa nova massa de calor come\u00e7ou a se formar em meados de junho, exatamente na mesma regi\u00e3o que em 2014.<\/p>\n\n\n\n

Na ocasi\u00e3o, essa massa de \u00e1gua quente tinha cerca de 1,6 mil km de comprimento e 90 metros de profundidade. Em alguns momentos, a temperatura chegou a ficar quase 3\u00baC acima da m\u00e9dia.<\/p>\n\n\n\n

Segundo especialistas, o aquecimento se deve a um sistema de alta press\u00e3o que enfraquece os ventos que ajudam a misturar e resfriar a superf\u00edcie do oceano.<\/p>\n\n\n\n

\"Mapa\"\/
Mapas da NOAA mostram como as temperaturas do oceano em 2014 s\u00e3o semelhantes \u00e0s de setembro de 2019.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Sem esses ventos, a temperatura da \u00e1gua aumenta e a corrente quente se move em dire\u00e7\u00e3o \u00e0 costa.<\/p>\n\n\n\n

O aquecimento das \u00e1guas faz com que haja menos nutrientes no oceano, o que altera a cadeia alimentar.<\/p>\n\n\n\n

Assim, por exemplo, os le\u00f5es-marinhos precisam nadar mais longe para alcan\u00e7ar peixes e os outros animais que servem de alimento.<\/p>\n\n\n\n

Um novo Blob?<\/h2>\n\n\n\n

Os cientistas dizem que o movimento que eles observaram \u00e9 um fen\u00f4meno semelhante ao “The Blob” de 2014, embora ainda seja cedo para saber se o estrago ser\u00e1 o mesmo.<\/p>\n\n\n\n

“\u00c9 ruim, mas tamb\u00e9m pode desaparecer rapidamente”, disse Nate Mantua, pesquisador do Centro de Ci\u00eancia de Pesca do Sudoeste dos EUA.<\/p>\n\n\n\n

Mantua adverte que tudo depende do comportamento dos padr\u00f5es clim\u00e1ticos “incomuns” que causam essa corrente de calor.<\/p>\n\n\n\n

E essa \u00e9 a grande quest\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

\"barco\"\/
As altas temperaturas da \u00e1gua tamb\u00e9m prejudicam a pesca<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

As previs\u00f5es mostram que a massa de \u00e1gua quente pode ter uma intensidade moderada, mas pode durar meses.<\/p>\n\n\n\n

Este ano, a NOAA registrou temperaturas de at\u00e9 5\u00baC acima da m\u00e9dia.<\/p>\n\n\n\n

A quest\u00e3o \u00e9 se vai durar o suficiente para afetar os ecossistemas marinhos, embora alguns bi\u00f3logos digam que isto j\u00e1 esteja acontecendo.<\/p>\n\n\n\n

Por enquanto, a NOAA e outros laborat\u00f3rios marinhos do Pac\u00edfico continuam monitorando o local e est\u00e3o se preparando para, se for necess\u00e1rio mitigar seu impacto, colocar em pr\u00e1tica li\u00e7\u00f5es aprendidas com o “The Blob” em 2014.<\/p>\n\n\n\n

Um exemplo foi a cria\u00e7\u00e3o de grupos de trabalho formados por pescadores e outros representantes da ind\u00fastria pesqueira nos Estados da costa oeste americana para discutir meios de reduzir os riscos de baleias ficarem presas em redes.<\/p>\n\n\n\n

“Com ‘The Blob’ e outros eventos semelhantes em outras partes do mundo, aprendemos que o que costumava ser um evento inesperado est\u00e1 se tornando mais comum”, disse Cisco Werner, diretor de programas cient\u00edficos da NOAA.<\/p>\n\n\n\n

Assim, os cientistas est\u00e3o se preparando para essa visita indesejada que corre o risco de se tornar cada vez mais frequente.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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