{"id":154240,"date":"2019-09-26T16:00:45","date_gmt":"2019-09-26T19:00:45","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=154240"},"modified":"2019-09-25T21:47:19","modified_gmt":"2019-09-26T00:47:19","slug":"5-ideias-erradas-comuns-sobre-mudanca-climatica-corrigidas","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/09\/26\/154240-5-ideias-erradas-comuns-sobre-mudanca-climatica-corrigidas.html","title":{"rendered":"5 ideias erradas comuns sobre mudan\u00e7a clim\u00e1tica, corrigidas"},"content":{"rendered":"\n
\"\"\/<\/figure>\n\n\n\n

A ci\u00eancia da mudan\u00e7a clim\u00e1tica \u00e9 antiga \u2013 existe h\u00e1 pelo menos 150 anos \u2013 e uma das mais testadas que existe.<\/p>\n\n\n\n

Apesar disso, por conta de interesses comerciais e pol\u00edticos, ela \u00e9 frequentemente contestada e at\u00e9 completamente negada, o que gera diversos equ\u00edvocos sobre o que est\u00e1 acontecendo com o clima da Terra e qual o nosso papel nisso tudo.<\/p>\n\n\n\n

Precisamos urgentemente de medidas que diminuam os efeitos nocivos dos gases de efeito estufa no planeta, e para isso precisamos desmitificar algumas ideias erradas que s\u00e3o espalhadas sobre a mudan\u00e7a clim\u00e1tica por a\u00ed. Por exemplo:<\/p>\n\n\n\n

O aquecimento \u00e9 devido a manchas solares e raios c\u00f3smicos gal\u00e1cticos<\/h2>\n\n\n\n

Raios c\u00f3smicos gal\u00e1cticos s\u00e3o um tipo de radia\u00e7\u00e3o de alta energia que se origina fora do nosso sistema solar. Foi argumentado que eles ajudam a criar nuvens, e uma redu\u00e7\u00e3o na frequ\u00eancia dos raios que atingem a Terra significaria menos nuvens, menos luz solar refletida de volta ao espa\u00e7o e um clima mais quente.<\/p>\n\n\n\n

A ci\u00eancia, no entanto, descobriu que raios c\u00f3smicos n\u00e3o s\u00e3o bons em criar nuvens, e que eles t\u00eam na verdade aumentado de frequ\u00eancia nos \u00faltimos 50 anos, sem ajudar a esfriar o planeta.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 manchas solares, originadas do sol, de fato podem alterar o clima na Terra, mas elas n\u00e3o t\u00eam colaborado com o aquecimento do planeta. Sat\u00e9lites que monitoram a atividade solar desde 1978 mostram que n\u00e3o tem havido um aumento de manchas solares atingindo a superf\u00edcie terrestre, por exemplo.<\/p>\n\n\n\n

O di\u00f3xido de carbono \u00e9 uma pequena parte da atmosfera e n\u00e3o pode ter um grande papel na mudan\u00e7a clim\u00e1tica<\/h2>\n\n\n\n

N\u00fameros podem ser enganadores. Parece \u201csenso comum\u201d que uma parte muito pequena de algo n\u00e3o pode ter muito efeito sobre ele, mas este nem sempre \u00e9 o caso. Por exemplo, \u00e9 necess\u00e1rio apenas 0,1 grama de cianeto para matar um adulto, o que representa cerca de 0,0001% do seu peso corporal.<\/p>\n\n\n\n

O di\u00f3xido de carbono atualmente comp\u00f5e \u201capenas\u201d 0,04% da atmosfera, mas \u00e9 um poderoso g\u00e1s do efeito estufa. O nitrog\u00eanio comp\u00f5e 78% da atmosfera e \u00e9 basicamente n\u00e3o reativo.<\/p>\n\n\n\n

Diversos experimentos j\u00e1 mostraram que ar com di\u00f3xido de carbono preso em um cilindro esquenta muito mais r\u00e1pido que ar normal. O primeiro desses testes foi realizado em 1856 pela cientista americana Eunice Newton Foote.<\/p>\n\n\n\n

Cientistas mentem sobre a mudan\u00e7a clim\u00e1tica<\/h2>\n\n\n\n

Esse tipo de acusa\u00e7\u00e3o j\u00e1 foi feito v\u00e1rias vezes em diferentes contextos. Cientistas s\u00e3o comumente atacados no que diz respeito a dados sobre clima e meio ambiente.<\/p>\n\n\n\n

Se cientistas est\u00e3o mentindo sobre a mudan\u00e7a clim\u00e1tica, est\u00e3o fazendo isso muito bem e em uma escala invej\u00e1vel \u2013 a conspira\u00e7\u00e3o teria que envolver milhares de pessoas em mais de 100 pa\u00edses para dar certo.<\/p>\n\n\n\n

A verdade \u00e9 que o contr\u00e1rio ocorre \u2013 os pesquisadores checam e revalidam seus dados frequentemente. Por exemplo, eles precisam levar em conta as altera\u00e7\u00f5es na forma de medir o clima durante o passar dos anos, al\u00e9m de levar em conta como as cidades se expandiram e esta\u00e7\u00f5es meteorol\u00f3gicas se tornaram mais comuns, para chegar a dados mais precisos.<\/p>\n\n\n\n

Se n\u00e3o fizessem essas checagens \u00e0s suas medi\u00e7\u00f5es iniciais, ent\u00e3o o aquecimento da Terra pareceria ainda pior do que realmente \u00e9 \u2013 no momento, de um grau Celsius globalmente.<\/p>\n\n\n\n

Os modelos clim\u00e1ticos n\u00e3o s\u00e3o precisos e n\u00e3o podemos confiar neles<\/h2>\n\n\n\n

Claro, existem muitos modelos diferentes e nenhum deve ser considerado o correto, pois eles representam, em conjunto, um sistema clim\u00e1tico global muito complexo.<\/p>\n\n\n\n

Existem mais de 20 grandes centros internacionais de pesquisa dedicados a compreender tal sistema clim\u00e1tico. Os diversos modelos s\u00e3o testados continuamente em rela\u00e7\u00e3o a dados hist\u00f3ricos, bem como a eventos individuais, como grandes erup\u00e7\u00f5es vulc\u00e2nicas.<\/p>\n\n\n\n

Ter tantos modelos diferentes sendo estudados, checados e validados de forma independente significa que podemos confiar neles, sem d\u00favida, ainda mais porque eles concordam entre si. A escala do aquecimento previsto permaneceu semelhante nos \u00faltimos 30 anos, apesar do aumento na complexidade dos modelos, o que indica que tais previs\u00f5es s\u00e3o resultados cient\u00edficos robustos.<\/p>\n\n\n\n

N\u00e3o h\u00e1 nenhuma pol\u00eamica ou desacordo. Toda a comunidade cient\u00edfica concorda com os modelos e o Painel Intergovernamental de Mudan\u00e7as Clim\u00e1ticas (IPCC), criado pela Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas, tenta resumir e divulgar todos os dados obtidos pela ci\u00eancia de forma aberta e transparente.<\/p>\n\n\n\n

N\u00e3o, a mudan\u00e7a clim\u00e1tica n\u00e3o \u00e9 parte de um ciclo natural<\/h2>\n\n\n\n

Voc\u00ea j\u00e1 deve ter ouvido esse argumento: a Terra esquenta e fria, passa por diferentes \u00e9pocas clim\u00e1ticas, \u00e9 tudo muito normal. Por exemplo, o planeta estaria agora se recuperando de temperaturas mais baixas da \u00faltima Pequena Idade do Gelo (1300 a 1850), e estaria portanto agora com temperaturas compar\u00e1veis \u00e0s do Per\u00edodo Quente Medieval (900 a 1300).<\/p>\n\n\n\n

Mas n\u00e3o \u00e9 bem assim. Esses \u201cper\u00edodos\u201d clim\u00e1ticos mencionados s\u00e3o regionais, n\u00e3o globais (dizem respeito ao noroeste da Europa, leste da Am\u00e9rica, Groenl\u00e2ndia e Isl\u00e2ndia). O estudo de climas passados \u2013 paleoclimatologia \u2013, por outro lado, indica que as mudan\u00e7as dos \u00faltimos 150 anos s\u00e3o globais e excepcionais. Desde a Revolu\u00e7\u00e3o Industrial, os modelos ditam que um aquecimento como o visto agora pode n\u00e3o ter precedentes nos \u00faltimos 5 milh\u00f5es de anos.<\/p>\n\n\n\n

Uma revis\u00e3o de 700 registros clim\u00e1ticos apoia esses modelos: nos \u00faltimos 2.000 anos, a \u00fanica \u00e9poca em que o mundo todo mudou de temperatura ao mesmo tempo foi nos \u00faltimos 150 anos, quando 98% da superf\u00edcie terrestre esquentou. [ScienceAlert]<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Hypescience<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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