{"id":154243,"date":"2019-09-26T18:00:21","date_gmt":"2019-09-26T21:00:21","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=154243"},"modified":"2019-09-25T21:53:59","modified_gmt":"2019-09-26T00:53:59","slug":"oceanos-ficarao-mais-quentes-e-acidos-com-aquecimento-global-aponta-onu","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/09\/26\/154243-oceanos-ficarao-mais-quentes-e-acidos-com-aquecimento-global-aponta-onu.html","title":{"rendered":"Oceanos ficar\u00e3o mais quentes e \u00e1cidos com aquecimento global, aponta ONU"},"content":{"rendered":"\n
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Mais de 100 autores de 36 pa\u00edses avaliaram cerca de 7 mil publica\u00e7\u00f5es cient\u00edficas para o relat\u00f3rio do IPCC (Foto: Pexels)<\/em> <\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Um\u00a0r<\/a>elat\u00f3rio\u00a0do Painel Intergovernamental sobre Mudan\u00e7as Clim\u00e1ticas\u00a0(IPCC) das Na\u00e7\u00f5es Unidas divulgado nesta quarta-feira (25) traz dados preocupantes sobre como as mudan\u00e7as clim\u00e1ticas v\u00e3o afetar oceanos e a criosfera, \u00e1rea terrestre coberta por gelo.<\/p>\n\n\n\n

Mais de 100 autores de 36 pa\u00edses avaliaram cerca de 7 mil publica\u00e7\u00f5es cient\u00edficas para criar o relat\u00f3rio. Divulgado dois dias ap\u00f3s o fim da C\u00fapula Clim\u00e1tica da ONU, que aconteceu em Nova York entre os dias 21 e 23 de setembro, e os\u00a0protestos globais pelo clima, os organizadores do documento querem refor\u00e7ar a necessidade de atitudes mais radicais dos governos em torno das emiss\u00f5es de carbono.<\/p>\n\n\n\n

“Se reduzirmos as emiss\u00f5es bruscamente, as consequ\u00eancias para as pessoas e seus meios de subsist\u00eancia ainda ser\u00e3o desafiadoras, mas, potencialmente, mais gerenci\u00e1veis \u200b\u200bpara os mais vulner\u00e1veis”, disse Hoesung Lee, membro do IPCC, em\u00a0comunicado. “Aumentaremos nossa capacidade de criar resili\u00eancia e, assim, have\u00e1 mais benef\u00edcios para o desenvolvimento sustent\u00e1vel.”<\/p>\n\n\n\n

O n\u00edvel do mar<\/strong>
Uma das informa\u00e7\u00f5es que mais chama aten\u00e7\u00e3o diz respeito ao aumento do n\u00edvel do mar, que subiu 15 cent\u00edmetros no s\u00e9culo 20 \u2013 o que tem acontecido cada vez mais r\u00e1pido nos \u00faltimos anos. <\/p>\n\n\n\n

De acordo com o relat\u00f3rio, mesmo que as emiss\u00f5es de gases de efeito estufa sejam reduzidas e o aquecimento global seja limitado a, no m\u00e1ximo, 2 \u00b0C, o n\u00edvel das \u00e1guas aumentar\u00e1 entre 30 e 60 cent\u00edmetros at\u00e9 2100. Se nada for feito para conter o aquecimento global, esse crescimento pode chegar a 110 cent\u00edmetros.<\/p>\n\n\n\n

A eleva\u00e7\u00e3o do n\u00edvel do mar impactar\u00e1 diretamente fen\u00f4menos naturais que t\u00eam rela\u00e7\u00e3o com os oceanos, como mar\u00e9s altas, tempestades e ciclones tropicais. Um exemplo disso \u00e9 o\u00a0furac\u00e3o Dorian, que atingiu as Bahamas e os Estados Unidos no in\u00edcio de setembro e, segundo os especialistas, foi particularmente forte por conta das mudan\u00e7as clim\u00e1ticas.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

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Para especialistas, reduzir as emiss\u00f5es de gases prejudiciais \u00e0 atmosfera \u00e9 essencial (Foto: Pexels)
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Cada vez mais, esses eventos colocar\u00e3o em risco pessoas ao redor do planeta, principalmente quem vive em cidades costeiras e pequenas ilhas.\u00a0Michael Meredith, da British Antarctic Survey, disse \u00e0\u00a0NewScientist<\/em>\u00a0que mesmo os pa\u00edses desenvolvidos sofrer\u00e3o com o aumento do n\u00edvel das \u00e1guas e ter\u00e3o de refor\u00e7ar a defesa costeira.<\/p>\n\n\n\n

Os ecossistemas<\/strong>
O\u00a0relat\u00f3rio do IPCC\u00a0tamb\u00e9m aponta que os oceanos absorveram mais de 90% do excesso de calor causado pelas mudan\u00e7as clim\u00e1ticas. Isso significa que, mesmo que as emiss\u00f5es de carbono diminuam, at\u00e9 2100 os mares absorver\u00e3o de duas a quatro vezes mais calor do que entre 1970 e a atualidade. Entretanto, se o aquecimento global ultrapassar os 2 \u00b0C, essa quantidade pode ser at\u00e9 sete vezes maior.<\/p>\n\n\n\n

O aumento da absro\u00e7\u00e3o de carbono pelas \u00e1guas afeta diretamente a fauna e a flora dos biomas aqu\u00e1ticos, pois altera n\u00e3o apenas sua temperatura, mas tamb\u00e9m a acidifica\u00e7\u00e3o da \u00e1gua e os n\u00edveis de oxig\u00eanio e nutrientes essenciais para a manuten\u00e7\u00e3o de um ecossistema equilibrado.<\/p>\n\n\n\n

Isso tamb\u00e9m \u00e9 prejudicial para os seres humanos, j\u00e1 que a dieta de diversas popula\u00e7\u00f5es \u00e9 baseada na pesca. “O corte das emiss\u00f5es de gases de efeito estufa limitar\u00e1 os impactos nos ecossistemas oce\u00e2nicos, que nos fornecem alimentos, apoiam nossa sa\u00fade e moldam nossas culturas”, explicou Hans-Otto P\u00f6rtner, que fez parte da pesquisa. <\/p>\n\n\n\n

O permafrost<\/strong>
O solo de permafrost, no \u00c1rtico, tamb\u00e9m est\u00e1 sofrendo com o aumento da temperatura da Terra. Congelado por muitos anos, essa camada de gelo est\u00e1 derretendo em um ritmo preocupante \u2014 at\u00e9 o fim do s\u00e9culo 21, estima-se que ele deixar\u00e1 de existir.<\/p>\n\n\n\n

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Imagem a\u00e9rea do permafrost no \u00c1rtico canadense (Foto: Wikimedia Commons)
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Os pesquisadores estimam que, mesmo que o aquecimento global seja limitado a menos de 2 \u00b0C, cerca de 25% do permafrost pr\u00f3ximo \u00e0 superf\u00edcie (3 a 4 metros de profundidade) derreter\u00e1 at\u00e9 2100. Entretanto, se as emiss\u00f5es de gases de efeito estufa continuarem aumentando, at\u00e9 70% dessa camada de gelo poder\u00e1 ser perdida durante o per\u00edodo.<\/p>\n\n\n\n

Como explicaram os membros do IPCC, o permafrost \u00e1rtico e boreal \u00e9 importante porque ret\u00e9m grandes quantidades de carbono org\u00e2nico. Logo, seu derretimento pode resultar em um aumento significativo de gases poluidores lan\u00e7ados na atmosfera.<\/p>\n\n\n\n

\u00c9 preciso agir agora<\/strong>
A conclus\u00e3o dos especialistas ap\u00f3s a publica\u00e7\u00e3o do novo documento n\u00e3o foi surpresa para ningu\u00e9m: \u00e9 preciso agir agora.\u00a0\u201cS\u00f3 conseguiremos manter o aquecimento global bem abaixo de 2 \u00b0C (…) se efetuarmos transi\u00e7\u00f5es sem precedentes em todos os aspectos da sociedade”, apontou\u00a0Debra Roberts, uma das especialistas.<\/p>\n\n\n\n

“Quanto mais decisiva e rapidamente agirmos, mais capazes seremos de enfrentar mudan\u00e7as inevit\u00e1veis, gerenciar riscos, melhorar nossas vidas e alcan\u00e7ar sustentabilidade para ecossistemas e pessoas ao redor do mundo \u2014 hoje e no futuro”, disse Roberts. <\/p>\n\n\n\n

Fonte: Revista Galileu<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Segundo relat\u00f3rio, altera\u00e7\u00f5es dr\u00e1sticas nas \u00e1guas do planeta acontecer\u00e3o ainda neste s\u00e9culo se n\u00e3o limitarmos emiss\u00f5es de carbono
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