{"id":154270,"date":"2019-09-30T04:00:47","date_gmt":"2019-09-30T07:00:47","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=154270"},"modified":"2019-09-29T23:33:16","modified_gmt":"2019-09-30T02:33:16","slug":"como-o-oceano-pode-se-tornar-um-inimigo-da-humanidade","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/09\/30\/154270-como-o-oceano-pode-se-tornar-um-inimigo-da-humanidade.html","title":{"rendered":"Como o oceano pode se tornar um inimigo da humanidade"},"content":{"rendered":"\n
\"Peixes

Recifes de corais est\u00e3o amea\u00e7ados pela acidifica\u00e7\u00e3o dos oceanos
<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

As mudan\u00e7as clim\u00e1ticas v\u00eam devastando os mares e regi\u00f5es anteriormente congeladas do planeta como nunca antes, aponta uma nova pesquisa feita pela Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU).<\/p>\n\n\n\n

Segundo\u00a0um painel de cientistas da ONU, as \u00e1guas dos oceanos v\u00eam subindo, o gelo derretendo e as esp\u00e9cies de animais marinhos v\u00eam mudando de habitat em n\u00edveis in\u00e9ditos, por causa de a\u00e7\u00f5es humanas.<\/p>\n\n\n\n

E a perda de terras permanentemente congeladas amea\u00e7a liberar ainda mais carbono, acelerando esse processo, de acordo com a pesquisa.<\/p>\n\n\n\n

H\u00e1 alguma esperan\u00e7a de que os piores impactos possam ser evitados, desde que sejam feitos cortes profundos e imediatos nas emiss\u00f5es de carbono.<\/p>\n\n\n\n

\"Gr\u00e1fico<\/figure>\n\n\n\n

Este \u00e9 o terceiro de uma s\u00e9rie de relat\u00f3rios produzidos pelo Painel Intergovernamental de Mudan\u00e7as Clim\u00e1ticas (IPCC, na sigla em ingl\u00eas), ao longo dos \u00faltimos 12 meses<\/p>\n\n\n\n

Os cientistas analisaram como o mundo reagiria se as temperaturas subissem 1,5\u00b0 C at\u00e9 o final deste s\u00e9culo. Eles tamb\u00e9m relataram como diferentes \u00e1reas de terra seriam afetadas pelas mudan\u00e7as clim\u00e1ticas.<\/p>\n\n\n\n

No entanto, este novo estudo, que analisa o impacto do aumento da temperatura nos oceanos e regi\u00f5es congeladas, talvez seja o mais preocupante e deprimente dos tr\u00eas.<\/p>\n\n\n\n

O que eles descobriram e qu\u00e3o ruim \u00e9?<\/h2>\n\n\n\n

Em poucas palavras, as \u00e1guas est\u00e3o ficando mais quentes, o gelo do mundo est\u00e1 derretendo rapidamente e isso tem implica\u00e7\u00f5es para quase todos os seres vivos do planeta.<\/p>\n\n\n\n

“O planeta est\u00e1 em s\u00e9rio perigo, sofrendo muitos impactos de v\u00e1rias dire\u00e7\u00f5es, e a culpa \u00e9 nossa”, disse o coordenador da pesquisa, Jean-Pierre Gattuso.<\/p>\n\n\n\n

Os cientistas est\u00e3o “praticamente certos” de que o oceano aqueceu, sem pausas, desde 1970.<\/p>\n\n\n\n

\"Pequena
Pequenas regi\u00f5es insulares ser\u00e3o seriamente atingidas pelo aumento do n\u00edvel do mar, segundo o relat\u00f3rio do IPCC<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

As \u00e1guas absorveram mais de 90% do calor extra gerado pelos seres humanos nas \u00faltimas d\u00e9cadas, e a taxa de absor\u00e7\u00e3o desse calor dobrou em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 de 1993.<\/p>\n\n\n\n

O n\u00edvel dos mares estava subindo principalmente devido \u00e0 expans\u00e3o t\u00e9rmica \u2013 que se refere \u00e0 maneira como o volume de \u00e1gua se expande quando \u00e9 aquecido. A energia extra leva as mol\u00e9culas de \u00e1gua a se moverem mais e, com isso, ocuparem mais espa\u00e7o. Mas o IPCC diz que o aumento dos n\u00edveis dos oceanos hoje \u00e9 impulsionado principalmente pelo derretimento da Groenl\u00e2ndia e da Ant\u00e1rtida.<\/p>\n\n\n\n

INTERACTIVE<\/strong>Qaleraliq glacier, southern Greenland<\/h2>\n\n\n\n

2018<\/h3>\n\n\n\n
\"Satellite<\/figure>\n\n\n\n

1993<\/h3>\n\n\n\n
\"Satellite<\/figure>\n\n\n\n

Gra\u00e7as ao aquecimento, a perda de massa (ou seja, a quantidade de \u00e1gua s\u00f3lida que virou l\u00edquida) da camada de gelo da Ant\u00e1rtida entre 2007 e 2016 triplicou na compara\u00e7\u00e3o com os 10 anos anteriores.<\/p>\n\n\n\n

\"Geleira
Geleiras em todo o mundo est\u00e3o perdendo seu gelo rapidamente, apontam os cientistas<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

A Groenl\u00e2ndia, por exemplo, viu uma duplica\u00e7\u00e3o da perda de sua massa no mesmo per\u00edodo. O relat\u00f3rio estima que isso continue ao longo do s\u00e9culo 21 e depois disso.<\/p>\n\n\n\n

Para geleiras localizadas em \u00e1reas como os Andes tropicais, Europa Central e Norte da \u00c1sia, as proje\u00e7\u00f5es s\u00e3o de que elas perder\u00e3o 80% do gelo at\u00e9 2100, em um cen\u00e1rio de altas emiss\u00f5es de carbono. Isso ter\u00e1 enormes consequ\u00eancias para milh\u00f5es de pessoas.<\/p>\n\n\n\n

Quais s\u00e3o as implica\u00e7\u00f5es de todo esse gelo derretido?<\/h2>\n\n\n\n

Toda essa \u00e1gua extra jorrando para os mares est\u00e1 elevando os n\u00edveis m\u00e9dios de \u00e1gua dos oceanos em todo o mundo. E isso continuar\u00e1 nas pr\u00f3ximas d\u00e9cadas.<\/p>\n\n\n\n

Este novo relat\u00f3rio indica que o n\u00edvel m\u00e9dio global do mar pode aumentar em 1,1 metro at\u00e9 2100, no pior cen\u00e1rio de aquecimento. Trata-se de um aumento de 10 cent\u00edmetros em rela\u00e7\u00e3o \u00e0s proje\u00e7\u00f5es anteriores do IPCC, por causa da intensifica\u00e7\u00e3o nas perdas de gelo, que est\u00e1 ocorrendo na Ant\u00e1rtida.<\/p>\n\n\n\n

“O que mais me surpreendeu \u00e9 o fato de que a maior eleva\u00e7\u00e3o projetada do n\u00edvel do mar tenha sido revisada para cima e agora seja de 1,1 metro”, disse Jean-Pierre Gattuso, da CNRS, a ag\u00eancia nacional de ci\u00eancia da Fran\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

“Isso trar\u00e1 consequ\u00eancias em geral em todas as regi\u00f5es de costas baixas, onde quase 700 milh\u00f5es de pessoas vivem. \u00c9 preocupante”.<\/p>\n\n\n\n

An\u00e1lise de David Shukman – Editor de Ci\u00eancias, em Hull, na Inglaterra<\/h2>\n\n\n\n

Na costa leste da Inglaterra, a maior parte da cidade de Hull fica abaixo do n\u00edvel de uma mar\u00e9 alta t\u00edpica. O mar aqui pode ser uma fonte de riqueza, mas tamb\u00e9m uma amea\u00e7a \u00e0 vida.<\/p>\n\n\n\n

Portanto, as conclus\u00f5es do relat\u00f3rio do IPCC t\u00eam um significado real. Uma tempestade numa noite de inverno, h\u00e1 seis anos, encontrou um trecho fr\u00e1gil no pared\u00e3o do mar e inundou empresas e casas.<\/p>\n\n\n\n

\"Barco
O aumento do n\u00edvel do mar ocorreu devido principalmente \u00e0 expans\u00e3o t\u00e9rmica dos oceanos, mas o derretimento da Groenl\u00e2ndia e da Ant\u00e1rtida agora \u00e9 o principal fator, aponta o relat\u00f3rio do IPCC<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Novas barreiras foram solicitadas e construtoras j\u00e1 trabalham ao longo da costa. Mas essas defesas n\u00e3o podem proteger todo mundo. Simula\u00e7\u00f5es em computador, desenvolvidas pela Universidade de Hull, mostram que, se o n\u00edvel do oceano estiver um metro mais alto do que hoje, o centro da cidade deve continuar bem, mas as regi\u00f5es vizinhas ser\u00e3o inundadas.<\/p>\n\n\n\n

Isso traz \u00e0 tona uma quest\u00e3o dolorosa, enfrentada em lugares baixos do mundo todo: quais \u00e1reas devem ser salvas e quais devem ser abandonadas \u00e0 medida que as \u00e1guas sobem?<\/p>\n\n\n\n

O relat\u00f3rio diz claramente que algumas regi\u00f5es insulares provavelmente se tornar\u00e3o inabit\u00e1veis \u200b\u200bdepois de 2100.<\/p>\n\n\n\n

Os cientistas tamb\u00e9m dizem que vale a pena considerar a realoca\u00e7\u00e3o de pessoas longe de comunidades amea\u00e7adas, “se localidades alternativas seguras estiverem dispon\u00edveis”.<\/p>\n\n\n\n

O que muda para voc\u00ea?<\/h2>\n\n\n\n

Uma das principais mensagens \u00e9 o modo como o aquecimento dos oceanos e da criosfera (os peda\u00e7os de gelo na terra) formam uma cadeia de resultados ruins que afetar\u00e3o milh\u00f5es de pessoas no futuro.<\/p>\n\n\n\n

\"Gr\u00e1fico<\/figure>\n\n\n\n

Em cen\u00e1rios de emiss\u00f5es mais altas, mesmo megacidades ricas como Nova York ou Xangai e grandes polos agr\u00edcolas tropicais como a regi\u00e3o do Mekong, no sudeste asi\u00e1tico, enfrentar\u00e3o riscos altos ou muito altos por causa da eleva\u00e7\u00e3o do n\u00edvel do mar.<\/p>\n\n\n\n

O relat\u00f3rio diz que um mundo com n\u00edveis severamente altos de \u00e1gua quente dar\u00e1 origem a grandes aumentos em eventos clim\u00e1ticos perigosos, como ondas de ciclones tropicais.<\/p>\n\n\n\n

“A previs\u00e3o \u00e9 que eventos extremos do n\u00edvel do mar historicamente raros (que ocorreram uma vez a cada s\u00e9culo num passado recente) ocorram com frequ\u00eancia (pelo menos uma vez por ano) em muitos locais at\u00e9 2050”, diz o estudo, mesmo que as emiss\u00f5es futuras de carbono sejam reduzidas significativamente.<\/p>\n\n\n\n

“O que estamos vendo agora \u00e9 uma mudan\u00e7a duradoura e sem precedentes”, disse a professora Debra Roberts, uma das l\u00edderes de outro grupo de trabalho do IPCC.<\/p>\n\n\n\n

“Mesmo que voc\u00ea more em uma regi\u00e3o de interior no mundo, as mudan\u00e7as no sistema clim\u00e1tico, atra\u00eddas pelas mudan\u00e7as muito grandes no oceano e na criosfera, afetar\u00e3o a maneira como voc\u00ea vive sua vida e as oportunidades para o desenvolvimento sustent\u00e1vel”.<\/p>\n\n\n\n

As maneiras pelas quais voc\u00ea pode ser afetado s\u00e3o diversas \u2013 os danos causados pelas enchentes podem aumentar em duas ou tr\u00eas ordens de magnitude. A acidifica\u00e7\u00e3o dos oceanos, gra\u00e7as ao aumento dos n\u00edveis de CO2, est\u00e1 amea\u00e7ando os corais a tal ponto que 90% das esp\u00e9cies podem desaparecer, no caso de um aquecimento de 1,5\u00b0 C.<\/p>\n\n\n\n

Quando o CO2 \u00e9 dissolvido na \u00e1gua, ele forma \u00e1cido carb\u00f4nico. Portanto, quanto mais di\u00f3xido de carbono se dissolve em nossos oceanos, mais \u00e1cida fica a \u00e1gua.<\/p>\n\n\n\n

\"Helic\u00f3ptero
O derretimento do permafrost pode adicionar bilh\u00f5es de toneladas de CO2 \u00e0 atmosfera<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Com a eleva\u00e7\u00e3o na temperatura dos oceanos, as esp\u00e9cies de peixes podem ser for\u00e7adas a migrar. A pr\u00f3pria seguran\u00e7a no consumo de frutos do mar pode ser comprometida, por causa de uma maior exposi\u00e7\u00e3o das plantas e animais marinhos a n\u00edveis elevados de merc\u00fario e poluentes org\u00e2nicos. Esses poluentes s\u00e3o resultado da mesma queima de combust\u00edvel f\u00f3ssil que libera o CO2.<\/p>\n\n\n\n

At\u00e9 a nossa capacidade de gerar eletricidade pode ser prejudicada \u00e0 medida que derretem as geleiras, pois a disponibilidade de \u00e1gua para produzir energia hidrel\u00e9trica pode ser alterada.<\/p>\n\n\n\n

O permafrost n\u00e3o \u00e9 t\u00e3o permanente assim<\/h2>\n\n\n\n

Enormes quantidades de carbono s\u00e3o armazenadas nas regi\u00f5es permanentemente congeladas do mundo, como a Sib\u00e9ria e o norte do Canad\u00e1.<\/p>\n\n\n\n

\u00c9 prov\u00e1vel que essas \u00e1reas mudem drasticamente, com o derretimento de cerca de 70% desse permafrost \u2013 como \u00e9 chamado esse tipo de superf\u00edcie \u2013, caso as emiss\u00f5es continuem aumentando.<\/p>\n\n\n\n

A grande preocupa\u00e7\u00e3o \u00e9 que isso libere “de dezenas a centenas de bilh\u00f5es de toneladas” de CO2 e metano na atmosfera at\u00e9 2100. Isso representaria uma limita\u00e7\u00e3o significativa \u00e0 nossa capacidade de desacelerar o aquecimento global nos pr\u00f3ximos s\u00e9culos.<\/p>\n\n\n\n

Ent\u00e3o, o que acontecer\u00e1 a longo prazo?<\/h2>\n\n\n\n

Essa \u00e9 uma pergunta fundamental, e depende muito do que fazemos no curto prazo para limitar as emiss\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

No entanto, o relat\u00f3rio adverte que algumas altera\u00e7\u00f5es podem n\u00e3o ser facilmente desfeitas. Dados da Ant\u00e1rtida, por exemplo, sugerem o in\u00edcio da “instabilidade irrevers\u00edvel do len\u00e7ol de gelo”, que pode fazer o n\u00edvel do mar subir v\u00e1rios metros em alguns s\u00e9culos.<\/p>\n\n\n\n

\"Tubar\u00e3o
As mudan\u00e7as clim\u00e1ticas podem for\u00e7ar as esp\u00e9cies a mudar de regi\u00e3o<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

“Temos informa\u00e7\u00f5es de que o n\u00edvel dos oceanos subir\u00e1 at\u00e9 2300, pelas muitas mudan\u00e7as j\u00e1 detectadas envolvendo os mantos de gelo”, disse Nerilie Abram, da Universidade Nacional da Austr\u00e1lia, em Camberra, que tamb\u00e9m liderou o estudo.<\/p>\n\n\n\n

“Portanto, mesmo em um cen\u00e1rio em que consigamos reduzir os gases do efeito estufa, j\u00e1 h\u00e1 um futuro aumento do n\u00edvel do mar para o qual as pessoas ter\u00e3o de se planejar”.<\/p>\n\n\n\n

Tamb\u00e9m pode haver perdas culturais significativas e irrevers\u00edveis, pois as esp\u00e9cies de peixes das quais dependem comunidades ind\u00edgenas, por exemplo, podem ter de se mover para escapar do aquecimento.<\/p>\n\n\n\n

Mas o relat\u00f3rio nos d\u00e1 alguma esperan\u00e7a?<\/h2>\n\n\n\n

Definitivamente. O documento deixa claro que o futuro dos oceanos ainda est\u00e1 em nossas m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

A essa altura, trata-se de uma f\u00f3rmula j\u00e1 conhecida \u2013 cortes r\u00e1pidos e significativos nas emiss\u00f5es de carbono, de acordo com o relat\u00f3rio do IPCC do ano passado, que exige redu\u00e7\u00f5es de 45% at\u00e9 2030.<\/p>\n\n\n\n

“Se reduzirmos as emiss\u00f5es bruscamente, as consequ\u00eancias para as pessoas e seus meios de subsist\u00eancia ser\u00e3o, ainda assim, desafiadoras. Mas potencialmente mais gerenci\u00e1veis, especialmente no que diz respeito aos mais vulner\u00e1veis”, disse Hoesung Lee, presidente do IPCC.<\/p>\n\n\n\n

Alguns dos cientistas envolvidos no relat\u00f3rio acreditam que a press\u00e3o p\u00fablica sobre os pol\u00edticos \u00e9 uma parte crucial para confrontar os problemas derivados do aquecimento do planeta.<\/p>\n\n\n\n

“Depois das manifesta\u00e7\u00f5es dos jovens na semana passada, acho que eles s\u00e3o a nossa melhor chance”, disse um dos coordenadores do novo relat\u00f3rio do IPCC, Jean-Pierre Gattuso.<\/p>\n\n\n\n

“Eles s\u00e3o din\u00e2micos, ativos. Espero que continuem suas a\u00e7\u00f5es e possam fazer a sociedade mudar”.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

As mudan\u00e7as clim\u00e1ticas v\u00eam devastando os mares e regi\u00f5es anteriormente congeladas do planeta como nunca antes, aponta uma nova pesquisa feita pela Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU). <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":154271,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[2112,46,243,4064,1142],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/154270"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=154270"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/154270\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":154272,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/154270\/revisions\/154272"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/154271"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=154270"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=154270"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=154270"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}