{"id":154293,"date":"2019-10-01T14:00:19","date_gmt":"2019-10-01T17:00:19","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=154293"},"modified":"2019-09-30T22:24:21","modified_gmt":"2019-10-01T01:24:21","slug":"pneus-o-poluente-plastico-que-muita-gente-ignora","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/10\/01\/154293-pneus-o-poluente-plastico-que-muita-gente-ignora.html","title":{"rendered":"Pneus: o poluente pl\u00e1stico que muita gente ignora"},"content":{"rendered":"\n
\"Conforme

Conforme os pneus percorrem seus quil\u00f4metros, eles se desgastam, liberando pequeninos peda\u00e7os de pl\u00e1stico sint\u00e9tico \u2013 essencialmente pl\u00e1stico \u2013 que s\u00e3o levados das estradas para os rios e chegam, finalmente, aos oceanos.
<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Em 2014, o bi\u00f3logo John Weinstein e seus alunos de p\u00f3s-gradua\u00e7\u00e3o procuravam por\u00a0micropl\u00e1sticos\u2014 pequenos peda\u00e7os de pl\u00e1stico degradado que pesquisadores descobriram estar espalhados pelo meio ambiente.<\/p>\n\n\n\n

A equipe estava sediada na faculdade militar The Citadel, em Charleston, Carolina do Sul, EUA, onde Weinstein \u00e9 professor. Trabalhando em uma cidade costeira, eles esperavam encontrar pelo menos algumas evid\u00eancias de micropl\u00e1sticos que s\u00e3o\u00a0levados ao oceano. E, de fato, as amostras continuaram a aparecer.<\/p>\n\n\n\n

Grande parte do que eles coletaram veio de fontes antecipadas e identific\u00e1veis, como\u00a0sacolas pl\u00e1sticas rasgadas. Por\u00e9m, mais da metade das amostras eram pretas, tubulares e microsc\u00f3picas, sem origens \u00f3bvias.<\/p>\n\n\n\n

\u201cElas s\u00e3o alongadas, quase como charutos\u201d, diz Weinstein. \u201cEra um mist\u00e9rio.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Weinstein e seus alunos procuraram ao redor do porto de Charleston por itens comuns de pl\u00e1sticos\u2014como\u00a0redes de pesca\u2014buscando uma compara\u00e7\u00e3o. Mas n\u00e3o havia nenhuma correspond\u00eancia. O avan\u00e7o aconteceu quando encontraram pl\u00e1sticos muito semelhantes, em forma de charuto, em uma via naveg\u00e1vel, pr\u00f3xima \u00e0 sa\u00edda de uma estrada principal. Ent\u00e3o perceberam com o que estavam lidando: pedacinhos de pneus de carro.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

\"Pl\u00e1stico

PL\u00c1STICO 101 | COMO O PL\u00c1STICO \u00c9 PRODUZIDO A PARTIR DE COMBUST\u00cdVEIS F\u00d3SSEIS
Da prospec\u00e7\u00e3o ao descarte, entenda como o material \u00e9 produzido a partir de combust\u00edveis f\u00f3sseis. <\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

“Foi uma surpresa”, diz Weinstein. “Normalmente, voc\u00ea n\u00e3o encontra o que n\u00e3o est\u00e1 procurando.”<\/p>\n\n\n\n

A descoberta pode n\u00e3o ter sido t\u00e3o chocante quanto parecia \u00e0 primeira vista. Na verdade, os pneus est\u00e3o entre os poluidores de pl\u00e1stico mais comuns do mundo. Um\u00a0estudo de 2017\u00a0feito por Pieter Jan Kole na The Open University of The Netherlands, publicado no\u00a0International Journal of Environmental Research and Public Health<\/em>, estima que os pneus s\u00e3o respons\u00e1veis por at\u00e9 10% do total de res\u00edduos micropl\u00e1sticos nos oceanos do mundo. Um relat\u00f3rio de 2017 da\u00a0\u00a0Uni\u00e3o Internacional pela Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza\u00a0colocou esse n\u00famero em 28%\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0<\/p>\n\n\n\n

\u201cO desgaste de pneus \u00e9 uma fonte furtiva de micropl\u00e1stico no meio ambiente\u201d, escreveram Kole e seus coautores. \u201cMas a conscientiza\u00e7\u00e3o \u00e9 baixa e atualmente n\u00e3o h\u00e1 alternativa para os pneus.\u201d  <\/p>\n\n\n\n

Do que os pneus s\u00e3o feitos?<\/strong><\/h3>\n\n\n\n

Durante milhares de anos, as rodas eram feitas de pedra ou madeira \u2013 sem a necessidade de cobertura. Em um dado momento, o couro foi acrescentado para suavizar os passeios e mais tarde uma borracha s\u00f3lida. Os carros foram inventados no final dos anos 1800, e rodas pneum\u00e1ticas \u2013 ou cheias de ar \u2013 surgiram pouco tempo depois.<\/p>\n\n\n\n

Naquela \u00e9poca, a borracha dos pneus vinha principalmente de seringueiras \u2013 cujo cultivo\u00a0contribuiu para o desmatamento intenso em todo o mundo.\u00a0Mas, no in\u00edcio do s\u00e9culo 20, com os carros se tornando menos caros e cada vez mais comuns, o mundo precisava de mais borracha do que havia dispon\u00edvel. Em 1909, o qu\u00edmico alem\u00e3o Fritz Hofmann, que trabalhava para a empresa qu\u00edmica alem\u00e3 Bayer, inventou a primeira borracha sint\u00e9tica comercial. Dentro de um ano, o material j\u00e1 estava nos pneus dos carros. Em 1931, a empresa qu\u00edmica americana DuPont industrializou a fabrica\u00e7\u00e3o de borracha sint\u00e9tica.<\/p>\n\n\n\n

Hoje,\u00a0pneus consistem em\u00a0\u00a0cerca de 19% de borracha natural e 24% de borracha sint\u00e9tica, que \u00e9 um pol\u00edmero pl\u00e1stico. O resto \u00e9 feito de metal e outros compostos. A produ\u00e7\u00e3o de pneus ainda tem impactos ambientais monumentais, desde o desmatamento cont\u00ednuo at\u00e9 os combust\u00edveis f\u00f3sseis que causam danos clim\u00e1ticos, que s\u00e3o usados na fabrica\u00e7\u00e3o de borracha sint\u00e9tica usada no processo de montagem.\u00a0Pneus de carros modernos exigem cerca de 26 litros de \u00f3leo\u00a0para serem feitos, enquanto pneus de caminh\u00f5es precisam de 81 litros.<\/p>\n\n\n\n

Mas o que est\u00e1 se tornando cada vez mais claro \u00e9 que, \u00e0 medida que a borracha se desgasta, os pneus liberam min\u00fasculos pol\u00edmeros de pl\u00e1stico que frequentemente se tornam poluentes nos oceanos e rios.<\/p>\n\n\n\n

\u201cPneus\u201d, diz Jo\u00e3o Sousa, que estuda pl\u00e1sticos marinhos na Uni\u00e3o Internacional para a Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza, \u201ctem uma classifica\u00e7\u00e3o extremamente alta em termos de contribui\u00e7\u00e3o\u201d para o\u00a0problema dos micropl\u00e1sticos.<\/p>\n\n\n\n

Fabricantes de pneus como Goodyear, Michelin e Bridgestone fazem parte do\u00a0The Tire Industry Project, um grupo de pesquisa apoiado pela ind\u00fastria que tem os 11 principais fabricantes de pneus como membros.<\/p>\n\n\n\n

\"Como

COMO A SUA ESCOVA DE DENTES SE TORNOU PARTE DA CRISE DO PL\u00c1STICO
O que a Guerra Civil Norte-Americana tem a ver com higiene bucal? Investigamos como objetos do dia-a-dia se tornaram parte da crise do pl\u00e1stico. <\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

\u201cN\u00e3o existe uma defini\u00e7\u00e3o globalmente aceita de micropl\u00e1sticos,\u201d escreveu Gavin Whitmore, representante do Tire Industry Project, em um e-mail. Seus estudos, ele acrescentou, \u201cdescobriram que \u00e9 improv\u00e1vel que as part\u00edculas de pneus causem impactos negativos na sa\u00fade humana e no meio ambiente.\u201d  <\/p>\n\n\n\n

Como os pneus se rompem?<\/strong><\/h3>\n\n\n\n

Os padr\u00f5es de banda de rodagem dos pneus ajudam a determinar a ader\u00eancia de um ve\u00edculo na estrada, al\u00e9m de manuseio, manobras e quebra. Mas uma melhor ader\u00eancia tamb\u00e9m pode significar mais atrito. E enquanto dirigimos, a abras\u00e3o faz com que peda\u00e7os de nossos pneus se rompam.<\/p>\n\n\n\n

Um\u00a0relat\u00f3rio\u00a0de 2013 da Tire Steward Manitoba, no Canad\u00e1, descobriu que pneus de caminh\u00f5es leves perdem cerca de 1.0 quilo de borracha durante sua vida \u00fatil (m\u00e9dia de 6,33 anos). O estudo de Kohl descobriu que os americanos produzem o maior desgaste per capita de pneus e estima que, em geral, somente os pneus nos EUA produzam cerca de 1.8 milh\u00e3o de tonelada de micropl\u00e1sticos por ano. \u00a0<\/p>\n\n\n\n

Exatamente quanto desse res\u00edduo acaba nas vias naveg\u00e1veis depende de muitos fatores, diz Sousa, variando desde onde a Estrada est\u00e1 localizada at\u00e9 o clima. A chuva, por exemplo, pode fazer com que mais part\u00edculas fluam para o meio ambiente. Pesquisas sobre esse tema s\u00e3o relativamente novas, ele aponta, de modo que as estimativas melhorar\u00e3o \u00e0 medida que mais trabalhos forem sendo feitos. Mas, com milh\u00f5es de ve\u00edculos viajando pelas ruas todos os dias, ele diz: \u201cvoc\u00ea passa a ter uma ideia sombria sobre a quantidade de pneu (part\u00edculas) liberada\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Uma vez que as part\u00edculas dos pneus entram nos rios ou nos oceanos, elas podem ter efeitos vis\u00edveis na vida marinha. John Weinstein, da Citadel, exp\u00f4s camar\u00f5es a part\u00edculas de pneus em ambiente de laborat\u00f3rio e descobriu que\u00a0os animais comeram as part\u00edculas, que ficavam presas em suas br\u00e2nquias. Uma vez ingeridas, as part\u00edculas se acumulam nas entranhas do camar\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEle n\u00e3o morre imediatamente\u201d, ele diz. \u201cExistem efeitos cr\u00f4nicos de longo prazo que, na verdade, ainda n\u00e3o foram estudados.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Fim da estrada<\/h3>\n\n\n\n

Melhor compreendido \u00e9 o que acontece com os pneus quando eles j\u00e1 cumpriram seu papel e precisam ser descartados \u2013 \u201cfim da vida\u201d, como a ind\u00fastria de manufatura de pneus a chama.<\/p>\n\n\n\n

A trajet\u00f3ria dos pneus usados \u00e9, sob muitos aspectos, positiva. Por exemplo: a reciclagem de res\u00edduos de pneus em produtos como playgrounds, campos esportivos e materiais de constru\u00e7\u00e3o aumentou drasticamente ao longo dos anos. A Associa\u00e7\u00e3o de Fabricantes de Pneus dos EUA (USTMA, em ingl\u00eas) diz que a reutiliza\u00e7\u00e3o de pneus passou de 11% em 1990 para 81% em 2017.<\/p>\n\n\n\n

\"Em

EM VIAGEM A BELIZE, NOSSA REP\u00d3RTER ACEITOU UM DESAFIO: N\u00c3O UTILIZAR PL\u00c1STICOS DE USO \u00daNICO
Evitar pl\u00e1sticos de uso \u00fanico na nossa rotina j\u00e1 \u00e9 dif\u00edcil, mas a tarefa fica ainda mais complicada quando estamos longe de casa. <\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Mas esse n\u00famero vem com uma grande ressalva: ele inclui o que chamamos de \u201ccombust\u00edveis derivados de pneus\u201d (TDF, em ingl\u00eas) \u2014 a queima de pneus para se obter energia.<\/p>\n\n\n\n

Segundo\u00a0Reto Gier\u00e9, cientista ambiental da Universidade da Pensilv\u00e2nia, se os pneus s\u00e3o queimados em instala\u00e7\u00f5es projetadas especificamente para essa tarefa, isso pode ser feito de maneira bastante limpa e \u00e9 uma boa maneira de recuperar energia. Mas os pneus, ele conta, tamb\u00e9m cont\u00eam altos n\u00edveis de poluentes em potencial como zinco e cloro, e por isso, se forem queimados em instala\u00e7\u00f5es com combust\u00edveis mistos ou sem as devidas precau\u00e7\u00f5es, ele afirma, \u201cteremos uma grande bagun\u00e7a\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Pneus que n\u00e3o s\u00e3o reciclados ou queimados acabam em aterros sanit\u00e1rios \u2013 cerca de 16%, segundo\u00a0um relat\u00f3rio da USTMA de 2018. A quantidade de pneus descartados em aterros por anos quase dobrou entre 2013 e 2017. John Sheerin, da USTMA,\u00a0disse \u00e0 revista Recycling Today\u00a0que com a demanda por combust\u00edveis derivados de pneus em decl\u00ednio, mais pneus podem come\u00e7ar a se encaminhar para aterros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Podemos fazer melhor?<\/strong><\/h3>\n\n\n\n

O pneu n\u00e3o sofre uma grande reformula\u00e7\u00e3o h\u00e1 d\u00e9cadas, mas recentemente houve um esfor\u00e7o maior para o desenvolvimento de op\u00e7\u00f5es mais sustent\u00e1veis. Em 2017, por exemplo, pesquisadores liderados pela Universidade de Minnesota encontraram uma maneira de produzir isopreno, um ingrediente-chave da borracha sint\u00e9tica,\u00a0a partir de fontes naturais como grama, \u00e1rvores e milho em vez de combust\u00edveis f\u00f3sseis. No ano passado, a Goodyear\u00a0lan\u00e7ou um pneu conceitual\u00a0feito de borracha reciclada contendo musgo, projetado para absorver di\u00f3xido de carbono enquanto o pneu \u00e9 usado.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, peda\u00e7os desse novo pneu tamb\u00e9m podem acabar no meio ambiente. A redu\u00e7\u00e3o do desgaste de pneus, diz o estudo de Kole, provavelmente custar\u00e1 outras medidas de desempenho, como resist\u00eancia ao rolamento, uma troca que pode ser dif\u00edcil de ser aceita pelos fabricantes.<\/p>\n\n\n\n

\u201cN\u00e3o conhe\u00e7o nenhuma nova tecnologia para lidar com o desgaste dos pneus,\u201d diz Weinstein.<\/p>\n\n\n\n

Mas ele v\u00ea outras maneiras menos diretas de combater o problema. As superf\u00edcies das estradas, ele sugere, podem ser menos abrasivas ou mais porosas para reduzir ou ajudar na coleta de part\u00edculas do desgaste de pneus. Ele tamb\u00e9m acredita que h\u00e1 espa\u00e7o para uma tecnologia melhor para capturar o escoamento de part\u00edculas de pneus das estradas. \u00c9 um caminho que ele est\u00e1 explorando atualmente em uma cidade perto de Charleston.<\/p>\n\n\n\n

Em geral, por\u00e9m, o que ele considera mais urgente \u00e9 um maior n\u00famero de pesquisas e maior conscientiza\u00e7\u00e3o cient\u00edfica e p\u00fablica.<\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 preciso haver mais estudos\u201d, diz ele. \u201cN\u00e3o sei se isso chama a aten\u00e7\u00e3o de muitas pessoas atualmente\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: National Geographic Tik Root <\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Como pneus s\u00e3o feitos de borracha natural e pl\u00e1stico, \u00e9 f\u00e1cil n\u00e3o perceber o quanto eles contribuem para a polui\u00e7\u00e3o dos nossos oceanos. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":154294,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[3567,330,1265,1297,93],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/154293"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=154293"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/154293\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":154295,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/154293\/revisions\/154295"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/154294"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=154293"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=154293"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=154293"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}