{"id":154296,"date":"2019-10-01T17:00:25","date_gmt":"2019-10-01T20:00:25","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=154296"},"modified":"2019-09-30T22:29:10","modified_gmt":"2019-10-01T01:29:10","slug":"veja-o-que-as-cidades-precisam-fazer-ate-2050-para-cumprir-as-metas-climaticas","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/10\/01\/154296-veja-o-que-as-cidades-precisam-fazer-ate-2050-para-cumprir-as-metas-climaticas.html","title":{"rendered":"Veja o que as cidades precisam fazer at\u00e9 2050 para cumprir as metas clim\u00e1ticas"},"content":{"rendered":"\n

O progresso precisa ser r\u00e1pido e deve come\u00e7ar agora, salienta Weyl. Pesquisas anteriores sugerem que, para atingir as metas de Paris, os edif\u00edcios em todo o mundo precisam obter cerca de 3 por cento de mais efici\u00eancia a cada ano, diz Weyl.<\/p>\n\n\n\n

Mudan\u00e7as a serem alcan\u00e7adas<\/strong><\/h3>\n\n\n\n

Consertar edif\u00edcios pode diminuir cerca de 60 por cento das emiss\u00f5es urbanas de carbono. Outra boa parte, pouco mais de 15 por cento, vem do uso de materiais melhores ou diferentes para construir pr\u00e9dios, ve\u00edculos, estradas e ferrovias que sustentam a exist\u00eancia humana. Isso significa menos concreto, a\u00e7o e vidro novos.<\/p>\n\n\n\n

\u201cO edif\u00edcio mais verde \u00e9 aquele que j\u00e1 existe\u201d, diz Guttman.<\/p>\n\n\n\n

Outra redu\u00e7\u00e3o de 20 por cento pode vir do transporte, se este for liberto de seu atual v\u00edcio em carbono. Nas cidades, isso poderia ser feito atrav\u00e9s da constru\u00e7\u00e3o de sistemas eficazes de transporte p\u00fablico ou da troca de carros pessoais por carros compartilhados.<\/p>\n\n\n\n

Mais de 10 mil cidades assumiram compromissos de reduzir drasticamente suas emiss\u00f5es de carbono at\u00e9 2050. Provavelmente, elas conseguir\u00e3o atingir um ter\u00e7o desse objetivo por conta pr\u00f3pria, diz o relat\u00f3rio. Mas n\u00e3o conseguir\u00e3o atingir os tipos de metas que desejam – quase zero de emiss\u00f5es l\u00edquidas \u2013 sem a coopera\u00e7\u00e3o e colabora\u00e7\u00e3o dos governos nacionais.<\/p>\n\n\n\n

Para a redu\u00e7\u00e3o de emiss\u00f5es de edif\u00edcios, por exemplo, os tipos de mudan\u00e7as que as cidades podem controlar diretamente \u2013 como isolar melhor suas paredes \u2013 podem lev\u00e1-las \u00e0 metade do caminho para seus objetivos. Mas, para chegar at\u00e9 l\u00e1, os pr\u00e9dios precisam funcionar com eletricidade sustent\u00e1vel, o que exige mudan\u00e7as na rede de energia que somente os governos estaduais ou nacionais podem controlar.<\/p>\n\n\n\n

\u201cIsso n\u00e3o \u00e9 algo que os governos municipais podem conquistar sozinhos\u201d, diz\u00a0Sarah Colenbrander, principal autora do relat\u00f3rio. \u201cN\u00e3o podemos continuar passando a bola para eles e esperar que eles resolvam todos os problemas.\u201d<\/p>\n\n\n\n

\"Munique,

Munique, Alemanha, planeja abastecer-se inteiramente com energia renov\u00e1vel at\u00e9 2025. O munic\u00edpio j\u00e1 assinou um contrato para fornecer energia ao seu sistema ferrovi\u00e1rio urbano, o S- Bahn, com energia de um parque e\u00f3lico offshore no Mar do Norte.
FOTO DE\u00a0LUCA LOCATELLI<\/strong> <\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

At\u00e9 2050, cerca de\u00a070 por cento\u00a0da popula\u00e7\u00e3o mundial passar\u00e1 \u00e0 vida cotidiana nas cidades. Eles far\u00e3o tudo que comp\u00f5em uma vida cotidiana: comer, se deslocar de casa para o trabalho ou para a escola, se refrescar nos ver\u00f5es, se aquecer nos invernos e muito mais.<\/p>\n\n\n\n

Todas essas experi\u00eancias custam muita energia e, atualmente, essa energia custa muito carbono. Moradores urbanos, como um todo, acabam sendo respons\u00e1veis por tr\u00eas quartos de todas as emiss\u00f5es atuais de gases do efeito estufa. Mas n\u00e3o precisa ser assim, destaca\u00a0um novo relat\u00f3rio\u00a0da Coaliz\u00e3o para Transi\u00e7\u00f5es Urbanas: usando tecnologias e pol\u00edticas que j\u00e1 existem hoje, as cidades podem reduzir suas emiss\u00f5es de carbono em 90 por cento at\u00e9 2050.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Isso reduziria substancialmente as emiss\u00f5es globais, levando-nos a cerca de 60 por cento dos cortes necess\u00e1rios para evitar o aquecimento al\u00e9m da meta de 2 graus Celsius (3.7 graus Fahrenheit) acordada no\u00a0\u00a0Acordo de Paris de 2015.<\/p>\n\n\n\n

“A maioria das pessoas vive nas cidades e a maioria das emiss\u00f5es vem das cidades”, diz Christiana Figueres, vice-presidente do Pacto Global dos Prefeitos. “\u00c0 medida que as cidades avan\u00e7am, avan\u00e7a tamb\u00e9m o clima.”<\/p>\n\n\n\n

Edif\u00edcios, edif\u00edcios, edif\u00edcios<\/strong><\/h3>\n\n\n\n

As tecnologias e as pol\u00edticas para tornar as cidades mais favor\u00e1veis ao clima j\u00e1 existem, afirma o relat\u00f3rio.<\/p>\n\n\n\n

\"O

O parque e\u00f3lico DanTysk, no Mar do Norte, fornece energia carbono-zero para Munique.
FOTO DE\u00a0CHRISTIAN CHARISIUS\/DPA\/ALAMY<\/strong> <\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

A maior mudan\u00e7a a ser alcan\u00e7ada? Em primeir\u00edssimo lugar, as cidades precisam construir edif\u00edcios melhores ou, melhor ainda, adaptar os que j\u00e1 possuem para que eles usem muito menos energia.<\/p>\n\n\n\n

Nos c\u00e1lculos do relat\u00f3rio, cerca de 30 por cento de todas as emiss\u00f5es urbanas poderiam ser reduzidas at\u00e9 2050 se torn\u00e1ssemos os edif\u00edcios mais eficientes. Outros 30 por cento poderiam ser ganhos ao trocar grandes consumidores de energia \u2013 que atualmente funcionam com energia de combust\u00edveis f\u00f3sseis como os sistemas de aquecimento e refrigera\u00e7\u00e3o, luzes e fog\u00f5es \u2013 por fontes renov\u00e1veis como energia solar ou e\u00f3lica.<\/p>\n\n\n\n

Isso significa reparar todas as rachaduras nos pr\u00e9dios para que eles n\u00e3o deixem vazar calor ou ar refrigerado. Melhor ainda seria redesenh\u00e1-los para n\u00e3o confiar tanto nas tecnologias de consumo de energia, que se tornaram a norma em muitos projetos norte-americanos e europeus.<\/p>\n\n\n\n

\u201cN\u00f3s constru\u00edmos esses edif\u00edcios e instalamos sistemas caros de climatiza\u00e7\u00e3o e ilumina\u00e7\u00e3o como sistemas de corre\u00e7\u00e3o. Mas se esse mesmo edif\u00edcio tivesse sido constru\u00eddo levando em considera\u00e7\u00e3o o movimento da luz e do ar \u2013 coisas que costum\u00e1vamos fazer nesse pa\u00eds antes do surgimento dessa tecnologia \u2013 n\u00f3s provavelmente ter\u00edamos criado algo menos complexo,\u201d diz\u00a0Maureen Guttman, arquiteta especialista em design de edif\u00edcios verdes.<\/p>\n\n\n\n

Reprojetar e modernizar edif\u00edcios \u00e9 um grande desafio, mas \u00e9 algo que sabemos como realizar, diz\u00a0Debbie Weyl, especialista em edif\u00edcios do World Resources Institute, que acabou de fazer um relat\u00f3rio separado sobre o futuro das constru\u00e7\u00f5es carbono zero. Muitas cidades est\u00e3o pedindo ajuda para fazer exatamente isso. Na Cidade do M\u00e9xico, por exemplo, um projeto para ajudar poucos edif\u00edcios a descarbonizar cresceu como uma bola de neve. Em 2015, havia quatro pr\u00e9dios no programa; depois 15; neste ano, cerca de 800 pr\u00e9dios por toda a cidade se engajaram em grandes projetos de redu\u00e7\u00e3o de carbono.<\/p>\n\n\n\n

\"Copenhague

Copenhague \u00e9 uma das melhores cidades para se andar de bicicleta do mundo, al\u00e9m de ter um sofisticado sistema de tr\u00e2nsito. Na d\u00e9cada de 1970, a cidade fez uma escolha ativa para buscar op\u00e7\u00f5es de transporte de baixo carbono e hoje possui uma das taxas mais baixas de propriedade de carros em cidades da Europa.
FOTO DE\u00a0MADS CLAUS RASMUSSEN\/RITZAU SCANPIX\/AFP<\/strong> <\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Fonte: Alejandra Borunda National Geographic<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Em 2050, a maioria das pessoas estar\u00e1 vivendo nas cidades. Um novo relat\u00f3rio apresenta as formas de manter as emiss\u00f5es sob controle. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":154297,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[77,1620,35,3938,46],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/154296"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=154296"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/154296\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":154298,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/154296\/revisions\/154298"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/154297"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=154296"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=154296"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=154296"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}