{"id":154302,"date":"2019-10-02T01:00:15","date_gmt":"2019-10-02T04:00:15","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=154302"},"modified":"2019-10-01T23:12:32","modified_gmt":"2019-10-02T02:12:32","slug":"a-ilha-inacessivel-no-meio-do-oceano-que-virou-um-deposito-de-plastico","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/10\/02\/154302-a-ilha-inacessivel-no-meio-do-oceano-que-virou-um-deposito-de-plastico.html","title":{"rendered":"A ‘Ilha Inacess\u00edvel’ no meio do oceano que virou um dep\u00f3sito de pl\u00e1stico"},"content":{"rendered":"\n
\"Garrafa

Na \u00faltima d\u00e9cada, o n\u00famero de garrafas pl\u00e1sticas vindas China achadas na Ilha Inacess\u00edvel disparou
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Uma ilha remota no sul do Oceano Atl\u00e2ntico ajudou a revelar a escala do problema dos\u00a0res\u00edduos pl\u00e1sticos\u00a0que os mares enfrentam.<\/p>\n\n\n\n

Cerca de 75% das garrafas encontradas na costa da Ilha Inacess\u00edvel, no Atl\u00e2ntico Sul, eram da \u00c1sia. A maioria delas foi feita na China e fabricada recentemente, dizem pesquisadores da \u00c1frica do Sul e do Canad\u00e1, escrevendo no peri\u00f3dico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), o que indicaria que teriam sido descartadas de navios.<\/p>\n\n\n\n

Estima-se que 12,7 milh\u00f5es de toneladas de pl\u00e1stico v\u00e3o parar nos oceanos a cada ano. Mas esse n\u00famero se refere apenas ao que \u00e9 de descartado a partir da terra.<\/p>\n\n\n\n

Os autores do estudo apontam que hoje se sup\u00f5e que a maioria do lixo encontrado no mar tenha essa origem. No entanto, os cientistas disseram que evid\u00eancias indicam o contr\u00e1rio.<\/p>\n\n\n\n

Garrafas PET s\u00e3o o lixo mais comum<\/h2>\n\n\n\n
\"Gr\u00e1fico
A Ilha Inacess\u00edvel \u00e9 considerada um patrim\u00f4nio mundial pela Unesco<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

“Quando est\u00e1vamos [na chamada Ilha Inacess\u00edvel] no ano passado, foi realmente chocante a quantidade de garrafas de bebida que havia”, explica Peter Ryan, diretor do Instituto de Ornitologia Africana FitzPatrick da Universidade da Cidade do Cabo, na \u00c1frica do Sul, e principal autor do estudo.<\/p>\n\n\n\n

Durante sua pesquisas na ilha, que \u00e9 considerada um patrim\u00f4nio mundial pela Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas para a Educa\u00e7\u00e3o, a Ci\u00eancia e a Cultura (Unesco, na sigla em ingl\u00eas), os cientistas examinaram 3.515 objetos em 2009 e 8.084 em 2018.<\/p>\n\n\n\n

As garrafas de polietileno tereftalato (PET) foram o tipo mais comum de detrito e o que mais aumentou em n\u00famero: 14,7% a cada ano, desde a d\u00e9cada de 1980.<\/p>\n\n\n\n

\"Garrafa
As evid\u00eancias indicam que a maioria das garrafas de pl\u00e1stico na Ilha Inacess\u00edvel haviam sido descartadas de navios<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

O objeto mais antigo, encontrado em 2018, foi um recipiente de polietileno de alta densidade fabricado em 1971. No entanto, a maioria das garrafas havia sido fabricada dois anos antes de ser achada em terra.<\/p>\n\n\n\n

De onde v\u00eam os detritos?<\/h2>\n\n\n\n

“\u00c9 poss\u00edvel obter informa\u00e7\u00f5es mesmo de garrafas sem r\u00f3tulos. Eles t\u00eam datas, marcas de fabricantes e, quando voc\u00ea conhece os diferentes fabricantes, pode descobrir de onde v\u00eam”, diz Ryan.<\/p>\n\n\n\n

“O que realmente chocou foi como a origem mudou da Am\u00e9rica do Sul, que \u00e9 o que voc\u00ea esperaria em algum lugar como a Ilha Inacess\u00edvel, por causa da dire\u00e7\u00e3o do vento. Mas, nos tr\u00eas meses em que estivemos na ilha, 84% das garrafas encontradas tinham vindo da \u00c1sia.”<\/p>\n\n\n\n

A combina\u00e7\u00e3o do fato de as garrafas serem da \u00c1sia, especialmente da China, e o fato de terem sido fabricadas h\u00e1 pouco tempo, o que n\u00e3o permitiria que elas chegassem levadas pelas correntes oce\u00e2nicas globais, indica que elas foram descartadas de navios que passavam pela regi\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

“Pensei inicialmente que seriam embarca\u00e7\u00f5es de pesca, porque estes barcos costumam ir para regi\u00f5es nas quais os navios mercantes n\u00e3o costumam navegar. Mas, como a maioria das garrafas \u00e9 da China, isso n\u00e3o bate, porque as embarca\u00e7\u00f5es de pesca no Atl\u00e2ntico Sul s\u00e3o taiwanesas e japonesas “, observa Ryan.<\/p>\n\n\n\n

“Acho que h\u00e1 fortes evid\u00eancias de que s\u00e3o provenientes de navios mercantes. Houve um aumento bem grande neste tipo de transporte mar\u00edtimo, principalmente da Am\u00e9rica do Sul para a \u00c1sia na \u00faltima d\u00e9cada. Foi um choque para mim, porque eu pensava que as frotas mercantes cumpriam razoavelmente [os acordos internacionais para que lixo n\u00e3o seja jogado no mar].”<\/p>\n\n\n\n

Ryan diz estar interessado em dialogar com o setor de transporte mar\u00edtimo internacional sobre estas descobertas e acrescenta: “Precisamos pensar com muito cuidado em como melhorar monitoramento e a aplica\u00e7\u00e3o das regulamenta\u00e7\u00f5es”.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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