{"id":154356,"date":"2019-10-07T07:00:05","date_gmt":"2019-10-07T10:00:05","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=154356"},"modified":"2019-10-07T06:59:59","modified_gmt":"2019-10-07T09:59:59","slug":"o-pouco-conhecido-impacto-negativo-da-energia-eolica-no-nordeste","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/10\/07\/154356-o-pouco-conhecido-impacto-negativo-da-energia-eolica-no-nordeste.html","title":{"rendered":"O pouco conhecido impacto negativo da energia e\u00f3lica no Nordeste"},"content":{"rendered":"\n
\"Fazendas

Nordeste \u00e9 respons\u00e1vel por 86% da produ\u00e7\u00e3o de energia e\u00f3lica do Brasil
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Embora a\u00a0energia\u00a0e\u00f3lica \u2013 aquela gerada pela for\u00e7a dos ventos \u2013 seja reconhecidamente uma fonte limpa e renov\u00e1vel de eletricidade, ela tem um lado negativo, que causa impactos ambientais n\u00e3o desprez\u00edveis, como morte de animais e destrui\u00e7\u00e3o de vegeta\u00e7\u00e3o nativa. \u00c9 o que constataram pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que h\u00e1 oito anos v\u00eam estudando os efeitos mal\u00e9ficos na Caatinga dos parques (ou fazendas) de gera\u00e7\u00e3o de eletricidade, os quais podem ter centenas de “cataventos” gigantes, que atingem, em alguns casos, 80 metros de altura, e p\u00e1s girat\u00f3rias, de at\u00e9 30 metros.<\/p>\n\n\n\n

Segundo o pesquisador Felipe Melo, do Departamento de Bot\u00e2nica da UFPE, a regi\u00e3o Nordeste \u00e9 respons\u00e1vel por 86% da produ\u00e7\u00e3o de energia e\u00f3lica do Brasil, com destaque para a Caatinga, que abriga 78% de todas as turbinas instaladas no pa\u00eds. “\u00c9 uma situa\u00e7\u00e3o preocupante, porque esse \u00e9 o bioma nacional mais vulner\u00e1vel”, alerta. “Ele totaliza menos de 10% das \u00e1reas legalmente protegidas, das quais apenas 2% est\u00e3o na categoria de estritamente protegidas.”<\/p>\n\n\n\n

O objetivo do trabalho foi avaliar o potencial conflito de interesses entre o setor e\u00f3lico, que envolve empresas do setor privado, e os governos, tanto o local quanto o federal, e o de conserva\u00e7\u00e3o da Caatinga. “A sobreposi\u00e7\u00e3o de \u00e1reas de interesse desses dois setores pode ser fonte de atrito, quando elas se chocam”, diz Melo. “Da\u00ed, geralmente o lado mais fraco, que sempre \u00e9 o ambiental, perde.” <\/p>\n\n\n\n

A pesquisa abrangeu toda a Caatinga, que corresponde a uma \u00e1rea de mais de 800 mil km\u00b2, e todos os mais de 6 mil aerogeradores atualmente instalados e os quase 15 mil a serem constru\u00eddos. As fazendas podem ter de 100 a centenas de torres, ocupando vastas \u00e1reas.<\/p>\n\n\n\n

“Analisamos basicamente a localiza\u00e7\u00e3o de todos os empreendimentos e\u00f3licos no bioma, desde os j\u00e1 em opera\u00e7\u00e3o at\u00e9 os que est\u00e3o autorizados e em fase de planejamento”, explica Melo. “Mostramos que h\u00e1 uma enorme quantidade de usinas e\u00f3licas em \u00e1reas de interesse para a conserva\u00e7\u00e3o. Conclu\u00edmos tamb\u00e9m que existem 11 milh\u00f5es de hectares de \u00e1reas de alta e extremamente alta import\u00e2ncia para a conserva\u00e7\u00e3o que possuem ou possuir\u00e3o esses empreendimentos.”<\/p>\n\n\n\n

\"Fazendas

“Gerar energia renov\u00e1vel mediante a for\u00e7a dos ventos \u00e9 uma importante estrat\u00e9gia para que o Brasil cumpra suas metas de desenvolvimento sustent\u00e1vel e precisa ser estimulada. Mas ela n\u00e3o \u00e9 inofensiva \u00e0 natureza. H\u00e1 impactos sobre a fauna, principalmente morcegos e aves, que controlam pragas. Eles se chocam contra as p\u00e1s das h\u00e9lices e morrem.
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‘N\u00e3o \u00e9 inofensiva’<\/h2>\n\n\n\n

Por isso, ele diz que as fazendas e\u00f3licas t\u00eam um lado ruim, que precisa ser entendido pela sociedade. “Gerar energia renov\u00e1vel mediante a for\u00e7a dos ventos \u00e9 uma importante estrat\u00e9gia para que o Brasil cumpra com suas metas de desenvolvimento sustent\u00e1vel e precisa ser estimulada”, reconhece. “Mas, apesar de renov\u00e1vel, ela n\u00e3o \u00e9 inofensiva \u00e0 natureza. H\u00e1 impactos sobre a fauna, principalmente morcegos e aves, que controlam pragas. Eles se chocam contra as p\u00e1s das h\u00e9lices e morrem.”<\/p>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, h\u00e1 os impactos sobre ecossistemas sens\u00edveis, como \u00e1reas montanhosas e dunas litor\u00e2neas, que s\u00e3o importantes e precisam ser mais bem avaliados, diz Melo. A constru\u00e7\u00e3o de linhas de transmiss\u00e3o e estradas para o estabelecimento dessas fazendas igualmente causam danos consider\u00e1veis, pois destroem vegeta\u00e7\u00e3o nativa e facilitam o acesso de pessoas a regi\u00f5es, o que antes n\u00e3o ocorria.<\/p>\n\n\n\n

“A perspectiva \u00e9 que esse setor ganhe import\u00e2ncia econ\u00f4mica e pol\u00edtica no Nordeste, atuando nos Estados para conseguir incentivos para sua instala\u00e7\u00e3o (o que faz parte do jogo) e, eventualmente, derrubando condicionantes ambientais para seus estabelecimentos”, alerta Melo.<\/p>\n\n\n\n

Ele chama a aten\u00e7\u00e3o ainda para a poss\u00edvel ocorr\u00eancia de conflitos \u2013 o pesquisador cita o que o ocorreu no Boqueir\u00e3o da On\u00e7a, na Bahia, uma regi\u00e3o que aguardou mais de 10 anos para que fosse criado ali, numa das por\u00e7\u00f5es mais importantes de Caatinga, um parque nacional. No final, o projeto teve seu desenho totalmente alterado, ficando de fora da \u00e1rea de prote\u00e7\u00e3o justamente aquelas de interesse das empresas e\u00f3licas e de minera\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

A Ponta Tubar\u00e3o, no Rio Grande do Norte, \u00e9 outro exemplo de impacto causado pela explora\u00e7\u00e3o da energia dos ventos. O problema no local foi que, ap\u00f3s o estabelecimento dos parques e\u00f3licos, houve conflitos s\u00e9rios com moradores, por causa de mudan\u00e7as no acesso \u00e0 praia e da polui\u00e7\u00e3o visual causada pelas torres em uma zona tur\u00edstica, o que prejudicou essa atividade.<\/p>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, em Pernambuco, Melo diz que houve retrocessos ambientais, que atribui \u00e0 atua\u00e7\u00e3o pol\u00edtica das empresas e\u00f3licas. “O Estado praticamente extinguiu a prote\u00e7\u00e3o de \u00e1reas de altitude, com a justificativa expl\u00edcita de favorecer a implanta\u00e7\u00e3o de empreendimentos privados para a gera\u00e7\u00e3o de energia a partir do vento”, diz. “A Constitui\u00e7\u00e3o estadual foi alterada. Antes, ela protegia locais acima de 700 metros de altitude, limite que foi aumentado para 1.100 metros. Ora, o Estado deve ter uma \u00e1rea equivalente a dois campos de futebol acima dessa altitude. Tudo o que est\u00e1 abaixo disso n\u00e3o est\u00e1 protegido.”<\/p>\n\n\n\n

Procurado na quinta e na sexta-feira para falar sobre a exist\u00eancia de a\u00e7\u00f5es para mitigar o impacto das usinas de energia e\u00f3lica, o governo do Estado de Pernambuco afirmou que s\u00f3 poderia responder \u00e0s perguntas da BBC News Brasil a partir desta segunda-feira (7).<\/p>\n\n\n\n

\"Fazendas
Planejamento ajuda a conter danos socioambientais de fazendas e\u00f3licas<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Melo tamb\u00e9m critica o empresariado brasileiro, que “tem pouca tradi\u00e7\u00e3o de contribuir com agendas ambientais”. Para ele, o caso das e\u00f3licas \u00e9 uma grande oportunidade para virar esse jogo.<\/p>\n\n\n\n

“Imagine se em vez de gerar conflitos de interesse, o estabelecimento dessas usinas fosse um aliado na cria\u00e7\u00e3o e implementa\u00e7\u00e3o de \u00e1reas naturais protegidas”, diz. “Precisamos pensar que esses locais de interesse para a conserva\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m geram energia para todo o Brasil, e, portanto, prestam um duplo servi\u00e7o e precisam de maior prote\u00e7\u00e3o e gest\u00e3o respons\u00e1vel. Esse \u00e9 o futuro que gostaria de ver entre Caatinga e empresas, mas precisamos mudar o paradigma vigente, no qual a prote\u00e7\u00e3o a esse bioma tem sido atacada para facilitar a entrada das geradoras de eletricidade a partir dos ventos.”<\/p>\n\n\n\n

Planejamento<\/h2>\n\n\n\n

A ge\u00f3grafa Adryane Gorayeb, da Universidade Federal do Cear\u00e1 (UFC), integrante do Observat\u00f3rio da Energia E\u00f3lica (rede de pesquisadores de universidades p\u00fablicas de cinco Estados brasileiros), pensa de maneira semelhante. “A energia e\u00f3lica n\u00e3o \u00e9 livre de impactos e se quisermos avan\u00e7ar na gera\u00e7\u00e3o dela no pa\u00eds, teremos que pensar em uma melhor forma de planejamento relacionado \u00e0 implanta\u00e7\u00e3o de parques e\u00f3licos e \u00e0 gest\u00e3o dos benef\u00edcios sociais oriundos dessa ind\u00fastria”, diz.<\/p>\n\n\n\n

Entre os principais impactos, Gorayeb cita a emiss\u00e3o de ru\u00eddo pelas h\u00e9lices das torres, com consequ\u00eancias negativas para a sa\u00fade humana como dist\u00farbios do sono, enxaqueca e estresse; interfer\u00eancia nas rotas de aves; modifica\u00e7\u00e3o da paisagem natural e estresse cultural, com conflitos comunit\u00e1rios associados \u00e0 altera\u00e7\u00e3o do modo de vida tradicional (pescadores, quilombolas, ind\u00edgenas); e danos aos sistemas ambientais litor\u00e2neos, que levam ao desmonte e \u00e0 compacta\u00e7\u00e3o de dunas e do solo, aterramento de lagoas interdunares e remo\u00e7\u00e3o de vegeta\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Ela reconhece, no entanto, que a energia e\u00f3lica \u00e9 uma energia limpa, pois n\u00e3o emite gases que causam o efeito estufa. “Al\u00e9m disso, o Brasil precisa diversificar sua matriz energ\u00e9tica”, diz. “Acreditamos que a e\u00f3lica \u00e9 uma boa solu\u00e7\u00e3o de gera\u00e7\u00e3o de eletricidade, especialmente quando pensamos nas consequ\u00eancias das mudan\u00e7as clim\u00e1ticas e da matriz energ\u00e9tica voltada \u00e0 queima de combust\u00edvel f\u00f3ssil. Mas ela deve ser planejada e implementada de modo respons\u00e1vel e com justi\u00e7a socioambiental.”<\/p>\n\n\n\n

Para o pesquisador Luiz C\u00e9sar Marques, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), toda forma de produ\u00e7\u00e3o de energia em grande escala causa impactos nos ecossistemas e, em \u00faltima inst\u00e2ncia, no planeta, de modo geral. “Obviamente, esse impacto ser\u00e1 tanto maior quanto maior for o volume da energia produzida e consumida”, diz. “A raiz do problema est\u00e1 na escala em que se d\u00e1 o consumo de energia dos 10% ou 20% mais ricos das sociedades contempor\u00e2neas. Essa minoria \u00e9 a grande respons\u00e1vel pelos impactos sobre o clima, a perda de biodiversidade e a produ\u00e7\u00e3o descontrolada de res\u00edduos.”<\/p>\n\n\n\n

Segundo ele, estudos demonstram j\u00e1 h\u00e1 alguns anos que o consumo dos 10% mais ricos \u00e9 respons\u00e1vel por 50% das emiss\u00f5es de di\u00f3xido de carbono lan\u00e7ados na atmosfera, ao passo que o consumo dos 50% mais pobres responde por apenas 10% delas. “Portanto, os verdadeiros impactos decorrem do consumo extravagante de energia dessa minoria”, diz. “Mas h\u00e1 ainda outro fator: a velocidade alta da transi\u00e7\u00e3o de matriz energ\u00e9tica exigida pela emerg\u00eancia clim\u00e1tica. Quanto mais r\u00e1pida ela for, mais impactos causar\u00e1, porque menos tempo ser\u00e1 consentido \u00e0 adapta\u00e7\u00e3o.”<\/p>\n\n\n\n

Apesar disso, Marques afirma que mudar a matriz energ\u00e9tica \u00e9 a \u00fanica sa\u00edda. “Continuar nos combust\u00edveis f\u00f3sseis significa nos condenar a curto prazo a aquecimentos superiores \u00e0 nossa capacidade de adapta\u00e7\u00e3o”, explica. “Se tiv\u00e9ssemos iniciado a transi\u00e7\u00e3o energ\u00e9tica 30 anos atr\u00e1s, estar\u00edamos hoje na posi\u00e7\u00e3o de escolher entre diversas op\u00e7\u00f5es. Agora, a escolha \u00e9 entre o ruim e o p\u00e9ssimo. P\u00e9ssimo \u00e9 a civiliza\u00e7\u00e3o termo-f\u00f3ssil em que estamos todos naufragando. Diante disso, tudo o que nos ajudar a escapar da armadilha dos f\u00f3sseis \u00e9 positivo.”<\/p>\n\n\n\n

\"Produ\u00e7\u00e3o
Toda forma de produ\u00e7\u00e3o de energia em grande escala causa impactos nos ecossistemas e, em \u00faltima inst\u00e2ncia, no planeta, de modo geral<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Marques minimiza, no entanto, o impacto dos parques e\u00f3licos nas popula\u00e7\u00f5es de animais alados. “Os p\u00e1ssaros morrem muit\u00edssimo mais v\u00edtimas de gatos dom\u00e9sticos e ferais e por colis\u00f5es com vidros e paredes espelhadas das cidades do que por qualquer outra raz\u00e3o”, afirma. “Os n\u00fameros s\u00e3o acachapantes. Nos Estados Unidos e no Canad\u00e1, por exemplo, houve diminui\u00e7\u00e3o de 29% das popula\u00e7\u00f5es de p\u00e1ssaros desde 1970. Quase 4 bilh\u00f5es de aves a menos desde ent\u00e3o e isso n\u00e3o tem a ver com p\u00e1s de usinas e\u00f3licas.”<\/p>\n\n\n\n

Menos danos que as demais<\/h2>\n\n\n\n

Elbia Gannoum, presidente da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Energia E\u00f3lica (ABEE\u00f3lica) \u2013 entidade que congrega e representa a ind\u00fastria de energia e\u00f3lica no pa\u00eds, com mais de 100 associados \u2013, n\u00e3o nega os impactos do setor. Mas lembra que n\u00e3o existe nenhuma atividade econ\u00f4mica que n\u00e3o cause interfer\u00eancias ambientais, que podem ser maiores ou menores, dependendo de cada uma. “O impacto depende do recurso que \u00e9 usado. Combust\u00edvel f\u00f3ssil produz CO2. No caso da produ\u00e7\u00e3o de energia renov\u00e1vel, voc\u00ea tamb\u00e9m gera CO2 ao produzir os equipamentos. Depende do que a sociedade escolher, sol ou vento”, diz.<\/p>\n\n\n\n

Gannoum afirma, no entanto, que a energia e\u00f3lica \u00e9 uma das que causam menos danos ambientais. “Em um parque de gera\u00e7\u00e3o, apenas de 3% a 5% da \u00e1rea s\u00e3o efetivamente ocupados pelas torres”, diz. “Al\u00e9m disso, ela n\u00e3o prejudica outras atividades econ\u00f4micas, como a cria\u00e7\u00e3o de gado ou planta\u00e7\u00f5es, que podem coexistir com as turbinas. Ou seja, ela \u00e9 a \u00fanica forma de produ\u00e7\u00e3o eletricidade que pode ser complementar a outras atividades.”<\/p>\n\n\n\n

Hoje, h\u00e1 em opera\u00e7\u00e3o no Brasil 7.477 aerogeradores, instalados em 608 parques e\u00f3licos, que t\u00eam capacidade instalada de 15,1 GW e geram 200 mil postos de trabalho.<\/p>\n\n\n\n

Segundo Gannoum, o pa\u00eds teve a vantagem de come\u00e7ar a usar a energia e\u00f3lica com tecnologias mais avan\u00e7adas, como torres mais altas, que interferem menos na migra\u00e7\u00e3o de p\u00e1ssaros, por exemplo. Tamb\u00e9m tem legisla\u00e7\u00e3o rigorosa, com resolu\u00e7\u00f5es do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e diretrizes dos Estados, para o licenciamento de projetos de gera\u00e7\u00e3o de energia e\u00f3lica.<\/p>\n\n\n\n

“Independentemente disso, o investidor n\u00e3o quer mais fazer parque e\u00f3lico em \u00e1rea de prote\u00e7\u00e3o e em dunas, porque ele aprendeu que o potencial do Brasil para explora\u00e7\u00e3o da energia dos ventos \u00e9 imenso, de 800 GW [mais de 57 hidrel\u00e9tricas de Itaipu]”, acrescenta. “N\u00e3o \u00e9 necess\u00e1rio construir nesses locais.”<\/p>\n\n\n\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Embora a energia e\u00f3lica \u2013 aquela gerada pela for\u00e7a dos ventos \u2013 seja reconhecidamente uma fonte limpa e renov\u00e1vel de eletricidade, ela tem um lado negativo, que causa impactos ambientais n\u00e3o desprez\u00edveis, como morte de animais e destrui\u00e7\u00e3o de vegeta\u00e7\u00e3o nativa. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":154357,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[35,268,193,429,967],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/154356"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=154356"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/154356\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":154358,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/154356\/revisions\/154358"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/154357"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=154356"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=154356"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=154356"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}