{"id":154682,"date":"2019-10-18T01:00:38","date_gmt":"2019-10-18T04:00:38","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=154682"},"modified":"2019-10-17T20:55:08","modified_gmt":"2019-10-17T23:55:08","slug":"as-possiveis-razoes-da-volta-do-oleo-as-praias-do-nordeste-que-ja-haviam-se-livrado-dele","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/10\/18\/154682-as-possiveis-razoes-da-volta-do-oleo-as-praias-do-nordeste-que-ja-haviam-se-livrado-dele.html","title":{"rendered":"As poss\u00edveis raz\u00f5es da volta do \u00f3leo \u00e0s praias do Nordeste que j\u00e1 haviam se livrado dele"},"content":{"rendered":"\n
\"Manchas

Manchas e banhistas na beira d’\u00e1gua em praia na Bahia; trajet\u00f3ria do \u00f3leo pode ter encontrado seu ponto m\u00e1ximo ao chegar em Salvador
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As manchas de \u00f3leo que poluem o Nordeste h\u00e1 um m\u00eas e meio podem ter encontrado seu ponto m\u00e1ximo ao sul ap\u00f3s polu\u00edrem praias de Salvador. Elas deram in\u00edcio a um novo ciclo que vai no sentido contr\u00e1rio, sujando novamente praias de Sergipe, Alagoas e Pernambuco.<\/p>\n\n\n\n

“N\u00e3o estamos detectando manchas ao sul de Salvador. Temos a esperan\u00e7a de que ela esteja contida nessa latitude”, disse em audi\u00eancia no Senado nesta quinta-feira (17\/10) o Almirante Alexandre Rabello de Faria, da Marinha do Brasil.<\/p>\n\n\n\n

Nesta quinta, por exemplo, novas manchas apareceram no litoral sul de Pernambuco, depois de 31 dias ap\u00f3s deixarem o Estado livre do problema. Alagoas e Sergipe voltaram a registrar grandes surgimentos esta semana em \u00e1reas que j\u00e1 haviam sido atingidas anteriormente.<\/p>\n\n\n\n

Mas qual seria motivo de as manchas “darem a volta” para\u00a0repolu\u00edrem\u00a0os mesmos lugares por onde o \u00f3leo j\u00e1 havia passado?<\/p>\n\n\n\n

Especialistas ouvidos pela BBC News Brasil apresentaram algumas hip\u00f3teses que ajudam a entender o fen\u00f4meno. Entre as poss\u00edveis causas est\u00e3o as correntes mar\u00edtimas, o vento e pr\u00f3prio ciclo natural do oceano.<\/p>\n\n\n\n

O professor Rivelino Cavalcante, do Instituto de Ci\u00eancias do Mar da Universidade Federal do Cear\u00e1 (UFC), acredita que o retorno das manchas \u00e9 algo natural, j\u00e1 que o material lan\u00e7ado na areia \u00e9 recolhido de volta ao oceano na mar\u00e9 alta.<\/p>\n\n\n\n

“A mar\u00e9 pega elas de volta e leva mais para frente. \u00c9 um processo natural, at\u00e9 ela ficar de vez. E isso quando ela encontra pedras, ou uma praia que tenha uma declividade menor, onde ela tende a ficar de vez”, explicou.<\/p>\n\n\n\n

Segundo Cavalcante, uma das caracter\u00edsticas desse problema \u00e9 que, quanto mais manchas s\u00e3o lan\u00e7adas fora da \u00e1gua, “mais elas v\u00e3o se dispersando e passando de tamanhos grandes para menores”.<\/p>\n\n\n\n

O ocean\u00f3grafo e professor Universidade Federal de Alagoas (Ufal) Claudio Sampaio explica que as correntes mar\u00edtimas explicam que o \u00f3leo tenha chegado novamente a Alagoas e Pernambuco.<\/p>\n\n\n\n

“O que observamos \u00e9 que o petr\u00f3leo que estava no litoral baiano est\u00e1 sendo transportado pela corrente mar\u00edtima do\u00a0Brasil, que tem origem norte-sul. Esse \u00f3leo que chegou ontem e hoje no litoral norte de Alagoas provavelmente \u00e9 fruto de pequenas correntes mais costeiras, que, influenciadas pelo padr\u00e3o do vento, fizeram com o que esse petr\u00f3leo que ainda est\u00e1 no mar fosse transportado mais ao norte e chegasse na praia”, diz.<\/p>\n\n\n\n

Ventos ajudam<\/h2>\n\n\n\n
\"Pessoa
Por que mancha de \u00f3leo est\u00e1 revertendo trajet\u00f3ria? Especialistas apontam para correntes mar\u00edtimas, o vento e pr\u00f3prio ciclo natural do oceano<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

J\u00e1 o professor Humberto Barbosa, coordenador do Laborat\u00f3rio de An\u00e1lise e Processamento de Imagens de Sat\u00e9lite (Lapis) da Ufal, diz que a repeti\u00e7\u00e3o de locais pode estar ligada ao vento.<\/p>\n\n\n\n

Conforme o coordenador, o \u00f3leo pode estar sendo arrastado para a costa da Bahia e de Sergipe pelo ventos fortes que est\u00e3o atingindo a costa e ondas que v\u00eam do sudeste com at\u00e9 2,5 metros.<\/p>\n\n\n\n

“Essa semana tiveram ventos dominantes de sudeste, ou seja, est\u00e3o soprando na regi\u00e3o do Centro-Sul para a regi\u00e3o Nordeste”, explicou. “Fora da costa o mar continua agitado, com ondas de at\u00e9 4,5 metros. De fato h\u00e1 uma sinergia entre o aumento de polui\u00e7\u00e3o e o aumento de ondas de vento na costa da Alagoas, Bahia e Sergipe”, disse.<\/p>\n\n\n\n

Barbosa ainda explica que, desde a segunda-feira, o mar ficou agitado na costa da Bahia e em Sergipe ap\u00f3s a passagem de um ciclone extratropical pela costa sul do Brasil.<\/p>\n\n\n\n

“O ciclone j\u00e1 se afastou em alto mar, e a tend\u00eancia \u00e9 a diminui\u00e7\u00e3o das ondas no decorrer desta sexta-feira na maioria das \u00e1reas do litoral leste no Nordeste”, enfatizou. “Com isso, espera-se a diminui\u00e7\u00e3o da polui\u00e7\u00e3o de \u00f3leo que est\u00e1 sendo arrastada de algum ponto na regi\u00e3o do Atl\u00e2ntico Sul”, acrescentou.<\/p>\n\n\n\n

Entretanto, segundo o professor, h\u00e1 uma previs\u00e3o ventos fortes entre domingo (20) e ter\u00e7a-feira (22) nas costas de Alagoas e Sergipe, o que pode aumentar a concentra\u00e7\u00e3o de \u00f3leo dos dois Estados.<\/p>\n\n\n\n

“Como n\u00e3o se sabe a origem do vazamento, o que se tem agora \u00e9 o impacto da polui\u00e7\u00e3o, e ele depende das condi\u00e7\u00f5es meteorol\u00f3gicas. Os ventos ser\u00e3o determinantes, principalmente quando se desloca do centro-sul do pa\u00eds para c\u00e1.”<\/p>\n\n\n\n

\u00d3leo em Aracaju<\/h2>\n\n\n\n

Um detalhe que chama aten\u00e7\u00e3o foi dado por Romeu Boto, diretor t\u00e9cnico da Administra\u00e7\u00e3o Estadual do Meio Ambiente (Adema). Ele contou \u00e0 BBC News Brasil que foi o \u00f3leo encontrado em Aracaju durante a manh\u00e3 desta quinta-feira tem caracter\u00edstica de um material mais novo.<\/p>\n\n\n\n

“N\u00e3o conseguimos estabelecer ainda por qual motivo elas est\u00e3o aparecendo. Algumas delas aparecem em um ponto e o mar leva, e elas aparecem l\u00e1 na frente. Fica imposs\u00edvel saber sem a origem da fonte”, afirmou Romeu.<\/p>\n\n\n\n

Ministro diz que n\u00e3o sabe quanto \u00f3leo ainda existe<\/h2>\n\n\n\n

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sobrevoou o litoral da Bahia e de Alagoas nesta quarta-feira (16) e, em Macei\u00f3, afirmou aos jornalistas que n\u00e3o se sabe quanto \u00f3leo ainda existe no mar.<\/p>\n\n\n\n

“Ao que tudo indica \u00e9 o mesmo \u00f3leo cuja corrente mar\u00edtima tem feito com que toque na costa e retroceda. Toda vez que toca na costa, nosso objetivo, nosso esfor\u00e7o junto com os Estados e munic\u00edpios \u00e9 retirar esse \u00f3leo para que ele n\u00e3o volte para o mar”, disse Salles.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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