{"id":154766,"date":"2019-10-21T11:00:32","date_gmt":"2019-10-21T14:00:32","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=154766"},"modified":"2019-10-21T09:27:32","modified_gmt":"2019-10-21T12:27:32","slug":"blob-o-que-e-a-misteriosa-criatura-com-720-sexos-e-sem-cerebro","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/10\/21\/154766-blob-o-que-e-a-misteriosa-criatura-com-720-sexos-e-sem-cerebro.html","title":{"rendered":"‘Blob’: o que \u00e9 a misteriosa criatura com 720 sexos e sem c\u00e9rebro"},"content":{"rendered":"\n
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O Physarum polycephalum \u00e9 considerado um dos maiores mist\u00e9rios da natureza
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Ele n\u00e3o tem boca, est\u00f4mago, olhos, tampouco pode detectar ou digerir alimentos. Tamb\u00e9m n\u00e3o tem bra\u00e7os ou pernas, mas consegue se locomover \u2014 e, em um \u00fanico dia, dobrar de tamanho.<\/p>\n\n\n\n

\u00c9 capaz de aprender e transmitir conhecimento, apesar de n\u00e3o ter c\u00e9rebro. Se for cortado ao meio, tem a capacidade de se regenerar em dois minutos.<\/p>\n\n\n\n

Os cientistas sabem que n\u00e3o se trata de uma planta, tampouco de um animal ou fungo \u2014 embora aja como uma mistura destes dois \u00faltimos. E, no seu mundo, n\u00e3o existem machos ou f\u00eameas, mas 720 sexos diferentes.<\/p>\n\n\n\n

Nota: Em termos cient\u00edficos, a quantidade de sexos de um organismo refere-se ao n\u00famero de c\u00e9lulas sexuais que este organismo produz, sem nenhuma rela\u00e7\u00e3o com o conceito cultural normalmente usado, muitas vezes confundido com o g\u00eanero de cada indiv\u00edduo. As c\u00e9lulas sexuais s\u00e3o produzidas pelos organismos para serem combinadas com as de outros indiv\u00edduos da mesma esp\u00e9cie com objetivo de reprodu\u00e7\u00e3o.<\/em><\/p>\n\n\n\n

\u00c9 o\u00a0Physarum polycephalum<\/em>, que literalmente quer dizer “bolor de v\u00e1rias cabe\u00e7as”. Conhecido como “Blob”, o curioso organismo ser\u00e1 exibido no zool\u00f3gico de Paris, na Fran\u00e7a, a partir deste fim de semana.<\/p>\n\n\n\n

“O ‘Blob’ \u00e9 realmente uma das coisas mais extraordin\u00e1rias que existem hoje na Terra”, afirmou o diretor do zool\u00f3gico de Paris, Bruno David, que considera a criatura “um dos mist\u00e9rios da natureza”.<\/p>\n\n\n\n

“Existe h\u00e1 milh\u00f5es de anos e ainda n\u00e3o sabemos muito bem o que \u00e9. N\u00e3o se sabe muito bem se \u00e9 um animal, se \u00e9 um fungo ou se \u00e9 algo entre os dois”, acrescentou.<\/p>\n\n\n\n

O apelido “Blob” vem de um filme de fic\u00e7\u00e3o cient\u00edfica de 1958, A Bolha Assassina<\/em> (The Blob,<\/em> em ingl\u00eas),<\/em> estrelado por Steve McQueen, no qual uma forma de vida alien\u00edgena, a “Bolha” (ou “Blob”), consome tudo que v\u00ea pela frente em uma pequena cidade da Pensilv\u00e2nia, nos EUA.<\/p>\n\n\n\n

Como \u00e9 essa criatura?<\/h2>\n\n\n\n

P<\/em>hysarum polycephalum<\/em> j\u00e1 vivia na Terra 500 milh\u00f5es de anos antes dos seres humanos.<\/p>\n\n\n\n

Durante muito tempo, foi considerado um fungo, mas, na d\u00e9cada de 1990, um estudo o reclassificou no grupo dos mixomicetos, ou bolor limoso, uma subcategoria da fam\u00edlia das amebas.<\/p>\n\n\n\n

Sua apar\u00eancia se assemelha a uma esponja escorregadia e geralmente tem colora\u00e7\u00e3o amarela, mas tamb\u00e9m existem variedades em rosa, branco e vermelho.<\/p>\n\n\n\n

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‘Blob’ \u00e9 geralmente encontrado em locais \u00famidos e frescos, como a casca de algumas \u00e1rvores<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Consiste em uma \u00fanica c\u00e9lula \u2014 \u00e0s vezes, com muitos n\u00facleos, que podem replicar seu DNA e se dividir.<\/p>\n\n\n\n

\u00c9 frequentemente encontrado em locais onde h\u00e1 decomposi\u00e7\u00e3o de folhas e em troncos de \u00e1rvores, locais frescos e \u00famidos.<\/p>\n\n\n\n

Parece que n\u00e3o se movimenta, mas se locomove a um cent\u00edmetro por hora em busca de presas, como esporos de fungos, bact\u00e9rias e micr\u00f3bios.<\/p>\n\n\n\n

\u00c9 capaz de pensar<\/h2>\n\n\n\n

Para os cientistas, uma das caracter\u00edsticas mais fascinantes do “Blog” \u00e9 sua capacidade de raciocinar.<\/p>\n\n\n\n

“Ele \u00e9 capaz de memorizar, \u00e9 capaz de adaptar seu comportamento, \u00e9 capaz de resolver problemas, de se movimentar por um labirinto, procurar solu\u00e7\u00f5es de otimiza\u00e7\u00e3o, de se comportar um pouco como um animal”, explica David.<\/p>\n\n\n\n

A an\u00e1lise deste organismo chegou, inclusive, a redefinir o entendimento de como a intelig\u00eancia \u2014 de qualquer tipo \u2014 funciona, ap\u00f3s a publica\u00e7\u00e3o de um estudo em 2016.<\/p>\n\n\n\n

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‘Blobs’ de at\u00e9 10 metros de comprimento foram cultivados em laborat\u00f3rio<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Os pesquisadores conclu\u00edram que essa criatura, apesar de n\u00e3o ter um sistema nervoso central, \u00e9 capaz de “aprender” com suas experi\u00eancias e mudar seu comportamento de acordo com elas.<\/p>\n\n\n\n

Em experimentos de laborat\u00f3rio, os cientistas observaram como o bolor se adaptava ao longo do caminho at\u00e9 uma fonte de alimenta\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

E, quando se funde com outro, pode transmitir conhecimento.<\/p>\n\n\n\n

‘Quase imortal’<\/h2>\n\n\n\n

Se os espectadores do zool\u00f3gico de Paris esperam uma atra\u00e7\u00e3o com movimentos espetaculares, podem ficar desapontados com um ser vivo cujo movimento dificilmente \u00e9 percebido.<\/p>\n\n\n\n

Por isso, o zool\u00f3gico ter\u00e1 uma tela interativa que inclui um v\u00eddeo acelerado da locomo\u00e7\u00e3o de “Blob”, que se move por meio da extens\u00e3o de sali\u00eancias, chamados pseud\u00f3podes.<\/p>\n\n\n\n

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As telas inteligentes do zool\u00f3gico de Paris v\u00e3o mostrar a locomo\u00e7\u00e3o do ‘Blob’<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Mas as caracter\u00edsticas do P<\/em>hysarum polycephalum<\/em> s\u00e3o espetaculares por si s\u00f3.<\/p>\n\n\n\n

Ele se reproduz mediante a produ\u00e7\u00e3o e libera\u00e7\u00e3o de esporos, que se tornam novos “Blobs”.<\/p>\n\n\n\n

“N\u00e3o h\u00e1 dois sexos diferentes, mas sim cerca de 720, portanto a reprodu\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 um problema”, explica David.<\/p>\n\n\n\n

Mas, como na maioria das outras esp\u00e9cies, a sobreviv\u00eancia \u00e9 impulsionada pela diversidade gen\u00e9tica, que no caso do “Blob” acontece quando dois organismos geneticamente diferentes se encontram e se fundem em um novo “Blob”.<\/p>\n\n\n\n

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O Physarum polycephalum n\u00e3o possui esp\u00e9cimes femininos e masculinos, mas uma variedade de 720 sexos<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Tamb\u00e9m se deve a seu mecanismo de defesa \u2014 quando se v\u00ea amea\u00e7ado, ele entra em estado de hiberna\u00e7\u00e3o e “seca”.<\/p>\n\n\n\n

Esse modo vegetativo est\u00e1 “pr\u00f3ximo da imortalidade”, informou \u00e0 AFP Audrey Dussutour, especialista em “Blob”, do Centro Nacional de Pesquisa Cient\u00edfica da Fran\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

“Voc\u00ea pode, inclusive, coloc\u00e1-lo no micro-ondas por alguns minutos” \u2014 e com algumas gotas de \u00e1gua, voil\u00e0<\/em>!, ele volta \u00e0 vida, disposto a se alimentar e procriar.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Ele n\u00e3o tem boca, est\u00f4mago, olhos, tampouco pode detectar ou digerir alimentos. Tamb\u00e9m n\u00e3o tem bra\u00e7os ou pernas, mas consegue se locomover \u2014 e, em um \u00fanico dia, dobrar de tamanho. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":154767,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[405,1007,2722,471],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/154766"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=154766"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/154766\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":154768,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/154766\/revisions\/154768"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/154767"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=154766"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=154766"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=154766"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}