{"id":154795,"date":"2019-10-22T12:00:48","date_gmt":"2019-10-22T15:00:48","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=154795"},"modified":"2019-10-22T13:00:03","modified_gmt":"2019-10-22T16:00:03","slug":"buraco-na-camada-de-ozonio-deste-ano-e-o-menor-desde-1982","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/10\/22\/154795-buraco-na-camada-de-ozonio-deste-ano-e-o-menor-desde-1982.html","title":{"rendered":"Buraco na camada de oz\u00f4nio deste ano \u00e9 o menor desde 1982"},"content":{"rendered":"\n
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(NASA Goddard\/ Katy Mersmann\/NASA)
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Em pleno 2019, ainda h\u00e1 quem duvide da efic\u00e1cia das vacinas e at\u00e9 mesmo que o aquecimento global tem participa\u00e7\u00e3o humana. Mas se tem algo que ningu\u00e9m em s\u00e3 consci\u00eancia recha\u00e7a \u00e9 a import\u00e2ncia vital do filtro solar. Tanto \u00e9 que o conselho de us\u00e1-lo at\u00e9\u00a0viralizou na voz de Pedro Bial. O que nem todo mundo sabe, contudo, \u00e9 que o planeta Terra tamb\u00e9m tem um filtro solar \u2014 a camada de oz\u00f4nio. E ela vinha sendo perigosamente destru\u00edda.<\/p>\n\n\n\n

Sem essa valiosa prote\u00e7\u00e3o natural, estar\u00edamos todos \u00e0 merc\u00ea de uma intensa radia\u00e7\u00e3o ultravioleta destrutiva que emana do Sol. Um mundo sem oz\u00f4nio seria um mundo em que os seres humanos teriam bem mais c\u00e2ncer de pele, cataratas e sistemas imunol\u00f3gicos debilitados. At\u00e9 as plantas pagariam o pato e tamb\u00e9m sofreriam graves danos fisiol\u00f3gicos. <\/p>\n\n\n\n

Em 1985, os cientistas descobriram que, a cada ano, um buraco cada vez maior se abria nessa camada em cima da Ant\u00e1rtida. De l\u00e1 para c\u00e1, um acordo internacional bem-sucedido e a mobiliza\u00e7\u00e3o de v\u00e1rios setores da sociedade tem conseguido \u00f3timos resultados no processo de reverter esse quadro cr\u00edtico. E a Nasa acaba de divulgar que o buraco na camada de oz\u00f4nio em 2019 foi o menor desde que come\u00e7aram as medi\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

A cobertura atingiu seu pico anual em 8 de setembro, quando chegou a 10,1 milh\u00f5es de quil\u00f4metros quadrados de extens\u00e3o. Seguindo a din\u00e2mica natural, que se repete todo ano, o tal buraco foi encolhendo ao longo dos meses de setembro e outubro, ficando com menos de 6,2 milh\u00f5es de quil\u00f4metros quadrados. Normalmente, o buraco alcan\u00e7a um tamanho m\u00e1ximo de 12,8 milh\u00f5es km2<\/sup>, semanas mais tarde \u2014 s\u00f3 por volta do final de setembro ou in\u00edcio de outubro. Isso quer dizer que, em 2019, a recupera\u00e7\u00e3o aconteceu de forma mais \u201cr\u00e1pida\u201d.<\/p>\n\n\n\n

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(NASA Goddard\/ Katy Mersmann\/NASA)
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\u201c\u00c9 uma \u00f3tima not\u00edcia para o oz\u00f4nio no hemisf\u00e9rio sul\u201d,\u00a0disse em comunicado\u00a0Paul Newman, cientista-chefe da divis\u00e3o de ci\u00eancias da Terra da Nasa. \u201cMas \u00e9 importante reconhecer que o que estamos vendo este ano \u00e9 devido a temperaturas estratosf\u00e9ricas mais quentes. N\u00e3o \u00e9 um sinal de que o oz\u00f4nio atmosf\u00e9rico est\u00e1 de repente em uma via r\u00e1pida de recupera\u00e7\u00e3o.\u201d<\/p>\n\n\n\n

O ano de 2019 foi marcado por uma anomalia clim\u00e1tica.\u00a0Para entend\u00ea-la, \u00e9 preciso ter em mente alguns aspectos fundamentais sobre a camada de oz\u00f4nio e o processo qu\u00edmico que a esteve corroendo esses anos todos. O oz\u00f4nio (O3<\/sub>) \u00e9 feito de tr\u00eas \u00e1tomos de oxig\u00eanio e tem alta reatividade \u2014 gosta de interagir com outras mol\u00e9culas. Sua presen\u00e7a na atmosfera \u00e9 pequena. Concentra-se na estratosfera, camada que se espalha de 15 km do ch\u00e3o at\u00e9 35 km de altura. O buraco se abre no fim do inverno.<\/p>\n\n\n\n

Conforme o hemisf\u00e9rio sul volta a se inclinar em dire\u00e7\u00e3o ao Sol ap\u00f3s o equin\u00f3cio, os raios solares incidem em maior intensidade e destroem a camada de oz\u00f4nio acima da Ant\u00e1rtida. A qu\u00edmica desse processo precisa de tr\u00eas fatores para ocorrer: dois s\u00e3o naturais, um cai na conta da humanidade. O primeiro fator s\u00e3o as nuvens estratosf\u00e9ricas polares, o segundo s\u00e3o os raios de sol, e o terceiro os compostos \u00e0 base de cloro e bromo.<\/p>\n\n\n\n

Essas subst\u00e2ncias foram intensamente lan\u00e7adas na atmosfera a partir dos anos 70, quando os infames CFC (clorofluorcarbonos) passaram a ser amplamente utilizados como gases para refrigera\u00e7\u00e3o. Quando o O3<\/sub>, os CFCs e os raios de sol se encontram dentro das nuvens polares, a camada de oz\u00f4nio \u00e9 destru\u00edda.<\/p>\n\n\n\n

S\u00f3 que, como em 2019 as temperaturas na estratosfera ant\u00e1rtica estavam mais quentes que o normal, as nuvens quase n\u00e3o se formaram. Em uma altitude de 20 quil\u00f4metros, os term\u00f4metros chegaram a marcar 16\u00b0C a mais do que de costume. Foi a terceira vez que o fen\u00f4meno ainda n\u00e3o compreendido pelos cientistas aconteceu \u2014 al\u00e9m dos anos de 1988 e 2002.<\/p>\n\n\n\n

Dessa vez foi um comportamento an\u00f4malo da atmosfera que reduziu o buraco na camada de oz\u00f4nio. Mas n\u00e3o h\u00e1 como negar que, no longo prazo, a humanidade est\u00e1 conseguindo resolver o problema. Dados de sat\u00e9lite e de bal\u00f5es meteorol\u00f3gicos da Nasa e da NOAA, a ag\u00eancia oce\u00e2nica e atmosf\u00e9rica dos EUA, mostram que o buraco cresceu at\u00e9 2000. <\/p>\n\n\n\n

Desde ent\u00e3o, veio decaindo aos pouquinhos a cada ano, mesmo ainda sendo bem grande. Estima-se que s\u00f3 por volta de 2070 os n\u00edveis de oz\u00f4nio v\u00e3o retomar aos de 1980. Tudo gra\u00e7as ao Protocolo de Montreal, de 1987, que baniu o uso de CFCs. Se o Acordo de Paris tiver o mesmo sucesso para conter as mudan\u00e7as clim\u00e1ticas, o s\u00e9culo 21 ser\u00e1 marcado por importantes avan\u00e7os para a preserva\u00e7\u00e3o do clima, da atmosfera e da vida no planeta.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Super Interessante<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Mas ainda \u00e9 cedo para comemorar: a diminui\u00e7\u00e3o ocorreu devido a uma anomalia clim\u00e1tica rara. Ainda deve levar 50 anos para “tapar o buraco”.
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