{"id":154816,"date":"2019-10-23T01:00:31","date_gmt":"2019-10-23T04:00:31","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=154816"},"modified":"2019-10-22T23:11:57","modified_gmt":"2019-10-23T02:11:57","slug":"meteoro-que-matou-os-dinossauros-transformou-o-oceano-em-acido-diz-pesquisa","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/10\/23\/154816-meteoro-que-matou-os-dinossauros-transformou-o-oceano-em-acido-diz-pesquisa.html","title":{"rendered":"Meteoro que matou os dinossauros transformou o oceano em \u00e1cido, diz pesquisa"},"content":{"rendered":"\n
\"Ilustra\u00e7\u00e3o

O impacto formou a cratera de Chicxulub, no M\u00e9xico
<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

O gigantesco meteoro que atingiu a Terra no fim do per\u00edodo Cret\u00e1ceo, h\u00e1 66 milh\u00f5es de anos, causou grande destrui\u00e7\u00e3o: gerou tsunamis, inc\u00eandios e levantou uma coluna de poeira que obstruiu a atmosfera do planeta.<\/p>\n\n\n\n

Um\u00a0novo estudo de pesquisadores da Universidade de Yale,\u00a0em parceria com outras institui\u00e7\u00f5es, mostra que ele tamb\u00e9m teve um efeito nos oceanos que era desconhecido at\u00e9 agora: provocou a r\u00e1pida acidifica\u00e7\u00e3o das \u00e1guas, causando um colapso ecol\u00f3gico com efeitos duradouros para o clima e a vida na terra.<\/p>\n\n\n\n

Muito j\u00e1 se sabia sobre o impacto, incluindo o local de colis\u00e3o, a gigantesca cratera de Chicxulub, no M\u00e9xico.<\/p>\n\n\n\n

Sabe-se que ele foi um dos fatores que contribu\u00edram para a extin\u00e7\u00e3o em massa de milh\u00f5es de esp\u00e9cies de plantas e animais terrestres, incluindo os dissonauros. Mas, at\u00e9 ent\u00e3o, os efeitos do impacto nos oceanos do planeta n\u00e3o eram muito claros.<\/p>\n\n\n\n

Novos dados coletados e modelos feitos pelos pesquisadores mostram que a poeira criada pelo meteoro (conhecido como Chicxulub, como a cratera), rica em enxofre, gerou chuvas \u00e1cidas que ca\u00edram nos oceanos e deixaram as \u00e1guas \u00e1cidas, gerando uma destrui\u00e7\u00e3o para a vida marinha t\u00e3o grande quanto a destrui\u00e7\u00e3o para a vida em terra firme.<\/p>\n\n\n\n

\"Corais

A morte de corais \u00e9 um dos resultados da acidifica\u00e7\u00e3o do oceano
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Os cientistas fizeram a descoberta analisando f\u00f3sseis de foramin\u00edferos, min\u00fasculos pl\u00e2nctons com conchas cujos f\u00f3sseis s\u00e3o extremamente abundantes. Esses f\u00f3sseis cont\u00eam is\u00f3topos de boro, um elemento qu\u00edmico que ajuda os cientistas a entender o qu\u00e3o \u00e1cido era o mar quando o animal foi fossilizado.<\/p>\n\n\n\n

Com os dados coletados, os pesquisadores conseguiram documentar que houve um r\u00e1pida queda no pH das \u00e1guas mais superficiais do oceano logo ap\u00f3s o impacto do Chicxulub.<\/p>\n\n\n\n

Isso causou a extin\u00e7\u00e3o de organismos na base da cadeia alimentar oce\u00e2nica \u2014 quase 50% deles morreram \u2014 gerando dificuldades para animais maiores se alimentarem e criando um efeito catastr\u00f3fico em cadeia.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa aponta que o pH voltou a subir depois, e o n\u00famero de organismo se recuperou em um per\u00edodo relativamente curto em termos geol\u00f3gicos \u2014 dezenas de milhares de anos \u2014 mas houve efeitos nos mares profundos que duraram bem mais.<\/p>\n\n\n\n

Extin\u00e7\u00e3o em massa<\/h2>\n\n\n\n

A nova pesquisa tamb\u00e9m refor\u00e7a o modelo que considera o impacto do meteoro como o fator central da extin\u00e7\u00e3o em massa que eliminou milh\u00f5es de esp\u00e9cies \u2014 incluindo os dinossauros \u2014 da Terra no fim do per\u00edodo Cret\u00e1ceo.<\/p>\n\n\n\n

No meio cient\u00edfico ainda havia muito debate sobre se o impacto foi o principal fator para a extin\u00e7\u00e3o em massa, porque no mesmo per\u00edodo tamb\u00e9m houve um aumento intenso da da atividade vulc\u00e2nica, que poderia ter causado a extin\u00e7\u00e3o nos ambientes marinhos.<\/p>\n\n\n\n

\"Corais
A atual acidifica\u00e7\u00e3o dos oceanos acontece por a\u00e7\u00e3o humana, diz o IPCC<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

“Nossos dados indicam que o impacto, n\u00e3o a atividade vulc\u00e2nica, foi o fator chave que levou \u00e0 extin\u00e7\u00e3o em massa no per\u00edodo Cret\u00e1ceo”, escrevem os cientistas na pesquisa, publicada nesta semana na revista cient\u00edficaProceedings of the National Academy of Sciences.<\/em><\/p>\n\n\n\n

Isso porque os dados apontam que a mudan\u00e7a no pH aconteceu abruptamente, logo ap\u00f3s ao impacto do Chicxulub.<\/p>\n\n\n\n

Relev\u00e2ncia atual<\/h2>\n\n\n\n

Embora a acidifica\u00e7\u00e3o tenha acontecido h\u00e1 66 milh\u00f5es de anos, o estudo das mudan\u00e7as do oceano nesse per\u00edodo \u00e9 muito relevante para o momento atual do planeta.<\/p>\n\n\n\n

Tamb\u00e9m estamos vivendo hoje uma acidifica\u00e7\u00e3o dos oceanos, mas gerada pela a\u00e7\u00e3o humana, segundo Painel Intergovernamental sobre Mudan\u00e7as Clim\u00e1ticas (IPCC, na sigla em ingl\u00eas).<\/p>\n\n\n\n

Uma das marcas desse desequil\u00edbrio no Cret\u00e1ceo, por exemplo, foi a extin\u00e7\u00e3o de organismos conhecidos com calcificantes (que usam carbonato e \u00edons de c\u00e1lcio dissolvido na \u00e1gua para construir suas conchas e ossos). O fen\u00f4meno tamb\u00e9m se observa hoje, com o desaparecimento de corais em diversas regi\u00f5es do planeta devido \u00e0s mudan\u00e7as clim\u00e1ticas.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

O gigantesco meteoro que atingiu a Terra no fim do per\u00edodo Cret\u00e1ceo, h\u00e1 66 milh\u00f5es de anos, causou grande destrui\u00e7\u00e3o: gerou tsunamis, inc\u00eandios e levantou uma coluna de poeira que obstruiu a atsmofera do planeta. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":154817,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[761,3055,2886],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/154816"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=154816"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/154816\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":154819,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/154816\/revisions\/154819"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/154817"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=154816"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=154816"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=154816"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}