{"id":154927,"date":"2019-10-28T09:00:15","date_gmt":"2019-10-28T12:00:15","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=154927"},"modified":"2019-10-27T22:35:51","modified_gmt":"2019-10-28T01:35:51","slug":"por-que-o-buraco-na-camada-de-ozonio-esta-no-menor-tamanho-ja-registrado","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/10\/28\/154927-por-que-o-buraco-na-camada-de-ozonio-esta-no-menor-tamanho-ja-registrado.html","title":{"rendered":"Por que o buraco na camada de oz\u00f4nio est\u00e1 no menor tamanho j\u00e1 registrado"},"content":{"rendered":"\n
\"Ilustra\u00e7\u00e3o

Ilustra\u00e7\u00e3o mostra o buraco na camada de oz\u00f4nio em outubro de 2019; segundo a Nasa, a redu\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 um sinal de que o oz\u00f4nio atmosf\u00e9rico esteja em um caminho de recupera\u00e7\u00e3o r\u00e1pida
<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

A ag\u00eancia espacial americana (Nasa) anunciou uma boa not\u00edcia sobre o buraco na camada de oz\u00f4nio: o tamanho dele atualmente \u00e9 o menor j\u00e1 registrado desde que foi descoberto, em 1985.<\/p>\n\n\n\n

Mas essa redu\u00e7\u00e3o no buraco n\u00e3o se deve ao impacto de medidas internacionais para conter a degrada\u00e7\u00e3o do oz\u00f4nio, mas a um fen\u00f4meno clim\u00e1tico incomum na Ant\u00e1rtica.<\/p>\n\n\n\n

O buraco na camada de oz\u00f4nio em cima do continente ant\u00e1rtico \u00e9 um fen\u00f4meno sazonal, que atinge seu maior tamanho em setembro e outubro e desaparece em dezembro.<\/p>\n\n\n\n

Em 8 de setembro deste ano, a fissura atingiu um tamanho m\u00e1ximo de 16,4 milh\u00f5es de quil\u00f4metros quadrados, mas foi reduzida para 10 milh\u00f5es de quil\u00f4metros quadrados no restante de setembro e outubro.<\/p>\n\n\n\n

Normalmente, o buraco atinge cerca de 20 milh\u00f5es de quil\u00f4metros nesses meses, uma quantidade inferior aos cerca de 25 milh\u00f5es registrados em 2006.<\/p>\n\n\n\n

Essa redu\u00e7\u00e3o “\u00e9 uma grande not\u00edcia”, disse Paul Newman, cientista do Centro de Voos Espaciais Goddard, da Nasa.<\/p>\n\n\n\n

“Mas \u00e9 importante reconhecer que o que estamos vivendo neste ano se deve a um aumento de temperaturas na estratosfera. A redu\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 um sinal de que o oz\u00f4nio atmosf\u00e9rico est\u00e1 em um caminho de r\u00e1pida recupera\u00e7\u00e3o”, afirmou Newman.<\/p>\n\n\n\n

\"Altera\u00e7\u00f5es

Altera\u00e7\u00f5es na camada de oz\u00f4nio em setembro de 2019. Em 8 de setembro, o buraco atingiu um m\u00e1ximo de 16,4 milh\u00f5es de km\u00b2, mas ele caiu para 10 milh\u00f5es de km\u00b2 no fim de setembro e outubro.
<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Rea\u00e7\u00f5es em cadeia<\/h2>\n\n\n\n

O oz\u00f4nio \u00e9 uma mol\u00e9cula altamente reativa composta por tr\u00eas \u00e1tomos de oxig\u00eanio.<\/p>\n\n\n\n

Entre 11 e 40 km acima da superf\u00edcie da Terra, em uma faixa da atmosfera chamada estratosfera, o oz\u00f4nio funciona como um filtro solar que protege o planeta da radia\u00e7\u00e3o ultravioleta \u2014 nos seres humanos, essa radia\u00e7\u00e3o pode causar efeitos como c\u00e2ncer de pele, catarata e suprimir o sistema imunol\u00f3gico.<\/p>\n\n\n\n

Quando a radia\u00e7\u00e3o solar come\u00e7a a se intensificar no in\u00edcio da primavera, come\u00e7am a se formar as condi\u00e7\u00f5es para uma s\u00e9rie de rea\u00e7\u00f5es qu\u00edmicas, produzidas a partir de cloro e brometo de produtos industriais presentes na regi\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Essas rea\u00e7\u00f5es qu\u00edmicas ocorrem em part\u00edculas nas nuvens que se formam nas camadas frias da estratosfera. Quando a temperatura est\u00e1 mais quente, formam-se nuvens polares menos estratosf\u00e9ricas \u2014 e essas persistem por um curto per\u00edodo de tempo. Portanto, o processo de destrui\u00e7\u00e3o do oz\u00f4nio fica menor nesses momentos.<\/p>\n\n\n\n

\u00c9 a terceira vez nas \u00faltimas quatro d\u00e9cadas que mudan\u00e7as no clima e na temperatura reduzem a destrui\u00e7\u00e3o da camada de oz\u00f4nio, de acordo com Susan Strahan, cientista do centro Goddard, da Nasa. Redu\u00e7\u00f5es por causas semelhantes tamb\u00e9m ocorreram em 1988 e 2002.<\/p>\n\n\n\n

\"Fotos
Fotos de lapso de tempo da libera\u00e7\u00e3o de uma sonda para o estudo do oz\u00f4nio na esta\u00e7\u00e3o Amundsen-Scott, no Polo Sul<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

“\u00c9 um fen\u00f4meno estranho que ainda estamos tentando entender”, afirmou Strah.<\/p>\n\n\n\n

A uma altitude de 20 km, as temperaturas ficaram 16\u00baC mais quentes que o previsto.<\/p>\n\n\n\n

O v\u00f3rtice polar, um turbilh\u00e3o de ventos frios ao redor dos polos, tamb\u00e9m ficou mais fraco, e a velocidade do vento caiu de uma m\u00e9dia de 259 para 107 km por hora.<\/p>\n\n\n\n

Em meados de outubro, o buraco na camada de oz\u00f4nio permaneceu est\u00e1vel e deve se dissipar gradualmente nas pr\u00f3ximas semanas.<\/p>\n\n\n\n

Compostos industriais<\/h2>\n\n\n\n

Em 1997, v\u00e1rios pa\u00edses assinaram o Protocolo de Montreal, que proibia o uso e a produ\u00e7\u00e3o de clorofluorcarbonos (CFCs), produtos qu\u00edmicos de origem artificial que cont\u00eam cloro e s\u00e3o utilizados em aeross\u00f3is, embalagens de espuma e materiais de refrigera\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Mas esses compostos t\u00eam um tempo de vida bastante longo. E a presen\u00e7a deles na atmosfera continuou a aumentar at\u00e9 o ano 2000.<\/p>\n\n\n\n

Desde 2000, os n\u00edveis de clorofluorcarbonos v\u00eam caindo, mas ainda s\u00e3o altos o suficiente para produzir destrui\u00e7\u00e3o significativa no oz\u00f4nio.<\/p>\n\n\n\n

Segundo a Nasa, a expectativa \u00e9 que o buraco continue a diminuir nos pr\u00f3ximos anos, mas o retorno ao n\u00edvel em que ele estava em 1980 s\u00f3 vai acontecer por volta de 2070.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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