{"id":154956,"date":"2019-10-29T01:00:44","date_gmt":"2019-10-29T04:00:44","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=154956"},"modified":"2019-10-28T22:04:32","modified_gmt":"2019-10-29T01:04:32","slug":"os-ratos-que-dissecam-sapos-venenosos-com-precisao-cirurgica-para-devorar-seu-coracao","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/10\/29\/154956-os-ratos-que-dissecam-sapos-venenosos-com-precisao-cirurgica-para-devorar-seu-coracao.html","title":{"rendered":"Os ratos que dissecam sapos venenosos ‘com precis\u00e3o cir\u00fargica’ para devorar seu cora\u00e7\u00e3o"},"content":{"rendered":"\n
\"Rato

O rato aqu\u00e1tico evita morrer de envenenamento dissecando a barriga do sapo e ingerindo apenas o cora\u00e7\u00e3o e o f\u00edgado
<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Um rato aqu\u00e1tico est\u00e1 conseguindo o que os cientistas na\u00a0Austr\u00e1lia\u00a0v\u00eam tentando sem sucesso h\u00e1 anos: interromper o avan\u00e7o do sapo-cururu, uma esp\u00e9cie que, ao ser devorada por outros predadores, libera um veneno letal.<\/p>\n\n\n\n

Mas o truque da fa\u00e7anha desse rato d’\u00e1gua conhecido como rakali n\u00e3o est\u00e1 tanto no que ele faz, mas como.<\/p>\n\n\n\n

Para evitar que o veneno dos sapos os mate, esses roedores abrem com “precis\u00e3o cir\u00fargica” a barriga das presas e consomem seus cora\u00e7\u00f5es e f\u00edgados, os \u00fanicos \u00f3rg\u00e3os livres da toxina.<\/p>\n\n\n\n

Em um estudo publicado h\u00e1 algumas semanas na revista Australian Mammology, os cientistas dizem que este \u00e9 o \u00fanico mam\u00edfero conhecido capaz de matar com seguran\u00e7a essa esp\u00e9cie venenosa.<\/p>\n\n\n\n

Amea\u00e7a<\/h2>\n\n\n\n

Os sapos-cururu foram introduzidos originalmente na costa nordeste da Austr\u00e1lia em 1935, com o objetivo de ca\u00e7ar besouros devoradores de planta\u00e7\u00f5es de cana.<\/p>\n\n\n\n

Mas esses anf\u00edbios s\u00e3o facilmente adapt\u00e1veis, se reproduzem em massa e podem migrar at\u00e9 60 quil\u00f4metros por ano.<\/p>\n\n\n\n

Assim, chegaram \u00e0 regi\u00e3o de Kimberley, no oeste da Austr\u00e1lia, entre 2011 e 2012. Desde ent\u00e3o, dizimaram a popula\u00e7\u00e3o de v\u00e1rios predadores.<\/p>\n\n\n\n

\"Sapo-cururu\"\/
O veneno do sapo-cururu levou v\u00e1rias esp\u00e9cies predadoras \u00e0 beira da extin\u00e7\u00e3o<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Crocodilos e v\u00e1rias esp\u00e9cies de lagartos foram extintas em \u00e1reas espec\u00edficas ao tentarem devorar esses sapos, que cont\u00eam a toxina venenosa em suas gl\u00e2ndulas par\u00f3tidas. Mesmo uma pequena dose pode ser fatal.<\/p>\n\n\n\n

Alguns pesquisadores treinaram predadores, fazendo-os comer esp\u00e9cies muito pequenas de sapos-cururu, e com\u00ea-los os deixou doentes, mas n\u00e3o os matou. Com isso, eles tentaram fazer com que as esp\u00e9cies aprendessem a evitar com\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Mas os ratos rakali aprenderam sozinhos.<\/p>\n\n\n\n

‘Precis\u00e3o cir\u00fargica’<\/h2>\n\n\n\n

“Em 2014, encontramos um riacho com corpos de sapos que foram claramente atacados. Todas as manh\u00e3s descobr\u00edamos at\u00e9 cinco novos sapos mortos com pequenas incis\u00f5es id\u00eanticas em suas barrigas. Mas quem estaria usando essa ‘precis\u00e3o cir\u00fargica’ para atacar os sapos?”, perguntou-se Marissa Parrott, uma das autoras do estudo, no site The Conversation.<\/p>\n\n\n\n

Usando filmagem noturna com uma c\u00e2mera infravermelha, os pesquisadores descobriram que a causa da morte dos sapos eram os ratos rakali.<\/p>\n\n\n\n

A investiga\u00e7\u00e3o forense dos anf\u00edbios atacados mostrou como eles retiraram cora\u00e7\u00f5es e f\u00edgados e esfolaram a pele t\u00f3xica de suas pernas para comer seus m\u00fasculos.<\/p>\n\n\n\n

\"Crocodilo\"\/
O sapo-cururu \u00e9 considerado culpado da morte de v\u00e1rias esp\u00e9cies de r\u00e9pteis, como os crocodilos<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Algumas esp\u00e9cies de cobras e alguns p\u00e1ssaros, como os corvos, podem comer esses sapos venenosos, mas n\u00e3o havia evid\u00eancias de que algum mam\u00edfero ca\u00e7asse o sapo e depois vivesse para contar a hist\u00f3ria.<\/p>\n\n\n\n

“Alguns roedores podem comer pequenos sapos (e sobreviver), mas roedores que comessem sapos grandes n\u00e3o haviam sido documentados”, escreveu Parrott no artigo.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisadora diz ainda que n\u00e3o tem certeza se os ratos aprenderam “como atacar e comer os sapos com seguran\u00e7a ou se est\u00e3o adotando uma estrat\u00e9gia de ca\u00e7a semelhante \u00e0 que eles j\u00e1 usam para comer sapos nativos t\u00f3xicos”.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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