{"id":155177,"date":"2019-11-05T12:30:51","date_gmt":"2019-11-05T14:30:51","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=155177"},"modified":"2019-11-04T23:34:46","modified_gmt":"2019-11-05T01:34:46","slug":"desmatamento-ameaca-coalas-na-australia","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/11\/05\/155177-desmatamento-ameaca-coalas-na-australia.html","title":{"rendered":"Desmatamento amea\u00e7a coalas na Austr\u00e1lia"},"content":{"rendered":"\n
\"Coala

Organiza\u00e7\u00f5es temem que 350 coalas raros tenham morrido num inc\u00eandio em Nova Gales do Sul, na semana passada
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Ver os animais sofrendo ap\u00f3s um inc\u00eandio \u00e9 uma das partes mais dif\u00edceis do trabalho de Cheyne Flanagan no hospital para coalas de Port Macquarie, na costa sudeste da Austr\u00e1lia.<\/p>\n\n\n\n

“O choro de um coala queimado \u00e9 um som t\u00e3o triste”, contou Flanagan, diretora cl\u00ednica do hospital, \u00e0 DW, acrescentando que o calor radiante ap\u00f3s um inc\u00eandio pode ser o mais prejudicial para essa esp\u00e9cie \u00fanica.<\/p>\n\n\n\n

“O pobre animal fica virtualmente cozido. \u00c9 como estar num micro-ondas, derretendo seu pelo”, explicou Flanagan. E aqueles que saem vivos das chamas precisam suportar o sofrimento durante todo o processo de recupera\u00e7\u00e3o. “As queimaduras s\u00e3o realmente muito dolorosas”, disse.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com um relat\u00f3rio do Climate Council, uma ONG sediada em Melbourne e especializada em pesquisa clim\u00e1tica, a temporada de inc\u00eandios florestais come\u00e7ou mais cedo nos \u00faltimos anos e queimou \u00e1reas que n\u00e3o esperadas.<\/p>\n\n\n\n

Em setembro deste ano, os estados de Nova Gales do Sul e Queensland, no leste australiano, sofreram os piores inc\u00eandios da hist\u00f3ria. Teme-se que 350 coalas raros tenham morrido num inc\u00eandio que atingiu uma \u00e1rea n\u00e3o muito longe do hospital de Port Macquarie, a cerca de 400 quil\u00f4metros ao norte de Sydney, na semana passada<\/p>\n\n\n\n

\"Nevoeiro

Na semana passada, nevoeiro de fuma\u00e7a de inc\u00eandios florestais a mais de 400 quil\u00f4metros de dist\u00e2ncia encobriu Sydney
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Especialistas apontaram o desmatamento para a agricultura em larga escala como uma das causas dos recentes inc\u00eandios florestais na Austr\u00e1lia. As \u00e1rvores derrubadas liberam carbono na atmosfera, que alimenta o aquecimento, que, por sua vez, aumenta o risco do fogo.<\/p>\n\n\n\n

“O calor severo das mudan\u00e7as clim\u00e1ticas causa mais e piores inc\u00eandios”, disse Stuart Blanch, diretor de pol\u00edticas de conserva\u00e7\u00e3o de florestas e bosques da Austr\u00e1lia na ONG ambiental World Wide Fund for Nature (WWF), em Sydney.<\/p>\n\n\n\n

Blanch estima que o coala ser\u00e1 “funcionalmente extinto” nos pr\u00f3ximos 50 anos. Isso significa que n\u00e3o haveria mais popula\u00e7\u00f5es saud\u00e1veis e geneticamente diversas suficientes na natureza. N\u00e3o apenas devido ao fogo, mas, sobretudo, devido \u00e0 perda do habitat natural.<\/p>\n\n\n\n

Segundo a WWF, cerca de 395 mil hectares de vegeta\u00e7\u00e3o nativa foram devastados no estado de Queensland entre 2015 e 2016, o que causou a morte de cerca de 45 milh\u00f5es de animais, incluindo coalas, p\u00e1ssaros e r\u00e9pteis.<\/p>\n\n\n\n

“A Austr\u00e1lia \u00e9 o \u00fanico pa\u00eds desenvolvido que faz parte da lista global de focos graves de desmatamento da WWF”, disse Blanch \u00e0 DW. Ele acrescentou que, enquanto Queensland continua derrubar florestas “num ritmo alarmante”, o governo de Nova Gales do Sul flexibilizou as leis sobre a derrubada de \u00e1rvores em agosto deste ano.<\/p>\n\n\n\n

“Todos os dias nos \u00faltimos dois anos, mais de 3 mil hectares t\u00eam sido devastados no \u00faltimo habitat remanescente de coalas em Nova Gales do Sul”, acrescentou Blanch.<\/p>\n\n\n\n

\"Cartaz<\/a>

Os marsupiais feridos e queimados em inc\u00eandios s\u00e3o frequentemente levados ao hospital de coalas de Port Macquarie <\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Uma cura silenciosa para os coalas<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Embora n\u00e3o possam salvar sozinhos as esp\u00e9cies que sofrem ferimentos ou queimaduras, Flanagan e sua equipe encontraram em 2013 um m\u00e9todo que parece tratar com sucesso queimaduras em coalas se os animais forem resgatados a tempo.<\/p>\n\n\n\n

“Foi uma descoberta casual depois de um inc\u00eandio que me ensinou que nutri\u00e7\u00e3o e tranquilidade s\u00e3o essenciais no processo de cicatriza\u00e7\u00e3o ap\u00f3s um inc\u00eandio”, contou Flanagan.<\/p>\n\n\n\n

A especialista e um grupo de volunt\u00e1rios levaram oito coalas com queimaduras relativamente leves ao hospital de Port Macquarie. “Eles estavam enlouquecendo porque estavam com muito medo”, recordou.<\/p>\n\n\n\n

Ela colocou os coalas em recintos com muitas folhas para comer, \u00e1gua, sombra e sil\u00eancio. Embora o termo coala signifique “sem beber” em algumas l\u00ednguas abor\u00edgenes, eles bebem quando est\u00e3o doentes ou depois de um inc\u00eandio.<\/p>\n\n\n\n

“Foi t\u00e3o surpreendente que, sem medica\u00e7\u00e3o, e apenas com alimentos de boa qualidade e um ambiente calmo, eles come\u00e7aram a se curar”, recordou Flanagan.<\/p>\n\n\n\n

Em poucas semanas, as patas e as unhas queimadas dos coalas, que s\u00e3o de vital import\u00e2ncia para escalar e viver nas \u00e1rvores, come\u00e7aram a se curar. Os animais tamb\u00e9m pareciam ter poucas infec\u00e7\u00f5es secund\u00e1rias devido aos ferimentos.<\/p>\n\n\n\n

Atualmente, Flanagan treina volunt\u00e1rios de todo o mundo sobre cuidados com os coalas. O interesse e o apoio de pa\u00edses como Alemanha, Estados Unidos e Su\u00ed\u00e7a s\u00e3o vitais, pois podem levar a doa\u00e7\u00f5es essenciais para ajudar na preserva\u00e7\u00e3o dos animais selvagens.<\/p>\n\n\n\n

Mas, segundo Flanagan, a maior ajuda de todas seria proteger o habitat natural dessa esp\u00e9cie ic\u00f4nica da Austr\u00e1lia. “As florestas s\u00e3o t\u00e3o cruciais. Precisamos parar de derrubar as \u00e1rvores.”<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Deutsche Welle<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Extra\u00e7\u00e3o de madeira, inc\u00eandios florestais e secas destroem cada vez mais o habitat deste ic\u00f4nico marsupial, que enfrenta risco de extin\u00e7\u00e3o. Muitos animais morrem ou ficam feridos em queimadas. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":155178,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[559,1638,2685,54],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/155177"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=155177"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/155177\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":155179,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/155177\/revisions\/155179"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/155178"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=155177"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=155177"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=155177"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}