{"id":155215,"date":"2019-11-07T13:30:36","date_gmt":"2019-11-07T15:30:36","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=155215"},"modified":"2019-11-06T22:53:44","modified_gmt":"2019-11-07T00:53:44","slug":"o-drama-das-araras-azuis-e-outros-animais-sob-risco-de-extincao-e-acuados-pelo-fogo-no-pantanal","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/11\/07\/155215-o-drama-das-araras-azuis-e-outros-animais-sob-risco-de-extincao-e-acuados-pelo-fogo-no-pantanal.html","title":{"rendered":"O drama das araras-azuis e outros animais sob risco de extin\u00e7\u00e3o e acuados pelo fogo no Pantanal"},"content":{"rendered":"\n
\"Araras

Araras comem cocos no ch\u00e3o; fogo aumenta ainda mais o risco de que algumas esp\u00e9cies amea\u00e7adas de extin\u00e7\u00e3o desapare\u00e7am
<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Por muito pouco \u2014 quest\u00e3o de segundos \u2014 a bi\u00f3loga Carine Emer, do c\u00e2mpus de Rio Claro, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), n\u00e3o morreu queimada no carro em que viajava no domingo, dia 27 de outubro, pela BR-262, entre Corumb\u00e1 e Miranda, no Mato Grosso do Sul. Uma labareda gigante atravessou a rodovia, vinda de um inc\u00eandio no mato em suas margens. Foi apenas mais uma entre o maior n\u00famero de queimadas j\u00e1 registrado no Estado. Entre os dias 1\u00ba de agosto e 31 de outubro, o n\u00famero de focos de queimadas no Pantanal cresceu 506% na compara\u00e7\u00e3o com o mesmo per\u00edodo do ano passado.<\/p>\n\n\n\n

Os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que, em n\u00fameros absolutos, os inc\u00eandios em todo o bioma Pantanal saltaram de 1.147 entre agosto e outubro de 2018 para 6.958 nos tr\u00eas meses deste ano.<\/p>\n\n\n\n

Outubro foi o m\u00eas que teve o maior aumento de focos, indo de 119 no ano passado para 2.430, o que representa um crescimento de 1.942%. Depois vem agosto, que passou de 243 para 1.641 (575%), e setembro, que foi de 785 para 2.887 (368%).<\/p>\n\n\n\n

O fogo coloca em risco a vida de muitos animais da rica biodiversidade pantaneira, assim como a vegeta\u00e7\u00e3o. \u00c9 f\u00e1cil encontrar animais mortos depois que o fogo se apaga, como cobras, lagartos e jacar\u00e9s, estes principalmente por causa da seca.<\/p>\n\n\n\n

“Ainda n\u00e3o h\u00e1 estimativa de quantas \u00e1rvores e bichos foram queimados”, diz Carine. “Tamb\u00e9m \u00e9 dif\u00edcil dizer em quanto tempo a \u00e1rea vai se recuperar. Depende de at\u00e9 quando os inc\u00eandios v\u00e3o durar, do que for destru\u00eddo.” O governo do Estado ainda n\u00e3o tem um levantamento da situa\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

O engenheiro florestal e especialista em restaura\u00e7\u00e3o ambiental, J\u00falio Sampaio, gerente dos programas Cerrado e Pantanal, do WWF-Brasil, diz que, embora ainda n\u00e3o tenha sido feito um levantamento preciso do impacto dos inc\u00eandios na vida selvagem, ele foi intenso.<\/p>\n\n\n\n

“H\u00e1 v\u00e1rios relatos de animais incinerados ou asfixiados pela fuma\u00e7a”, explica. “Os que se locomovem mais lentamente, como os de pequeno porte e os r\u00e9pteis s\u00e3o os que sofrem mais com as queimadas”, acrescenta.<\/p>\n\n\n\n

\"Filhote
Filhote de arara morreu desidratado e queimado<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

De acordo com Sampaio, diferentemente de algumas plantas, que t\u00eam adapta\u00e7\u00f5es gen\u00e9ticas para sobreviver ao fogo, entre os animais elas n\u00e3o existem.<\/p>\n\n\n\n

“N\u00e3o h\u00e1 esp\u00e9cie da fauna brasileira que esteja adaptada para conviver com inc\u00eandios”, diz ele. “Isso faz com que o impacto (dos inc\u00eandios) seja muito maior para os animais do que para os vegetais. Mas n\u00e3o h\u00e1 estudos sobre isso, ent\u00e3o \u00e9 muito dif\u00edcil estimar quantos bichos foram mortos.”<\/p>\n\n\n\n

Ele alerta, no entanto, que o fogo aumenta ainda mais o risco de algumas esp\u00e9cies amea\u00e7adas de extin\u00e7\u00e3o desaparecerem, como o tamandu\u00e1-bandeira (Myrmecophaga tridactyla<\/em>), o tamandu\u00e1-mirim (Tamandua tetradactyla<\/em>) e lobo-guar\u00e1 (Chrysocyon brachyurus<\/em>) e algumas aves, como a arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus<\/em>).<\/p>\n\n\n\n

O \u00fanico levantamento j\u00e1 feito depois dos inc\u00eandios foi elaborado pelo Instituto Arara Azul, uma organiza\u00e7\u00e3o n\u00e3o governamental que criou e administra o Ref\u00fagio Ecol\u00f3gico Caiman (REC), o maior centro de reprodu\u00e7\u00e3o da esp\u00e9cie no Pantanal, com 54 mil hectares, onde h\u00e1 atualmente 98 ninhos cadastrados, dos quais 52% naturais e 48% artificiais. “O fogo atingiu nossa fazenda no dia 10 de setembro”, conta a bi\u00f3loga Neiva Guedes, presidente do Instituto e professora do programa de p\u00f3s-gradua\u00e7\u00e3o em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional da Universidadade Anhanguera Uniderp (Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Regi\u00e3o do Pantanal), de Campo Grande.<\/p>\n\n\n\n

Atos criminosos e riscos para viajantes<\/h2>\n\n\n\n

De acordo com o governo do Mato Grosso do Sul os inc\u00eandios florestais ocorrem em v\u00e1rias dire\u00e7\u00f5es e em propor\u00e7\u00f5es nunca registradas, causados “pela estiagem e atos criminosos”.<\/p>\n\n\n\n

O fogo nas margens da rodovia BR-262, que liga Vit\u00f3ria (ES) a Corumb\u00e1 (MS), cruzando o Pantanal, assusta e coloca em riscos a vida dos viajantes. As labaredas chegam a mais de dez metros de altura e formam uma cortina de fuma\u00e7a, que transforma o dia em noite, reduzindo a visibilidade de quem trafega pela estrada.<\/p>\n\n\n\n

\"Equipe
Equipe do Instituto Arara Azul monitora destrui\u00e7\u00e3o ap\u00f3s queimadas<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Devido \u00e0 gravidade da situa\u00e7\u00e3o, em setembro o governo estadual decretou estado de emerg\u00eancia. Segundo o secret\u00e1rio de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econ\u00f4mico, Produ\u00e7\u00e3o e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, a maioria das queimadas n\u00e3o ocorre por causas naturais, mas intencionais, feitas por fazendeiros ou popula\u00e7\u00f5es ind\u00edgenas para renovar os pastos ou abrir novas \u00e1reas de cultivo.<\/p>\n\n\n\n

Verruck diz que \u00e9 uma atitude cultural. “Historicamente sempre foi assim, nesta \u00e9poca do no ano coloca-se fogo”, explica. “Mas este \u00e9 o per\u00edodo mais seco do ano, por isso proibimos qualquer tipo de queimada entre agosto e outubro de todos os anos. Agora, como a situa\u00e7\u00e3o est\u00e1 mais grave, prorrogamos a interdi\u00e7\u00e3o at\u00e9 30 de novembro, assim como o estado de emerg\u00eancia. Neste per\u00edodo, todas as queimadas s\u00e3o ilegais.”<\/p>\n\n\n\n

Segundo Verruck, elas j\u00e1 devastaram 56 mil hectares de vegeta\u00e7\u00e3o nativa no Pantanal sul-mato-grossense apenas do dia 20 de outubro at\u00e9 o dia 31. “Em todo o Estado, a \u00e1rea chega 1,3 milh\u00e3o de hectares, das quais cerca de 500 mil foram na reserva dos \u00edndios cadiu\u00e9us”, diz.<\/p>\n\n\n\n

“A situa\u00e7\u00e3o, j\u00e1 complicada nesta \u00e9poca do ano, se agravou, porque choveu apenas 30% do que \u00e9 normal para este per\u00edodo.” Tamb\u00e9m contribuiu para intensificar o fogo uma combina\u00e7\u00e3o de outros fatores como baixa umidade do ar, alta temperatura, ondas de calor, muita mat\u00e9ria org\u00e2nica seca e grande velocidade do vento.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com ele, para combater as queimadas, o governo estadual conta com o apoio do Estado vizinho do Mato Grosso, do Instituto Chico Mendes de Conserva\u00e7\u00e3o da Biodiversidade (ICMBio), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov\u00e1veis (Ibama) e do Comando Militar do Oeste do Ex\u00e9rcito Brasileiro.<\/p>\n\n\n\n

“Est\u00e3o trabalhando dezenas de brigadistas do Ibama, bombeiros e militares”, conta. “Al\u00e9m disso, est\u00e3o sendo usados no combate ao fogo tr\u00eas avi\u00f5es e quatro helic\u00f3pteros. Entre os problemas que enfrentamos nesse trabalho est\u00e3o dificuldades nas comunica\u00e7\u00f5es entre os munic\u00edpios atingidos, pois os inc\u00eandios queimaram as fibras \u00f3pticas.”<\/p>\n\n\n\n

\"Outubro
Outubro foi o m\u00eas que teve o maior aumento de focos, indo de 119 no ano passado para 2.430, o que representa um crescimento de 1.942%<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Em seu 1\u00ba Relat\u00f3rio do Impacto do Fogo sobre as Araras Azuis, Neiva informa que dos 98 ninhos cadastrados, 39 eram de araras 15 de outras oito esp\u00e9cies de aves, todos com ovos ou filhos. Al\u00e9m disso, havia 30 ninhos sendo preparados pelas araras ou em disputa com outras aves e 14 vazios. Desse total, 33% foram atingidos em diferentes graus de severidade, dos quais apenas dois foram perdidos totalmente. A contabilidade final revela, no entanto, que 16 filhotes e 23 ovos foram destru\u00eddos pelos inc\u00eandios.<\/p>\n\n\n\n

Pr\u00f3ximas gera\u00e7\u00f5es de araras amea\u00e7adas<\/h2>\n\n\n\n

Segundo Neiva, isso afetar\u00e1 o sucesso das araras-azuis n\u00e3o s\u00f3 nesta esta\u00e7\u00e3o reprodutiva, mas tamb\u00e9m no futuro.<\/p>\n\n\n\n

“As perdas atuais ser\u00e3o sentidas nestas e nas futuras gera\u00e7\u00f5es, quando estes filhotes perdidos n\u00e3o entrar\u00e3o na popula\u00e7\u00e3o reprodutiva daqui a 9 ou 10 anos”, lamenta em seu relat\u00f3rio.<\/p>\n\n\n\n

“Queremos saber tamb\u00e9m o que acontecer\u00e1 nos pr\u00f3ximos anos com rela\u00e7\u00e3o \u00e0 alimenta\u00e7\u00e3o, que at\u00e9 agora n\u00e3o era um fator limitante. Mas com os inc\u00eandios, hectares e mais hectares da palmeira acuri foram totalmente destru\u00eddos. Esta planta \u00e9 chave n\u00e3o s\u00f3 para as araras-azuis, embora seja fundamental para elas, mas para v\u00e1rias outras esp\u00e9cies que se alimentam da sua polpa, inclusive o gado.”<\/p>\n\n\n\n

\"Os
Os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que, em n\u00fameros absolutos, os inc\u00eandios em todo o bioma Pantanal saltaram de 1.147 entre agosto e outubro de 2018 para 6.958<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Sobre o conv\u00edvio da biodiversidade vegetal com o fogo anual do Pantanal h\u00e1 mais estudos. “De acordo com as pesquisas que temos realizado, os inc\u00eandios nas \u00e1reas mais sujeitas a inunda\u00e7\u00f5es podem diminuir o n\u00famero de esp\u00e9cies de \u00e1rvores e arbustos que ocupam as partes baixas”, diz o bot\u00e2nico Geraldo Alves Damasceno Junior, dos programas de p\u00f3s-gradua\u00e7\u00e3o em Ecologia e Conserva\u00e7\u00e3o e em Biologia Vegetal, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).<\/p>\n\n\n\n

“Muitas \u00e1rvores que tiveram suas copas queimadas n\u00e3o conseguir\u00e3o rebrotar e a inunda\u00e7\u00e3o que vir\u00e1 depois poder\u00e1 impedir que sementes dessas esp\u00e9cies germinem, pois muitas delas precisam de um per\u00edodo prolongado de seca para nascer e crescer nesses ambientes”, acrescenta Damasceno.<\/p>\n\n\n\n

\"Segundo
Segundo o secret\u00e1rio de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econ\u00f4mico, Produ\u00e7\u00e3o e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, a maioria das queimadas n\u00e3o ocorre por causas naturais, mas intencionais, feitas por fazendeiros ou popula\u00e7\u00f5es ind\u00edgenas<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Mas para a vegeta\u00e7\u00e3o pantaneira as queimadas tamb\u00e9m podem ter um lado bom. “Elas promovem aumento da biodiversidade das esp\u00e9cies herb\u00e1ceas que ocorrem nesse ambiente”, explica Damasceno.<\/p>\n\n\n\n

“Como grande parte das plantas do Pantanal pertence a este grupo, no c\u00f4mputo geral os inc\u00eandios podem promover um aumento na biodiversidade dos vegetais. Assim, o fogo \u00e9 um elemento que na paisagem da regi\u00e3o faz parte da din\u00e2mica da vegeta\u00e7\u00e3o, embora algumas esp\u00e9cies mais sens\u00edveis possam desaparecer dos locais onde ele foi muito severo.”<\/p>\n\n\n\n

A flora tem outra vantagem em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 fauna do Pantanal. “A vegeta\u00e7\u00e3o se recupera muito rapidamente”, explica Damasceno. “Em poucos meses, ela vai rebrotar novamente. Entretanto, alguns efeitos podem ser bastante duradouros. Para \u00e1rvores e arbustos, por exemplo, n\u00f3s conseguimos captar efeitos danosos at\u00e9 seis anos ap\u00f3s eventos de fogo.”<\/p>\n\n\n\n

Carine conta que pesquisa para seu p\u00f3s-doutorado a dispers\u00e3o de sementes na Mata Atl\u00e2ntica, mas estava no Mato Grosso do Sul para dar uma palestra na Semana da P\u00f3s-Gradua\u00e7\u00e3o em Ecologia e Conserva\u00e7\u00e3o na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), em Campo Grade.<\/p>\n\n\n\n

“Eu achei que era uma \u00f3tima oportunidade para dar um pulo at\u00e9 o Pantanal e conhec\u00ea-lo, afinal \u00e9 o sonho de todo bi\u00f3logo ver este sistema t\u00e3o rico”, conta. “Ent\u00e3o organizamos uma pequena excurs\u00e3o para ir at\u00e9 a regi\u00e3o do Passo do Lontra, que fica no munic\u00edpio de Corumb\u00e1.”<\/p>\n\n\n\n

\"Focos
Entre os dias 1\u00ba de agosto e 31 de outubro, o n\u00famero de focos de queimadas no Pantanal cresceu 506% na compara\u00e7\u00e3o com o mesmo per\u00edodo do ano passado.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Eles chegaram ao local na sexta-feira e Carine disse que j\u00e1 achou a situa\u00e7\u00e3o esquisita. “Estava tudo muito estranho, muito seco, e o rio Miranda t\u00e3o baixo como nunca se viu”, explica.<\/p>\n\n\n\n

“Sa\u00edmos para ver bicho, mas n\u00e3o ouv\u00edamos nem v\u00edamos nenhum. No s\u00e1bado de madrugada, aconteceu a mesma coisa. Poucas aves, o que \u00e9 estranho, porque no Pantanal voc\u00ea visualiza muitos animais. Sa\u00edmos de barco pelo rio e s\u00f3 o que v\u00edamos era fogo dos dois lados. Algo surreal, pois a gente vai para o Pantanal, a maior regi\u00e3o alag\u00e1vel do mundo, e s\u00f3 v\u00ea inc\u00eandio por todos os lados e nada de bicho.”<\/p>\n\n\n\n

Mas o pior ainda estava por vir. No domingo eles andaram horas de carro pela BR-262 e praticamente n\u00e3o avistaram animais. “S\u00f3 vimos um tamandu\u00e1-mirim na beira da rodovia e tudo seco, lagoas, riachos, vegeta\u00e7\u00e3o”, revela. “Vimos tamb\u00e9m jacar\u00e9s mortos em po\u00e7as secas.”<\/p>\n\n\n\n

No final do dia resolveram voltar para Campo Grande. “Era por volta de umas 18 horas e come\u00e7amos a ver muito fogo, nos dois lados da estrada e focos mais distantes”, conta.<\/p>\n\n\n\n

“De repente, uma labareda gigantesca cortou a estrada e n\u00e3o nos pegou por quest\u00e3o de dois ou tr\u00eas segundos. Fizemos a volta e retornamos para Corumb\u00e1, muito assustadas e com uma sensa\u00e7\u00e3o de estar no Inferno, de Dante. Quer dizer, n\u00e3o conheci o Pantanal, pois n\u00e3o vi bichos, e quase morri.”<\/p>\n\n\n\n

\"Esp\u00e9cies
N\u00e3o h\u00e1 esp\u00e9cie da fauna brasileira que esteja adaptada para conviver com inc\u00eandios, alerta oengenheiro florestal e especialista em restaura\u00e7\u00e3o ambiental, J\u00falio Sampaio<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Por muito pouco \u2014 quest\u00e3o de segundos \u2014 a bi\u00f3loga Carine Emer, do c\u00e2mpus de Rio Claro, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), n\u00e3o morreu queimada no carro em que viajava no domingo, dia 27 de outubro, pela BR-262, entre Corumb\u00e1 e Miranda, no Mato Grosso do Sul. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":155216,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[3386,405,27,487,42,2193,98,702],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/155215"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=155215"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/155215\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":155217,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/155215\/revisions\/155217"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/155216"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=155215"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=155215"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=155215"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}