{"id":155484,"date":"2019-11-16T23:26:55","date_gmt":"2019-11-17T02:26:55","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=155484"},"modified":"2019-11-16T23:26:56","modified_gmt":"2019-11-17T02:26:56","slug":"a-estranha-criatura-mexicana-que-se-regenera-sozinha-e-pode-desvendar-chave-de-imunidade-ao-cancer","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/11\/16\/155484-a-estranha-criatura-mexicana-que-se-regenera-sozinha-e-pode-desvendar-chave-de-imunidade-ao-cancer.html","title":{"rendered":"A estranha criatura mexicana que se regenera sozinha e pode desvendar chave de imunidade ao c\u00e2ncer"},"content":{"rendered":"\n
\"Axolote\"\/
Apar\u00eancia dos axolotes divide opini\u00f5es \u2014 para alguns, eles s\u00e3o ador\u00e1veis, para outros, criaturas bizarras<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Frankie tinha perdido metade do rosto em decorr\u00eancia de uma infec\u00e7\u00e3o f\u00fangica.<\/p>\n\n\n\n

Mas, assim como outros axolotes, ele tinha um talento especial.<\/p>\n\n\n\n

A veterin\u00e1ria e pesquisadora de axolotes Erika Serv\u00edn Zamora, que tamb\u00e9m era cuidadora de Frankie, disse que ficou impressionada ao ver a extraordin\u00e1ria capacidade de regenera\u00e7\u00e3o do animal que ela, at\u00e9 ent\u00e3o, conhecia apenas dos livros.<\/p>\n\n\n\n

Em dois meses, Frankie ganhou um novo olho totalmente funcional, e a vida voltou ao normal em seu tanque no Zool\u00f3gico de Chapultepec.<\/p>\n\n\n\n

Mas n\u00e3o teve tanta sorte em seu habitat natural, a apenas 30 quil\u00f4metros ao sul do zool\u00f3gico.<\/p>\n\n\n\n

O axolote, anf\u00edbio nativo dos lagos da Cidade do M\u00e9xico, apesar de ter ganhado for\u00e7a como s\u00edmbolo da capital mexicana, e especificamente no bairro de Xochimilco, declarado Patrim\u00f4nio Mundial pela Unesco, est\u00e1 quase extinto na natureza \u2014 sobretudo por causa da prolifera\u00e7\u00e3o de esp\u00e9cies invasoras de peixes e da polui\u00e7\u00e3o da \u00e1gua nos agitados canais da cidade.<\/p>\n\n\n\n

Para piorar a situa\u00e7\u00e3o, Frankie \u00e9 um axolote albino, o que significa que ele \u00e9 rosa claro com br\u00e2nquias plumosas rosadas saindo da sua cabe\u00e7a \u2014 uma presa f\u00e1cil para as til\u00e1pias invasoras nas \u00e1guas escuras e turvas de Xochimilco.<\/p>\n\n\n\n

\"Axolote\"\/
Muitas esp\u00e9cies de axolotes est\u00e3o seriamente amea\u00e7adas de extin\u00e7\u00e3o<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Conhecidos localmente como “monstros da \u00e1gua”, os axolotes t\u00eam uma apar\u00eancia que divide opini\u00f5es. Para alguns, essas criaturas de pele macia e 20 cm de comprimento s\u00e3o consideradas ador\u00e1veis, com um sorriso permanente no rosto. Para outros, esses anf\u00edbios de quatro dedos s\u00e3o simplesmente estranhos.<\/p>\n\n\n\n

Apesar da apar\u00eancia um tanto pol\u00eamica, eles despertam um interesse particular nos cientistas, que acreditam que axolotes como Frankie possam ensinar um dia aos seres humanos o segredo da regenera\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

“Os cientistas est\u00e3o tentando tirar proveito das propriedades regenerativas dos axolotes e aplic\u00e1-las em pessoas feridas em acidentes, guerras ou v\u00edtimas de doen\u00e7as \u2014 pessoas que perderam membros”, explica Serv\u00edn Zamora.<\/p>\n\n\n\n

“Outros est\u00e3o procurando maneiras de como a regenera\u00e7\u00e3o do axolote pode ajudar a cicatrizar \u00f3rg\u00e3os humanos, como cora\u00e7\u00e3o ou f\u00edgado”.<\/p>\n\n\n\n

Os axolotes tamb\u00e9m est\u00e3o ajudando Serv\u00edn Zamora e outros cientistas a entender a aparente resist\u00eancia ao c\u00e2ncer que todos os anf\u00edbios parecem ter.<\/p>\n\n\n\n

“Em 15 anos, n\u00e3o vi nenhum caso de tumor maligno em axolotes, o que \u00e9 interessante”, diz ela. “Suspeitamos que sua capacidade de regenerar c\u00e9lulas e partes do corpo ajude nesse aspecto.”<\/p>\n\n\n\n

\"Axolote\"\/
Os cientistas querem desvendar e aplicar em seres humanos as propriedades regenerativas dos axolotes<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

E n\u00e3o para por a\u00ed. Os axolotes t\u00eam sido usados \u200b\u200btradicionalmente em todo o M\u00e9xico como rem\u00e9dio para algumas condi\u00e7\u00f5es associadas \u00e0 gravidez, fraqueza e doen\u00e7as respirat\u00f3rias.<\/p>\n\n\n\n

Um grupo de freiras em Patzcuaro, no M\u00e9xico, cria legalmente uma esp\u00e9cie de axolote, Ambystoma dumerilii<\/em>, e usa os animais como ingrediente de um xarope para tosse, embora tradicionalmente eles fossem consumidos como parte de um caldo.<\/p>\n\n\n\n

Eternos adolescentes \u2014 e representa\u00e7\u00e3o do divino<\/h2>\n\n\n\n

Frankie \u00e9 um Ambystoma mexicanum<\/em>, uma das 17 esp\u00e9cies de axolote no M\u00e9xico. Encontradas principalmente nos estados do M\u00e9xico, Puebla e Michoac\u00e1n, v\u00e1rias est\u00e3o seriamente amea\u00e7adas. Algumas esp\u00e9cies se transformam em salamandras que vivem na terra, perdendo as caudas semelhantes a girinos e as br\u00e2nquias da cabe\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

No entanto, isso tamb\u00e9m depende do ambiente. Frankie, por exemplo, vivendo em cativeiro e, portanto, a salvo de predadores, permanecer\u00e1 um “eterno adolescente”. Ou seja, axolotes como ele nunca v\u00e3o se transformar em salamandras \u2014 v\u00e3o manter a cauda que desenvolveram como larva e viver\u00e3o sempre debaixo d’\u00e1gua.<\/p>\n\n\n\n

“Basicamente, eles decidem se v\u00e3o completar a metamorfose, com base em fatores de press\u00e3o ambiental”, diz Zamora.<\/p>\n\n\n\n

“Se eles decidirem que \u00e9 melhor viver fora d’\u00e1gua, v\u00e3o passar pela muta\u00e7\u00e3o em salamandras, mas pode ser uma empreitada estressante, pois eles param de comer completamente durante esse per\u00edodo.”<\/p>\n\n\n\n

“A teoria atual \u00e9 que, por raz\u00f5es evolutivas, o Ambystoma mexicanum<\/em> permanecer\u00e1 jovem (em algum est\u00e1gio entre um girino e uma salamandra), uma vez que h\u00e1 muita comida na \u00e1gua (como pequenos peixes de \u00e1gua doce) e poucos predadores, ou seja, poucas raz\u00f5es para emergir.”<\/p>\n\n\n\n

\"Ilustra\u00e7\u00e3o
Algumas esp\u00e9cies de axolotes se transformam em salamandras que vivem na terra<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Devido a essa tend\u00eancia de mudar de forma, os axolotes t\u00eam uma presen\u00e7a forte na mitologia asteca. Eles costumam ser reconhecidos como uma representa\u00e7\u00e3o de Xolotl, deus do submundo que \u00e9 o irm\u00e3o g\u00eameo do mal de Quetzalcoatl, frequentemente representado pelo Sol.<\/p>\n\n\n\n

Quando v\u00e1rios deuses foram convidados a fazer um sacrif\u00edcio para criar o mundo, Xolotl fugiu para a \u00e1gua. Por sua covardia e relut\u00e2ncia em ajudar, ele foi condenado a viver para sempre na \u00e1gua e a sofrer da eterna juventude. Para os astecas, a morte era transcendente \u2014 e n\u00e3o concluir esse ciclo significava ser impedido de alcan\u00e7ar uma esfera superior.<\/p>\n\n\n\n

Uma atra\u00e7\u00e3o tur\u00edstica<\/h2>\n\n\n\n

Apesar de o axolote estar amea\u00e7ado de extin\u00e7\u00e3o, imagens de Frankie e seus amigos est\u00e3o espalhadas por toda a Cidade do M\u00e9xico \u2014 seja na forma de grafite nos muros da capital ou de bichos de pel\u00facia em loja de souvenir.<\/p>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, o Ambystoma mexicanum<\/em> vai estampar a nota de 50 pesos que ser\u00e1 lan\u00e7ada em 2022. E os novos \u00f4nibus de turismo da cidade apresentam a imagem de um axolote albino pintado na lateral.<\/p>\n\n\n\n

\"\u00d4nibus
O novo \u00f4nibus de turismo oficial da Cidade do M\u00e9xico exibe a imagem de um axolote albino<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Anos atr\u00e1s, se voc\u00ea quisesse encontrar um axolote, tudo o que voc\u00ea precisava fazer era procurar um canal. A Cidade do M\u00e9xico foi constru\u00edda sobre o leito do que outrora era um lago enorme, onde os astecas costumavam criar canais \u2014 al\u00e9m de chinampas<\/em>, ilhas flutuantes feitas de \u00e1rvores e lama que eram usadas para cultivar alimentos \u2014 para fins de navega\u00e7\u00e3o e transporte.<\/p>\n\n\n\n

Embora o lago e grande parte do sistema de canais tenham sido drenados ao longo dos anos para abrir espa\u00e7o para uma popula\u00e7\u00e3o crescente, ainda h\u00e1 mais de 183 km de canais no bairro de Xochimilco \u2014 e 165 hectares de terra e \u00e1gua est\u00e3o localizados na \u00e1rea protegida do Parque Ecol\u00f3gico de Xochimilco.<\/p>\n\n\n\n

Mas, em vez de axolotes, \u00e9 mais prov\u00e1vel que os visitantes encontrem hoje in\u00fameras esp\u00e9cies de aves migrat\u00f3rias e guias nos barcos nos canais. A \u00e1rea se tornou altamente tur\u00edstica, sendo mais conhecida como um lugar para dar um passeio nas ic\u00f4nicas traineiras coloridas, onde barcos menores passam repletos de mariachis ou vendendo cerveja.<\/p>\n\n\n\n

Amea\u00e7as ambientais<\/h2>\n\n\n\n

Como as traineiras s\u00e3o barcos sem motor, n\u00e3o t\u00eam, a princ\u00edpio, um impacto negativo nos axolotes. No entanto, as chinampas<\/em> n\u00e3o est\u00e3o conectadas ao sistema de esgoto da cidade; e os res\u00edduos costumam acabar nos canais.<\/p>\n\n\n\n

Outras amea\u00e7as aos anf\u00edbios incluem o r\u00e1pido crescimento de plantas aqu\u00e1ticas ornamentais n\u00e3o nativas e a polui\u00e7\u00e3o de fertilizantes industriais, al\u00e9m de esp\u00e9cies invasoras, como carpas e til\u00e1pias, que foram introduzidas pelo governo na d\u00e9cada de 1970 para fornecer alimento para a antiga \u00e1rea rural.<\/p>\n\n\n\n

A \u00faltima iniciativa foi bem-intencionada, diz Serv\u00edn Zamora, mas n\u00e3o t\u00e3o bem planejada, uma vez que a carpa e a til\u00e1pia se deliciam com os jovens axolotes.<\/p>\n\n\n\n

“Os problemas que Xochimilco enfrenta n\u00e3o s\u00e3o apenas ambientais, mas tamb\u00e9m sociais”, acrescenta.<\/p>\n\n\n\n

\"Traineiras
Nos canais de Xochimilco, uma das atra\u00e7\u00f5es \u00e9 o passeio nas ic\u00f4nicas traineiras coloridas<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

“As pessoas n\u00e3o obt\u00eam renda suficiente com suas chinampas<\/em> ou com o ecoturismo, ent\u00e3o tendem a construir suas casas l\u00e1 (no terreno das chinampas<\/em>, o que \u00e9 uma op\u00e7\u00e3o acess\u00edvel, pois elas j\u00e1 s\u00e3o donas da propriedade) e, por esse motivo, a urbaniza\u00e7\u00e3o aumentou muito naquelas \u00e1reas. Infelizmente, todo o esgoto dessas casas vai diretamente para os canais, e isso causou uma tremenda polui\u00e7\u00e3o.”<\/p>\n\n\n\n

Em 2017, a Universidade Nacional Aut\u00f4noma do M\u00e9xico (UNAM) fez um estudo monitorando os canais. Embora os resultados ainda estejam sendo analisados, foi demonstrado que a polui\u00e7\u00e3o da \u00e1gua \u00e9 muito grave nas zonas urbanas de crescimento r\u00e1pido de Xochimilco.<\/p>\n\n\n\n

Serv\u00edn Zamora disse que h\u00e1 esperan\u00e7a de recuperar espa\u00e7os ainda dedicados \u00e0 agricultura e, portanto, menos propensos a serem contaminados pela polui\u00e7\u00e3o causada pela superpopula\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

“Se trabalharmos duro com educa\u00e7\u00e3o, pesquisa e trabalho diretamente na \u00e1rea, podemos resgat\u00e1-lo, mesmo que seja apenas uma parte.”<\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, o estudo encontrou apenas um axolote vivendo na natureza em Xochimilco.<\/p>\n\n\n\n

Salvando o axolote<\/h2>\n\n\n\n

Hoje, a maioria dos axolotes vive em cativeiro. Yanin Carbajal \u00e9 cofundadora da Casa del Axolotl, um museu e aqu\u00e1rio dedicado a educar o p\u00fablico sobre os axolotes, localizado na cidade de Chignahuapan, em Puebla.<\/p>\n\n\n\n

O projeto dela come\u00e7ou anos atr\u00e1s, com tanques de cria\u00e7\u00e3o no rancho de sua fam\u00edlia, nas colinas das montanhas da Sierra Madre Oriental. O espa\u00e7o do museu localizado na cidade foi inaugurado no ano passado, exibindo de 15 a 20 axolotes de quatro esp\u00e9cies diferentes.<\/p>\n\n\n\n

Carbajal conta que se sentiu motivada a cuidar dos axolotes por causa do seu forte v\u00ednculo com a hist\u00f3ria pr\u00e9-colombiana do M\u00e9xico, seus importantes efeitos para a sa\u00fade humana e o objetivo de preservar as esp\u00e9cies e melhorar seus habitats.<\/p>\n\n\n\n

Ela adverte, no entanto, que criar axolotes n\u00e3o \u00e9 uma tarefa f\u00e1cil. Embora seja permitido em todo o mundo mant\u00ea-los como animais de estima\u00e7\u00e3o, no M\u00e9xico s\u00f3 \u00e9 autorizado obter axolotes de um viveiro credenciado pela Secretaria de Meio Ambiente (equivalente a um minist\u00e9rio no Brasil).<\/p>\n\n\n\n

“A ignor\u00e2ncia \u00e9 um grande problema, com pessoas tirando (os axolotes) da natureza, mantendo como animais de estima\u00e7\u00e3o ou, em alguns casos, vendendo”, afirma Carbajal.<\/p>\n\n\n\n

“Se as pessoas conseguem fazer com que se reproduzam, \u00e9 positivo. Mas, do contr\u00e1rio, n\u00e3o ajuda as esp\u00e9cies. Como eles vivem nas \u00e1guas tranquilas de lagos e lagoas, as temperaturas tendem a n\u00e3o flutuar t\u00e3o r\u00e1pido quanto em cativeiro.”<\/p>\n\n\n\n

A Cidade do M\u00e9xico tem poucos lugares onde os axolotes podem ser vistos em cativeiro hoje \u2014 entre eles, o Zool\u00f3gico de Chapultepec, o Zool\u00f3gico Los Coyotes e a sede das operadoras de turismo Axolotitl\u00e1n e Umbral Axochiatl, ambas em Xochimilco.<\/p>\n\n\n\n

Pamela Valencia \u00e9 fundadora da Axolotitl\u00e1n, operadora da Cidade do M\u00e9xico que tem como objetivo educar moradores e turistas sobre o delicado ecossistema de Xochimilco e a necessidade de se apoiar a causa dos axolotes, por meio de passeios com uma cooperativa de chinamperos <\/em>(agricultores das chinampas<\/em>) no parque ecol\u00f3gico.<\/p>\n\n\n\n

“O axolote \u00e9 um tema no M\u00e9xico que tem a ver com pol\u00edtica, sociedade, uso de recursos, educa\u00e7\u00e3o ambiental e sistematizada”, avalia Valencia.<\/p>\n\n\n\n

“\u00c9 um t\u00f3pico que perpassa todas as vertentes da sociedade, de uma maneira ou de outra. Acreditamos que o axolote \u00e9 o segredo para salvar nossa cidade, nosso pa\u00eds e provavelmente o mundo. \u00c9 um animal incrivelmente importante que pode inspirar as pessoas a parar de fazer coisas que estamos fazendo h\u00e1 muito tempo como sociedade (como poluir) e sermos melhores de v\u00e1rias maneiras.”<\/p>\n\n\n\n

Dionisio Eslava, presidente da Umbral Axochiatl, que trabalha em parceria com a Axolotitl\u00e1n organizando passeios em Xochimilco, para que os visitantes entendam melhor a natureza do bairro, acredita que diminuir a diferen\u00e7a geogr\u00e1fica, cultural e socioecon\u00f4mica entre a popula\u00e7\u00e3o da Cidade do M\u00e9xico e os agricultores do sul \u00e9 uma maneira de ajudar a limpar a \u00e1rea e incentivar, assim, os axolotes a voltarem para a regi\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

“Os ecossistemas s\u00e3o um tipo de seguran\u00e7a, n\u00e3o apenas para alimentos, mas tamb\u00e9m para \u00e1gua, oxig\u00eanio e um aliado para enfrentar as mudan\u00e7as clim\u00e1ticas”, afirmou.<\/p>\n\n\n\n

“As grandes cidades devem apoiar nossos ecossistemas nos visitando e nos acompanhando neste tesouro que \u00e9 uma grande heran\u00e7a de toda a humanidade.”<\/p>\n\n\n\n

Essa pequena criatura, muitas vezes esquecida, pode n\u00e3o s\u00f3 nos guiar na prote\u00e7\u00e3o do planeta, como tamb\u00e9m \u00e9 potencialmente a chave para desvendar alguns mist\u00e9rios cient\u00edficos.<\/p>\n\n\n\n

Frankie viveu at\u00e9 os oito anos (embora os axolotes em cativeiro possam viver 12 anos ou mais), morrendo de causas naturais no Zool\u00f3gico de Chapultepec em 2010.<\/p>\n\n\n\n

Ele ocupa at\u00e9 hoje um lugar cativo no cora\u00e7\u00e3o Serv\u00edn Zamora, j\u00e1 que foi um dos primeiros axolotes de quem ela cuidou e ela diz ter aprendido muito com ele \u2014 esperamos que o resto do mundo tamb\u00e9m aprenda.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"