{"id":155501,"date":"2019-11-18T01:00:00","date_gmt":"2019-11-18T04:00:00","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=155501"},"modified":"2019-11-17T20:39:42","modified_gmt":"2019-11-17T23:39:42","slug":"crise-dos-mais-antigos-centros-de-pesquisa-da-amazonia-ameaca-a-protecao-da-floresta","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/11\/18\/155501-crise-dos-mais-antigos-centros-de-pesquisa-da-amazonia-ameaca-a-protecao-da-floresta.html","title":{"rendered":"Crise dos mais antigos centros de pesquisa da Amaz\u00f4nia amea\u00e7a a prote\u00e7\u00e3o da floresta"},"content":{"rendered":"\n
\"Pesquisadores
Redu\u00e7\u00e3o do or\u00e7amento e de servidores na ativa afeta o funcionamento do Inpa<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

As duas mais antigas institui\u00e7\u00f5es de pesquisa da regi\u00e3o amaz\u00f4nica enfrentam uma crise que amea\u00e7a sua capacidade de produzir\u00a0conhecimento cient\u00edfico\u00a0considerado vital para a prote\u00e7\u00e3o da Amaz\u00f4nia, dizem cientistas destas institui\u00e7\u00f5es ouvidos pela BBC News Brasil.<\/p>\n\n\n\n

Os principais problemas enfrentados hoje pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amaz\u00f4nia (Inpa) e o Museu Paraense Emilio Goeldi, que est\u00e3o sob a al\u00e7ada do Minist\u00e9rio da Ci\u00eancia, Tecnologia, Inova\u00e7\u00e3o e Comunica\u00e7\u00e3o (MCTIC), incluem a redu\u00e7\u00e3o de seus or\u00e7amentos nos \u00faltimos anos, a suspens\u00e3o de bolsas de p\u00f3s-gradua\u00e7\u00e3o e a queda do n\u00famero de seus pesquisadores e t\u00e9cnicos em atividade.<\/p>\n\n\n\n

“Sem concursos p\u00fablicos e abertura de vagas para repor a enorme quantidade de pessoal qualificado que se aposentou, nossas institui\u00e7\u00f5es perdem c\u00e9rebros, capacidade de produ\u00e7\u00e3o e comunica\u00e7\u00e3o do conhecimento, forma\u00e7\u00e3o de pessoal especializado e de colabora\u00e7\u00e3o junto a gestores, setores produtivos e comunidades”, diz a bi\u00f3loga Ana Lu\u00edsa Albernaz, diretora do Museu Goeldi.<\/p>\n\n\n\n

Na \u00faltima d\u00e9cada, a institui\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m sofreu cortes e contingenciamentos em seu or\u00e7amento. Albernaz aponta que o pior ano foi 2017, quando foram liberados R$ 7,4 milh\u00f5es dos R$ 12,6 milh\u00f5es aprovados inicialmente. <\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s essa crise, afirma a diretora do Museu Goeldi, o or\u00e7amento do museu em 2018 e 2019 se manteve em um patamar de R$ 15 milh\u00f5es. “Isso nos permitiu manter estritamente o funcionamento da institui\u00e7\u00e3o”, diz Albernaz, que credita a um esfor\u00e7o do MCTIC n\u00e3o ter havido corte ou contingenciamento no or\u00e7amento dos institutos de pesquisa ligados \u00e0 pasta neste ano.<\/p>\n\n\n\n

O Inpa enfrenta uma situa\u00e7\u00e3o semelhante. Dados da institui\u00e7\u00e3o apontam que o or\u00e7amento no ano passado, de R$ 25,57 milh\u00f5es, foi 39,6% menor do que os recursos previstos em 2017, de R$ 42,34 milh\u00f5es. Em 2019, dos R$ 35,76 milh\u00f5es previstos, R$ 24 milh\u00f5es foram liberados at\u00e9 o momento.<\/p>\n\n\n\n

\"Ana
Ana Lu\u00edsa Albernaz, diretora do Museu Goeldi, diz que falta de reposi\u00e7\u00e3o de servidores e pesquisadores \u00e9 um dos principais problemas da institui\u00e7\u00e3o<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

O n\u00famero de servidores e pesquisadores em atividade no instituto tamb\u00e9m vem caindo. Em 2018, de acordo com os dados oficiais mais recentes dispon\u00edveis, eram 561, dos 158 cientistas \u2014 isso representa 40% do n\u00famero m\u00e1ximo que o Inpa j\u00e1 teve historicamente.<\/p>\n\n\n\n

Esse quadro pode se agravar, porque 40% de sua equipe j\u00e1 pode se aposentar, e o governo federal suspendeu a realiza\u00e7\u00e3o de concursos p\u00fablicos ao menos at\u00e9 2020, sob a justificativa de houve um excesso de contrata\u00e7\u00f5es nas \u00faltimas gest\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Para chamar aten\u00e7\u00e3o para a situa\u00e7\u00e3o do instituto, alunos de mestrado e doutorado e servidores criaram o movimento Salve o Inpa, que realizou uma manifesta\u00e7\u00e3o no in\u00edcio de setembro, com a presen\u00e7a de pesquisadores.<\/p>\n\n\n\n

Procurada pela BBC News Brasil para comentar a situa\u00e7\u00e3o do Inpa, sua diretora, a bi\u00f3loga Antonia Maria Ramos Franco Pereira, n\u00e3o respondeu aos pedidos de entrevista.<\/p>\n\n\n\n

As condi\u00e7\u00f5es enfrentadas pelo Inpa e pelo Museu Goeldi podem piorar no pr\u00f3ximo ano, dizem seus pesquisadores, porque o Projeto de Lei Or\u00e7ament\u00e1ria Anual para 2020 (PLOA 2020), enviado pelo Executivo ao Congresso Nacional, n\u00e3o prev\u00ea dota\u00e7\u00e3o or\u00e7ament\u00e1ria para os institutos de pesquisas ligados ao MCTIC, incluindo o Inpa e o Museu Goeldi.<\/p>\n\n\n\n

No entanto, o MCTIC disse \u00e0 BBC News Brasil que a divis\u00e3o de recursos para cada unidade foi feita por meio de um plano or\u00e7ament\u00e1rio espec\u00edfico que n\u00e3o \u00e9 publicado na PLOA 2020. Isso “significa que os institutos continuam com seus or\u00e7amentos preservados (nos mesmos patamares de 2019), embora n\u00e3o sejam vis\u00edveis na PLOA”.<\/p>\n\n\n\n

A pasta afirmou estar “atenta e preocupada com a grave situa\u00e7\u00e3o que afeta as unidades de pesquisa deste minist\u00e9rio” e que “est\u00e1 em negocia\u00e7\u00e3o com o Minist\u00e9rio da Economia visando a recomposi\u00e7\u00e3o de seu quadro funcional, por meio de concurso p\u00fablico”.<\/p>\n\n\n\n

‘F\u00e1brica’ de pessoal qualificado para a Amaz\u00f4nia<\/h2>\n\n\n\n

O Museu Goeldi foi fundado h\u00e1 153 anos em Bel\u00e9m, no Par\u00e1, ainda como Associa\u00e7\u00e3o Philom\u00e1tica \u2014 s\u00f3 ganharia seu nome atual cinco anos depois. Sua cria\u00e7\u00e3o foi a concretiza\u00e7\u00e3o da primeira proposta nacional para estudo cient\u00edfico da Amaz\u00f4nia, diz Albernaz.<\/p>\n\n\n\n

“A institui\u00e7\u00e3o figura entre os maiores museus brasileiros, est\u00e1 na origem da ci\u00eancia nacional e influencia o conhecimento existente sobre a Amaz\u00f4nia com seus dados, publica\u00e7\u00f5es e acervos no Brasil e no mundo”, afirma a diretora da institui\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Sua miss\u00e3o \u00e9 pesquisar, identificar e entender a complexidade das formas de vida e das din\u00e2micas dos processos humanos e ambientais que ocorrem na regi\u00e3o amaz\u00f4nica e nas suas \u00e1reas de fronteira. Hoje, o Museu Goeldi mant\u00e9m 19 cole\u00e7\u00f5es cient\u00edficas principais, com mais de 4,5 milh\u00f5es de itens.<\/p>\n\n\n\n

“Quando compartilha o conhecimento acumulado, o museu possibilita que pessoas de diferentes origens e classes sociais apreciem os processos da ci\u00eancia, percebam e valorizem a riqueza da sociobiodiversidade amaz\u00f4nica como um valor coletivo e defendam a sua conserva\u00e7\u00e3o”, diz Albernaz.<\/p>\n\n\n\n

\"Pesquisador
Inpa \u00e9 considerado uma refer\u00eancia mundial nos estudos da biodiversidade e dos ecossistemas amaz\u00f4nicos<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

A hist\u00f3ria do Inpa \u00e9 mais recente. Foi criado em 1952 e, nos seus primeiros anos, dedicou-se a pesquisas, levantamentos e invent\u00e1rios de fauna e de flora. Hoje, atua para expandir de forma sustent\u00e1vel o uso dos recursos naturais da Amaz\u00f4nia e realiza estudos cient\u00edficos sobre a regi\u00e3o amaz\u00f4nica para promover o bem-estar humano e o desenvolvimento socioecon\u00f4mico.<\/p>\n\n\n\n

\u00c9 considerado uma refer\u00eancia mundial nos estudos da biodiversidade e dos ecossistemas amaz\u00f4nicos e no desenvolvimento de tecnologias para o manejo de recursos naturais e o desenvolvimento sustent\u00e1vel da regi\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

“Nosso instituto \u00e9 a maior ‘f\u00e1brica’ de pessoal qualificado para ci\u00eancia na Amaz\u00f4nia”, diz o pesquisador Mike Hopkins, respons\u00e1vel para a cole\u00e7\u00e3o de plantas da institui\u00e7\u00e3o e por seu programa de p\u00f3s-gradua\u00e7\u00e3o em Bot\u00e2nica.<\/p>\n\n\n\n

Cortes e suspens\u00f5es de bolsas<\/h2>\n\n\n\n

Mas as suspens\u00f5es e amea\u00e7as de corte de bolsas de pesquisa e p\u00f3s-gradua\u00e7\u00e3o conferidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient\u00edfico e Tecnol\u00f3gico (CNPq), ligado ao MCTIC, e pela Coordena\u00e7\u00e3o de Pessoal de N\u00edvel Superior (Capes), ligada ao Minist\u00e9rio da Educa\u00e7\u00e3o, podem afetar este papel que as institui\u00e7\u00f5es v\u00eam cumprindo.<\/p>\n\n\n\n

Neste ano, o governo bloqueou recursos para estas ag\u00eancias ao afirmar ser uma medida necess\u00e1ria para lidar com o d\u00e9ficit fiscal. Isso afetou a concess\u00e3o de bolsas para estudantes e pesquisadores.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com o Capes, h\u00e1 atualmente 7.699 bolsas congeladas e um total de 87.018 bolsas ativas. Em agosto, o CNPq suspendeu 4,5 mil bolsas que n\u00e3o estavam sendo usadas. A institui\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m anunciou neste ano que o corte em seu or\u00e7amento amea\u00e7ava o pagamento dos seus mais de 80 mil bolsistas a partir de outubro. No entanto, a libera\u00e7\u00e3o de recursos adicionais pelo Congresso e pelo governo garantiu o cumprimento destes compromissos at\u00e9 o final do ano.<\/p>\n\n\n\n

“At\u00e9 agora conseguimos remanejar recursos para nenhum aluno sofrer muito”, afirma Hopkins. “O maior problema \u00e9 falta de certeza sobre o que vai acontecer no futuro. Estamos sob press\u00e3o intensa para planejar melhor e com mais anteced\u00eancia, mas nunca sabemos quais recursos teremos no ano que vem e qual vai ser o tamanho dos cortes cont\u00ednuos.”<\/p>\n\n\n\n

Marlucia Bonifacio Martins, coordenadora do departamento de zoologia do Museu Goeldi, os cortes de recursos afetam a renova\u00e7\u00e3o de bolsas e a possibilidade de realizar novos projetos no futuro. “Tive um bolsista que faleceu e sua bolsa n\u00e3o foi substitu\u00edda. Outro desistiu da bolsa ap\u00f3s uma interrup\u00e7\u00e3o de pagamento por tr\u00eas meses”, diz Martins.<\/p>\n\n\n\n

Martins afirma que o impacto da redu\u00e7\u00e3o da oferta de novas bolsas de p\u00f3s-gradua\u00e7\u00e3o \u00e9 ainda maior na regi\u00e3o amaz\u00f4nica porque a maioria dos alunos s\u00e3o das camadas mais pobres da sociedade e n\u00e3o t\u00eam como fazer uma p\u00f3s-gradua\u00e7\u00e3o e se manter sem este recurso. “Dificilmente, eles conseguem trabalhar e dar conta de realizar um mestrado ou doutorado. O que mais perdemos com os cortes s\u00e3o recursos humanos.”<\/p>\n\n\n\n

O MCTIC disse ter feito um levantamento de necessidade de for\u00e7a de trabalho de todas as unidades de pesquisa, o que demonstrou haver necessidade de preencher um total de 1.050 vagas, entre elas: 248 analistas, 253 assistentes, 244 tecnologistas, 92 t\u00e9cnicos e 213 pesquisadores. No caso espec\u00edfico do Inpa e do Museu Goeldi, seriam 99 e 47 cargos respectivamente, entre pesquisadores, t\u00e9cnicos e outros servidores.<\/p>\n\n\n\n

O MCTIC afirmou ainda que, “em um cen\u00e1rio de restri\u00e7\u00e3o or\u00e7ament\u00e1ria, tem priorizado os recursos para seus institutos de pesquisa e entidades vinculadas. O MCTIC informa que tem atuado junto ao Minist\u00e9rio da Economia e ao Congresso Nacional para maior disponibiliza\u00e7\u00e3o de recursos em seu or\u00e7amento” e que “mant\u00e9m permanente di\u00e1logo com os gestores de suas entidades vinculadas para que os recursos sejam otimizados, minimizando o impacto em suas atividades”.<\/p>\n\n\n\n

‘Sem valoriza\u00e7\u00e3o, institui\u00e7\u00f5es ser\u00e3o condenadas \u00e0 irrelev\u00e2ncia’<\/h2>\n\n\n\n

O pesquisador Adalberto Luis Val, que dirigiu o Inpa entre 2006 e 2014, diz que tanto as informa\u00e7\u00f5es t\u00e9cnico-cient\u00edficas j\u00e1 dispon\u00edveis quanto a produ\u00e7\u00e3o de novos dados de forma robusta s\u00e3o fundamentais para que o pa\u00eds seja capaz de lidar com os desafios na Amaz\u00f4nia.<\/p>\n\n\n\n

“A regi\u00e3o representa quase 60% do territ\u00f3rio brasileiro e, por d\u00e9cadas, tem clamado por inserir-se na agenda nacional. No entanto, at\u00e9 hoje, recebe menos de 3% dos investimentos nacionais em ci\u00eancia e tecnologia. Ali\u00e1s, at\u00e9 hoje n\u00e3o, porque em 2019 n\u00e3o houve programas estruturados de investimentos na \u00e1rea na Amaz\u00f4nia”, afirma Val.<\/p>\n\n\n\n

\"Pesquisadoras
Falta de pessoal qualificado compromete produ\u00e7\u00e3o de informa\u00e7\u00f5es essenciais na gest\u00e3o da regi\u00e3o, diz ex-diretor do Inpa<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

O pesquisador afirma a falta de pessoal qualificado nas institui\u00e7\u00f5es de pesquisa e universidades compromete a produ\u00e7\u00e3o de informa\u00e7\u00f5es consideradas essenciais na gest\u00e3o de diversas a\u00e7\u00f5es na regi\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

“O Inpa pede a contrata\u00e7\u00e3o de profissionais qualificados h\u00e1 d\u00e9cadas, sem sucesso. Com o passar do tempo, como o quadro de pessoal n\u00e3o tem ao menos sendo mantido, a situa\u00e7\u00e3o tornou-se cr\u00edtica na institui\u00e7\u00e3o, que j\u00e1 foi a principal produtora de informa\u00e7\u00f5es sobre a Amaz\u00f4nia.”<\/p>\n\n\n\n

Val afirma que a produ\u00e7\u00e3o cient\u00edfica do Inpa s\u00f3 n\u00e3o se tornou insignificante por causa dos integrantes de seus programas de p\u00f3s-gradua\u00e7\u00e3o e dos pesquisadores que seguem na ativa apesar de j\u00e1 poderem se aposentar. “Insistem em continuar trabalhando e produzindo informa\u00e7\u00f5es sobre a Amaz\u00f4nia, porque conhecem profundamente a import\u00e2ncia dessa regi\u00e3o para a humanidade.”<\/p>\n\n\n\n

Por enquanto, diz a diretora do Museu Goeldi, n\u00e3o existe um perigo imediato que a institui\u00e7\u00e3o feche as portas, mas ela n\u00e3o descarta essa possibilidade.<\/p>\n\n\n\n

“Esse risco existe de fato. J\u00e1 estamos vivenciando um processo de perdas de lideran\u00e7as importantes na pesquisa, seja por aposentadoria ou evas\u00e3o para o exterior. Se n\u00e3o houver recomposi\u00e7\u00e3o urgente do quadro t\u00e9cnico-cient\u00edfico, o esvaziamento \u00e9 uma consequ\u00eancia”, afirma Albernaz.<\/p>\n\n\n\n

“Sem valoriza\u00e7\u00e3o do conhecimento cient\u00edfico para tomada de decis\u00f5es e gera\u00e7\u00e3o de tecnologias adequadas e adaptadas \u00e0s regi\u00f5es brasileiras, as institui\u00e7\u00f5es ser\u00e3o condenadas \u00e0 irrelev\u00e2ncia.”<\/p>\n\n\n\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

As duas mais antigas institui\u00e7\u00f5es de pesquisa da regi\u00e3o amaz\u00f4nica enfrentam uma crise que amea\u00e7a sua capacidade de produzir conhecimento cient\u00edfico considerado vital para a prote\u00e7\u00e3o da Amaz\u00f4nia, dizem cientistas destas institui\u00e7\u00f5es ouvidos pela BBC News Brasil. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":155502,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[32,509,626,469],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/155501"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=155501"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/155501\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":155503,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/155501\/revisions\/155503"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/155502"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=155501"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=155501"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=155501"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}