{"id":155582,"date":"2019-11-22T12:30:00","date_gmt":"2019-11-22T15:30:00","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=155582"},"modified":"2019-11-21T22:16:17","modified_gmt":"2019-11-22T01:16:17","slug":"estranha-rotacao-da-terra-pode-solucionar-antigo-misterio-climatico","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/11\/22\/155582-estranha-rotacao-da-terra-pode-solucionar-antigo-misterio-climatico.html","title":{"rendered":"Estranha rota\u00e7\u00e3o da Terra pode solucionar antigo mist\u00e9rio clim\u00e1tico"},"content":{"rendered":"\n
\"Cientistas
Cientistas explorando a Bacia de Junggar, na regi\u00e3o norte da China. As rochas espalhadas pelo pa\u00eds registram uma mudan\u00e7a clim\u00e1tica dr\u00e1stica entre 165 e 155 milh\u00f5es de anos atr\u00e1s. As pedras mais antigas s\u00e3o ricas em carv\u00e3o, formadas em condi\u00e7\u00f5es mais arejadas e \u00famidas, ao passo que os arenitos vermelhos, mais jovens, formaram-se em climas quentes e secos. Os pesquisadores sugerem, agora, um motivo curioso para essa altera\u00e7\u00e3o: uma mudan\u00e7a na localiza\u00e7\u00e3o geogr\u00e1fica da regi\u00e3o ligada a um fen\u00f4meno chamado deriva polar verdadeira.
FOTO DE\u00a0IRA BLOCK, NAT GEO IMAGE COLLECTION<\/strong> <\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

\u00c0 primeira vista, parece ser um caso de extin\u00e7\u00e3o causada por mudan\u00e7as clim\u00e1ticas: h\u00e1 mais de 160 milh\u00f5es de anos, durante o per\u00edodo jur\u00e1ssico, uma exuberante fauna rastejava, nadava e voava pelas matas arejadas e \u00famidas do que agora \u00e9 a regi\u00e3o nordeste da China. Ent\u00e3o, quase que num instante geol\u00f3gico, o ar ficou mais quente e a terra secou. Como a \u00e1gua desapareceu, o mesmo aconteceu com a vida. E, at\u00e9 hoje, os pesquisadores v\u00eam tentando, com dificuldades, apontar o culpado clim\u00e1tico por tr\u00e1s desse colapso ecol\u00f3gico.<\/p>\n\n\n\n

Estudo rec\u00e9m-publicado no peri\u00f3dico\u00a0Geology<\/em>\u00a0sugere que n\u00e3o foram as condi\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas que mudaram,\u00a0mas sim a localiza\u00e7\u00e3o geogr\u00e1fica da paisagem. As assinaturas paleomagn\u00e9ticas presentes nas rochas da regi\u00e3o indicam que, em algum momento entre 174 e 157 milh\u00f5es de anos atr\u00e1s, a regi\u00e3o inteira sofreu um deslocamento ao sul de impressionantes 25\u00a0graus, convertendo paisagens vi\u00e7osas em zonas de calor escaldante.<\/p>\n\n\n\n

Essa primitiva e complicada guinada fez parte de um fen\u00f4meno conhecido como deriva polar verdadeira, no qual as camadas mais superiores do planeta, provavelmente at\u00e9 o n\u00facleo l\u00edquido externo, giram de forma significativa, enquanto a Terra continua sua rota\u00e7\u00e3o di\u00e1ria em torno de seu eixo normal.<\/p>\n\n\n\n

No Jur\u00e1ssico, a superf\u00edcie e o manto terrestre realizaram esse giro ao longo de uma linha imagin\u00e1ria que passava pela curva da costa oeste africana conhecida como\u00a0Golfo de Benin. A mudan\u00e7a teria sido de grandes propor\u00e7\u00f5es: se ocorresse uma altera\u00e7\u00e3o similar hoje, uma bandeira fincada em Dallas, Texas, acabaria onde atualmente se localiza a regi\u00e3o norte de Manitoba, Canad\u00e1. No outro lado do mundo, o continente asi\u00e1tico seria lan\u00e7ado ao sul.<\/p>\n\n\n\n

A Terra provavelmente passou por pequenas doses de deriva polar verdadeira em toda a sua hist\u00f3ria, e alguns cientistas acreditam que esse movimento continua.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEstamos passando pela deriva polar verdadeira no momento desta nossa conversa\u201d, afirma Dennis Kent, paleomagnetista da\u00a0Universidade de Rutgers\u00a0e da\u00a0Universidade de Columbia, que n\u00e3o faz parte da equipe do novo estudo.<\/p>\n\n\n\n

Para que fique claro, essas altera\u00e7\u00f5es mais recentes\u00a0n\u00e3o<\/em>\u00a0s\u00e3o a causa das mudan\u00e7as clim\u00e1ticas atuais, que s\u00e3o causadas pela\u00a0libera\u00e7\u00e3o impiedosa de gases do efeito estufa pelos seres humanos na atmosfera. Al\u00e9m disso, ainda est\u00e1 sendo debatida a magnitude dessa guinada jur\u00e1ssica \u2014 e se a deriva polar verdadeira \u00e9 um fen\u00f4meno real ou n\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 uma \u00e1rea cab\u00edvel de discuss\u00e3o\u201d, afirma\u00a0Christopher Scotese, diretor do Projeto PALEOMAP. \u201cMas \u00e9 algo mais controverso do que as pessoas dizem\u201d.<\/p>\n\n\n\n

O estudo dos movimentos geol\u00f3gicos passados e presentes da Terra n\u00e3o ajuda apenas a solucionar essa controv\u00e9rsia, como tamb\u00e9m a aperfei\u00e7oar o nosso entendimento dos complexos mecanismos do planeta.<\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 muito importante que ainda estejam sendo realizadas pesquisas b\u00e1sicas\u201d, diz\u00a0Lydian Boschman, ge\u00f3loga do\u00a0Eidgen\u00f6ssische Technische Hochschule<\/em>\u00a0(ETH) de Zurique, que n\u00e3o fez parte da equipe do estudo. \u201cSe n\u00e3o compreendermos a base, n\u00e3o haver\u00e1 nada que possamos fazer posteriormente\u201d.<\/p>\n\n\n\n

\"A
A deriva polar verdadeira pode estar por tr\u00e1s do decl\u00ednio da grande variedade de esp\u00e9cies que habitavam o norte da China, chamada de Biota de Yanliao. Essa extin\u00e7\u00e3o propiciou a ascens\u00e3o de um novo grupo de criaturas, conhecido pelo nome de Biota de Jehol, que compreende o Jeholosaurus fossilizado mostrado na imagem.
FOTO DE\u00a0O. LOUIS MAZZATENTA, NAT GEO IMAGE COLLECTION<\/strong> <\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Gira-gira do passado<\/h3>\n\n\n\n

Embora os profundos giros geol\u00f3gicos possam ter impactos dr\u00e1sticos na superf\u00edcie terrestre, o campo magn\u00e9tico do planeta fica, em grande parte, intocado ap\u00f3s esses acontecimentos, uma vez que ele \u00e9 gerado por uma misto de ferro e n\u00edquel derretidos no n\u00facleo externo da Terra, cerca de\u00a02,9 mil quil\u00f4metros\u00a0abaixo da superf\u00edcie. \u00c9 poss\u00edvel, ent\u00e3o, que os pesquisadores recorram aos minerais ricos em ferro, sintonizados com os campos magn\u00e9ticos, para desvendar os giros e voltas que o planeta deu no passado. Com o ac\u00famulo e solidifica\u00e7\u00e3o de sedimentos ou com o endurecimento da lava, esses minerais se alinham ao campo magn\u00e9tico global, feito agulhas de b\u00fassolas, fazendo um retrato da localiza\u00e7\u00e3o de uma regi\u00e3o do nosso planeta num dado per\u00edodo do passado.<\/p>\n\n\n\n

Mas nem todas as rochas s\u00e3o esten\u00f3grafos perfeitos. Com a solidifica\u00e7\u00e3o dos sedimentos, a compress\u00e3o pode puxar a assinatura magn\u00e9tica e afetar a posi\u00e7\u00e3o planet\u00e1ria gravada. Ao retirarem essa confus\u00e3o sedimentar e s\u00f3 analisarem rochas vulc\u00e2nicas, Kent e o finado\u00a0Edward Irving, que trabalhavam no Servi\u00e7o Geol\u00f3gico do Canad\u00e1,\u00a0encontraram as assinaturas de um salto monstruoso ocorrido durante o per\u00edodo jur\u00e1ssico. Os resultados, publicados em 2010, sugeriam que a superf\u00edcie da Terra teria se deslocado em cerca de\u00a030 graus\u00a0entre 160 e 145 milh\u00f5es de anos atr\u00e1s.<\/p>\n\n\n\n

Outros estudos posteriores come\u00e7aram a preencher as lacunas do registro e, de repente, parecia que o mundo inteiro voltava os olhos ao megagiro do Jur\u00e1ssico, com evid\u00eancias encontradas na\u00a0\u00c1frica,\u00a0Am\u00e9rica do Norte,\u00a0Am\u00e9rica do Sul\u00a0e\u00a0Oriente M\u00e9dio. Um local, por\u00e9m, parecia n\u00e3o ter sa\u00eddo do lugar: os Blocos do Leste Asi\u00e1tico, uma zona que compreende a maior parte da Mong\u00f3lia, China, Coreia do Norte e Coreia do Sul.<\/p>\n\n\n\n

\u201cA regi\u00e3o mal se moveu em termos de latitude em todo esse per\u00edodo\u201d, afirma o coautor do estudo\u00a0Joseph Meert, paleomagnetista da Universidade da Fl\u00f3rida. \u201cEsse fato n\u00e3o parece corresponder muito com a posterior aridifica\u00e7\u00e3o da regi\u00e3o\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Parte do problema consistia no fato de que os estudos que documentavam a posi\u00e7\u00e3o da regi\u00e3o por meio de an\u00e1lises paleomagn\u00e9ticas n\u00e3o fizeram amostragem de um per\u00edodo longo o suficiente, explica Meert. Muito embora as rochas vulc\u00e2nicas registrem com fidelidade o norte magn\u00e9tico, esse polo tem uma tend\u00eancia de se deslocar, de modo que os pesquisadores precisam fazer uma m\u00e9dia de suas an\u00e1lises com dados referentes a milhares de anos para levar em conta esses deslocamentos. (O norte magn\u00e9tico acabou de mudar \u2014 saiba como estamos tentando acompanh\u00e1-lo.)<\/p>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a pr\u00f3pria regi\u00e3o j\u00e1 foi exclu\u00edda diversas vezes das discuss\u00f5es sobre as mudan\u00e7as globais em fun\u00e7\u00e3o de seu hist\u00f3rico complexo, acrescenta Kent. Se, por um lado, o percurso das outras massas de terra pode ser remontado at\u00e9 o supercontinente Pangeia, que se rompeu h\u00e1 mais ou menos\u00a0180 milh\u00f5es de anos, a rota do Leste Asi\u00e1tico continua incerta.<\/p>\n\n\n\n

\u201cA regi\u00e3o dan\u00e7ava conforme a pr\u00f3pria m\u00fasica naquela \u00e9poca\u201d, diz Kent.<\/p>\n\n\n\n

A guinada monstruosa<\/h3>\n\n\n\n

No ver\u00e3o de 2015 e primavera de 2018 do hemisf\u00e9rio norte, a \u00faltima equipe iniciou as buscas de um registro paleomagn\u00e9tico mais consistente para desvendar os movimentos geol\u00f3gicos do Leste Asi\u00e1tico, afirma o principal autor do estudo, Zhiyu Yi, da Academia Chinesa de Ci\u00eancias Geol\u00f3gicas, em Pequim.<\/p>\n\n\n\n

As pedras encontradas na China contam hist\u00f3rias muito diferentes, retratadas nas colora\u00e7\u00f5es completamente distintas. Os dep\u00f3sitos das \u00e9pocas inferior \u00e0 m\u00e9dia do Jur\u00e1ssico s\u00e3o escuros e ricos em carv\u00e3o, sugerindo uma paisagem primitiva e \u00famida, repleta de plantas. Por outro lado, as forma\u00e7\u00f5es do per\u00edodo superior do Jur\u00e1ssico apresentam dep\u00f3sitos em tom de ferrugem, dispostos em condi\u00e7\u00f5es mais secas.<\/p>\n\n\n\n

A equipe amostrou rochas vulc\u00e2nicas entrela\u00e7adas a essas forma\u00e7\u00f5es contrastantes em 57 locais, no total. Em 2017, a an\u00e1lise dessas rochas confirmou o trabalho anterior que indicara que as rochas vermelhas mais novas estavam dispostas em latitudes baixas, onde provavelmente prevaleceram as condi\u00e7\u00f5es quentes e secas, diz Yi. A hora da verdade, por\u00e9m, chegou no ver\u00e3o do ano seguinte, quando eles analisaram as amostras mais antigas e descobriram que elas haviam se formado em latitudes incrivelmente altas.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu soube, naquele momento, o que esses dados significavam \u2014que t\u00ednhamos finalmente encontrado os sinais [da deriva polar verdadeira]\u201d, escreve Yi por e-mail.<\/p>\n\n\n\n

Meert admite ter sido um pouco c\u00e9tico quanto a esse grande movimento no in\u00edcio, mas os novos achados o convenceram: \u201cDissemos: \u00e9, realmente, \u00e9 isso mesmo\u201d, comenta, relembrando o jantar que teve com Yi em Pequim para revis\u00e3o dos dados. \u201cO sentido do movimento e tudo o mais parece se encaixar. Da\u00ed, tomamos uma cerveja, brindamos e dissemos: vamos ao trabalho\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Os resultados sugerem que a superf\u00edcie sofreu, no Jur\u00e1ssico, uma rota\u00e7\u00e3o de no m\u00ednimo 17 cent\u00edmetros por ano, o que teria causado o gradual ressecamento da paisagem do Leste Asi\u00e1tico, que muito provavelmente extinguiu muitas das plantas e animais antigos da regi\u00e3o, chamados coletivamente de Biota de Yanliao. Estudos anteriores j\u00e1 sugeriram que outro movimento de deriva, menor, ocorrido h\u00e1 cerca de 130 milh\u00f5es de anos, devolveu ao Leste Asi\u00e1tico o clima temperado, formando a base para uma explos\u00e3o de vida conhecida como\u00a0Biota de Jehol. Esses f\u00f3sseis de excepcional conserva\u00e7\u00e3o possibilitaram diversos achados surpreendentes, inclusive a descoberta do primeiro dinossauro emplumado, que n\u00e3o tinha rela\u00e7\u00e3o direta com os p\u00e1ssaros. <\/p>\n\n\n\n

Futuros em revolu\u00e7\u00e3o<\/h3>\n\n\n\n

\u201cA beleza disso tudo \u00e9 que \u00e9 bastante simples\u201d, diz\u00a0Giovanni Muttoni, paleomagnetista da Universidade de Mil\u00e3o, It\u00e1lia, que n\u00e3o participou deste trabalho, mas que estudou amplamente a grande deriva do per\u00edodo jur\u00e1ssico. O movimento e a magnitude est\u00e3o alinhados com os indicados dos trabalhos anteriores, ele observa, e estabelecem uma conex\u00e3o entre misteriosas mudan\u00e7as clim\u00e1ticas e essa tor\u00e7\u00e3o planet\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

Scotese, contudo, n\u00e3o est\u00e1 convencido que tenha ocorrido alguma deriva polar verdadeira nos \u00faltimos 200 milh\u00f5es de anos, defendendo que os efeitos podem ser explicados pelo movimento de placas tect\u00f4nicas. Durante o per\u00edodo jur\u00e1ssico, diz ele, a \u00c1sia e a Am\u00e9rica do Norte moviam-se vagarosamente, como se estivessem numa gangorra em cima da Europa. Enquanto a Am\u00e9rica do Norte se movia a noroeste, a \u00c1sia deslocava-se a sudeste.<\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 uma enorme quantidade de ru\u00eddo no banco de dados paleomagn\u00e9tico, que os paleomagnetistas fazem todo tipo de malabarismo para minimizar, ou para corrigir aquilo que eles acreditam ser erros\u201d, afirma. \u201cMas eu discordo dessa filosofia. Acho que \u00e9 deixar o banco de dados enviesado\u201d.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 outros reafirmam os dados que apontam para a deriva polar verdadeira e a monstruosa deriva ocorrida no Jur\u00e1ssico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cElas existem\u201d, diz Muttoni. \u201cEst\u00e3o gravadas nas pedras\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Se assim for, muitas perguntas continuam em aberto. Para come\u00e7ar, ainda n\u00e3o est\u00e1 claro o que exatamente impulsiona uma altera\u00e7\u00e3o nessas propor\u00e7\u00f5es, um acontecimento que deve envolver uma redistribui\u00e7\u00e3o significativa da massa do nosso planeta. Talvez o\u00a0nascimento de zonas de subduc\u00e7\u00e3o\u00a0\u2014 regi\u00f5es onde uma placa tect\u00f4nica se encavala embaixo de outra \u2014 seja o motivo da deriva, diz Boschman. Ou poderia ser a ruptura de placas j\u00e1 submetidas \u00e0 subduc\u00e7\u00e3o, o que causaria a imers\u00e3o de peda\u00e7os da crosta no manto terrestre, atrapalhando o equil\u00edbrio planet\u00e1rio, acrescenta Kent. Por ora, essas diversas quest\u00f5es geol\u00f3gicas fazem parte do mist\u00e9rio a ser solucionado.<\/p>\n\n\n\n

\u201cTemos em m\u00e3os um bom conjunto de conhecimentos, ainda em expans\u00e3o, e \u00e9 claro que queremos saber exatamente tudo o que acontece\u201d, diz Kent. \u201cMas, ao mesmo tempo, sabemos que h\u00e1 ainda um longo caminho a percorrer\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Maya Wei-Haas – National Geographic<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

\u00c9 poss\u00edvel que uma altera\u00e7\u00e3o geol\u00f3gica tenha convertido paisagens vi\u00e7osas em zonas \u00e1ridas, extinguindo uma grande variedade de criaturas \u2014 algo que pode acontecer novamente. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":155583,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[61,46,1580,854],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/155582"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=155582"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/155582\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":155584,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/155582\/revisions\/155584"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/155583"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=155582"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=155582"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=155582"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}