{"id":156074,"date":"2019-12-13T13:25:00","date_gmt":"2019-12-13T16:25:00","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=156074"},"modified":"2019-12-12T22:31:47","modified_gmt":"2019-12-13T01:31:47","slug":"especialistas-apontam-liquefacao-estatica-como-causa-da-tragedia-em-brumadinho","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/12\/13\/156074-especialistas-apontam-liquefacao-estatica-como-causa-da-tragedia-em-brumadinho.html","title":{"rendered":"Especialistas apontam ‘liquefa\u00e7\u00e3o est\u00e1tica’ como causa da trag\u00e9dia em Brumadinho"},"content":{"rendered":"\n
\"\"\/
Vista a\u00e9rea da zona da trag\u00e9dia de Brumadinho, Minas Gerais, em 3 de maio de 2019<\/strong><\/em><\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

O rompimento da barragem I da mina do C\u00f3rrego do Feij\u00e3o, em janeiro, que deixou 270 mortos e desaparecidos em Brumadinho (MG), foi causado por ac\u00famulo de \u00e1gua e falta de drenagem, o que provocou um fen\u00f4meno denominado “liquefa\u00e7\u00e3o est\u00e1tica”, segundo relat\u00f3rio de especialistas contratados pela mineradora Vale, propriet\u00e1ria da mina, publicado nesta quinta-feira (12).<\/p>\n\n\n\n

O grupo de especialistas “constatou que o rompimento e o deslizamento de lamas dele resultante decorreram da liquefa\u00e7\u00e3o est\u00e1tica dos rejeitos da barragem”, ou seja, os rejeitos se transformaram em lama pelo ac\u00famulo de \u00e1gua, informa o relat\u00f3rio.<\/p>\n\n\n\n

Em 25 de janeiro, o colapso da barragem liberou milh\u00f5es de toneladas de rejeitos em quest\u00e3o de segundos. A busca de cad\u00e1veres continua at\u00e9 hoje, com um saldo de 257 mortos e 13 desaparecidos.<\/p>\n\n\n\n

Segundo o informe, a barragem tinha “drenagem insuficiente” e acumulou \u00e1gua em plena \u00e9poca de chuvas, o que fez com que se enchesse de rejeitos “fofos” e “pesados”, por seu alto conte\u00fado de ferro. A press\u00e3o gerou ent\u00e3o uma “barragem marginalmente est\u00e1vel”, ou seja “perto do rompimento em condi\u00e7\u00f5es n\u00e3o drenadas”.<\/p>\n\n\n\n

No entanto, o texto aponta que a barragem “n\u00e3o mostrou sinais de instabilidade, como grandes deforma\u00e7\u00f5es que gerassem rachaduras e abaulamentos, antes do rompimento”.<\/p>\n\n\n\n

Embora a an\u00e1lise de dados posterior tenha identificado “pequenas deforma\u00e7\u00f5es nos 12 meses anteriores ao rompimento”, tratavam-se de deforma\u00e7\u00f5es “pequenas e lentas demais para serem detectadas pelo radar de solo e pelos outros dispositivos de monitoramento”, acrescenta.<\/p>\n\n\n\n

O informe n\u00e3o faz refer\u00eancia a resultados de outras investiga\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

A Ag\u00eancia Nacional de Minera\u00e7\u00e3o (ANM) indicou em 5 de novembro que a Vale estava ciente de problemas no sistema de drenagem instalado sete meses antes da trag\u00e9dia. Em 10 de janeiro, duas semanas antes do colapso, dois artefatos que mediam a press\u00e3o l\u00edquida marcaram o n\u00edvel de emerg\u00eancia, de acordo com a ANM.<\/p>\n\n\n\n

Ao menos sete funcion\u00e1rios da Vale, nenhum de alta responsabilidade, e seis trabalhadores da auditora alem\u00e3 TUV SUD s\u00e3o investigados por usarem informa\u00e7\u00f5es falsas para certificar que a barragem de Brumadinho cumpria todos os requerimentos de seguran\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

A ANM publicou seu informe exatamente quatro anos depois do colapso de outra represa que era propriedade da Samarco, uma empresa conjunta da Vale e da anglo-australiana BHP, no munic\u00edpio de Mariana (MG).<\/p>\n\n\n\n

A avalanche de rejeitos matou na ocasi\u00e3o 19 pessoas e percorreu mais de 600 km pelo Rio Doce e seus afluentes at\u00e9 desembocar no oceano Atl\u00e2ntico, na pior cat\u00e1strofe ambiental do Brasil.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: AFP<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

O rompimento da barragem I da mina do C\u00f3rrego do Feij\u00e3o, em janeiro, que deixou 270 mortos e desaparecidos em Brumadinho (MG), foi causado por ac\u00famulo de \u00e1gua e falta de drenagem, o que provocou um fen\u00f4meno denominado “liquefa\u00e7\u00e3o est\u00e1tica”, segundo relat\u00f3rio de especialistas contratados pela mineradora Vale, propriet\u00e1ria da mina, publicado nesta quinta-feira <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":156075,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[2403,4029,331,2191,3721],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/156074"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=156074"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/156074\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":156076,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/156074\/revisions\/156076"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/156075"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=156074"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=156074"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=156074"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}