{"id":156240,"date":"2019-12-27T09:00:00","date_gmt":"2019-12-27T12:00:00","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=156240"},"modified":"2019-12-26T20:09:56","modified_gmt":"2019-12-26T23:09:56","slug":"planta-que-produz-incenso-da-tradicao-biblica-esta-sendo-explorada-excessivamente","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/12\/27\/156240-planta-que-produz-incenso-da-tradicao-biblica-esta-sendo-explorada-excessivamente.html","title":{"rendered":"Planta que produz incenso da tradi\u00e7\u00e3o b\u00edblica est\u00e1 sendo explorada excessivamente"},"content":{"rendered":"\n
\"As
As plantas de ol\u00edbano, encontradas em todo o norte da \u00c1frica e na \u00cdndia, Om\u00e3 e I\u00eamen, est\u00e3o desaparecendo, sobretudo devido \u00e0 explora\u00e7\u00e3o excessiva de sua resina arom\u00e1tica.
FOTO DE\u00a0MICHAEL MELFORD, NAT GEO IMAGE COLLECTION<\/strong> <\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Em uma noite estrelada h\u00e1 muito tempo, conta a hist\u00f3ria, tr\u00eas magos trouxeram presentes para o beb\u00ea Jesus em um est\u00e1bulo. Um dos presentes era ouro, os outros, o incenso ol\u00edbano\u00a0e a mirra. O ol\u00edbano, tamb\u00e9m chamado de franquincenso, assim como a mirra, era bastante apreciado \u2014 acreditava-se que valia seu\u00a0peso em ouro\u00a0\u2014 mas n\u00e3o era dif\u00edcil de encontrar: as \u00e1rvores que produzem a resina perfumada estavam dispersas pelas terras da B\u00edblia e outros locais.<\/p>\n\n\n\n

Dois mil\u00eanios depois, Anjanette DeCarlo e uma equipe de somalianos passaram um dia t\u00f3rrido caminhando para onde acreditavam haver uma mata virgem de \u00e1rvores produtoras do incenso nas montanhas perto de Yubbe, uma cidade na Somalil\u00e2ndia. Contudo, conta DeCarlo, quando chegaram, depois de viajar mais de quatro horas de carro e mais quatro horas a p\u00e9, \u201cficamos chocados\u201d.<\/p>\n\n\n\n

DeCarlo, ecologista e diretora de um projeto chamado Save Frankincense (Salve o Franquincenso), com sede na Somalil\u00e2ndia \u2014 regi\u00e3o aut\u00f4noma a noroeste da Som\u00e1lia que n\u00e3o \u00e9 reconhecida por governos estrangeiros \u2014 n\u00e3o esperava encontrar os troncos inteiros de todas as plantas, de cima a baixo, marcados por cortes.<\/p>\n\n\n\n

\"Quando
Quando as plantas de ol\u00edbano s\u00e3o cortadas, a seiva que escorre endurece e se transforma em uma valiosa resina. Especialistas temem que as plantas de ol\u00edbano estejam sendo cortadas excessivamente e com muita frequ\u00eancia.
FOTO DE\u00a0BILL HATCHER, NAT GEO IMAGE COLLECTION<\/strong> <\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

O ol\u00edbano, amadeirado e de aroma doce, \u00e9 uma das mercadorias comerciais mais antigas, com mais de 5 mil anos. Atualmente, milhares de toneladas s\u00e3o vendidas todos os anos para serem utilizadas por padres cat\u00f3licos como incenso em tur\u00edbulos e por fabricantes de perfumes, medicamentos naturais e \u00f3leos essenciais que podem ser inalados ou aplicados na pele por seus supostos benef\u00edcios \u00e0 sa\u00fade.<\/p>\n\n\n\n

A maior parte do ol\u00edbano prov\u00e9m de cerca de cinco esp\u00e9cies de plantas do g\u00eanero Boswellia<\/em>, encontradas no norte da \u00c1frica e na \u00cdndia, mas tamb\u00e9m em Om\u00e3, I\u00eamen e no oeste da \u00c1frica. As plantas parecem retorcidas e nodosas, como um bonsai do deserto. Para coletar o ol\u00edbano, os extratores fazem incis\u00f5es nos troncos e raspam a seiva que escorre, que endurece e forma a resina do ol\u00edbano.<\/p>\n\n\n\n

Segundo DeCarlo, as plantas devem ser cortadas no m\u00e1ximo 12 vezes por ano para serem mantidas saud\u00e1veis. Mas, naquela floresta montanhosa na Somalil\u00e2ndia, ela contou at\u00e9 120 incis\u00f5es em uma \u00fanica planta. A resina que vaza dos cortes age como uma casquinha de machucado que protege a ferida para que se cicatrize. \u00c9 o mesmo processo do nosso corpo, explica ela. Se cortar uma vez, \u201cn\u00e3o tem problema, certo? Voc\u00ea faz um curativo… Mas se cortar in\u00fameras vezes, ficar\u00e1 muito suscet\u00edvel a infec\u00e7\u00f5es. Seu sistema imunol\u00f3gico vai ficar sobrecarregado na tentativa de salv\u00e1-lo e sua imunidade acabar\u00e1 em colapso. Ela acrescenta: \u201c\u00e9 exatamente o mesmo processo que ocorre com uma planta de ol\u00edbano\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Na \u00faltima d\u00e9cada, o mercado de \u00f3leos essenciais cresceu \u2014 avaliado em\u00a0mais de US$ 7 bilh\u00f5es\u00a0em 2018 e com a expectativa de dobrar de valor at\u00e9 2026 \u2014 pressionando ainda mais as plantas de ol\u00edbano. A aromaterapia era um \u201cnicho de curandeiros\u201d, afirma Tim Valentiner, vice-presidente de compras estrat\u00e9gicas globais da\u00a0doTERRA\u00a0, empresa de \u00f3leos essenciais, mas agora se popularizou. Ele afirma que, no in\u00edcio, a empresa, fundada em 2008, dobrou de tamanho ano ap\u00f3s ano (a doTERRA financia grande parte da pesquisa de DeCarlo sobre a colheita sustent\u00e1vel de ol\u00edbano).<\/p>\n\n\n\n

\"Na
Na B\u00edblia, um dos tr\u00eas magos presenteia ol\u00edbano ao rec\u00e9m-nascido Jesus. Hoje, a resina \u00e9 queimada como incenso em cerim\u00f4nias cat\u00f3licas em todo o mundo.
FOTO DE\u00a0MARTIN HARTLEY, NAT GEO IMAGE COLLECTION<\/strong> <\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

N\u00e3o se sabe ao certo como as \u00e1rvores de\u00a0Boswellia<\/em>\u00a0est\u00e3o se saindo \u2014 \u00e9 dif\u00edcil realizar estudos populacionais em regi\u00f5es remotas e assoladas pela guerra, onde essas esp\u00e9cies costumam crescer. A Uni\u00e3o Internacional para a Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza, que avalia o estado de conserva\u00e7\u00e3o de plantas e animais, avaliou uma das principais esp\u00e9cies de frankincense, a\u00a0Boswellia sacra<\/em>, como\u00a0quase amea\u00e7ada. A avalia\u00e7\u00e3o data de 1998.<\/p>\n\n\n\n

As \u00e1rvores de frankincense n\u00e3o est\u00e3o no escopo da\u00a0Conven\u00e7\u00e3o sobre o Com\u00e9rcio Internacional de Esp\u00e9cies da Flora e da Fauna Selvagens Amea\u00e7adas de Extin\u00e7\u00e3o, o tratado global que regulamenta o com\u00e9rcio internacional de plantas e animais. Contudo\u00a0especialistas argumentam que as esp\u00e9cies de\u00a0Boswellia<\/em>\u00a0atendem aos crit\u00e9rios de prote\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

As leis entre pa\u00edses divergem amplamente. Na Somalil\u00e2ndia, por exemplo, a\u00a0xeer\u00a0<\/em>\u2014 a lei tradicional \u2014 veda a extra\u00e7\u00e3o excessiva de resina das plantas. No Om\u00e3, algumas plantas de frankincense est\u00e3o localizadas em um\u00a0Patrim\u00f4nio Mundial\u00a0da UNESCO e s\u00e3o protegidas por lei. Em outros pa\u00edses, no entanto, pouca ou nenhuma lei trata do frankincense, afirma Bongers.<\/p>\n\n\n\n

Mesmo onde existem leis, explica Valentiner, elas podem n\u00e3o ser o bastante, pois as localiza\u00e7\u00f5es remotas das \u00e1rvores de frankincense impossibilitam a fiscaliza\u00e7\u00e3o. \u201cS\u00e3o os confins da Terra\u201d, diz ele. \u201cS\u00e3o regi\u00f5es extremamente rurais e de acesso dif\u00edcil.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Primeiros sinais de problemas<\/h3>\n\n\n\n

Em um estudo em 2006, Frans Bongers, ecologista da Universidade e Pesquisa de Wageningen, na Holanda, emitiu um alerta inicial. Seu estudo mostrou que, no final da d\u00e9cada de 1990, as plantas da esp\u00e9cie Boswellia papyrifera<\/em> localizadas na Eritreia estavam cada vez mais dif\u00edceis de encontrar. Neste ver\u00e3o, Bongers foi coautor de um novo artigo que prev\u00ea a redu\u00e7\u00e3o de metade das plantas da esp\u00e9cie Boswellia papyrifera<\/em> nas pr\u00f3ximas duas d\u00e9cadas. Essa esp\u00e9cie \u2014 encontrada principalmente na Eti\u00f3pia, Eritreia e Sud\u00e3o \u2014 representa cerca de dois ter\u00e7os da produ\u00e7\u00e3o global de frankincense.<\/p>\n\n\n\n

Sua equipe descobriu que as plantas n\u00e3o est\u00e3o se regenerando: em mais da metade das popula\u00e7\u00f5es avaliadas, n\u00e3o encontraram uma \u00fanica \u00e1rvore jovem sequer. Os culpados s\u00e3o o gado que se alimenta das mudas, os inc\u00eandios descontrolados e a extra\u00e7\u00e3o excessiva \u2014 as plantas recebem cortes em excesso. \u201cH\u00e1 uma taxa de mortalidade muito elevada entre as \u00e1rvores antigas\u201d, afirma ele, o que enfraquece as mais fracas que produzem sementes de qualidade inferior e em menor n\u00famero.<\/p>\n\n\n\n

Embora o estudo se concentre em uma esp\u00e9cie, o artigo alerta que todas as esp\u00e9cies do g\u00eanero Boswellia<\/em> est\u00e3o amea\u00e7adas pela perda de habitat<\/em> e pela explora\u00e7\u00e3o excessiva. A Boswellia<\/em> \u00e9 encontrada quase exclusivamente em regi\u00f5es com clima \u00e1rido e in\u00f3spito, assoladas por conflitos e pela pobreza, e a venda da resina pode ser a \u00fanica fonte de renda para muitas pessoas nesses locais, provocando a extra\u00e7\u00e3o em excesso, afirma Bongers. \u201cA popula\u00e7\u00e3o local quer uma forma de se sustentar. Ao conversar com as pessoas, ningu\u00e9m est\u00e1 ciente do problema porque as \u00e1rvores permanecem no local, e se fazem a extra\u00e7\u00e3o, ganham seu sustento, ent\u00e3o quem se importa? \u00c9 a necessidade imediata de cuidar de sua fam\u00edlia.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Para o morador que tenta ganhar a vida com as plantas de\u00a0 frankincense, o \u201cmaior problema\u201d, de acordo com Ahmed Dhunkaal, extrator da resina e pesquisador na Somalil\u00e2ndia, s\u00e3o os intermedi\u00e1rios que compram a resina e a vendem a grandes empresas. Esses comerciantes costumam explorar os vulner\u00e1veis que extraem a resina. Alegam que est\u00e3o adquirindo o frankincense sob empr\u00e9stimo, mas n\u00e3o pagam, empobrecendo as fam\u00edlias. \u201cAs pessoas est\u00e3o com raiva\u201d, afirma Dhunkaal.O ol\u00edbano \u00e9 utilizado em incensos, medicamentos naturais, perfumes e \u00f3leos essenciais que podem ser inalados ou aplicados na pele por seus supostos benef\u00edcios \u00e0 sa\u00fade.<\/p>\n\n\n\n

Osman Degelleh, ex-diretor geral e atual consultor de desenvolvimento do Minist\u00e9rio do Com\u00e9rcio da Somalil\u00e2ndia, afirma que o governo anterior planejava criar um \u00f3rg\u00e3o dedicado ao gerenciamento de ol\u00edbano e resinas, o que nunca aconteceu. Ele afirma que a solu\u00e7\u00e3o \u00e9 promover pequenos fornecedores de ol\u00edbano que fazem a extra\u00e7\u00e3o sustent\u00e1vel das plantas e ajudam suas comunidades.<\/p>\n\n\n\n

\u201cTemos grandes empresas que s\u00e3o como tubar\u00f5es\u201d, conta Degelleh. A riqueza n\u00e3o \u00e9 distribu\u00edda por igual na cadeia de fornecimento de extratores, intermedi\u00e1rios e vendedores. \u201cO obriga\u00e7\u00e3o do governo \u00e9 tomar uma atitude.\u201d Enquanto as grandes corpora\u00e7\u00f5es est\u00e3o ganhando rios de dinheiro, conta ele, os extratores \u201cest\u00e3o ganhando uma mis\u00e9ria\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Em busca de solu\u00e7\u00f5es<\/h3>\n\n\n\n

Gerben Boersma, presidente da Three Kings Incense, fornecedor holand\u00eas de incenso para igrejas cat\u00f3licas em todo o mundo, afirma que os pre\u00e7os do ol\u00edbano subiram nos \u00faltimos anos, apesar da queda da qualidade da resina. Os fabricantes de produtos \u00e0 base de ol\u00edbano compensam a escassez, misturando \u00f3leos essenciais de alta qualidade e outras subst\u00e2ncias, como s\u00e2ndalo e flores.<\/p>\n\n\n\n

Boersma afirma que a solu\u00e7\u00e3o para a escassez em longo prazo \u00e9 retornar \u00e0s antigas pr\u00e1ticas mais sustent\u00e1veis de extrair ol\u00edbano. \u201cAcredito que a planta demore 25 anos para iniciar a produ\u00e7\u00e3o do incenso ap\u00f3s o plantio. Ent\u00e3o \u00e9 preciso encontrar um louco disposto a esperar todo esse tempo e ter paci\u00eancia para trabalhar dessa maneira, o que est\u00e1 ficando cada vez mais dif\u00edcil.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Bongers ajudou a desenvolver diretrizes de extra\u00e7\u00e3o sustent\u00e1vel, como respeitar o intervalo de um ano para a recupera\u00e7\u00e3o completa da planta ap\u00f3s um curto per\u00edodo de explora\u00e7\u00e3o. Ele tamb\u00e9m recomenda a coloca\u00e7\u00e3o de cercas e clareiras abertas, que atuam como corta-fogo, para proteger as florestas de inc\u00eandios e das vacas que comem as mudas ao pastar. Ele admite que \u00e9 um desafio incentivar pessoas em circunst\u00e2ncias dif\u00edceis a implementar essas medidas. \u201cN\u00e3o sei ao certo se essas diretrizes foram bem estudadas\u201d, afirma ele.<\/p>\n\n\n\n

Como a aplica\u00e7\u00e3o da lei \u00e9 dif\u00edcil nas regi\u00f5es remotas e com escassez de recursos onde o ol\u00edbano cresce, Bongers acredita que a demanda do consumidor por produtos de origem respons\u00e1vel estimular\u00e1 a mudan\u00e7a pelo bem das plantas de ol\u00edbano.<\/p>\n\n\n\n

Algumas empresas \u2014 como a\u00a0do TERRA, que vende 36 produtos com frankincense, e a empresa de cosm\u00e9ticos\u00a0Lush, que vende 16 \u2014 atendem a clientes mais esclarecidos. Elas anunciam ativamente que seu ol\u00edbano\u00a0possui origem \u00e9tica (a\u00a0National Geographic\u00a0<\/strong>n\u00e3o fez uma verifica\u00e7\u00e3o independente das pr\u00e1ticas e das cadeias de fornecimento dessas empresas).<\/p>\n\n\n\n

\u00c9 necess\u00e1rio tanto empenho na produ\u00e7\u00e3o de \u00f3leos essenciais, afirma Kevin Wilson, diretor de rela\u00e7\u00f5es p\u00fablicas da doTERRA, que os consumidores precisam entender que o ol\u00edbano puro e de origem sustent\u00e1vel n\u00e3o \u00e9 barato. \u201cSe um frasco de ol\u00edbano estiver sendo vendido a US$ 9 ou US$ 10 em uma mercearia local, pode ter certeza de que n\u00e3o \u00e9 o produto puro\u201d, afirma ele. Os frascos de 15 mililitros da DoTERRA (um frasco equivalente \u00e0 vig\u00e9sima quarta parte de uma lata de refrigerante de 350 mililitros) s\u00e3o vendidos a cerca de US$ 90.<\/p>\n\n\n\n

Para Gabbi Loedolff, coordenadora do centro africano da equipe de compras da Lush, a sele\u00e7\u00e3o de fornecedores preocupados com a sustentabilidade baseia-se no plantio de novas \u00e1rvores. \u201cEstamos determinados a avan\u00e7ar em dire\u00e7\u00e3o \u00e0 regenera\u00e7\u00e3o e, para tanto, estamos tentando descobrir como \u00e9 poss\u00edvel criar um excedente de ol\u00edbano.\u201d Loedolff afirma que ela e outros representantes da empresa fazem quest\u00e3o de viajar para as matas de onde compram a resina para verificar como \u00e9 feita a colheita e selecionar fornecedores que demonstram compromisso com a sustentabilidade.<\/p>\n\n\n\n

Alguns pesquisadores e extratores, como DeCarlo e Dhunkaal, afirmam que o cultivo comercial de \u00e1rvores de ol\u00edbano seria uma importante contribui\u00e7\u00e3o para n\u00e3o depender exclusivamente das \u00e1rvores na natureza.<\/p>\n\n\n\n

Dhunkaal criou um viveiro de\u00a0Boswellia carterii<\/em>\u00a0em Somalil\u00e2ndia. Com seu pr\u00f3prio dinheiro e doa\u00e7\u00f5es da do TERRA e da Lush, ele construiu uma estufa, coleta estacas das \u00e1rvores na natureza, que planta em seu viveiro, e paga pela rega manual das mudas. \u201cA propaga\u00e7\u00e3o \u00e9 a melhor solu\u00e7\u00e3o\u201d, conta ele. Ele tamb\u00e9m fornece treinamento a extratores de ol\u00edbano para desestimular o corte excessivo das plantas na natureza.<\/p>\n\n\n\n

Se nada mudar, afirma DeCarlo, cabe aos consumidores questionar: estamos dispostos a perder o ol\u00edbano em poucas gera\u00e7\u00f5es? \u201cApreciamos o ol\u00edbano h\u00e1 tanto tempo\u201d, diz ela. \u201cN\u00e3o \u00e9 nosso desejo amarmos essas plantas a ponto de lhes provocar a morte.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Rachel Fobar – National Geographic<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"