{"id":156363,"date":"2020-01-06T01:00:00","date_gmt":"2020-01-06T04:00:00","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=156363"},"modified":"2020-01-05T21:55:44","modified_gmt":"2020-01-06T00:55:44","slug":"a-floresta-mais-antiga-do-mundo-tem-raizes-de-arvores-de-385-milhoes-de-anos","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2020\/01\/06\/156363-a-floresta-mais-antiga-do-mundo-tem-raizes-de-arvores-de-385-milhoes-de-anos.html","title":{"rendered":"A floresta mais antiga do mundo tem ra\u00edzes de \u00e1rvores de 385 milh\u00f5es de anos"},"content":{"rendered":"\n
\"\"\/<\/figure>\n\n\n\n

Um novo estudo da Universidade de Cardiff (Reino Unido) descobriu a floresta mais antiga do mundo: com 385 milh\u00f5es de anos, suas \u00e1rvores podem ser a chave para os cientistas entenderem como os preciosos sistemas de ra\u00edzes modernos surgiram.<\/p>\n\n\n\n

Ra\u00edzes<\/h2>\n\n\n\n

As ra\u00edzes s\u00e3o uma parte vital para a sobreviv\u00eancia da planta, uma vez que maximizam a capacidade fisiol\u00f3gica das \u00e1rvores.<\/p>\n\n\n\n

Segundo o paleobot\u00e2nico Christopher Berry, um dos autores do novo estudo, \u201cum sistema de enraizamento eficiente \u00e9 a chave para uma \u00e1rvore de sucesso\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Mas como as ra\u00edzes modernas evolu\u00edram? E como se pareciam antes?<\/p>\n\n\n\n

A floresta de milh\u00f5es de anos de Cairo, no estado de Nova York, nos EUA, pode ter a resposta.<\/p>\n\n\n\n

O local paleozoico antecede o surgimento de plantas produtoras de sementes, um grupo que inclui quase todas as \u00e1rvores vivas. Tamb\u00e9m abriga os remanescentes de intrincados sistemas de ra\u00edzes que t\u00eam uma estranha semelhan\u00e7a com os que existem hoje em dia.<\/p>\n\n\n\n

An\u00e1lise<\/h2>\n\n\n\n

Uma an\u00e1lise de sistemas de ra\u00edzes fossilizados descobertos na floresta de Cairo parece indicar que as \u00e1rvores encontraram sua estrat\u00e9gia de enraizamento ideal h\u00e1 muito tempo \u2013 e a t\u00eam mantido desde ent\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

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Os f\u00f3sseis exibem ra\u00edzes eram robustas, ramificadas e intrincadas, \u201csurpreendentemente modernas, essencialmente o que voc\u00ea veria no seu quintal agora\u201d, conforme explica o principal autor do estudo, William Stein, paleobot\u00e2nico da Universidade de Binghamton (EUA).<\/p>\n\n\n\n

Tais ra\u00edzes fossilizadas pertenciam ao g\u00eanero Archaeopteris<\/em>, um que provavelmente levou \u00e0 primeira \u201c\u00e1rvore moderna\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Como os carvalhos e bordos de hoje, os Archaeopteris<\/em> de ontem tinham folhas verdes ideais para absorver a luz solar e troncos grossos que ajudavam a planta a crescer. A terceira caracter\u00edstica contempor\u00e2nea de ouro \u00e9 o sistema de ra\u00edzes.<\/p>\n\n\n\n

\u201cMuitos desses recursos sinalizam uma taxa metab\u00f3lica mais alta. E eles aparecem em Archaeopteris<\/em> todos juntos, quase como um milagre\u201d, disse Stein.<\/p>\n\n\n\n

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Bem melhor<\/h2>\n\n\n\n

A presen\u00e7a de uma \u00e1rvore como\u00a0Archaeopteris<\/em>\u00a0em Cairo foi uma surpresa para a equipe.<\/p>\n\n\n\n

A apenas 40 quil\u00f4metros de dist\u00e2ncia, em Gilboa, a segunda floresta mais antiga conhecida \u00e9 preenchida com uma planta do g\u00eanero Eospermatopteris<\/em>, com folhas semelhantes a samambaias modernas, e troncos ocos e esponjosos.<\/p>\n\n\n\n

As Eospermatopteris <\/em>tamb\u00e9m aparecem em Cairo, sugerindo que eram uma planta comum na \u00e9poca. No entanto, suas bases eram cercadas por ra\u00edzes rasas e finas que provavelmente viviam apenas um ano ou dois antes de serem substitu\u00eddas. Ou seja, nada como a robusta rede de apoio das Archaeopteris<\/em>.<\/p>\n\n\n\n

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Raiz de\u00a0Eospermatopteris<\/em> <\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Paisagem terrestre<\/h2>\n\n\n\n

Os pesquisadores n\u00e3o sabem o que levou as Archaeopteris<\/em> a desenvolver esse conjunto de caracter\u00edsticas importantes, mas creem que essa evolu\u00e7\u00e3o iniciou uma mudan\u00e7a dram\u00e1tica no planeta milh\u00f5es de anos atr\u00e1s.<\/p>\n\n\n\n

Coletivamente, florestas como essa devem ter remodelado toda a Terra: seus troncos lenhosos absorviam carbono do ar, antes de morrer e depositar mol\u00e9culas no subsolo para fertilizar nova vida; suas folhas sombreavam o solo, protegendo animais dos raios implac\u00e1veis \u200b\u200bdo sol; e suas ra\u00edzes lutavam contra a terra, alterando sua qu\u00edmica e lan\u00e7ando \u00e1cido carb\u00f4nico em dire\u00e7\u00e3o ao mar.<\/p>\n\n\n\n

Drenada de di\u00f3xido de carbono, a atmosfera provavelmente esfriou muito, ajudando o planeta a entrar em um per\u00edodo prolongado de glacia\u00e7\u00e3o. Nesse momento, outras esp\u00e9cies surgiram e se diversificaram. \u201cA chegada dessas florestas foi a cria\u00e7\u00e3o do mundo moderno\u201d, afirmou Berry.<\/p>\n\n\n\n

Mudan\u00e7a clim\u00e1tica<\/h2>\n\n\n\n

Enquanto a nova pesquisa \u00e9 muito interessante, tamb\u00e9m lan\u00e7a uma perspectiva preocupante na mudan\u00e7a clim\u00e1tica que estamos vivendo hoje.<\/p>\n\n\n\n

Em todo o mundo, as florestas est\u00e3o sendo cortadas, de forma que o oposto do que aconteceu no Devoniano est\u00e1 ocorrendo agora.<\/p>\n\n\n\n

A li\u00e7\u00e3o \u00e9 clara: mudan\u00e7as radicais come\u00e7am e terminam com as \u00e1rvores, e \u00e9 por isso que precisamos salv\u00e1-las.<\/p>\n\n\n\n

Um artigo sobre a pesquisa foi publicado na revista cient\u00edfica\u00a0Current Biology. [SmithsonianMag]<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Hypescience<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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