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\u201cEste ano, vimos a pior seca de todos os tempos\u201d, diz a zambiana Julliette Machona. \u201cNormalmente, os rios secam nesta parte sul da Z\u00e2mbia em julho, mas este ano eles j\u00e1 estavam vazios em maio. A pouca \u00e1gua que nos resta \u00e9 suficiente para as pessoas e o gado. N\u00e3o temos \u00e1gua para cultivar.\u201d<\/p>\n\n\n\n
Machona tem\u00a035 anos e quatro filhos. Quando ela terminou o ensino m\u00e9dio, seus pais n\u00e3o tinham condi\u00e7\u00f5es de envi\u00e1-la para a universidade a um custo de cerca de 2 mil d\u00f3lares por ano, principalmente porque o sal\u00e1rio m\u00ednimo \u00e9 de cerca de 100 d\u00f3lares por m\u00eas.<\/p>\n\n\n\n
Percebendo as dificuldades crescentes de ganhar a vida cultivando tomates e milho em uma regi\u00e3o que j\u00e1 recebe menos chuva do que a m\u00e9dia, ela reuniu um grupo de mulheres chamado Tubeleke, que significa \u201cvamos trabalhar juntas\u201d, para tecer cestas e vassouras.<\/p>\n\n\n\n
O neg\u00f3cio n\u00e3o estava indo muito bem at\u00e9 2015, quando a Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas para a Alimenta\u00e7\u00e3o e a Agricultura (FAO) interveio para apoiar o Departamento Florestal da Z\u00e2mbia atrav\u00e9s do Forest and Farm Facility (FFF), uma parceria entre FAO, Instituto Internacional para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, Uni\u00e3o Internacional para a Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza e a alian\u00e7a AgriCord.<\/p>\n\n\n\n
O FFF \u00e9 uma iniciativa para paisagens resilientes ao clima e meios de subsist\u00eancia aprimorados, com foco no fortalecimento das organiza\u00e7\u00f5es de produtores florestais e agr\u00edcolas.<\/p>\n\n\n\n
\u201cAjudamos o grupo com v\u00e1rios treinamentos para desenvolver sua capacidade em \u00e1reas como desenvolvimento de neg\u00f3cios, boa governan\u00e7a, gerenciamento de recursos e aprimoramento na fabrica\u00e7\u00e3o de cestas\u201d, afirma Vincent Ziba, Facilitador Nacional do FFF.<\/p>\n\n\n\n
\u201cO apoio da parceria \u00e9 complementar \u00e0 implementa\u00e7\u00e3o do REDD+. No caso do grupo de tecelagem de cestas, o v\u00ednculo com REDD+ \u00e9 a abordagem de gerenciamento da paisagem atrav\u00e9s da colheita sustent\u00e1vel de materiais de cestas e envolvendo os produtores no gerenciamento de recursos. Isso levou ao desenvolvimento de uma renda sustent\u00e1vel e diversificada\u201d.<\/p>\n\n\n\n
REDD+ \u00e9 um incentivo desenvolvido no \u00e2mbito da Conven\u00e7\u00e3o-Quadro das Na\u00e7\u00f5es Unidas sobre Mudan\u00e7a do Clima (UNFCCC) para recompensar financeiramente pa\u00edses em desenvolvimento por seus resultados de redu\u00e7\u00e3o de emiss\u00f5es de gases de efeito estufa provenientes do desmatamento e da degrada\u00e7\u00e3o florestal.<\/p>\n\n\n\n
\u201cOlhe para a minha casa de tijolos\u201d, diz Machona. \u201cFoi assim que as coisas mudaram para mim. Al\u00e9m disso, nossa associa\u00e7\u00e3o agora tem 27 fam\u00edlias que se beneficiam com a confec\u00e7\u00e3o de cestas e, como grupo, diversificamos nossa renda tamb\u00e9m atrav\u00e9s de outras atividades\u201d.<\/p>\n\n\n\n
Machona e seu grupo come\u00e7aram a criar coelhos, porcos e ovelhas, uma ideia que veio da FFF e da FAO, que apoiaram viagens \u00e0 Tanz\u00e2nia e Benin, onde Juliette aprendeu sobre a cria\u00e7\u00e3o de animais. Agora ela est\u00e1 produzindo ra\u00e7\u00e3o para o cultivo de soja e de girass\u00f3is, especialmente de esp\u00e9cies que n\u00e3o precisam de muita \u00e1gua.<\/p>\n\n\n\n
Uma cesta leva dois dias para ser feita: um dia para coletar o bambu e um dia para faz\u00ea-la. Elas podem vend\u00ea-la no mercado local por 3 d\u00f3lares. Agora elas tamb\u00e9m est\u00e3o tentando plantar bambu para colher os materiais da cesta de maneira sustent\u00e1vel.<\/p>\n\n\n\n
\u201cPara combater as mudan\u00e7as clim\u00e1ticas, precisamos participar de atividades que n\u00e3o dependem muito de florestas ou chuva, e \u00e9 nisso que estamos trabalhando todos os dias\u201d, diz Machona.<\/p>\n\n\n\n
Fonte: ONU<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
\u201cEste ano, vimos a pior seca de todos os tempos\u201d, diz a zambiana Julliette Machona, de 35 anos. \u201cNormalmente, os rios secam nesta parte sul da Z\u00e2mbia em julho, mas este ano eles j\u00e1 estavam vazios em maio. A pouca \u00e1gua que nos resta \u00e9 suficiente para as pessoas e o gado. N\u00e3o temos \u00e1gua para cultivar.\u201d <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":156372,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[579,545,157,46,1138],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/156371"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=156371"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/156371\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":156373,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/156371\/revisions\/156373"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/156372"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=156371"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=156371"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=156371"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}