{"id":156609,"date":"2020-01-23T13:04:00","date_gmt":"2020-01-23T16:04:00","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=156609"},"modified":"2020-01-22T21:10:54","modified_gmt":"2020-01-23T00:10:54","slug":"apos-desastre-em-brumadinho-seguranca-em-barragens-de-minas-e-reforcada","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2020\/01\/23\/156609-apos-desastre-em-brumadinho-seguranca-em-barragens-de-minas-e-reforcada.html","title":{"rendered":"Ap\u00f3s desastre em Brumadinho, seguran\u00e7a em barragens de minas \u00e9 refor\u00e7ada"},"content":{"rendered":"\n
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Cartaz assinala rota de evacua\u00e7\u00e3o perto da zona onde ocorreu a trag\u00e9dia<\/strong><\/em><\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Um ano depois do rompimento da barragem que deixou 270 mortos em Brumadinho, e quatro anos ap\u00f3s o desastre em Mariana – com 19 mortos – o estado de Minas Gerais refor\u00e7a a sua seguran\u00e7a para n\u00e3o viver trag\u00e9dias como as anteriores.<\/p>\n\n\n\n

Tanto as autoridades de Minas como as da mineradora Vale, \u00e0 frente das barragens de Brumadinho e Mariana – refor\u00e7aram os protocolos de seguran\u00e7a para a extra\u00e7\u00e3o de min\u00e9rio.<\/p>\n\n\n\n

Em 25 de janeiro de 2019, uma volumosa enxurrada de lama sepultou a regi\u00e3o de Brumadinho ap\u00f3s a ruptura da barragem. O desastre lembrou o epis\u00f3dio em Mariana, o maior impacto ambiental da hist\u00f3ria brasileira.<\/p>\n\n\n\n

Atualmente, h\u00e1 obras sendo feitas nas barragens com classifica\u00e7\u00e3o de risco, situadas em Minas Gerais.<\/p>\n\n\n\n

Esse estado do sudeste – que concentra 41 das 61 barragens de rejeitos de montante no pa\u00eds, segundo a Ag\u00eancia Nacional de Minera\u00e7\u00e3o (ANM) – votou no m\u00eas seguinte \u00e0 trag\u00e9dia mais recente a lei “Mar de Lama Nunca Mais”, que restringe as condi\u00e7\u00f5es para obten\u00e7\u00e3o de licen\u00e7as para atividades mineradoras.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9todo de alteamento a montante permite aumentar o n\u00edvel da barragem utilizando os seus pr\u00f3prios rejeitos acumulados.<\/p>\n\n\n\n

A Defesa Civil de Minas Gerais tamb\u00e9m tem colocado em pr\u00e1tica planos de evacua\u00e7\u00e3o de emerg\u00eancia em \u00e1reas pr\u00f3ximas \u00e0s barragens com classifica\u00e7\u00e3o de risco. Para tal, bombeiros, soldados e policiais treinam os moradores.<\/p>\n\n\n\n

“At\u00e9 agora, s\u00f3 fizemos simula\u00e7\u00f5es de emerg\u00eancia em metade das zonas de risco” por falta de tempo, admitiu o tenente coronel Fl\u00e1vio Godinho, coordenador da Defesa Civil no estado.<\/p>\n\n\n\n

“Todos os moradores devem saber exatamente onde devem ir depois de escutar a sirene que avisa sobre a ruptura de uma barragem”, ressaltou. “Esse tipo de preven\u00e7\u00e3o evitar\u00e1 outro desastre”, acrescentou o tenente coronel.<\/p>\n\n\n\n

No caso de Brumadinho, a sirene n\u00e3o tocou quando houve o rompimento na mina do C\u00f3rrego do Feij\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Mas o colapso n\u00e3o foi um imprevisto, na avalia\u00e7\u00e3o do Minist\u00e9rio P\u00fablico de Minas Gerais (MPMG), que denunciou nesta ter\u00e7a-feira (21) por homic\u00eddio doloso o ex-presidente da Vale, Fabio Scvartsman, e outros 15 funcion\u00e1rios e ex-funcion\u00e1rios da empresa e da alem\u00e3 T\u00dcV S\u00dcD, que emitia os certificados de seguran\u00e7a, por terem omitido os sinais de risco.<\/p>\n\n\n\n

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Fl\u00e1vio Godinho, coordenador da Defensa Civil de Minas Gerais<\/strong><\/em><\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

– “Medo da barragem” –<\/p>\n\n\n\n

Mas para que os riscos realmente desapare\u00e7am, as formas de extra\u00e7\u00e3o do min\u00e9rio devem ser repensadas.<\/p>\n\n\n\n

Em outros estados “j\u00e1 existem m\u00e9todos de extra\u00e7\u00e3o chamados ‘secos’, com muitos menos res\u00edduos, ou seja, com menos \u00e1gua carregada de res\u00edduos para armazenas”, explica o tenente coronel.<\/p>\n\n\n\n

O rompimento da barragem foi resultado do ac\u00famulo de \u00e1gua na represa.<\/p>\n\n\n\n

Para n\u00e3o colocar nenhuma vida em risco, as zonas de extra\u00e7\u00e3o devem estar muito distantes das cidades povoadas, conclui o coronel Godinho.<\/p>\n\n\n\n

O povoado de Macacos, tamb\u00e9m em Minas Gerais, est\u00e1 rodeado de v\u00e1rias barragens, uma das quais entrou em alerta de n\u00edvel 3 – o m\u00e1ximo – em 16 de fevereiro de 2019.<\/p>\n\n\n\n

Os moradores, sob tens\u00e3o ap\u00f3s a trag\u00e9dia em Brumadinho ocorrida semanas antes, evacuaram o povoado de imediato. Embora tenha sido um alarme falso, a Vale realocou mais de 300 moradores em hot\u00e9is.<\/p>\n\n\n\n

Eles ainda est\u00e3o ali, como Sebastiana Gon\u00e7alves Leal, ex-moradora de Macacos.<\/p>\n\n\n\n

“N\u00e3o sabemos se algum dia poderemos voltar a nossa casa ou se a Vale nos compensar\u00e1 para que possamos comprar outra”, relata Leal.<\/p>\n\n\n\n

O povoado vive em c\u00e2mera lenta. “O medo relacionado \u00e0 barragem assolou Macacos; n\u00e3o existe mais movimenta\u00e7\u00e3o aqui”, acrescenta a moradora.<\/p>\n\n\n\n

Na \u00e1rea que at\u00e9 o ano passado era considerada tur\u00edstica, quase todos os restaurantes e caf\u00e9s est\u00e3o com as portas fechadas.<\/p>\n\n\n\n

– “Rota de evacua\u00e7\u00e3o” –<\/p>\n\n\n\n

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Hellen Jesus de Souza diante de sua loja em Macacos<\/strong> <\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

“A Vale est\u00e1 com planos, propostas de revitaliza\u00e7\u00e3o da cidade, mas os turistas t\u00eam medo de chegar aqui e a barragem romper”, conta Hellen Jesus de Souza, que perdeu o seu trabalho no Judith Bistr\u00f4, que fechou por causa da falta de clientes.<\/p>\n\n\n\n

Os moradores de Macacos parecem confiar nas obras em andamento e no plano de evacua\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Em muitas ruas, h\u00e1 placas onde se l\u00ea “rota de evacua\u00e7\u00e3o”, instaladas nas paredes pela Defesa Civil do estado, apontando o caminho a ser seguido em caso de emerg\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

Para evitar essa situa\u00e7\u00e3o, as obras financiadas pela Vale continuam. Com intuito de conter a lama caso a barragem se rompa, a constru\u00e7\u00e3o de um muro de conten\u00e7\u00e3o com pedras de 30 metros de altura deve ser finalizada em dezembro deste ano, informou a Vale.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: AFP<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Um ano depois do rompimento da barragem que deixou 270 mortos em Brumadinho, e quatro anos ap\u00f3s o desastre em Mariana – com 19 mortos – o estado de Minas Gerais refor\u00e7a a sua seguran\u00e7a para n\u00e3o viver trag\u00e9dias como as anteriores. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":156610,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[240,4029,875,3721],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/156609"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=156609"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/156609\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":156611,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/156609\/revisions\/156611"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/156610"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=156609"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=156609"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=156609"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}