{"id":156740,"date":"2020-01-26T21:00:07","date_gmt":"2020-01-27T00:00:07","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=156740"},"modified":"2020-01-26T21:00:09","modified_gmt":"2020-01-27T00:00:09","slug":"quatro-riscos-ambientais-que-podem-comprometer-o-turismo-e-a-economia-do-brasil","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/divulgacao\/2020\/01\/26\/156740-quatro-riscos-ambientais-que-podem-comprometer-o-turismo-e-a-economia-do-brasil.html","title":{"rendered":"Quatro riscos ambientais que podem comprometer o turismo e a economia do Brasil"},"content":{"rendered":"\n

Rico em biodiversidade e paisagens naturais, o Brasil \u00e9 o Pa\u00eds n\u00famero um em atrativos naturais na Am\u00e9rica Latina e segundo no mundo, segundo o ranking de 2019 do Relat\u00f3rio de Competitividade em Viagens e Turismo do F\u00f3rum Econ\u00f4mico Mundial. O segmento tur\u00edstico foi respons\u00e1vel por movimentar cerca de 8,1% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, totalizando US$ 152,5 bilh\u00f5es, conforme estudo do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC, em ingl\u00eas). A pesquisa tamb\u00e9m aponta que o setor empregou 6,9 milh\u00f5es de pessoas, correspondendo a 7,5% do total de postos de trabalho criados no Brasil.<\/p>\n\n\n\n

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Entretanto, eventos que colocam a natureza em risco \u2013 muitos provocados pela interven\u00e7\u00e3o humana \u2013 podem prejudicar as atividades tur\u00edsticas e a gera\u00e7\u00e3o de renda no Pa\u00eds. \u201cH\u00e1 uma clara rela\u00e7\u00e3o entre a prote\u00e7\u00e3o da natureza e o desenvolvimento econ\u00f4mico, n\u00e3o s\u00f3 no Brasil, mas em todo o mundo. Temos de aproveitar os produtos que a natureza oferece como atrativos tur\u00edsticos e tamb\u00e9m desenvolver estrat\u00e9gias para frear problemas ambientais existentes que podem colocar em risco essa oportunidade. Para isso, \u00e9 preciso envolver atores de diferentes setores da sociedade, como empreendedores do turismo, \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, pesquisadores, institui\u00e7\u00f5es privadas e sociedade civil\u201d, afirma a coordenadora de \u00c1reas Protegidas da Funda\u00e7\u00e3o Grupo Botic\u00e1rio de Prote\u00e7\u00e3o \u00e0 Natureza, Marion Silva.<\/p>\n\n\n\n

Confira quatro riscos ambientais que podem comprometer o turismo e a economia no Brasil:<\/p>\n\n\n\n

1) Derramamento de \u00f3leo<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Entre os desastres ambientais mais recentes no Brasil est\u00e1 o vazamento de petr\u00f3leo no Oceano Atl\u00e2ntico, que chegou \u00e0 costa em agosto e continua afetando praias do Nordeste. Pesquisadores identificaram que, em alguns casos, haver\u00e1 um dano permanente para o ecossistema marinho, para a economia local e para a sa\u00fade humana, considerando que parte do \u00f3leo levar\u00e1 d\u00e9cadas para reduzir sua contamina\u00e7\u00e3o qu\u00edmica. Segundo um estudo do Minist\u00e9rio do Turismo, as atividades relacionadas ao turismo da regi\u00e3o movimentam cerca de R$ 45 milh\u00f5es por ano, baseadas principalmente nas praias e nas paisagens naturais. Os impactos tamb\u00e9m afetam a pesca e a culin\u00e1ria, j\u00e1 que a absor\u00e7\u00e3o de \u00f3leo por esp\u00e9cies marinhas resulta em uma cadeia alimentar contaminada.<\/p>\n\n\n\n

2) <\/strong>Queimadas<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Em 2019, foi registrado o maior n\u00famero de focos de queimadas em territ\u00f3rio brasileiro dos \u00faltimos sete anos, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Mais de 100 mil focos de inc\u00eandio foram registrados em todo o Pa\u00eds, sendo 20 mil apenas no Mato Grosso, especialmente em terras amaz\u00f4nicas. De acordo o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amaz\u00f4nia (Ipam), as perdas econ\u00f4micas no bioma derivadas do uso do fogo variam entre US$ 12 milh\u00f5es e US$ 97 milh\u00f5es por ano, devido \u00e0 libera\u00e7\u00e3o de toneladas de carbono, perda da biodiversidade, desequil\u00edbrio ecossist\u00eamico, altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas, eros\u00e3o do solo e danos ocasionados pela exporta\u00e7\u00e3o de fuma\u00e7a para outras regi\u00f5es. E o problema n\u00e3o fica restrito \u00e0 Amaz\u00f4nia. Outros biomas, como Mata Atl\u00e2ntica, Pampa, Cerrado e Pantanal, tamb\u00e9m tiveram aumento do n\u00famero de focos de inc\u00eandio ao longo do ano.<\/p>\n\n\n\n

3) Turismo predat\u00f3rio<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Oposto ao turismo sustent\u00e1vel, o turismo predat\u00f3rio \u00e9 uma modalidade em que a visita\u00e7\u00e3o gera impactos ambientais, culturais e sociais negativos aos destinos tur\u00edsticos. Esse tipo de pr\u00e1tica impacta diretamente no desenvolvimento econ\u00f4mico da regi\u00e3o. Por um lado, o turismo predat\u00f3rio est\u00e1 associado a turistas que n\u00e3o seguem regras, contribuindo com o esgotamento de recursos naturais, desequil\u00edbrio social e econ\u00f4mico, al\u00e9m da descaracteriza\u00e7\u00e3o cultural. Por outro lado, locais tur\u00edsticos devem ser preparados com infraestrutura adequada para receber visitantes e blindar o patrim\u00f4nio local, equilibrando a gera\u00e7\u00e3o de renda e a qualidade de vida. Os danos a patrim\u00f4nios hist\u00f3ricos e culturais, recursos naturais e de urbanismo podem ser irrevers\u00edveis e os custos com a repara\u00e7\u00e3o dos mesmos podem ser mais caros que a constru\u00e7\u00e3o de infraestrutura para receber os visitantes. O preju\u00edzo econ\u00f4mico torna-se ainda maior caso a regi\u00e3o crie uma reputa\u00e7\u00e3o ruim pela falta de gest\u00e3o tur\u00edstica, refletindo no decl\u00ednio de visitantes e da gera\u00e7\u00e3o de renda.<\/p>\n\n\n\n

4) <\/strong>Desmatamento<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Assim como as queimadas, o desmatamento tamb\u00e9m gera grande impacto econ\u00f4mico, social e ambiental, atuando na perda da biodiversidade, na degrada\u00e7\u00e3o do habitat e no agravamento da crise clim\u00e1tica global. A eros\u00e3o provocada pelo manejo incorreto do solo foi respons\u00e1vel pela perda de produtividade em 23% da superf\u00edcie terrestre, o que representa perda de cerca de 10% do Produto Interno Bruto global anual. Os dados s\u00e3o do relat\u00f3rio da Plataforma Intergovernamental de Pol\u00edticas Cient\u00edficas sobre Biodiversidade e Servi\u00e7os de Ecossistema (IPBES), da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU).<\/p>\n\n\n\n

Sobre a Funda\u00e7\u00e3o Grupo Botic\u00e1rio<\/strong><\/p>\n\n\n\n

A Funda\u00e7\u00e3o Grupo Botic\u00e1rio \u00e9 fruto da inspira\u00e7\u00e3o de Miguel Krigsner, fundador de O Botic\u00e1rio e atual presidente do Conselho de Administra\u00e7\u00e3o do Grupo Botic\u00e1rio. A institui\u00e7\u00e3o foi criada em 1990, dois anos antes da Rio-92 ou C\u00fapula da Terra, evento que foi um marco para a conserva\u00e7\u00e3o ambiental mundial. A Funda\u00e7\u00e3o Grupo Botic\u00e1rio apoia a\u00e7\u00f5es de conserva\u00e7\u00e3o da natureza em todo o Brasil, totalizando mais de 1.500 iniciativas apoiadas financeiramente. Protege 11 mil hectares de Mata Atl\u00e2ntica e Cerrado, por meio da cria\u00e7\u00e3o e manuten\u00e7\u00e3o de duas reservas naturais. Atua para que a conserva\u00e7\u00e3o da biodiversidade seja priorizada nos neg\u00f3cios e nas pol\u00edticas p\u00fablicas, al\u00e9m de contribuir para que a natureza sirva de inspira\u00e7\u00e3o ou seja parte da solu\u00e7\u00e3o para diversos problemas da sociedade. A institui\u00e7\u00e3o defende que o patrim\u00f4nio natural bem conservado \u00e9 a base para o desenvolvimento econ\u00f4mico e bem-estar social. Tamb\u00e9m promove a\u00e7\u00f5es de engajamento e sensibiliza\u00e7\u00e3o, que aproximam a natureza do cotidiano das pessoas.
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\u00c1reas naturais possuem grande relev\u00e2ncia nas atividades tur\u00edsticas brasileiras, contribuindo diretamente com a gera\u00e7\u00e3o de renda e empregos em todo o Pa\u00eds <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":8,"featured_media":156741,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[147],"tags":[27,2453,884],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/156740"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/8"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=156740"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/156740\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":156743,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/156740\/revisions\/156743"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/156741"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=156740"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=156740"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=156740"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}