{"id":157237,"date":"2020-02-26T09:00:00","date_gmt":"2020-02-26T12:00:00","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=157237"},"modified":"2020-02-25T21:13:10","modified_gmt":"2020-02-26T00:13:10","slug":"os-novos-animais-simbolo-da-ameaca-de-extincao-segundo-cientistas","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2020\/02\/26\/157237-os-novos-animais-simbolo-da-ameaca-de-extincao-segundo-cientistas.html","title":{"rendered":"Os novos animais-s\u00edmbolo da amea\u00e7a de extin\u00e7\u00e3o, segundo cientistas"},"content":{"rendered":"\n
\"O
O macaco-dourado de nariz arrebitado (\u00e0 esquerda) e a cabra gnu, ou Takin (\u00e0 direita), est\u00e3o na lista<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

J\u00e1 ouviu falar da cabra gnu, do macaco de orelhas vermelhas ou do monstro de Gila?<\/p>\n\n\n\n

Eles podem ser os futuros \u00edcones da\u00a0conserva\u00e7\u00e3o ambiental, de acordo com um estudo.<\/p>\n\n\n\n

Os cientistas acreditam que estes\u00a0animais\u00a0pouco conhecidos s\u00e3o fundamentais para arrecadar dinheiro para proteger ecossistemas vulner\u00e1veis.<\/p>\n\n\n\n

As imagens de tigres e elefantes, que t\u00eam grande apelo junto ao p\u00fablico, s\u00e3o frequentemente selecionadas para campanhas de arrecada\u00e7\u00e3o de fundos.<\/p>\n\n\n\n

Mas essa abordagem tem sido criticada por negligenciar muitas outras esp\u00e9cies que precisam da nossa ajuda.<\/p>\n\n\n\n

“\u00c9 hora de colocarmos alguma ci\u00eancia por tr\u00e1s das esp\u00e9cies que usamos para comercializar e arrecadar fundos para conserva\u00e7\u00e3o \u2014 em vez de limitar nossa abordagem em torno do que \u00e9 popular ou visto como ‘fofo’ pelo p\u00fablico”, argumenta Hugh Possingham, cientista chefe da ONG The Nature Conservancy.<\/p>\n\n\n\n

\"Filhote
O urso andino, fotografado em um zool\u00f3gico na Alemanha, \u00e9 o \u00fanico urso nativo da Am\u00e9rica do Sul<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Para testar se uma abordagem mais cient\u00edfica poderia trazer benef\u00edcios mais abrangentes para ecossistemas vulner\u00e1veis, os pesquisadores compilaram dados sobre \u00e1reas protegidas, impacto humano e variedade de esp\u00e9cies.<\/p>\n\n\n\n

Eles identificaram lugares priorit\u00e1rios para conserva\u00e7\u00e3o no mundo e “esp\u00e9cies emblem\u00e1ticas” que seriam adequadas para angariar fundos para eles.<\/p>\n\n\n\n

“N\u00e3o podemos nos dar ao luxo de desperdi\u00e7ar um \u00fanico d\u00f3lar em conserva\u00e7\u00e3o”, diz Jennifer McGowan, da Universidade Macquarie, na Austr\u00e1lia.<\/p>\n\n\n\n

“Dada a situa\u00e7\u00e3o da crise da biodiversidade, precisamos ser estrat\u00e9gicos, eficazes e eficientes no trabalho de conserva\u00e7\u00e3o que fazemos.”<\/p>\n\n\n\n

As “esp\u00e9cies emblem\u00e1ticas” s\u00e3o uma boa maneira de “tocar cora\u00e7\u00f5es e mentes”, acrescenta ela, citando imagens dos recentes inc\u00eandios na Austr\u00e1lia que mostram coalas feridos.<\/p>\n\n\n\n

“Milh\u00f5es de d\u00f3lares foram arrecadados \u2014 porque ningu\u00e9m \u00e9 capaz de olhar para essas fotos e n\u00e3o ficar com o cora\u00e7\u00e3o partido”.<\/p>\n\n\n\n

\"Serpent\u00e1rio
Serpent\u00e1rio desfila em meio ao capim alto do deserto de Kalahari, na \u00c1frica<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

O estudo, publicado na revista cient\u00edfica Nature Communications, compilou uma lista de centenas de mam\u00edferos, aves e r\u00e9pteis que podem atuar como novas “esp\u00e9cies emblem\u00e1ticas”. Eles s\u00e3o carism\u00e1ticos por si s\u00f3, mas muitas vezes s\u00e3o deixados de lado em prol de alternativas mais ic\u00f4nicas.<\/p>\n\n\n\n

Entre os animais da lista, est\u00e3o:<\/p>\n\n\n\n

– O urso-de-\u00f3culos, tamb\u00e9m conhecido como urso-andino, que habita as florestas montanhosas dos Andes, na Am\u00e9rica do Sul;<\/p>\n\n\n\n

– A fossa, felino carn\u00edvoro encontrado em Madagascar;<\/p>\n\n\n\n

– O calau-rinoceronte, p\u00e1ssaro do sudeste asi\u00e1tico;<\/p>\n\n\n\n

– O secret\u00e1rio, ou serpent\u00e1rio, ave que vive nas savanas da \u00c1frica Oriental;<\/p>\n\n\n\n

– O monstro de Gila, encontrado nos desertos do M\u00e9xico e dos EUA.<\/p>\n\n\n\n

\"Monstro
Monstro de Gila fotografado no sul do Arizona, nos EUA<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

O ano de 2020 \u00e9 considerado cr\u00edtico para a natureza e vai culminar com um encontro em Kunming, na China, em outubro, para definir uma nova estrutura global para a biodiversidade.<\/p>\n\n\n\n

Nesta semana, representantes dos pa\u00edses da Conven\u00e7\u00e3o sobre a Diversidade Biol\u00f3gica (CDB) fazem sua primeira reuni\u00e3o em Roma, na It\u00e1lia, para elaborar o tratado internacional, no estilo do “Acordo de Paris”, que deve ser assinado em outubro.<\/p>\n\n\n\n

No ano passado, um painel intergovernamental de cientistas afirmou que um milh\u00e3o de esp\u00e9cies animais e vegetais est\u00e3o amea\u00e7adas de extin\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Estimativas recentes sugerem que o or\u00e7amento anual necess\u00e1rio para atender \u00e0s metas globais de biodiversidade \u00e9 de pelo menos US$ 100 bilh\u00f5es por ano.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"