{"id":157259,"date":"2020-02-27T01:46:00","date_gmt":"2020-02-27T04:46:00","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=157259"},"modified":"2020-02-26T20:52:48","modified_gmt":"2020-02-26T23:52:48","slug":"triturados-vivos-o-terrivel-destino-de-pintinhos-machos-na-industria","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2020\/02\/27\/157259-triturados-vivos-o-terrivel-destino-de-pintinhos-machos-na-industria.html","title":{"rendered":"Triturados vivos: o terr\u00edvel destino de pintinhos machos na ind\u00fastria"},"content":{"rendered":"\n
\"Pintinho\"\/<\/figure>\n\n\n\n

Quando um pintinho sai do ovo, tem cora\u00e7\u00e3o, sistema nervoso, pulm\u00f5es. Logo depois do nascimento j\u00e1 \u00e9 capaz de comer sozinho e sair andando atr\u00e1s da m\u00e3e.<\/p>\n\n\n\n

No entanto, se ele for um pintinho macho da linhagem de avicultura de postura, ou seja, o tipo de ave usado na ind\u00fastria para botar ovos e n\u00e3o para ser vendida por sua carne, provavelmente ser\u00e1 jogado numa esp\u00e9cie de triturador assim que nascer e seu sexo for identificado.<\/p>\n\n\n\n

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu\u00e1ria (Embrapa) diz que no Brasil esse \u00e9 o destino de em torno de 6-7 milh\u00f5es de pintinhos por m\u00eas, considerando que aproximadamente 50-52% dos ovos f\u00e9rteis incubados dar\u00e3o origem a pintos machos.<\/p>\n\n\n\n

Na cria\u00e7\u00e3o comercial de aves poedeiras, os machos, que n\u00e3o botam ovos, n\u00e3o servem. A ind\u00fastria cria dois tipos de animais: de postura, que botam ovos, e a de frangos de corte, criados para serem mortos e comidos.<\/p>\n\n\n\n

Os machos da linhagem de postura n\u00e3o botam ovos e ao mesmo tempo s\u00e3o considerados inadequados para corte porque demoram mais a ganhar peso e n\u00e3o ficam do tamanho de um frango do tipo usado para abate.<\/p>\n\n\n\n

A morte e o descarte de pintos machos logo ap\u00f3s o nascimento \u00e9 pr\u00e1tica comum na produ\u00e7\u00e3o de alimentos em todo o mundo. No Brasil, n\u00e3o h\u00e1 um m\u00e9todo estabelecido e obrigat\u00f3rio por normas do Minist\u00e9rio da Agricultura. No entanto, a macera\u00e7\u00e3o mec\u00e2nica, esp\u00e9cie de tritura\u00e7\u00e3o, \u00e9 o mais adotado em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Tamb\u00e9m se usa o m\u00e9todo de asfixia por g\u00e1s, mas esse \u00e9 menos comum, dizem especialistas. Mesmo empresas que vendem ovos de galinhas criadas livres e t\u00eam perfil de maior preocupa\u00e7\u00e3o com bem-estar animal compram animais de incubat\u00f3rios onde o descarte dos machos \u00e9 praxe.<\/p>\n\n\n\n

O assunto \u00e9 tabu na ind\u00fastria porque ainda n\u00e3o h\u00e1 solu\u00e7\u00e3o que possa ser adotada em grande escala. A Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Prote\u00edna Animal (ABPA), que representa a avicultura e a suinocultura do Brasil, respondeu perguntas enviadas por e-mail, mas negou pedido de entrevista.<\/p>\n\n\n\n

A veterin\u00e1ria Vania Plaza Nunes, diretora do F\u00f3rum Nacional de Defesa e Prote\u00e7\u00e3o Animal, considera o assunto uma quest\u00e3o \u00e9tica urgente. “Voc\u00ea est\u00e1 condenando um animal \u00e0 morte porque nasceu do sexo errado”, diz a veterin\u00e1ria. Al\u00e9m disso, diz, deve-se levar em conta o bem-estar do animal.<\/p>\n\n\n\n

A ABPA, por sua vez, diz que o m\u00e9todo \u00e9 adotado em v\u00e1rios pa\u00edses e considerado “humano” e que “defende o debate racional e a apresenta\u00e7\u00e3o de alternativas que permitam a preserva\u00e7\u00e3o do status sanit\u00e1rio e a viabilidade econ\u00f4mica, que evitem impactos financeiros significativos ao pre\u00e7o para o consumidor”.<\/p>\n\n\n\n

“Vale lembrar que o ovo \u00e9 uma prote\u00edna acess\u00edvel, estrat\u00e9gica para a garantia de seguran\u00e7a alimentar para a popula\u00e7\u00e3o”, escreveu a associa\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Um posicionamento do Diretor do Departamento de Sa\u00fade Animal do Minist\u00e9rio da Agricultura, Geraldo Marcos de Moraes, escrito em agosto de 2019 e obtido pela BBC News Brasil via Lei de Acesso \u00e0 Informa\u00e7\u00e3o, sugere um desejo de redu\u00e7\u00e3o dessa pr\u00e1tica, mas descreve obst\u00e1culos.<\/p>\n\n\n\n

“Para a ado\u00e7\u00e3o das boas pr\u00e1ticas na avicultura, incluindo a redu\u00e7\u00e3o do descarte de pintos de um dia, \u00e9 necess\u00e1rio mudan\u00e7a de cultura e conscientiza\u00e7\u00e3o dos produtores (…) A redu\u00e7\u00e3o do descarte de pintos de um dia \u00e9 um processo longo e gradual, que depende de v\u00e1rios fatores e envolve diversas institui\u00e7\u00f5es al\u00e9m do Minist\u00e9rio da Agricultura, como institui\u00e7\u00f5es de pesquisa, \u00f3rg\u00e3os estaduais de fomento e extens\u00e3o agr\u00edcola etc.”, escreveu o diretor.<\/p>\n\n\n\n

\"Frangos\"\/
O frango que comemos \u00e9 de uma linhagem diferente da dos pintinhos que s\u00e3o mortos ao nascer<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

‘Esp\u00e9cie de liquidificador’<\/h2>\n\n\n\n

Quando os filhotes saem dos ovos, uma pessoa treinada na t\u00e9cnica de sexagem, ou seja, a identifica\u00e7\u00e3o do sexo da ave, separa machos e f\u00eameas. Os machos s\u00e3o descartados em seguida.<\/p>\n\n\n\n

“Eles s\u00e3o jogados numa esp\u00e9cie de liquidificador”, diz a veterin\u00e1ria Vania Nunes. \u00c9 o processo chamado na ind\u00fastria de “macera\u00e7\u00e3o”.<\/p>\n\n\n\n

Segundo o guia brasileiro de boas pr\u00e1ticas para eutan\u00e1sia em animais, do Conselho Federal de Medicina Veterin\u00e1ria, \u00e9 o “m\u00e9todo empregado com o uso de equipamento apropriado em que a velocidade das l\u00e2minas produz imediata destrui\u00e7\u00e3o por lacera\u00e7\u00e3o dos tecidos e induz rapidamente a morte de um grupo de pequenos animais”.<\/p>\n\n\n\n

“A macera\u00e7\u00e3o pode ser considerada equivalente ao deslocamento cervical ou ao trauma sobre a cabe\u00e7a. Suas vantagens s\u00e3o a morte instant\u00e2nea e a possibilidade de ser aplicada a um grande n\u00famero de animais”, diz o texto.<\/p>\n\n\n\n

Depois, o que sobra \u2014 uma esp\u00e9cie de massa \u2014 \u00e9 descartado, segundo o Minist\u00e9rio da Agricultura, e usado em compostagem ou depositado em aterros sanit\u00e1rios, dependendo da legisla\u00e7\u00e3o ambiental de cada Estado.<\/p>\n\n\n\n

Segundo a Embrapa, o material oriundo do descarte de pintos de um dia, cascas de ovos, ovos inf\u00e9rteis e n\u00e3o eclodidos pode servir, depois de tratado, de composto fertilizante para utiliza\u00e7\u00e3o em lavouras, \u00e1reas de hortifr\u00fati ou para alimenta\u00e7\u00e3o de peixes.<\/p>\n\n\n\n

\"Pintinho\"\/
Segundo a Embrapa, no Brasil em torno de 6-7 milh\u00f5es de pintinhos por m\u00eas s\u00e3o descartados no Brasil<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

‘Seres sencientes’<\/h2>\n\n\n\n

Uma resolu\u00e7\u00e3o do Conselho Federal de Medicina Veterin\u00e1ria diz que os animais a serem mortos “s\u00e3o seres sencientes”, portanto, capazes de sentir ou ter sensa\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

A veterin\u00e1ria Vania Nunes diz que os pintinhos sofrem de v\u00e1rias maneiras durante esse processo. “Ele vai sentir dor f\u00edsica porque o sistema nervoso central j\u00e1 est\u00e1 formado”, diz ela.<\/p>\n\n\n\n

A veterin\u00e1ria acrescenta que o pintinho \u00e9 capaz de perceber o que acontece no seu entorno e por isso sofre psicologicamente tamb\u00e9m. “Ele tem capacidade de percep\u00e7\u00e3o sensorial desenvolvida quando sai de dentro do ovo. Ele \u00e9 capaz de entender o ambiente onde ele est\u00e1”, diz ela.<\/p>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, diz, ela, “aquele indiv\u00edduo j\u00e1 \u00e9 um vencedor porque se ele nasceu direitinho, inteiro, do ponto de vista biol\u00f3gico, j\u00e1 \u00e9 uma vit\u00f3ria. Voc\u00ea est\u00e1 condenando um animal \u00e0 morte porque nasceu do sexo errado”.<\/p>\n\n\n\n

Fabiana Ferreira, professora de zootecnia do campus de Montes Claros da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), diz que, se a m\u00e1quina estiver bem ajustada e trabalhando na capacidade correta, o processo \u00e9 r\u00e1pido e n\u00e3o gera erros.<\/p>\n\n\n\n

“O grande problema \u00e9 quando a manuten\u00e7\u00e3o n\u00e3o est\u00e1 boa ou se sobrecarrega a m\u00e1quina. Nesses casos, pode ser que algum animal passe sem ser macerado de forma imediata e demore alguns segundos para morrer”, diz a especialista. Segundo ela, a fiscaliza\u00e7\u00e3o dos estabelecimentos regularizados \u00e9 eficaz.<\/p>\n\n\n\n

No entanto, continua, “por mais \u00e9ticos que tentamos ser, ainda \u00e9 um processo que poderia ter alternativas, como a identifica\u00e7\u00e3o do sexo enquanto ele ainda est\u00e1 no ovo em fase de desenvolvimento embrion\u00e1rio, a n\u00e3o realiza\u00e7\u00e3o da elimina\u00e7\u00e3o do animal (destinando esse \u00e0 cria\u00e7\u00e3o alternativa de aves). Toda vida que vem ao mundo tem que ter qualidade, mesmo que por um dia”, acrescenta.<\/p>\n\n\n\n

Segundo a zoot\u00e9cnica, uma alternativa mais humanit\u00e1ria seria a morte do animal por deslocamento cervical, “que \u00e9 um m\u00e9todo de eutan\u00e1sia ainda aceito quando ave tem pouco peso, como o caso dos pintinhos”, mas esse m\u00e9todo \u00e9 mais trabalhoso por causa do grande n\u00famero de animais a serem submetidos a ele, um por um.<\/p>\n\n\n\n

A Embrapa considera a pr\u00e1tica “admiss\u00edvel”. Citando norma do Conselho de Veterin\u00e1ria, diz que os m\u00e9todos aplicados devem assumir “princ\u00edpios b\u00e1sicos norteadores dos m\u00e9todos de eutan\u00e1sia: elevado grau de respeito e aus\u00eancia ou redu\u00e7\u00e3o m\u00e1xima de desconforto e dor nos animais; busca da inconsci\u00eancia imediata seguida de morte; aus\u00eancia ou redu\u00e7\u00e3o m\u00e1xima do medo e da ansiedade; seguran\u00e7a e irreversibilidade”. Segundo a organiza\u00e7\u00e3o, a macera\u00e7\u00e3o se encaixa na categoria.<\/p>\n\n\n\n

O Minist\u00e9rio da Agricultura diz que o m\u00e9todo “\u00e9 considerado pela Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade Animal como adequado, do ponto de vista do bem estar animal (…) e tem como uma de suas vantagens a morte imediata dos animais. (…) Esse m\u00e9todo tamb\u00e9m est\u00e1 previsto no Guia Brasileiro de Boas Pr\u00e1ticas para a Eutan\u00e1sia de Animais, do Conselho Federal de Medicina Veterin\u00e1ria”, diz a pasta, em resposta enviada por e-mail \u00e0 BBC News Brasil.<\/p>\n\n\n\n

No posicionamento obtido via Lei de Acesso \u00e0 Informa\u00e7\u00e3o pela BBC, o diretor do Departamento de Sa\u00fade Animal do Minist\u00e9rio da Agricultura, Geraldo Marcos de Moraes diz que a proibi\u00e7\u00e3o do descarte desses animais geraria “outro problema grave, decorrente da falta de destina\u00e7\u00e3o a esses animais, incluindo, por exemplo, abandono, alimenta\u00e7\u00e3o inadequada e consequente problemas sanit\u00e1rios”, escreve ele.<\/p>\n\n\n\n

“Atribuir ao produtor o \u00f4nus de manter estes animais sem que haja mercado para os mesmos tamb\u00e9m geraria problemas, uma vez que o custo da produ\u00e7\u00e3o aumentaria significativamente, tornando a atividade invi\u00e1vel e resultando no abandono da produ\u00e7\u00e3o.”<\/p>\n\n\n\n

Busca por alternativas<\/h2>\n\n\n\n

Alguns pa\u00edses est\u00e3o tentando mudar essa pr\u00e1tica; no Brasil h\u00e1 menos sinais de esfor\u00e7os nesse sentido.<\/p>\n\n\n\n

A Fran\u00e7a prometeu proibir a pr\u00e1tica de abater filhotes machos indesejados at\u00e9 o final de 2021, como parte das reformas do bem-estar animal, mas as alternativas ainda est\u00e3o em discuss\u00e3o. Na Alemanha, um tribunal decidiu que a pr\u00e1tica pode continuar temporariamente at\u00e9 que uma alternativa seja encontrada. No ano passado, a Su\u00ed\u00e7a proibiu a macera\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Equipes de pesquisa na Alemanha e na Holanda desenvolveram uma tecnologia que permite identificar o sexo de um pintinho nas primeiras fases da incuba\u00e7\u00e3o, que dura 21 dias. Assim, machos podem ser descartados antes da eclos\u00e3o. Uma empresa alem\u00e3, a Selectegg, vende ovos usando essa tecnologia em redes de supermercados na Fran\u00e7a e na Alemanha; eles foram batizados de “respecteggs”.<\/p>\n\n\n\n

Outra estrat\u00e9gia, esta adotada por pequenos produtores de ovos, \u00e9 criar aves de “dupla finalidade”, ou seja, ra\u00e7as nas quais os galos s\u00e3o robustos o suficiente para que possam ser criados para corte, em vez de descartados. Segundo a Embrapa, “o foco s\u00e3o nichos de mercado, cujo produto assemelha-se a galetos\/conforma\u00e7\u00e3o de aves menores”.<\/p>\n\n\n\n

O Diretor do Departamento de Sa\u00fade Animal do Minist\u00e9rio da Agricultura comenta sobre o tema em texto obtido pela BBC via Lei de Acesso \u00e0 Informa\u00e7\u00e3o em agosto de 2019.<\/p>\n\n\n\n

\"Ovos\"\/
Equipes de pesquisa na Europa desenvolveram tecnologia que permite identificar o sexo de um pintinho nas primeiras fases da incuba\u00e7\u00e3o, que dura 21 dias<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

“O desenvolvimento de aves de dupla aptid\u00e3o permitir\u00e1 que os animais tenham algum rendimento em qualquer uma das finalidades, reduzindo o descarte dos machos de aves de postura. \u00c9 preciso destacar, no entanto, que as aves de dupla aptid\u00e3o sempre ter\u00e3o um rendimento inferior ao das aves geneticamente selecionadas para uma finalidade espec\u00edfica, aumentando o custo de sua produ\u00e7\u00e3o e reduzindo os ganhos com o produto, sendo necess\u00e1rios programas de incentivo ao produtor para cria\u00e7\u00e3o de aves de dupla aptid\u00e3o. Adicionalmente, a sele\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica para o desenvolvimento de linhagem de dupla aptid\u00e3o comercialmente vi\u00e1vel \u00e9 um processo de longo prazo.”<\/p>\n\n\n\n

No Brasil, segundo escreveu a ABPA por e-mail, empresas de gen\u00e9tica e de avicultura de ponta no Brasil “participam ativamente” em buscas por alternativas como a identifica\u00e7\u00e3o do sexo dentro do ovo e estudos de utiliza\u00e7\u00e3o comercial dos machos. “Por\u00e9m as alternativas ainda n\u00e3o est\u00e3o completamente aprovadas e\/ou disseminadas. Em uma cadeia produtiva longa e de dimens\u00f5es continentais \u2014 como \u00e9 a brasileira \u2014 s\u00e3o processos que demandam tempo para viabiliza\u00e7\u00e3o da implanta\u00e7\u00e3o”, diz a associa\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

A empresa brasileira Korin, a primeira do pa\u00eds a ter um certificado dado pelo Certified Humane, instituto de certifica\u00e7\u00e3o de granjas que garantem bem-estar animal, diz que o assunto \u00e9 uma de suas principais preocupa\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

“N\u00e3o temos como evitar isso (descarte), n\u00e3o somos n\u00f3s (que criamos as galinhas) que fazemos”, diz Luiz Carlos Dematt\u00ea Filho, Diretor de Agricultura e Meio Ambiente da empresa.<\/p>\n\n\n\n

Dematt\u00ea explica que compra f\u00eameas de casas gen\u00e9ticas, que comercializam o material gen\u00e9tico que vai para granjas para se transformar em f\u00eameas produtoras de ovos.<\/p>\n\n\n\n

“H\u00e1 algum tempo estamos falando que precisamos de uma resposta melhor para isso. A empresas respondem dizendo que est\u00e3o desenvolvendo a tecnologia de sexagem de ovos. Est\u00e3o surgindo solu\u00e7\u00f5es”, diz ele.<\/p>\n\n\n\n

Segundo o diretor, a press\u00e3o para isso vem da base de consumo.<\/p>\n\n\n\n

Dematt\u00ea diz que a Korin tamb\u00e9m compra machos, que s\u00e3o criados juntos com as f\u00eameas. A empresa faz isso porque as galinhas “gostam de ter alguns machos com elas. O sistema fica todo mais harmonizado, h\u00e1 menos conflitos”, diz ele. Depois, quando chegam no fim da vida (cerca de dois anos), essas aves, tanto machos quanto f\u00eameas, s\u00e3o vendidas para corte. \u00c9 uma forma, diz ele, de resolver o problema em pelo menos uma parte da produ\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Fonte BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Quando um pintinho sai do ovo, tem cora\u00e7\u00e3o, sistema nervoso, pulm\u00f5es. Logo depois do nascimento j\u00e1 \u00e9 capaz de comer sozinho e sair andando atr\u00e1s da m\u00e3e. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":157260,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[405,527,4323],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/157259"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=157259"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/157259\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":157261,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/157259\/revisions\/157261"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/157260"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=157259"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=157259"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=157259"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}