{"id":157700,"date":"2020-03-17T09:02:00","date_gmt":"2020-03-17T12:02:00","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=157700"},"modified":"2020-03-16T22:08:16","modified_gmt":"2020-03-17T01:08:16","slug":"tsunami-que-devastou-portugal-em-1755-chegou-ao-brasil-conclui-estudo","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2020\/03\/17\/157700-tsunami-que-devastou-portugal-em-1755-chegou-ao-brasil-conclui-estudo.html","title":{"rendered":"Tsunami que devastou Portugal em 1755 chegou ao Brasil, conclui estudo"},"content":{"rendered":"\n
\"\"\/
Gravura em cobre de 1755 mostrando o caos que ficou Lisboa ap\u00f3s o tsunami (Foto: Wikimedia Commons)<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Sabia que o Brasil j\u00e1 foi v\u00edtima de um\u00a0tsunami? Mas calma: n\u00e3o como o Jap\u00e3o, em 2011, ou a Indon\u00e9sia, em 2006 e\u00a0 2010. Segundo um estud conduzido pelo pesquisador Francisco Dourado, da Faculdade de Geologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), um tsunami de 1,9 metro que atingiu\u00a0Portugal\u00a0no s\u00e9culo 18 tamb\u00e9m chegou ao nordeste brasileiro.<\/p>\n\n\n\n

O evento ficou conhecido como Sismo de Lisboa, j\u00e1 que a capital portuguesa foi devastada pelo tsunami no dia 1\u00ba de novembro de 1755. Um grande terremoto desencadeou as ondas, atingindo tamb\u00e9m as costas atl\u00e2nticas da \u00c1frica e da Am\u00e9rica. At\u00e9 pouco tempo atr\u00e1s, os impactos transatl\u00e2nticos tinham sido descritos apenas em algumas\u00a0ilhas caribenhas.\u00a0Contudo, Dourado viu que as ondas de chegaram ainda mais longe \u2014 ou perto, no caso do nosso pa\u00eds.<\/p>\n\n\n\n

O grupo de pesquisadores da Uerj, em parceria com a\u00a0Funda\u00e7\u00e3o de Amparo \u00e0 Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), realizou um trabalho de campo percorrendo 270 km ao longo de 22\u00a0praias\u00a0do Nordeste para captar evid\u00eancias da chegada do tsunami na costa brasileira. Na cidade de Pontinhas, na Para\u00edba, por exemplo, foi poss\u00edvel detectar uma camada peculiar de areia grossa que, ao ser analisada, apontou um evento de alta energia como respons\u00e1vel por sua deposi\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Com base em dados de modelagem hist\u00f3rica, sedimentol\u00f3gica e num\u00e9rica apresentados, os cientistas encontraram uma associa\u00e7\u00e3o altamente prov\u00e1vel e compat\u00edvel ao tsunami de 1755, demonstrando pela primeira vez as evid\u00eancias desse fen\u00f4meno no Atl\u00e2ntico Sul.<\/p>\n\n\n\n

A equipe liderada por Dourado encontrou evid\u00eancias do evento at\u00e9 4 quil\u00f4metros do litoral nordestino, principalmente em locais com rios e nas proximidades da Ilha de Itamarac\u00e1, em Pernambuco.<\/p>\n\n\n\n

O pesquisador conta que h\u00e1 registros de que as ondas que chegaram ao nosso pa\u00eds mataram um casal, mas isso n\u00e3o foi investigado neste estudo. O que o pesquisador concluiu \u00e9 que o tsunami n\u00e3o causou muitos danos por aqui. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Dourado, no ano do fen\u00f4meno, o governador da Para\u00edba enviou uma carta ao Rei de Portugal informando que \u201cuma grande onda\u201d tamb\u00e9m havia inundado o litoral do estado. \u201cMas n\u00e3o houve muitos estragos porque o Brasil ainda n\u00e3o era t\u00e3o populoso\u201d, explica o especialista \u00e0 GALILEU.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Revista Galileu *Com supervis\u00e3o de Luiza Monteiro<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

O pesquisador Francisco Dourado descobriu que o chamado “Sismo de Lisboa”, no s\u00e9culo 18, foi t\u00e3o forte que alagou at\u00e9 4 km adentro do litoral nordestino brasileiro <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":157701,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[195,3319,125],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/157700"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=157700"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/157700\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":157702,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/157700\/revisions\/157702"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/157701"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=157700"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=157700"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=157700"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}