{"id":157978,"date":"2020-03-26T12:44:00","date_gmt":"2020-03-26T15:44:00","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=157978"},"modified":"2020-03-25T21:32:54","modified_gmt":"2020-03-26T00:32:54","slug":"detectado-buraco-na-camada-de-ozonio-no-polo-norte","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2020\/03\/26\/157978-detectado-buraco-na-camada-de-ozonio-no-polo-norte.html","title":{"rendered":"Detectado buraco na camada de oz\u00f4nio no Polo Norte"},"content":{"rendered":"\n

Pesquisador alem\u00e3o diz que camada de oz\u00f4nio sobre o \u00c1rtico est\u00e1 mais fina. Fen\u00f4meno se deve a massas de ar especialmente frias. Afinamento j\u00e1 havia sido descrito em 2011.
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Afinamento da camada de oz\u00f4nio foi observada em 2011 em artigo da \u2018Nature’<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Um cientista alem\u00e3o detectou o que diz ser o primeiro buraco na camada de oz\u00f4nio acima do Polo Norte. Nas \u00faltimas duas semanas, a espessura da camada sobre o \u00c1rtico vem mostrando estar menor do que a que define o buraco sobre a Ant\u00e1rtida, no Polo Sul. A afirma\u00e7\u00e3o foi feita nesta quarta-feira (25\/03) por Markus Rex, diretor do departamento de F\u00edsica Atmosf\u00e9rica no Instituto alem\u00e3o Alfred Wegner.<\/p>\n\n\n\n

“Nas \u00e1reas de espessura m\u00e1xima da camada de oz\u00f4nio, a perda \u00e9 de cerca de 90%”, disse Rex. Isso equivale a uma \u00e1rea tr\u00eas vezes o tamanho da Groenl\u00e2ndia. Segundo Rex, o buraco afeta uma \u00e1rea total de 20 mil quil\u00f4metros quadrados.<\/p>\n\n\n\n

O pesquisador explicou que o afinamento da camada de oz\u00f4nio na regi\u00e3o se deve a um v\u00f3rtice polar especialmente forte no inverno deste ano no Hemisf\u00e9rio Norte, combinado a baixas temperaturas na estratosfera, onde fica a camada de oz\u00f4nio.<\/p>\n\n\n\n

O v\u00f3rtice polar \u00e9 um ciclone persistente de ventos frios ao redor dos polos de um planeta. Esses turbilh\u00f5es costumam ser mais fortes no inverno e diminuem ou podem at\u00e9 desaparecer no ver\u00e3o \u2013 assim como o buraco na camada de oz\u00f4nio na Ant\u00e1rtida, que tende a diminuir no ver\u00e3o do Hemisf\u00e9rio Sul.<\/p>\n\n\n\n

“No momento, essas massas de ar ainda est\u00e3o concentradas por cima do \u00c1rtico central \u2013 por isso, as pessoas na Europa n\u00e3o precisam se preocupar em se queimar de sol mais rapidamente do que de costume”, afirmou o alem\u00e3o. Ele n\u00e3o descartou, por\u00e9m, que essas massas de ar se desloquem do \u00c1rtico central para a Europa em abril.<\/p>\n\n\n\n

O afinamento da camada de oz\u00f4nio sobre o \u00c1rtico j\u00e1 chegou a ser observada em 2011 e foi detalhado num artigo publicado na revista cient\u00edfica Nature. “Pela primeira vez no per\u00edodo observado, a destrui\u00e7\u00e3o qu\u00edmica do oz\u00f4nio no \u00c1rtico, no in\u00edcio de 2011, foi compar\u00e1vel \u00e0 do buraco sobre a Ant\u00e1rtida”, explicaram os autores, na \u00e9poca.<\/p>\n\n\n\n

Eles ainda lembraram que o buraco sobre a Ant\u00e1rtida \u00e9 um fen\u00f4meno sazonal. “A remo\u00e7\u00e3o praticamente completa de oz\u00f4nio costuma resultar numa fissura todo ano, enquanto a perda de oz\u00f4nio no \u00c1rtico \u00e9 altamente vari\u00e1vel e, at\u00e9 agora, foi mais limitada”, acrescentaram.<\/p>\n\n\n\n

A redu\u00e7\u00e3o do oz\u00f4nio na atmosfera que costuma ocorrer na Ant\u00e1rtida acontece porque as temperaturas na regi\u00e3o s\u00e3o as mais baixas em todo o planeta. No \u00c1rtico, as temperaturas n\u00e3o costumam ser t\u00e3o frias. No inverno polar, surgem concentra\u00e7\u00f5es de cloro em nuvens nas camadas mais estratosf\u00e9ricas (altas) da atmosfera. O cloro acelera a destrui\u00e7\u00e3o do oz\u00f4nio.<\/p>\n\n\n\n

Nos anos 1980, a produ\u00e7\u00e3o dos chamados CFCs, ou clorofluorocarbonetos, foi proibida em v\u00e1rios pa\u00edses porque os compostos usados como aeross\u00f3is e gases para refrigera\u00e7\u00e3o contribu\u00edam para diminuir a camada de oz\u00f4nio. “Sem essa proibi\u00e7\u00e3o, a situa\u00e7\u00e3o este ano seria muito pior”, constatou Rex, que lembrou que esse tipo de subst\u00e2ncia \u00e9 muito dur\u00e1vel.<\/p>\n\n\n\n

O buraco na camada de oz\u00f4nio sobre a Ant\u00e1rtida foi descoberto em 1985 e levou \u00e0 aprova\u00e7\u00e3o do Protocolo de Montreal, acordo ambiental internacional com o objetivo de eliminar subst\u00e2ncias que reduzem a camada. Desde a ado\u00e7\u00e3o do acordo em 1987 at\u00e9 2014, mais de 98% dessas subst\u00e2ncias foram eliminadas, diz o site do Programa das Na\u00e7\u00f5es Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).<\/p>\n\n\n\n

Em 2019, o buraco na camada de oz\u00f4nio registrou sua menor extens\u00e3o em cerca de 30 anos. O oz\u00f4nio funciona como um tipo de filtro solar que protege a Terra da radia\u00e7\u00e3o ultravioleta. Em seres humanos, os raios podem causar doen\u00e7as como c\u00e2ncer de pele.<\/p>\n\n\n\n

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Fonte: Deutsche Welle<\/p>\n<\/div><\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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