Tend\u00eancia populacional: em decl\u00ednio <\/li><\/ul>\n\n\n\nLe\u00f5es-africanos v\u00eam sendo admirados ao longo de toda a hist\u00f3ria como s\u00edmbolos de coragem e for\u00e7a. Esses animais ic\u00f4nicos possuem corpos poderosos \u2013 na fam\u00edlia dos felinos, est\u00e3o em segundo lugar em tamanho, atr\u00e1s apenas dos tigres \u2013 e seus rugidos podem ser ouvidos a uma dist\u00e2ncia de at\u00e9 oito quil\u00f4metros. A pelagem de um le\u00e3o adulto \u00e9 de colora\u00e7\u00e3o amarela-dourada e os jovens apresentam algumas manchas claras que somem com a idade. Em geral, apenas le\u00f5es machos exibem jubas, o impressionante \u201cadorno\u201d de pelos longos ao redor de suas cabe\u00e7as.<\/p>\n\n\n\n
Habitat<\/h3>\n\n\n\n
Le\u00f5es-africanos j\u00e1 habitaram a maior parte da \u00c1frica e algumas regi\u00f5es da \u00c1sia e Europa. Mas a esp\u00e9cie desapareceu de 94% de sua \u00e1rea de distribui\u00e7\u00e3o hist\u00f3rica e, atualmente, s\u00e3o encontrados somente em partes da \u00c1frica subsaariana. Esses le\u00f5es ficam principalmente em pradarias, matas ou campinas abertas, onde podem ca\u00e7ar suas presas com mais facilidade, mas tamb\u00e9m podem viver na maioria dos habitats, com exce\u00e7\u00e3o de florestas tropicais e desertos.<\/p>\n\n\n\n
Le\u00f5es-asi\u00e1ticos (Panthera leo persica) s\u00e3o uma subesp\u00e9cie do le\u00e3o-africano, mas apenas uma popula\u00e7\u00e3o muito pequena ainda sobrevive na Floresta de Gir, na \u00cdndia.<\/p>\n\n\n\n
Bandos de le\u00f5es e sua ca\u00e7a<\/h3>\n\n\n\n
Le\u00f5es s\u00e3o os \u00fanicos felinos que vivem em grupos, que s\u00e3o chamados de bandos \u2013 embora tamb\u00e9m exista uma popula\u00e7\u00e3o de le\u00f5es solit\u00e1rios. Bandos s\u00e3o unidades familiares que podem ser compostas por dois at\u00e9 40 le\u00f5es \u2013 incluindo tr\u00eas ou quatro machos, no m\u00e1ximo, cerca de uma d\u00fazia de f\u00eameas e sua cria. Todas as leoas de um bando s\u00e3o parentes e filhotes f\u00eameas geralmente permanecem com seu grupo \u00e0 medida que crescem. Machos jovens acabam saindo e formando seus pr\u00f3prios bandos, \u201ctomando\u201d um grupo liderado por outro macho.<\/p>\n\n\n\n
Os machos defendem o territ\u00f3rio de seu bando, demarcando a \u00e1rea com urina, rugindo de forma amea\u00e7adora para alertar invasores e afugentar animais que, apesar disso tudo, invadem suas \u00e1reas.<\/p>\n\n\n\n
As leoas s\u00e3o respons\u00e1veis pela ca\u00e7a e l\u00edderes do bando. Elas frequentemente agem em conjunto para ca\u00e7ar ant\u00edlopes, zebras, gnus e outros grandes animais das savanas. Muitos desses animais s\u00e3o mais velozes que os le\u00f5es, ent\u00e3o o trabalho em equipe \u00e9 importante. As leoas tamb\u00e9m criam seus filhotes de forma comunit\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n
Ap\u00f3s a ca\u00e7ada, com frequ\u00eancia o esfor\u00e7o do grupo acaba em confronto em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 divis\u00e3o da comida e os filhotes s\u00e3o os \u00faltimos na ordem de prioridade. Le\u00f5es jovens n\u00e3o ajudam a ca\u00e7ar at\u00e9 completarem cerca de um ano de idade. Le\u00f5es podem ca\u00e7ar sozinhos se surgir a oportunidade e tamb\u00e9m roubam os animais mortos por hienas ou c\u00e3es selvagens.<\/p>\n\n\n\n
Amea\u00e7as \u00e0 sobreviv\u00eancia<\/h3>\n\n\n\n
Hoje em dia, h\u00e1 apenas metade da quantidade de le\u00f5es-africanos que havia 25 anos atr\u00e1s. A Uni\u00e3o Internacional para a Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza (IUCN) estima que restam menos de 25 mil le\u00f5es na \u00c1frica, motivo pelo qual a organiza\u00e7\u00e3o os classifica como vulner\u00e1veis \u00e0 extin\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n
Os le\u00f5es-africanos enfrentam uma variedade de amea\u00e7as \u2013 e a maioria delas pode ser atribu\u00edda aos humanos. Com medo de que le\u00f5es cacem seu rebanho, o que pode constituir um abalo financeiro significativo, fazendeiros acabam matando os animais em retalia\u00e7\u00e3o e como uma medida preventiva, \u00e0s vezes com o uso de pesticidas como veneno. Al\u00e9m disso, a esp\u00e9cie \u00e9 alvo de ca\u00e7adores ilegais, pois seus ossos e outras partes corporais s\u00e3o valiosos no mercado clandestino de esp\u00e9cies selvagens.<\/p>\n\n\n\n
O papel exercido pela ca\u00e7a por esporte \u00e9 controverso. No passado, a ca\u00e7a sem regras fez com que os le\u00f5es desaparecessem de alguns habitats, embora os ca\u00e7adores e as pessoas envolvidas na ind\u00fastria aleguem que as taxas cobradas pela ca\u00e7a geram dinheiro para a conserva\u00e7\u00e3o dos le\u00f5es. O Explorador da National Geographic Craig Packer, no entanto, afirmou que a quantia gerada pela ca\u00e7a \u00e9 t\u00e3o “irris\u00f3ria\u2026 [que] n\u00e3o \u00e9 de se admirar que apesar da ca\u00e7a a le\u00f5es ser permitida h\u00e1 anos em [alguns] pa\u00edses, a popula\u00e7\u00e3o despencou.”<\/p>\n\n\n\n
Algo que estimula ainda mais o conflito entre le\u00f5es e humanos \u00e9 a escassez de presas dispon\u00edveis para a esp\u00e9cie. As presas de le\u00f5es-africanos s\u00e3o os grandes herb\u00edvoros, uma popula\u00e7\u00e3o que est\u00e1 sendo ca\u00e7ada para o crescente com\u00e9rcio de carne de animais selvagens. A IUCN estima que essas popula\u00e7\u00f5es reduziram em at\u00e9 52% no leste africano e em 85% no oeste da \u00c1frica. Com menos alimentos dispon\u00edveis na natureza, \u00e9 mais prov\u00e1vel que le\u00f5es passem a ca\u00e7ar animais domesticados, como o gado.<\/p>\n\n\n\n
Conserva\u00e7\u00e3o<\/h3>\n\n\n\n
Ajudar os humanos a aprenderem como conviver com le\u00f5es \u00e9 essencial para garantir sua sobreviv\u00eancia. Organiza\u00e7\u00f5es de conserva\u00e7\u00e3o est\u00e3o trabalhando para mudar as atitudes em rela\u00e7\u00e3o aos le\u00f5es por meio de iniciativas de compensa\u00e7\u00e3o. Alguns desses modelos oferecem recompensas financeiras \u00e0s comunidades quando suas popula\u00e7\u00f5es locais de le\u00f5es aumentam, ao passo que outras pagam um valor aos fazendeiros para compensar o gado que foi morto pelos le\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n
Outros conservacionistas se concentraram na cria\u00e7\u00e3o de \u00e1reas protegidas para os le\u00f5es. Na \u00e1rea de Selinda, em Botsuana, somente uma \u00fanica leoa e seu filhote viviam no local quando os cineastas e Exploradores da National Geographic, Dereck e Beverly Joubert, transformaram a terra em uma reserva protegida e acampamento de turismo fotogr\u00e1fico. Agora, aproximadamente cem le\u00f5es ocupam a reserva.<\/p>\n\n\n\n
No Delta do Zambezi, em Mo\u00e7ambique, onde os efeitos de uma guerra civil de longa dura\u00e7\u00e3o fizeram com que a quantidade de le\u00f5es ca\u00edsse drasticamente, o maior projeto de transloca\u00e7\u00e3o de le\u00f5es da hist\u00f3ria levou para l\u00e1 24 le\u00f5es diretamente da \u00c1frica do Sul, em 2018, \u2013 atualmente eles est\u00e3o familiarizados com o local e come\u00e7ando a ter filhotes.<\/p>\n\n\n\n
Fonte: National Geographic<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Apesar de serem admirados como s\u00edmbolos de for\u00e7a e coragem no mundo inteiro, as popula\u00e7\u00f5es de le\u00f5es africanos diminu\u00edram pela metade nos \u00faltimos 25 anos. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":158349,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[1587,2612,4403,3103,1138],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/158348"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=158348"}],"version-history":[{"count":2,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/158348\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":158386,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/158348\/revisions\/158386"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/158349"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=158348"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=158348"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=158348"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}