{"id":159236,"date":"2020-04-28T05:00:00","date_gmt":"2020-04-28T08:00:00","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=159236"},"modified":"2020-04-27T17:00:39","modified_gmt":"2020-04-27T20:00:39","slug":"estudo-global-aponta-que-o-numero-de-insetos-caiu-drasticamente-desde-1990","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2020\/04\/28\/159236-estudo-global-aponta-que-o-numero-de-insetos-caiu-drasticamente-desde-1990.html","title":{"rendered":"Estudo global aponta que o n\u00famero de insetos caiu drasticamente desde 1990"},"content":{"rendered":"\n
\"\"<\/figure>\n\n\n\n

O maior estudo j\u00e1 feito at\u00e9 \u00e0 data sobre a abund\u00e2ncia global de insetos mostrou uma queda de 25% no n\u00famero destes animais nos \u00faltimos trinta anos.<\/p>\n\n\n\n

Se voc\u00ea considera isso um al\u00edvio ao inv\u00e9s de preocupante, \u00e9 porque n\u00e3o tem ideia de como os insetos s\u00e3o vitais para os ecossistemas dos quais n\u00f3s dependemos. Eles polinizam plantas, servem de alimento para outras criaturas e reciclam o \u201clixo\u201d da natureza, para citar algumas de suas fun\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Os insetos s\u00e3o os mais variados e abundantes animais que existem, superando a humanidade em 17 vezes.<\/p>\n\n\n\n

O novo estudo combinou 166 pesquisas de longo prazo de quase 1.700 locais, determinando um decl\u00ednio no n\u00famero de esp\u00e9cies no mundo todo.<\/p>\n\n\n\n

Vale notar que o n\u00famero de insetos de \u00e1gua doce tem aumentado 11% a cada d\u00e9cada, gra\u00e7as a a\u00e7\u00f5es para limpar rios e lagos polu\u00eddos. No entanto, esse grupo representa apenas 10% das esp\u00e9cies existentes e n\u00e3o poliniza culturas.<\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 uma \u00f3tima not\u00edcia que alguns insetos aqu\u00e1ticos pare\u00e7am estar aumentando, provavelmente de um n\u00edvel muito baixo. Mas a maior parte dos insetos \u00e9 terrestre e este novo estudo confirma o que j\u00e1 estava claro: eles est\u00e3o em decl\u00ednio h\u00e1 muitas d\u00e9cadas\u201d, disse Dave Goulson, da Universidade de Sussex (Reino Unido), que n\u00e3o esteve envolvido na nova an\u00e1lise, ao The Guardian.<\/p>\n\n\n\n

Raz\u00f5es para se preocupar<\/h3>\n\n\n\n

O segundo maior estudo j\u00e1 realizado sobre a abund\u00e2ncia de insetos foi baseado em 73 pesquisas e estimou uma taxa de decl\u00ednio duas vezes maior do que a an\u00e1lise mais recente.<\/p>\n\n\n\n

Isso n\u00e3o \u00e9 significa que o problema seja menor do que o esperado. \u201cEsses 24% s\u00e3o definitivamente algo para se preocupar. \u00c9 um quarto a menos do que quando eu era crian\u00e7a. Uma coisa que as pessoas sempre devem lembrar \u00e9 que realmente dependemos de insetos para nossa comida\u201d, explicou o l\u00edder do estudo, Roel van Klink, do Centro Alem\u00e3o de Pesquisa Integrativa em Biodiversidade, ao The Guardian.<\/p>\n\n\n\n

No que diz respeito \u00e0 taxa de perda de insetos, considerado as informa\u00e7\u00f5es dispon\u00edveis, o decl\u00ednio parece ser pior na Europa. Na Am\u00e9rica do Norte, as taxas de decad\u00eancia est\u00e3o estabilizando, mas em um n\u00edvel baixo.

\u00c9 importante levar em conta que a abund\u00e2ncia de insetos \u00e9 pouco estudada em v\u00e1rias regi\u00f5es. Por exemplo, existem poucos ou nenhum dado de localidades na Am\u00e9rica do Sul, sul da \u00c1sia e \u00c1frica. Dito isto, os pesquisadores estimam que a r\u00e1pida destrui\u00e7\u00e3o de habitats selvagens nesses locais em nome da agricultura e urbaniza\u00e7\u00e3o provavelmente afete significativamente as popula\u00e7\u00f5es de insetos.<\/p>\n\n\n\n

\u201cSabemos pelos nossos resultados que a expans\u00e3o das cidades \u00e9 ruim para os insetos, porque todo lugar costumava ser um habitat mais natural \u2013 n\u00e3o \u00e9 algo dif\u00edcil de perceber. Isso est\u00e1 acontecendo no leste da \u00c1sia e na \u00c1frica em ritmo acelerado. Na Am\u00e9rica do Sul, h\u00e1 a destrui\u00e7\u00e3o da Amaz\u00f4nia. N\u00e3o h\u00e1 d\u00favida de que isso \u00e9 ruim para insetos e todos os outros animais l\u00e1. Mas n\u00f3s simplesmente n\u00e3o temos os dados\u201d, esclareceu van Klink.<\/p>\n\n\n\n

Outro achado preocupante da pesquisa \u00e9 que insetos n\u00e3o est\u00e3o se saindo muito melhor em reservas naturais do que fora dessas \u00e1reas protegidas. \u201cAchamos isso muito impressionante e um pouco chocante \u2013 significa que algo est\u00e1 errado\u201d, afirmou o pesquisador.<\/p>\n\n\n\n

H\u00e1 esperan\u00e7a?<\/h3>\n\n\n\n

A perda de insetos \u00e9 causada por destrui\u00e7\u00e3o de habitats, uso de pesticidas e polui\u00e7\u00e3o. O impacto da mudan\u00e7a clim\u00e1tica ainda n\u00e3o \u00e9 claro, embora existam exemplos locais que indiquem rela\u00e7\u00f5es preocupantes.
Por exemplo, n\u00edveis maiores de di\u00f3xido de carbono est\u00e3o reduzindo os nutrientes nas plantas e por consequ\u00eancia a abund\u00e2ncia de gafanhotos nas pradarias do Kansas, nos EUA. Isso pode estar acontecendo no mundo todo \u2013 n\u00e3o sabemos.<\/p>\n\n\n\n

\u201cDefinitivamente temos muitos motivos de preocupa\u00e7\u00e3o, mas n\u00e3o acho que seja tarde demais. O aumento de esp\u00e9cies de \u00e1gua doce nos deixa pelo menos esperan\u00e7osos de que, se colocarmos a legisla\u00e7\u00e3o certa em pr\u00e1tica, poderemos reverter essas tend\u00eancias\u201d, concluiu Van Klink.<\/p>\n\n\n\n

Um artigo sobre o novo estudo foi publicado na revista cient\u00edfica Science. [TheGuardian]<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Hypescience<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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