Os principais especialistas em biodiversidade do mundo fizeram um alerta: a pandemia atual de coronav\u00edrus pode ser seguida por outra ainda mais mortal, caso n\u00e3o lidemos com a raiz do problema – A nossa destrui\u00e7\u00e3o desenfreada da natureza. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 uma \u00fanica esp\u00e9cie respons\u00e1vel pela pandemia de Covid-19 \u2013 n\u00f3s. Epidemias recentes s\u00e3o uma consequ\u00eancia direta da atividade humana, particularmente dos nossos sistemas financeiros e econ\u00f4micos globais que priorizam crescimento econ\u00f4mico a qualquer custo. Temos uma pequena janela de oportunidade<\/strong> para superar os desafios da crise atual e evitar semear novas<\/strong>\u201d, disseram Josef Settele, Sandra D\u00edaz, Eduardo Brondizio e Peter Daszak, no relat\u00f3rio encomendado pela Plataforma Intergovernamental de Pol\u00edticas Cient\u00edficas sobre Biodiversidade e Servi\u00e7os Ecossist\u00eamicos (IBPES). <\/p>\n\n\n\n

Cientistas descobriram que dois a quatro novos v\u00edrus<\/strong> s\u00e3o criados a cada ano como resultado da intromiss\u00e3o humana no mundo natural. Qualquer um deles poderia se tornar uma nova pandemia. O desmatamento desenfreado, a explora\u00e7\u00e3o de esp\u00e9cies selvagens e a expans\u00e3o urbana, deixam os seres humanos em contato muito pr\u00f3ximo com animais selvagens, colocando em risco todo o equil\u00edbrio natural. <\/p>\n\n\n\n

Em resumo, os cientistas creem que podemos sair dessa crise mais fortes e resistentes do que nunca, \u201cescolhendo a\u00e7\u00f5es que protejam a natureza, para que a natureza possa ajudar a nos proteger\u201d<\/strong>. \u00c9 como disse o chefe de meio ambiente da ONU, Inger Andersen, em mar\u00e7o: \u201cA natureza est\u00e1 nos enviando uma mensagem com a pandemia de coronav\u00edrus e a atual crise clim\u00e1tica. Ela nos disse que deixar de cuidar do planeta significa n\u00e3o cuidar de n\u00f3s mesmos\u201d. <\/p>\n\n\n\n

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Pesquisadora brasileira recebe o maior pr\u00eamio de conserva\u00e7\u00e3o ambiental do mundo<\/a><\/h4>\n\n\n\n
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Patr\u00edcia Medici observa anta anestesiada em armadilha de pesquisa no Pantanal. Exploradora da National Geographic, ela recebeu o que \u00e9 considerado o maior pr\u00eamio da conserva\u00e7\u00e3o ambiental do mundo: o Whitley Gold Award, conferido pelo Whitley Fund for Nature. FOTO DE JO\u00c3O MARCOS ROSA\/NITRO.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n
O trabalho em conserva\u00e7\u00e3o de duas cientistas brasileiras<\/strong> foi reconhecido em an\u00fancio feito nesta quarta-feira (29\/04). Patr\u00edcia M\u00e9dici, exploradora da National Geographic e uma das maiores refer\u00eancias em pesquisa e conserva\u00e7\u00e3o da anta brasileira (Tapirus terrestris), recebeu o Whitley Gold Award, principal pr\u00eamio da institui\u00e7\u00e3o Whitley Fund for Nature, do Reino Unido. A bi\u00f3loga Gabriela Rezende, que coordena programa de conserva\u00e7\u00e3o do mico-le\u00e3o-preto (Leontopithecus chrysopygus), recebeu um Whitley Award. As duas pesquisadoras fazem parte do Instituto de Pesquisas Ecol\u00f3gicas (IP\u00ca) e trabalham pela conserva\u00e7\u00e3o de duas esp\u00e9cies s\u00edmbolos da biodiversidade brasileira<\/strong>. <\/p>\n\n\n\n
Uma esp\u00e9cie \u00e9 anta brasileira<\/strong> – conhecida por sua capacidade de dispersar sementes e contribuir na manuten\u00e7\u00e3o das florestas tropicais<\/strong>, \u00e9 um f\u00f3ssil vivo e tamb\u00e9m tem muito a ensinar sobre resili\u00eancia e sobre o impacto humano no planeta. <\/p>\n\n\n\n
A outra esp\u00e9cie \u00e9 o mico-le\u00e3o-preto<\/strong>, que se encontra na categoria “Em perigo de extin\u00e7\u00e3o” na lista vermelha de esp\u00e9cies amea\u00e7adas da Uni\u00e3o Internacional para Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza. O mico-le\u00e3o-preto contribui com a manuten\u00e7\u00e3o da Mata Atl\u00e2ntica, como dispersor de sementes<\/strong>. <\/p>\n\n\n\n
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Destro\u00e7os encontrados em Pompeia sugerem que romanos reciclavam lixo<\/a><\/h4>\n\n\n\n
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Bas\u00edlica em Pomp\u00e9ia. Destro\u00e7os da cidade foram analisados por pesquisadores da Universidade de Tulane, dos EUA (Foto: Wikimedia Commons).<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n
Uma descoberta feita por arque\u00f3logos da Universidade Tulane, nos Estados Unidos, sugere que, entre tantas inova\u00e7\u00f5es surgidas em Roma, a reciclagem<\/strong> pode ter sido uma das t\u00e9cnicas dominadas por essa civiliza\u00e7\u00e3o.
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Os arque\u00f3logos encontraram evid\u00eancias de um esquema de reciclagem no qual os habitantes de cidade destru\u00edda pelo Ves\u00favio empilhavam lixo para ser reutilizado mais tarde<\/strong>. <\/p>\n\n\n\n
Foram encontradas pilas de lixo ao lado de muros de Pompeia, que, ao que tudo indica, eram propositalmente empilhados em pontos estrat\u00e9gicos da cidade, onde eram vendidos e reutilizados em novas constru\u00e7\u00f5es<\/strong>. <\/p>\n\n\n\n
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Dia da Caatinga: bioma exclusivo do Brasil apresenta grande potencial para o manejo sustent\u00e1vel<\/a><\/h4>\n\n\n\n
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Por resguardar paisagens naturais e promover a manuten\u00e7\u00e3o de servi\u00e7os ambientais essenciais, o Manejo Florestal da Caatinga<\/strong> \u00e9 essencial para um sistema produtivo que conserva a biodiversidade, al\u00e9m de manter as fam\u00edlias no campo.<\/p>\n\n\n\n
Esta quest\u00e3o ser\u00e1 foco do Grupo de Trabalho criado pelo Ibama para propor alternativas para a qualifica\u00e7\u00e3o da gest\u00e3o ambiental do bioma, com foco na promo\u00e7\u00e3o do uso sustent\u00e1vel dos recursos naturais<\/strong>, no desenvolvimento regional e na amplia\u00e7\u00e3o da participa\u00e7\u00e3o dos entes federativos em processos decis\u00f3rios. <\/p>\n\n\n\n
O manejo florestal sustent\u00e1vel integrado de uso m\u00faltiplo \u00e9 uma alternativa para a promo\u00e7\u00e3o do desenvolvimento local.<\/strong> A pr\u00e1tica reconhece o recurso florestal como ativo ambiental e assegura o equil\u00edbrio entre a demanda e a oferta de produtos. <\/p>\n\n\n\n
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Baleias-francas do Atl\u00e2ntico Norte est\u00e3o vivendo em m\u00e1s condi\u00e7\u00f5es<\/a><\/h4>\n\n\n\n
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A popula\u00e7\u00e3o de baleias francas do Atl\u00e2ntico Norte est\u00e1 em m\u00e1s condi\u00e7\u00f5es (Foto: FREDRIK CHRISTIANSEN (ESQUERDA E CENTRO-ESQUERDA), STEPHEN M. DAWSON (CENTRO-DIREITA), JOHN W. DURBAN E HOLLY FEARNBACH (DIREITA)).<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n
Uma nova pesquisa da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, revela que as baleias-francas amea\u00e7adas de extin\u00e7\u00e3o <\/strong>no Atl\u00e2ntico Norte est\u00e3o vivendo em p\u00e9ssimas condi\u00e7\u00f5es em compara\u00e7\u00e3o aos esp\u00e9cimes que vivem em regi\u00f5es mais ao sul. Os resultados foram publicados na revista Marine Ecology Progress Series. <\/p>\n\n\n\n
Existem entre 10 mil e 15 mil baleias-francas no Hemisf\u00e9rio Sul e, segundo o estudo, elas vivem de forma satisfat\u00f3ria. Mas, infelizmente, o mesmo n\u00e3o pode ser dito dos representantes da esp\u00e9cie no norte. Os maiores causadores da m\u00e1 condi\u00e7\u00e3o de vida dessas baleias s\u00e3o os ataques letais de navios e as redes de pesca<\/strong>. Sua principal fonte de alimento, os crust\u00e1ceos, tamb\u00e9m diminu\u00edram devido \u00e0 pesca excessiva<\/strong>, o que deixou as baleias magras e doentes \u2014 e menos propensas a procriar. Tudo isso contribui para o atual decl\u00ednio geral da esp\u00e9cie: restam apenas 410 delas naquela parte do mundo. <\/p>\n\n\n\n
Os pesquisadores apontam que para reverter essas mudan\u00e7as, seria necess\u00e1rio redirecionar os navios para longe dos animais e reduzir sua velocidade, al\u00e9m de recuperar armadilhas de caranguejo e lagosta e minimizar o ru\u00eddo nos oceanos<\/strong>. <\/p>\n\n\n\n
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Estudo global aponta que o n\u00famero de insetos caiu drasticamente desde 1990<\/a><\/h4>\n\n\n\n
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O maior estudo j\u00e1 feito at\u00e9 hoje sobre a abund\u00e2ncia global de insetos mostrou uma queda de 25%<\/strong> no n\u00famero destas esp\u00e9cies nos \u00faltimos trinta anos. Os insetos<\/strong> s\u00e3o vitais para os ecossistemas dos quais n\u00f3s dependemos, seja polinizando plantas, servindo de alimento para outras criaturas e reciclando o \u201clixo\u201d da natureza<\/strong>, para citar algumas fun\u00e7\u00f5es. <\/p>\n\n\n\n
O novo estudo combinou 166 pesquisas de longo prazo de quase 1.700 locais<\/strong>, determinando um decl\u00ednio no n\u00famero de esp\u00e9cies no mundo todo. Vale notar que o n\u00famero de insetos de \u00e1gua doce tem aumentado 11% a cada d\u00e9cada, gra\u00e7as a a\u00e7\u00f5es para limpar rios e lagos polu\u00eddos. No entanto, esse grupo representa apenas 10% das esp\u00e9cies existentes e n\u00e3o poliniza culturas. <\/p>\n\n\n\n
A perda de insetos \u00e9 causada por destrui\u00e7\u00e3o de habitats, uso de pesticidas e polui\u00e7\u00e3o<\/strong>. O impacto da mudan\u00e7a clim\u00e1tica ainda n\u00e3o \u00e9 claro, embora existam exemplos locais que indiquem rela\u00e7\u00f5es preocupantes.
Por exemplo, n\u00edveis maiores de di\u00f3xido de carbono est\u00e3o reduzindo os nutrientes nas plantas e por consequ\u00eancia a abund\u00e2ncia de gafanhotos nas pradarias do Kansas, nos EUA. Isso pode estar acontecendo no mundo todo \u2013 n\u00e3o sabemos. <\/p>\n\n\n\n
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Influ\u00eancia humana em pandemias, projetos inspiradores de conserva\u00e7\u00e3o e dados preocupantes sobre o decl\u00ednio de esp\u00e9cies. Confira aqui as principais not\u00edcias da semana! <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":159353,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4111],"tags":[4460,4463,85,1388,4278,4379,384,1290,4456,4461,4365,4458,111],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/159314"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=159314"}],"version-history":[{"count":29,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/159314\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":172652,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/159314\/revisions\/172652"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/159353"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=159314"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=159314"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=159314"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}