{"id":159360,"date":"2020-05-04T08:00:00","date_gmt":"2020-05-04T11:00:00","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=159360"},"modified":"2020-05-03T20:11:29","modified_gmt":"2020-05-03T23:11:29","slug":"granizo-gigantesco-pode-ter-quebrado-recorde-na-argentina","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2020\/05\/04\/159360-granizo-gigantesco-pode-ter-quebrado-recorde-na-argentina.html","title":{"rendered":"Granizo gigantesco pode ter quebrado recorde na Argentina"},"content":{"rendered":"\n
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Um peda\u00e7o de gelo que caiu de uma tempestade supercelular na cidade de Villa Carlos Paz, na Argentina, \u00e9 possivelmente a maior pedra de granizo j\u00e1 registrada.<\/p>\n\n\n\n

Infelizmente, suas dimens\u00f5es foram apenas estimadas (em at\u00e9 23,7 cent\u00edmetros) a partir de evid\u00eancias em v\u00eddeo, e n\u00e3o atrav\u00e9s de medi\u00e7\u00f5es diretas. \u00c9 por isso que os pesquisadores n\u00e3o podem dizer conclusivamente que esse \u00e9 o maior granizo do mundo.<\/p>\n\n\n\n

Outra pedra de granizo da mesma tempestade foi medida em 18 cent\u00edmetros.<\/p>\n\n\n\n

Como granizos se formam<\/h3>\n\n\n\n

Para tais granizos gigantescos se formarem, condi\u00e7\u00f5es especiais s\u00e3o necess\u00e1rias: tempestades massivas com correntes ascendentes de ar poderosas para mant\u00ea-los flutuando por tempo o suficiente para adquirirem esse tamanho.<\/p>\n\n\n\n

As pedras come\u00e7am como gotas de chuvas sugadas para acima das altitudes geladas em uma tempestade. Quando no alto, camadas de \u00e1gua l\u00edquida supergelada se congelam sobre as gotas, formando os granizos e moldando suas estruturas irregulares.<\/p>\n\n\n\n

Vale observar que as correntes de ar que se fortalecem com a altura, embora sejam frias, s\u00e3o promovidas por condi\u00e7\u00f5es quentes e \u00famidas.<\/p>\n\n\n\n

O estudo<\/h3>\n\n\n\n

A tempestade argentina ocorreu em 2018. Os residentes, na \u00e9poca, registraram os granizos caindo em fotos e v\u00eddeos que foram publicados nas m\u00eddias sociais.<\/p>\n\n\n\n

Um ano depois, pesquisadores da Universidade Estadual de Pensilv\u00e2nia (EUA), liderados pelo meteorologista Matthew Kumjian, estudaram esses registros, entrevistando testemunhas, visitando locais onde ocorreram danos, coletando dados fotogram\u00e9tricos e analisando observa\u00e7\u00f5es de radar.<\/p>\n\n\n\n

Usando fotogrametria \u2013 uma t\u00e9cnica para fazer medidas a partir de fotografias \u2013 e evid\u00eancias em v\u00eddeo, os cientistas estimaram que uma das pedras teria quebrado um recorde mundial. O recorde anterior era de um granizo de 20,3 cent\u00edmetros que caiu em Dakota do Sul, nos EUA.<\/p>\n\n\n\n

\"\"<\/figure>\n\n\n\n

As informa\u00e7\u00f5es de radar coletadas mostraram que os enormes granizos argentinos ca\u00edram pr\u00f3ximos ao local onde a principal corrente de ar da tempestade ocorreu. As pedras analisadas tamb\u00e9m indicaram crescimento \u00famido substancial, que ocorre na parte inferior das zonas de forma\u00e7\u00e3o de granizo dentro das tempestades, sugerindo que a corrente de ar deve ter sido particularmente forte para que esses objetos ficassem t\u00e3o grandes.<\/p>\n\n\n\n

Perigo!<\/h3>\n\n\n\n

Granizos podem ser bonitos, mas tamb\u00e9m s\u00e3o extremamente perigosos. Qualquer coisa do tamanho de uma moeda j\u00e1 pode amassar um carro, por exemplo. \u201cEm alguns casos raros, granizos de 15 cm j\u00e1 passaram por telhados e v\u00e1rios andares nas casas\u201d, contou Kumjian.<\/p>\n\n\n\n

Os cientistas propuseram a classifica\u00e7\u00e3o oficial de \u201cgigantescas\u201d para pedras maiores do que 15 cent\u00edmetros, a fim de chamar a aten\u00e7\u00e3o para seu potencial prejudicial. Essas pedras podem danificar propriedades e agriculturas, e eventualmente at\u00e9 causar les\u00f5es e morte.<\/p>\n\n\n\n

Uma das ideias da equipe era ajudar a mitigar os impactos desse tipo de ocorr\u00eancia natural, antecipando-o. Infelizmente, os achados da pesquisa n\u00e3o revelaram nenhum sinal de alerta que indicasse uma tempestade de granizo perigosa.<\/p>\n\n\n\n

Segundo os pesquisadores, essa \u201cfalta de indica\u00e7\u00f5es de um evento extremo\u201d tanto no ambiente antes da tempestade, quanto nas previs\u00f5es de modelos num\u00e9ricos e nas imagens de radar destacam que precisamos de muito mais estudos nesta \u00e1rea.<\/p>\n\n\n\n

Vai ficar pior\u2026<\/h3>\n\n\n\n

At\u00e9 agora, as pesquisas realizadas sobre tempestades de granizo sugerem que algumas regi\u00f5es ir\u00e3o ver um aumento na incid\u00eancia desses eventos no futuro, enquanto outras podem ver uma diminui\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, com o clima ficando mais extremo e as temperaturas globais subindo, provavelmente haver\u00e1 uma mudan\u00e7a de pedras pequenas para grandes.<\/p>\n\n\n\n

Segundo a meteorologista Rachel Gutierrez, volunt\u00e1rios podem ajudar os cientistas a entender melhor a din\u00e2mica e os riscos das pedras de granizo gigantescas ao documentar essas tempestades, incluindo hor\u00e1rio e localidade da queda e peso, e compartilhar essas informa\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Um artigo sobre a pesquisa foi publicado na revista cient\u00edfica Bulletin of the American Meteorological Society. [ScienceAlert, Phys].<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Hypescience<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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