{"id":159409,"date":"2020-05-06T08:00:00","date_gmt":"2020-05-06T11:00:00","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=159409"},"modified":"2020-05-05T20:43:22","modified_gmt":"2020-05-05T23:43:22","slug":"indigenas-da-amazonia-sem-agua-apos-vazamento-de-petroleo-no-equador","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2020\/05\/06\/159409-indigenas-da-amazonia-sem-agua-apos-vazamento-de-petroleo-no-equador.html","title":{"rendered":"Ind\u00edgenas da Amaz\u00f4nia sem \u00e1gua ap\u00f3s vazamento de petr\u00f3leo no Equador"},"content":{"rendered":"\n
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Foto divulgada pela ONG Amazon Frontline mostra os ind\u00edgenas Siekopai, em Waiya, Equador<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Dezenas de comunidades ind\u00edgenas da Amaz\u00f4nia do Equador exigem aten\u00e7\u00e3o das autoridades e empresas de petr\u00f3leo para lidar com a contamina\u00e7\u00e3o de tr\u00eas rios que lhes fornecem \u00e1gua e pesca, devido a um vazamento de petr\u00f3leo em plena pandemia de coronav\u00edrus.<\/p>\n\n\n\n

Um deslizamento em 7 de abril destruiu tr\u00eas oleodutos, causando a fuga de cerca de 15.000 barris de petr\u00f3leo e combust\u00edvel, segundo dados oficiais, que foram despejados em rios como o Napo, um dos principais afluentes do Amazonas.<\/p>\n\n\n\n

“Fam\u00edlias, av\u00f3s e mulheres que vivem nas margens est\u00e3o sem comida, n\u00e3o t\u00eam onde tomar banho, n\u00e3o t\u00eam onde pegar \u00e1gua para beber”, contou por telefone \u00e0 AFP Marcia Andi, presidente da comunidade kichwa Mushuk Llacta, na prov\u00edncia petrol\u00edfera de Orellana (leste e fronteira com o Peru).<\/p>\n\n\n\n

De acordo com Mar\u00eda Espinosa, advogada da ONG Amazon Frontlines que acompanha os ind\u00edgenas da Amaz\u00f4nia, cerca de 27.000 ind\u00edgenas kichwa e shuar que se estabeleceram nas margens dos rios Coca e Napo foram afetados pela contamina\u00e7\u00e3o, que ainda persiste quase um m\u00eas depois.<\/p>\n\n\n\n

A estatal Petroequador, respons\u00e1vel pelo oleoduto que transporta 360.000 barris por dia (bd) e que j\u00e1 foi reparado, informou que 59 comunidades foram prejudicadas, \u00e0s quais fornece \u00e1gua engarrafada.<\/p>\n\n\n\n

A entidade, acusada de n\u00e3o ter alertado a tempo sobre o vazamento, entregou quase meio milh\u00e3o de litros de \u00e1gua em abril. Al\u00e9m disso, realiza uma remedia\u00e7\u00e3o ambiental que dura at\u00e9 julho e inclui o rio Quijos, outro dos afetados.<\/p>\n\n\n\n

O vazamento de petr\u00f3leo ocorreu em meio \u00e0 emerg\u00eancia pelo coronav\u00edrus, que fez do Equador uma de suas maiores v\u00edtimas na Am\u00e9rica Latina, com cerca de 32.000 casos e mais de 1.500 mortes.<\/p>\n\n\n\n