{"id":159781,"date":"2020-05-19T15:15:19","date_gmt":"2020-05-19T18:15:19","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=159781"},"modified":"2020-05-19T14:21:02","modified_gmt":"2020-05-19T17:21:02","slug":"crise-internacional-da-covid-19-reduz-emissoes-do-aquecimento-global-em-17-no-brasil-queda-foi-de-25","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2020\/05\/19\/159781-crise-internacional-da-covid-19-reduz-emissoes-do-aquecimento-global-em-17-no-brasil-queda-foi-de-25.html","title":{"rendered":"Crise internacional da Covid-19 reduz emiss\u00f5es do aquecimento global em 17%; no Brasil, queda foi de 25%"},"content":{"rendered":"\n

Estudo foi publicado nesta ter\u00e7a-feira (19) na ‘Nature Climate Change’. \u00c9 o menor \u00edndice mundial atingido desde 2006.<\/p>\n\n\n\n

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Avenida Paulista praticamente vazia neste s\u00e1bado, 16 de maio \u2014 Foto: Mister Shadow\/ASI\/Estad\u00e3o Conte\u00fado<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

A crise internacional de sa\u00fade da Covid-19 reduziu em 17% as emiss\u00f5es de carbono em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 m\u00e9dia di\u00e1ria de 2019. No Brasil, a redu\u00e7\u00e3o foi de 25%, ligada principalmente aos setores de transporte e ind\u00fastria. O estudo foi publicado nesta ter\u00e7a-feira (19) na “Nature Climate Change”.<\/p>\n\n\n\n

O \u00edndice dos gases causadores das mudan\u00e7as clim\u00e1ticas chegou ao patamar mais baixo desde 2006. Os autores dizem que a queda est\u00e1 relacionada aos padr\u00f5es de demanda de energia – fronteiras bloqueadas e isolamento social reduziram o transporte e mudaram os padr\u00f5es de consumo. As emiss\u00f5es tiveram uma redu\u00e7\u00e3o m\u00e9dia que variou de 11% a 25%.<\/p>\n\n\n\n

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Emiss\u00f5es do Brasil de 11 de mar\u00e7o a 30 de abril \u2014 Foto: Carolina Dantas\/G1<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

No estado de Nova York, nos EUA, que chegou a ser epicentro da doen\u00e7a no mundo, a redu\u00e7\u00e3o atingiu 32,7%. Em Washington, a redu\u00e7\u00e3o foi de 40,2%. Na Europa, a queda foi em m\u00e9dia 27%.<\/p>\n\n\n\n

Esses \u00edndices mostram a taxa de emiss\u00e3o de g\u00e1s carb\u00f4nico (CO\u00b2), principal causador das mudan\u00e7as do clima. Apesar da queda nas taxas no Brasil, h\u00e1 um aumento no desmatamento, que \u00e9 historicamente a principal causa das emiss\u00f5es no pa\u00eds. Dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amaz\u00f4nia (Imazon) mostraram uma alta de 171% na perda de floresta em compara\u00e7\u00e3o a abril do ano passado.<\/p>\n\n\n\n

“Esses dados refletem o impacto econ\u00f4mico da pandemia, a redu\u00e7\u00e3o na circula\u00e7\u00e3o de pessoas, da circula\u00e7\u00e3o de ve\u00edculos, no n\u00famero de viagens, e a redu\u00e7\u00e3o da demanda por energia. Ent\u00e3o, acho que aqui no Brasil h\u00e1 uma redu\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m muito significativa na circula\u00e7\u00e3o de ve\u00edculos e passageiros, al\u00e9m dos transportes de carga. Esses n\u00fameros traduzem a situa\u00e7\u00e3o de emerg\u00eancia que a gente est\u00e1”, disse Carlos Rittl, cientista e ambientalista especialista em mudan\u00e7as clim\u00e1ticas.<\/p>\n\n\n\n

“\u00c9 bem prov\u00e1vel que as emiss\u00f5es em 2020 sejam as menores em muitos anos, mas isso n\u00e3o significa que a gente colocou o mundo em um patamar de emiss\u00f5es que ele deve estar. Por isso \u00e9 importante olhar para a situa\u00e7\u00e3o atual e ver que li\u00e7\u00f5es que a gente tira em rela\u00e7\u00e3o \u00e0s solu\u00e7\u00f5es que foram encontradas a curto prazo”, ponderou o pesquisador.<\/p>\n\n\n\n

Outros dados do estudo
\nO transporte terrestre, como viagens de carro, responde por 43% da redu\u00e7\u00e3o das emiss\u00f5es globais durante o auge do confinamento no planeta, que ocorreu em 7 de abril. J\u00e1 as emiss\u00f5es feitas pela ind\u00fastria e pela produ\u00e7\u00e3o de energia representam mais 43% na queda da taxa.<\/p>\n\n\n\n

A avia\u00e7\u00e3o, um dos setores mais afetados pela crise da Covid-19, representa 3% de toda a libera\u00e7\u00e3o de CO\u00b2 no planeta e teve uma redu\u00e7\u00e3o de 10% durante a pandemia.<\/p>\n\n\n\n

“Existem oportunidades para fazer mudan\u00e7as reais, dur\u00e1veis e mais resistentes a crises futuras, implementando pacotes de est\u00edmulos econ\u00f4micos que tamb\u00e9m ajudam a cumprir as metas do clima, especialmente para a mobilidade, respons\u00e1vel por metade da redu\u00e7\u00e3o das emiss\u00f5es durante o confinamento”, disse a autora principal do estudo, Corinne Le Qu\u00e9r\u00e9, da Universidade de East Anglia, no Reino Unido.<\/p>\n\n\n\n

Ao todo, 69 pa\u00edses foram analisados. Eles s\u00e3o respons\u00e1veis por 97% das emiss\u00f5es globais. No auge do confinamento pela Covid-19, 89% deles estavam com algum tipo de restri\u00e7\u00e3o \u00e0 popula\u00e7\u00e3o. No total, ocorreu uma redu\u00e7\u00e3o de 1.048 milh\u00f5es de toneladas de di\u00f3xido de carbono at\u00e9 o final de abril.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: G1<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"