{"id":160073,"date":"2020-05-29T05:00:00","date_gmt":"2020-05-29T08:00:00","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=160073"},"modified":"2020-05-28T22:47:02","modified_gmt":"2020-05-29T01:47:02","slug":"saiba-como-os-manguezais-nutrem-a-vida-marinha","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2020\/05\/29\/160073-saiba-como-os-manguezais-nutrem-a-vida-marinha.html","title":{"rendered":"Saiba como os manguezais nutrem a vida marinha"},"content":{"rendered":"\n

As \u00e1rvores de mangues armazenam mais carbono em seus solos se comparadas a outras esp\u00e9cies, o que as tornam ativos valiosos na luta contra o aquecimento global.<\/p>\n\n\n\n

Elas tamb\u00e9m diminuem o impacto das tempestades, servem de zonas de reprodu\u00e7\u00e3o para peixes e outros animais marinhos e constituem eficazes sistemas de filtragem que evitam o influxo de \u00e1gua salina que torna o solo inadequado para a agricultura.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com o Programa das Na\u00e7\u00f5es Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), governos e comunidades costeiras de pa\u00edses tropicais est\u00e3o se sensibilizando cada vez mais sobre o valor dos manguezais para a natureza e os seres humanos.<\/p>\n\n\n\n

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Flamingos nos manguezais de Dubai. Foto: Rob Barnes\/AGEDI<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

As \u00e1rvores de mangues armazenam mais carbono em seus solos se comparadas a outras esp\u00e9cies, o que as tornam ativos valiosos na luta contra o aquecimento global. Elas tamb\u00e9m diminuem o impacto das tempestades, servem de zonas de reprodu\u00e7\u00e3o para peixes e outros animais marinhos e constituem eficazes sistemas de filtragem que evitam o influxo de \u00e1gua salina que torna o solo inadequado para a agricultura.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com o Programa das Na\u00e7\u00f5es Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), governos e comunidades costeiras de pa\u00edses tropicais est\u00e3o se sensibilizando cada vez mais sobre o valor dos manguezais para a natureza e os seres humanos.<\/p>\n\n\n\n

A biodiversidade \u00e9 um importante benef\u00edcio ecossist\u00eamico das florestas de mangue. A comunidade local e o ecoturismo baseado na diversidade biol\u00f3gica dos manguezais podem ajudar na conserva\u00e7\u00e3o e no manejo sustent\u00e1vel desses ambientes naturais. Os turistas t\u00eam diversas op\u00e7\u00f5es para conhecer a fauna e a flora desses ecossistemas, como passeios de barco, caiaque, mergulho com snorkel, observa\u00e7\u00e3o de p\u00e1ssaros e pesca noturna de caranguejos. Em Madagascar, os mangues abrigam l\u00eamures, que est\u00e3o no grupo de mam\u00edferos mais amea\u00e7ados do planeta \u2013 e que foram documentados pela primeira vez h\u00e1 poucos anos.<\/p>\n\n\n\n

\u201cAs florestas de mangue s\u00e3o ecossistemas altamente produtivos e sua conserva\u00e7\u00e3o deve ser uma prioridade, mas onde os manguezais j\u00e1 desapareceram, a restaura\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 poss\u00edvel\u201d, diz o especialista em ecossistemas costeiros e marinhos do Programa das Na\u00e7\u00f5es Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Gabriel Grimsditch.<\/p>\n\n\n\n

Em 2019, as Na\u00e7\u00f5es Unidas fizeram um apelo global para mobilizar o apoio pol\u00edtico e financeiro necess\u00e1rio e restaurar os ecossistemas mundiais desmatados e degradados. A D\u00e9cada de Restaura\u00e7\u00e3o de Ecossistemas da ONU ocorrer\u00e1 de 2021 a 2030 e intensificar\u00e1 o trabalho para enfrentar a degrada\u00e7\u00e3o das paisagens \u2014 como os manguezais, nossas florestas azuis.<\/p>\n\n\n\n

Iniciativas de restaura\u00e7\u00e3o de florestas azuis<\/h3>\n\n\n\n

Recentemente, o PNUMA e outros colaboradores, em parceria com o Projeto Florestas Azuis, financiaram projetos bem-sucedidos de captura de carbono de manguezais no Qu\u00eania e em Madagascar.<\/p>\n\n\n\n

Esses projetos vinculam as florestas de mangue ao mercado internacional de carbono, com o valor deste item sendo direcionado ao plantio e \u00e0 conserva\u00e7\u00e3o dos manguezais e oferecendo outros benef\u00edcios para as comunidades locais. Atualmente, o PNUMA est\u00e1 estudando como ligar os ecossistemas de ervas marinhas ao mercado de carbono no Qu\u00eania.<\/p>\n\n\n\n

As experi\u00eancias nesses pa\u00edses foram apresentadas no Indian Ocean Blue Carbon Hub Inaugural Think Tank, que aconteceu m\u00eas passado, nas Ilhas Maur\u00edcio, por serem os \u00fanicos projetos financeiros bem-sucedidos de captura de carbono de manguezais baseados no trabalho de comunidades costeiras. Como resultado, ocorreu o reconhecimento de que a biodiversidade e os outros benef\u00edcios desses ecossistemas, incluindo a captura de carbono, s\u00e3o vitais para uma economia saud\u00e1vel e baseada na natureza.<\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 importante restaurarmos os mangues, mas quem pagar\u00e1 por isso?\u201d, questionou o Blue Carbon Lead da GRID-Arendal e coordenador do Projeto Florestas Azuis (Blue Forest, em ingl\u00eas) do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), Steven Lutz. \u201cEstamos estudando como o valor pelo carbono retirado dos manguezais pode estimular florestas saud\u00e1veis \u200b\u200be meios de subsist\u00eancia costeiros\u201d.<\/p>\n\n\n\n

No Equador, o Projeto Florestas Azuis apoiou a parceria da Conserva\u00e7\u00e3o Internacional com o governo e as comunidades locais para a cria\u00e7\u00e3o de acordos de conserva\u00e7\u00e3o de manguezais. Com o programa Socio Manglar (em espanhol), as comunidades ind\u00edgenas recebem incentivos econ\u00f4micos \u2013 com base na biodiversidade desses ambientes \u2013 para se comprometerem com a conserva\u00e7\u00e3o e prote\u00e7\u00e3o desses ecossistemas. Como recompensa, eles ganham uso exclusivo do aratu-vermelho e do berbig\u00e3o, pescados muito lucrativos no pa\u00eds.<\/p>\n\n\n\n

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aratu-vermelho do Equador, um pescado lucrativo no pa\u00eds. Foto: Daniela Hill<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

\u201cA restaura\u00e7\u00e3o n\u00e3o ser\u00e1 alcan\u00e7ada facilmente. Recursos financeiros consider\u00e1veis \u200b\u200be uma forte participa\u00e7\u00e3o das comunidades locais a longo prazo s\u00e3o necess\u00e1rios para termos projetos bem-sucedidos\u201d, diz a especialista em ecossistemas marinhos do PNUMA, Isabelle Vanderbeck, que trabalha em estreita colabora\u00e7\u00e3o com o GEF em projetos de restaura\u00e7\u00e3o de manguezais.<\/p>\n\n\n\n

Uma resolu\u00e7\u00e3o adotada pela Assembleia das Na\u00e7\u00f5es Unidas para o Meio Ambiente em 15 de mar\u00e7o de 2019 \u201cencoraja os Estados-membros a investirem em pesquisa, educa\u00e7\u00e3o e sensibiliza\u00e7\u00e3o da popula\u00e7\u00e3o, a oferecerem capacita\u00e7\u00f5es para a gest\u00e3o sustent\u00e1vel e restaura\u00e7\u00e3o dos manguezais e ecossistemas relacionados e a pensarem em maneiras de mobilizar os recursos necess\u00e1rios para os pa\u00edses em desenvolvimento\u201d.<\/p>\n\n\n\n

O que \u00e9 o Projeto Florestas Azuis do GEF?<\/h3>\n\n\n\n

A \u00c1rea Focal de \u00c1guas Internacionais do GEF est\u00e1 permitindo que o Projeto Florestas Azuis realize a primeira avalia\u00e7\u00e3o em escala mundial sobre como os valores de captura de carbono e outros servi\u00e7os de ecossistemas costeiros podem ser aproveitados para uma melhor gest\u00e3o ambiental e constru\u00e7\u00e3o de comunidades mais sustent\u00e1veis \u2013 enquanto mitigam, ainda, as mudan\u00e7as clim\u00e1ticas. O projeto tamb\u00e9m visa aprofundar conhecimentos para promover tomadas de decis\u00e3o bem embasadas, gerar conscientiza\u00e7\u00e3o, incentivar a coopera\u00e7\u00e3o entre todas as partes interessadas e fornecer experi\u00eancias e ferramentas para ser aplicado globalmente.<\/p>\n\n\n\n

A D\u00e9cada de Restaura\u00e7\u00e3o de Ecossistemas da ONU 2021\u20132030, liderada pelo Programa das Na\u00e7\u00f5es Unidas para o Meio Ambiente, pela Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas para a Alimenta\u00e7\u00e3o e a Agricultura e por outros parceiros, como a iniciativa Africa Restoration 100, o F\u00f3rum Global de Paisagens e a Uni\u00e3o Internacional para a Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza, abrange os ecossistemas terrestres, costeiros e marinhos. Como um apelo global \u00e0 a\u00e7\u00e3o, a D\u00e9cada reunir\u00e1 apoio pol\u00edtico, pesquisa cient\u00edfica e for\u00e7a financeira para incentivar massivamente os esfor\u00e7os pela restaura\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: ONU<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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